segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mudando de Pato pra Ganso


A grande discussão futebolística no Brasil pré-Copa do Mundo é a convocação ou não de Neymar e – principalmente – Paulo Henrique Ganso. O Santos é um time estranho, bonito de ver jogar, mas estranho. Prova disso é que suas melhores partidas foram justamente as que perdeu: para o Palmeiras e Santo André no Paulistão e para o Atlético Mineiro pela Copa do Brasil. Aliás, essas derrotas foram os melhores jogos de futebol do primeiro semestre no Brasil.

Mas se o time ainda é desequilibado e desatento em momentos cruciais, Ganso e Neymar estão onde devem e fazendo o que devem, ou seja, carregando o Santos nas costas. Não que não haja outras boas peças no elenco, mas sem os dois, o time de Dorival Junior é comum.

Há dois anos, todo mundo só falava no Pato e a conversa agora mudou para Ganso.Atacantes da moda vem e vão, como Nilmar, e agora Neymar, mas nosso Paulo Henrique é diferente. Parece contrariar a impressão geral de que o futebol atual não abriga mais o meia esquerda clássico. Zinedine Zidane já havia contrariado essa crença, mas no Brasil não vemos um grande jogador nessa posição há décadas, muito menos no atual grupo de Dunga.

Visão de jogo, postura em campo, liderança e, ontem, maturidade e personalidade em perceber que, mesmo esgotado, era mais útil em campo segurando a bola do que dar lugar a um reserva descansado. A mim, particularmente impressiona como ele para na frente da marcação, que fica imaginando o que ele fará em seguida. E o que acontece geralmente é uma surpresa.

Hoje, no Linha de Passe da ESPN, Juca Kfouri disse ter certeza que a convocação de Neymar e Ganso acontecerá no dia 11 de maio, o deadline de Dunga. Falou mais pela certeza que um técnico de seleção por mais teimoso que seja não pode ser cego ao futebol apresentado pelos dois. E o for, pobre do Brasil na África do Sul.

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