quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Seminários


Harue Kimura

No dia primeiro de setembro, Rui Daisaku, meu neto participou de um seminário na escola onde estuda, o Colégio Escala. O tema era sobre alimentação.
Vários alunos se revezaram para falar da necessidade de escolher os alimentos que dê sustâncias nutricionais ao corpo humana.
Nesse corre corre diário a tendência é comprar pratos prontos e congelados que bastam alguns minutos no microonda .
Aparece três garotos. Um carregando placa com desenho de cenoura, o outro, o tomate e Rui um peixe.
Cá entre nós escolher o peixe para o Rui foi uma boa, pois não gosta de peixe. O alimento cenoura fala ;” Alimentos funcionais ou nutracêuticos são aqueles que colaboram para melhorar o metabolismo e prevenir problemas de saúde.”
O alimento tomate diz ;”Eu por exemplo, estou relacionado à diminuição do risco de câncer de próstata. Evito e reparo os danos dos radicais livres que alteram o DNA das células que desencadeiam o câncer.
E o nosso peixe (Rui Daisaku) continua: “No meu caso, ajudo a diminuir o risco de doenças cardiovasculares. Reduzo os níveis de triglicerídeos e do colesterol total do sangue, sem acumulá-lo nos vasos sanguíneos do coração.”
Foram meses de ensaios. Parabéns aos professores, foi um ótimo seminário. A família inteira, inclusive o pai Marcos Lopes veio especialmente para o acontecimento.
Rui teve uma participação pequena. Achei uma pena, pois ele se empenhou muito e em casa vivia repetindo os trechos  que , com seriedade decorou.
Agora resta saber se alguma coisa foi aprendido com o seminário. Nada daqueles salgadinhos de pacotes, frituras.e guloseimas . De vez em quando, tudo bem
No final do Seminário, a Sonia, uma das proprietárias disse que recebeu uma carta de um ex aluno que agora na faculdade pedindo para continuar com os seminários. “Graças aos  seminários no Escala pude falar em publico com desenvoltura “dizia o ex aluno.,Que bom, não acham ?   .
Hoje até as crianças tem problemas cardíacos, pressão alta e obesidade então nem conta.
Rui tem muito de : “Não gosto disso. Este não gostei”. E é teimoso a ponto de passar fome a comer o alimento que não gosta. Considero isso preocupante.
Meu falecido marido, Tetsuo, dizia que na sua casa, todos se sentavam à mesa e Junzo, meu sogro dizia: “Mamãe preparou toda a comida que vocês estão vendo com todo carinho e empenho, assim vamos saborear.”E o pai Junzo colocava nos pratos de todos um pouco de cada alimento. Graças à esta educação, não tive problemas no preparo de comida para Tetsuo..
A Harue mais viveu com o casal de tios, meus segundos pais, que sempre tiveram trabalhos que exigiam horas e horas de trabalho, nunca estavam quando nas horas das refeições. Meu avô , pai de minha mãe e tio, Fukutaro é quem cuidava de me alimentar e tudo o mais. A tia Yamashita deixava as refeições prontas antes de sair para o trabalho, levando marmita para si e meu tio; regressando, muitas vezes quando eu já estava dormindo. O trivial era quase a mesma coisa.  Arroz e misturas, geralmente cozidos de carne ou frango com verduras. O feijão não fazia parte do cardápio.
Quando almoçava ou jantava em casas de parentes ou amigos, estranhava o montante de  misturas diferentes. Isto foi até mudarmos para Lins. Meus tios contrataram uma menina pouco mais velha que eu para o trabalho de babá e cuidar de casa aliviando minha tia de suas obrigações domesticas. Tereza, o nome da ajudante, introduziu o feijão no dia a dia, pois em casas adotivas em que viveu (perdeu a mãe quando muito pequena) o clássico arroz e feijão era o constante. As variantes era uma raridade.
Minha mãe Assayo cozinhava bem. Os familiares diziam que ela cozinhava com amor (não existia o Sazon) por isso um simples cozido tinha um sabor todo especial
Das tarefas de casa, só gosto de cozinhar. Detesto faxina, lavar louças, lavar e passar roupas. É como diz a propaganda de maquina de lavar louças :”Você não foi feita para lavar louças, ela (mostrando a maquina) sim....

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