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Ryan Gosling e Emma Stone comemorando seus prêmios |
Já na abertura do Globo de Ouro ontem, dia 8, já dava para
adivinhar quem seria o grande vencedor. Foi uma grande paródia da sequencia
inicial de “La La Land: Cantando Estações”, com a participações de representantes
de diversos concorrentes, como Amy Adams em "A Chegada", o elenco de "O Povo contra O.J. Simpson" (reparem no Travolta), os garotos de “Stranger Things” e Kit Harrington,
o Jon Snow de “Game of Thrones” (o melhor). Pena que o resto do trabalho do
apresentador Jimmy Fallon tenha sido uma decepção, possivelmente por causa do
seu estilo “amigo de todo mundo”, que faz com que evite confrontos, mesmo num
tempo como atual.
Quem não se conteve e saiu do protocolo foi a homenageada
com o Prêmio Cecil B. De Mille, Mery Streep. Do alto de seu prestígio como a
grande Atriz Americana de nosso tempo – e um vídeo com momentos de sua carreira
deixaram isso bem calro - mesmo afônica,
ela deu voz à indignação da maioria da classe artística americana com os atos e
pronunciamentos do presidente eleito Donald Trump. Falou sobre bullying contra
portadores e deficiência, da diversidade cultural e étnica da indústria do
entretenimento, citando as origens de diversos colegas presentes. Numa
cerimônia promovida por jornalistas, a atriz frisou a importância que a
impresna responsável terá nos próximos anos, e encerrou lembrando sua amiga
Carrie Fisher – a quem interpretou no filme à
clef “Lembranças de Hollywood”: “Como diria minha amiga Princesa Léia, que
nos deixou, me disse uma vez: pegue seu coração partido e o transforme em arte”.
Nos prêmios propriamente ditos,
“La La Land – Cantando Estações” foi o grande vencedor, batendo o recorde da
premiação, com sete troféus: Melhor Filme, Ator (Ryan Gosling), Atriz (Emma
Stone) em Musical ou Comédia, Diretor (Damien Chazelle), Roteiro, Trilha
Musical e Canção Origi9nal (“City of Stars”). Na categoria Drama, as coisas
ficaram mais divididas, com “Moonlight” levando Melhor Filme, Casey Affleck sendo
premiado como Aror por “Manchester à Beira Mar” e Isabelle Hupert como Atriz
por “Elle”. Os prêmios de Coadjuvante ficaram com Aaron-Taylor Johnson por “Animais
Noturnos” e Viola Davis por “Fences”. O polêmico “Elle” venceu na categoria
Filme Estangeiro, ressuscitando a carreira do diretor Paul Verhoeven (autor do “Robocop”
original e de “Instinto Selvagem”), e “Zootopia” foi a Melhor Animação (outra
bola cantada).
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Reese Witherspoon e Nicole Kidman como a nova dupla Missouri & Mississipi |
Os prêmios em TV foram mais
discutíveis. Melhor Série Dramática para “The Crown” em um ano em que “Stranger
Things” e “Westworld” causaram? A inglesinha sem sal Claire Foy (A Elisabeth II
em “The Crown”) melhor que Evan Rachel Wood (“Westworld”)? E, pior ainda: o que
é considerada a melhor coisa em “The Crown”, que é John Lithgow como Churchill,
acabou perdendo para Hugh “House” Laurie por “The Night Maneger”, que foi um
vencedor inesperado ganhando na categoria Filme para TV ou Minissérie, com os
prêmios de Ator (Tom Hiddelston), o já citado Hugh Larie e ainda Olivia Colman
como Atriz Coadjuvante. Assim, o badalado “O Povo contra O.J. Simpson” ficou
apenas com o principal da categoria e o de Atriz para Sarah Paulson.
Por outro lado, as vitórias
de “Atlanta” como Séie Musical ou Comédia e de seu idealizador e protagonista,
Donald Glover, como Ator no gênero; e de Tracee Ellis Ross (filha de Diana
Ross) como coadjuvante por “Black-ishi” parece uma resposta ao Oscar “branco”
do ano passado. Ah, sim: Billy Bob Thorton ganhou o premio de melhor Ator em
Série Dramática por “Goliath”, mas who cares?
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