quinta-feira, 11 de maio de 2017

O Dia do Atentado: já vimos e vale a pena

O Dia do Atentado chega ao Brasil nesta semana contando a histórias das bombas detonadas na Maratona de Boston, em 2013. O filme traz no elenco o astro Mark Wahlberg (Transformers: A Era da Extinção), Michelle Monaghan (Missão: Impossível 3), Kevin Bacon (série The Following), J.K. Simmons (Whiplash) e John Goodman (Rua Cloverfield, 10). Prestando atenção você verá a Supergirl da TV, Melissa Benoist, no papel da mulher de um dos dois terroristas.

Para quem está cansado do festival de efeitos especiais e fantasia que assola os cinemas, é um ótima opção, que conta um acontecimento recente de forma séria e quase sem apelações. O diretor Peter Berg, que repete a parceria com Wahlberg que já havia ocorrido em Horizonte Perdido: Desastre no Golfo e O Grande Herói, conduz a trama quase como uma daquelas reconstituições históricas dos canais Discovery, National Geographic ou History (só que com elenco estelar), acompanhando determinados participantes da tragédia desde pouco antes das explosões. Wahlberg interpreta o sargento Tommy Saunders que, ao contrário da maioria dos personagens, é uma composição de diversos policiais que acompanharam os fatos, do atentado à caça aos criminosos. O título original, Pattriots Day, se refere ao feriado estadual que lembra a batalha de Lexington, na Guerra da Independência, quando acontece a maratona.


É notável a preocupação com a fidelidade aos fatos, como no atrapalhado tiroteio entre a polícia e os dois terroristas, incluindo o discurso final do jogador David Ortiz, durante o jogo dos Red Sox, em que ele usa a palavra fuck em transmissão nacional, mas que acaba impulsionando o time para a conquista da World Series, o campeonato de beisebol que os americanos chamam modestamente de “mundial”. A reconstituição da tragédia também deixa claro que este maior atentado nos EUA após o 11 de setembro foi perpetrado por dois amadores sem nenhuma conexão com redes terroristas, movidos apenas por teorias conspiratórias e armados com uma pistola e diversas bombas caseiras. Estava mais para Columbine que para World Trade Center e, no entanto, paralisou uma das maiores cidades americanas e mobilizou praticamente todos os recurso de segurança municipais, estaduais e nacionais. É de se pensar.

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