À parte a evidente comoção que marcou o anuncio oficial da aposentadoria de Ronaldo Nazário, o Fenômeno, a única notícia de fato foi a informação de que ele sofre de um mal-funcionamento da tieróide que faz que seu metabolismo seja mais lento e tenha mais dificuldade para perder peso. Mais tarde no Bem, amigos do Sportv, Alberto Helena Jr. questiou a falta de transparência sobre o distúrbio, que se tivesse sido noticiada antes poderia ter evitado as piadas e brincadeiras sobre seu peso. Bem, na verade não é o primeiro caso na carreira do jogador em que se oculta alguma coisa relevante.
Quem não se lembra do misterioso piripaque que ele sofreu antes da final da Copa do Mundo de 1998? Foi uma convulsão como se tornou a explicação oficial? Crise de ciúmes por causa da Suzana Werner como dizia um inistente boato? Resultado de uma infiltração mal-feita, como afirma Joge Kajuru? Até hoje não houve uma explicação convincente para o incidente que, segundo a maioria dos brasileiros, nos custou uma Copa (Não acho. Talvez não fosse aquela surra, mas o monento da França era melhor).
As eras do futebol brasileiro são representadas por craques que as marcaram. Houve Friedereich nos anos 10 e 20, Leonidas da Silva nos anos 30, Zizinho nos anos 40, Pelé nos anos 50 e 60, Zico na virada dos anos 70 para 80, Romário na virada dos 80 para 90 e finalmente Ronaldo na virada do século. Cada um marcou suas respectivas geações não apenas pelo talento indivudual, mas pelo carisma e conquistas. Se o Fenômeno fosse americano certamente o que ele fez na Copa de 2002 já teria virado filme, ou pelo menos um telefilme. Que roteirista de Hollywood resistiria? Craque dado como acabado para o futebol consegue vencer e ser o artilheiro da maior competição do esporte, marcando dois gols na apoteótica final. No cinema, os letreiros começariam a subir logo após ele levantar a taça no Japão, mas na vida real, a história acabou de forma bem menos glamurosa, numa coletiva provocada pelas agressões vindas da torcida que até outro dia dizia amá-lo.