quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Obra de arte valoriza entrada do Soho, da Congesa


O SOHO, novo lançamento da Congesa em Indaiatuba, teve sua arquitetura inspirada no bairro de Nova York.  Além dos elementos presentes na fachada, o projeto terá uma escultura na praça de entrada, que também remete ao estilo das construções do SoHo.
Quem assina a obra é o artista plástico Rodrigo Camargo de Andrade, de Indaiatuba, convidado pela Congesa para desenvolver esse trabalho que enriquece a arquitetura e o paisagismo da entrada do empreendimento.
“É um desafio interessante porque terei um prazo grande para me dedicar a essa obra. Fiz os primeiros estudos que a construtora aprovou e o resultado ficou muito bonito”, conta o artista. Entre seus trabalhos estão a criação e a execução de algumas esculturas do Parque D. Pedro Shopping, de Campinas, como as de troncos na entrada das árvores e os pássaros que estão na área interna do shopping.
Com 1,5m de diâmetro, a obra do SOHO tem formato circular e será feita de bronze envelhecido. “Por ser um local aberto, optamos por não utilizar o ferro, pois com o tempo o material pode oxidar”, explica Rodrigo, que já produziu a miniatura da peça para a maquete do condomínio, exposta no plantão de vendas.
Sobre o SOHO
O SOHO terá 136 apartamentos divididos em duas torres de 17 andares, a West e a East. As unidades são compostas por três dormitórios, sendo uma suíte, e todas com duas vagas de garagem. O condomínio localiza-se à Rua das Primaveras, 502, próximo a outros empreendimentos de sucesso da Congesa, numa região que atrai cada vez mais investimentos por sua proximidade com o Parque Ecológico e o centro da cidade e o fácil acesso às rodovias e ao Aeroporto Internacional de Viracopos.
O plantão de vendas, com apartamento decorado, maquete e departamento jurídico fica na Rua Sergipe, número 43. Informações pelo telefone 19 3875-7714 ou pelo site www.congesa.com.br.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A Ponte de Waterloo


Harue Kimura

No dia 29 se outubro, sábado, tivemos mais uma Manhã Nostálgica, com show seguido do filme imperdível: A Ponte de Waterloo, sempre precedida com o maravilhoso café com guloseimas oferecido pelo filantropo senhor Paulo Lui e a super simpática esposa, Zuleika.
O ator Robert Taylor, lindo “de morrer”, como se costumava dizer no meu tempo (da onça) e a bela Vivian Leigh. Uma história de amor que os jovens da atualidade não conseguem acreditar, talvez... Afinal durante todo o filme não acontece sexo, só beijos ardentes.
Um encontro fortuito de um homem e uma mulher, na Ponte de Waterloo ( Waterloo, local onde o comandante inglês Nelson vence os soldados de Hither, daí a ponte recebeu o nome do local histórico) e a historia se desenrola de encontros e desencontro, em meio a uma guerra. A jovem é órfã e estuda balê em uma academia  liderada por uma professora super rígida, e se apresenta em teatros. . Por ter infringido a regra da academia para ir ao encontro do homem, capitão do exercito (Robert Taylor), a jovem Myra (Vivian Leigh) é expulsa. . Uma amiga e companheira de quarto sai em sua defesa de Myra e é expulsa também. Ambas acreditam conseguir um emprego em bares. Londres não oferece chance nenhuma, afinal é época  de recessão devido a guerra.
Myra vê no jornal a lista das baixas durante a batalha e fica  atordoada quando vê o nome de seu  perdendo os sentidos. Se recompõe diante da futura sogra, esconde a notícia da morte de seu filho e não expõe a difícil situação em que vivem
Encurtando a história, a amiga sustenta ambas se prostituindo. Myra não concorda mas acha que não deve viver Às custas do sacrifício da amiga e entra no negocio de venda do corpo, já que o amado está morto.Pouco tempo depois na estação de trem, Myra à procura de “trabalho”vê um contingente de soldados regressando do front e com alegria e ao mesmo tempo de terror encontra seu amado capitão.
Às véspera do casamento Myra foge por compreender que seu passado sempre acompanhará  ainda mais que a família do capitão é da nobreza de  tradição.
No desespero, sem saída se joga em frente aos caminhões de guerra. A musica tocada tradicionalmente no réveillon é o tema “Adeus amor que vou partir...”É um lindo filme!
Os japoneses filmaram baseado neste enredo em capítulos e  intitulou “Kimi no Nawa?” Qual é o seu nome? em português.Um encontro de um homem e uma mulher numa ponte...dai a história dos encontros e desencontros. Chorei muito em ambos os filmes.
Durante o show, um senhor disse que nós indaiatubanos somos sortudos pois existe Paulo Lui que nos presenteia com este filme maravilhosa  de outrora. Também acho.
  
Comemorações festivas
No dia 11 de outubro, véspera do feriado (Dia das Crianças e da Padroeira) viajei para São Jose do Rio Preto para as comemorações da Bodas de Ouro do casal Kayoko e Tadami Hattori,  amigos de longa data..
Na Sede Regional da BSGI, da cidade de São Jose do Rio Preto, realizou-se a cerimônia religiosa budista, às 10 horas da matina, razão pelo qual viajamos (eu e o casal Kuniko e Akio Umeda) na véspera..
No salão de um bufet um almoço super chique  requintado e grande variedade de quitutes nos aguardava.
Jamais esquecerei a gratidão dessa família Hattori, que daquela lonjura vieram visitar Tetsuo, meu falecido marido doente e hospitalizado. Cinco anos depois no meu aniversário de 70 anos vieram para me felicitar.São essas “coisas”que faz a vida mais feliz.Daqui até Rio Preto, assim o povo abrevia o nome da sua cidade leva mais de seis horas de ônibus. É longe prá caramba!
Quando mais jovem, um pouco mais jovem fui pela primeira vez para essa cidade conhecido como cidade das jóias (existem muitas industrias de jóias), e conheci a família Hattori que eram os responsáveis pela Organização da BSGI (budistas). Muitas vezes me hospedei em sua casa, e quantas vezes “filei” comida  deles. Tinham na epoca duas bancas de frutas e verduras no Mercado Municipal da cidade. Hoje o filho mais velho Tadao toca uma pastelaria com  12 funcionários, dentro do mercado. Existem regras no funcionamento do mercado. Somente em dias estabelecidos  pelo município é que pode-se fechar para descanso. É um trabalho extenuante!  Domingos e feriados, trabalha-se até  ás 13 horas.
Oro pela longevidade do casal e saúde e felicidades para toda a família
Nascido no dia 12 de outubro, senhor Minoru Oba comemorou seu aniversário de 92 anos no dia 16, domingo. Morou durante alguns anos no Vale das Laranjeiras em Indaiatuba. A saúde de sua esposa Olga era delicada e optaram pela nossa linda Indaiatuba pelo seu clima mais seco..Com o falecimento de Dona Olga, senhor Minoru foi morar junto de sua única filha dentre cinco irmãos, perto de Atibaia.
Seu primogênito ainda reside  no Vale e nos deu carona até o local dos festejos.  Seu Minoru estava bem saudável o que  me alegrou. Dentre muitos pratos deliciosos, aprendi dois patês e uma salada de berinjelas, saudáveis e deliciosos.
Seu filho mais velho, George, presente seu pai com um quadro em grafite tendo um navio preso a um imenso mar de gelo. O navio Endurance empreendeu Ä lendária expedição `Antártida”. Muitos tentaram. O que o diferencia é a sobrevivência de toda tribulação em meio ao frio, doenças, fome, etc.Comprei o livro mas estou no começo.Gosto de ler sobre epopéias, jornadas corajosas e biografias de pessoas vencedoras em qualquer setor.
Infelizmente a chuva atrapalhou , pois a chácara da filha Lucia era amplo com locais de caminhadas.
Após o lauto almoço, doces e bolos, nos despedimos desejando mutuamente saúde e longevidade. . 

Medos


Harue Kimura

Todos nós temos medos de alguma coisa. Isto é normal. Eu, por exemplo tinha medo do escuro. Tinha de ter uma luzinha no quarto senão não entrava na cama.Às vezes mesmo com a lamparina acesa tinha sobressaltos com o barulho, principalmente de batidos roucos e sincopados. Influencia das história de
lobisomem com corpo de cachorro com orelhas enormes que ao andar batiam no chão fazendo plot...plot...Então cresci e os medos foram de outras coisas.
Sabrina Assayo, minha neta tinha medo de mulher muito pintadas (maquiadas), palhaços e até do coelhos enormes que as lojas colocavam nas vitrines nas épocas de páscoa. Nos finais dos anos havia o enorme homem que fazia ho..ho...ho, o nosso conhecido Papai Noel. A criançada fazia filas para sentar no seu colo para ganhar algumas balas e dizer que presente gostaria de ganhar. Sabrina se escondia atrás dos
pais, e não chegava perto de jeito maneira..
Estava ela, a Sabrina com seus dois prá três anos, os avós (eu e Tetsuo, meu falecido marido) para ver desfile de carnaval. Enquanto Tetsuo foi procurar um local para estacionar o carro, ficamos esperando perto do local onde estavam os carros alegóricos e os carnavalescos, fantasiados que iriam desfilar.
Quando minha neta viu homens e mulheres fantasiados de índios, com todos adereços e pintados da cabeça aos pés, começou a berrar e com as perninhas rechonchudas correu prá longe daquilo e eu corria também para não a perder de vista.
“Sabrina, disse eu, são pessoas que estão fantasiadas.”Não quis saber de nada e até tremia de medo.Ela pegou na minha mão puxando-me prá longe , mais prá longe. Tinha que ficar pois Tetsuo iria nos procurar após deixar o carro estacionado. Não queria saber de nada e queria, queria ir prá casa.
Não teve nada que a segurasse.por lá.
Começamos a andar, a Sabrina me guiando...A principio devagar, eu torcendo pra que Tetsuo chegasse e nos visse. Quando a banda começou a tocar, isto é deu inico ao desfile, Sabrina agarrou minhas pernas pedindo colo pra se proteger.A menina já nasceu maior que a maioria dos bebês e aos dois anos e meio era muito pesada. Não tendo outro jeito carreguei a Sabrina e andei por dois quarteirões. “Vamos descansar
um pouco” e sentamos na calçada. “Ba, disse ela depois de alguns minutos: “Já deu pra descansar, vou andar você segurando minhas mãos”. “Tou cansada, me carrega um pouco?”
Desde o trevo da avenida Conceição até a minha casa é um bocado de chão. Enfim chegamos. Eu quase sem fôlego e Sabrina além de cansada morrendo de sono. E pra piorar mais a situação a chave da casa estava com Tetsuo. Abrimos o portão, felizmente a chave do cadeado do portão estava comigo. Tirei o agasalho, sou prevenida . mesmo em pelo verão nunca saio sem uma blusinha a mais. Forrei o chão com a blusa e deitei Sabrina que fechou os olhos e dormiu. Já eram vinte e três horas. Daí a uma hora mais
ou menos chega Tetsuo preocupadíssimo. Respirou aliviado quando nos viu.
Da outra vez, levei-a para o SESI, na semana das Crianças que a entidade sempre promove brincadeiras e eventos próprias para as crianças. Gostou do pula pula., escorregador, mas de repende aparece um palhaço oferecendo doces. O dia estava perdido, não houve palavras ou promessas que a demovesse do seu intuito de ir embora.
Agora, Rui Daisaku, meu neto menor, tem medo dos pesadelos. Muitas vezes no meio da madrugada vem ao meu quarto, pedindo para dormir comigo. Minha cama é de solteiro, e não cabe mais um, mesmo criança. Uma madrugada o Rui Daisaku se esgueirou de tal forma que só percebi quando me vi
na beirinha da cama. “Aposto que sonhou com os monstros dos quais aparecem nos seus
jogos”, falei. Daí muito sem graça concordou com a cabeça. Eram 1h3. Tirei a cama de reserva que está em baixo da minha, o que dá um trabalhão. “Eu ajudo, bá”. Não é que o menino tem força...Forrei com uma colcha e lençol.. Rui se encarregou de trazer seus travesseiros (dois) o ededron mais cobertor . Deitou e dormiu o sononos “justos”. Mas a Harue demorou prá aconchegar-se nos braços do Morfeu.

Seminários


Harue Kimura

No dia primeiro de setembro, Rui Daisaku, meu neto participou de um seminário na escola onde estuda, o Colégio Escala. O tema era sobre alimentação.
Vários alunos se revezaram para falar da necessidade de escolher os alimentos que dê sustâncias nutricionais ao corpo humana.
Nesse corre corre diário a tendência é comprar pratos prontos e congelados que bastam alguns minutos no microonda .
Aparece três garotos. Um carregando placa com desenho de cenoura, o outro, o tomate e Rui um peixe.
Cá entre nós escolher o peixe para o Rui foi uma boa, pois não gosta de peixe. O alimento cenoura fala ;” Alimentos funcionais ou nutracêuticos são aqueles que colaboram para melhorar o metabolismo e prevenir problemas de saúde.”
O alimento tomate diz ;”Eu por exemplo, estou relacionado à diminuição do risco de câncer de próstata. Evito e reparo os danos dos radicais livres que alteram o DNA das células que desencadeiam o câncer.
E o nosso peixe (Rui Daisaku) continua: “No meu caso, ajudo a diminuir o risco de doenças cardiovasculares. Reduzo os níveis de triglicerídeos e do colesterol total do sangue, sem acumulá-lo nos vasos sanguíneos do coração.”
Foram meses de ensaios. Parabéns aos professores, foi um ótimo seminário. A família inteira, inclusive o pai Marcos Lopes veio especialmente para o acontecimento.
Rui teve uma participação pequena. Achei uma pena, pois ele se empenhou muito e em casa vivia repetindo os trechos  que , com seriedade decorou.
Agora resta saber se alguma coisa foi aprendido com o seminário. Nada daqueles salgadinhos de pacotes, frituras.e guloseimas . De vez em quando, tudo bem
No final do Seminário, a Sonia, uma das proprietárias disse que recebeu uma carta de um ex aluno que agora na faculdade pedindo para continuar com os seminários. “Graças aos  seminários no Escala pude falar em publico com desenvoltura “dizia o ex aluno.,Que bom, não acham ?   .
Hoje até as crianças tem problemas cardíacos, pressão alta e obesidade então nem conta.
Rui tem muito de : “Não gosto disso. Este não gostei”. E é teimoso a ponto de passar fome a comer o alimento que não gosta. Considero isso preocupante.
Meu falecido marido, Tetsuo, dizia que na sua casa, todos se sentavam à mesa e Junzo, meu sogro dizia: “Mamãe preparou toda a comida que vocês estão vendo com todo carinho e empenho, assim vamos saborear.”E o pai Junzo colocava nos pratos de todos um pouco de cada alimento. Graças à esta educação, não tive problemas no preparo de comida para Tetsuo..
A Harue mais viveu com o casal de tios, meus segundos pais, que sempre tiveram trabalhos que exigiam horas e horas de trabalho, nunca estavam quando nas horas das refeições. Meu avô , pai de minha mãe e tio, Fukutaro é quem cuidava de me alimentar e tudo o mais. A tia Yamashita deixava as refeições prontas antes de sair para o trabalho, levando marmita para si e meu tio; regressando, muitas vezes quando eu já estava dormindo. O trivial era quase a mesma coisa.  Arroz e misturas, geralmente cozidos de carne ou frango com verduras. O feijão não fazia parte do cardápio.
Quando almoçava ou jantava em casas de parentes ou amigos, estranhava o montante de  misturas diferentes. Isto foi até mudarmos para Lins. Meus tios contrataram uma menina pouco mais velha que eu para o trabalho de babá e cuidar de casa aliviando minha tia de suas obrigações domesticas. Tereza, o nome da ajudante, introduziu o feijão no dia a dia, pois em casas adotivas em que viveu (perdeu a mãe quando muito pequena) o clássico arroz e feijão era o constante. As variantes era uma raridade.
Minha mãe Assayo cozinhava bem. Os familiares diziam que ela cozinhava com amor (não existia o Sazon) por isso um simples cozido tinha um sabor todo especial
Das tarefas de casa, só gosto de cozinhar. Detesto faxina, lavar louças, lavar e passar roupas. É como diz a propaganda de maquina de lavar louças :”Você não foi feita para lavar louças, ela (mostrando a maquina) sim....

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O Humorista de Bagé


Depois de serem festejados como uma renovação do humor e até jornalismo brasileiro - não são uma coisa muito menos a outra - o CCQ se viu na posição de vidraça quando uma de suas estrelas, Rafinha Bastos, passou do limite e acabou sendo suspenso. Insatisfeito de ter virado bode expiatória, a coluna de Flávio Rico, no UOL, noticia que ele teria pedido demissão à direção da Band. O episódio da piada infeliz com a cantora Wanessa foi apenas a gota d'água de uma série de frases e declarações quedemonstram que o sucesso subiu à cabeça dele e de outros CCQs. Tendo como mentor Marcelo Tas, deviam ter aprendido com ele o segredo do sucesso de seu Marcelo Tas, nos anos 80: o personagem conseguia encurralar seus entrevistados se fazendo de bobo. Os CCQs, pelo contrário, abordam suas vítimas como donos da verdade, com o objetivo explicito de humilhá-los. Quando não conseguem, a edição com as animaçõezinhas engraçadinhas se encarregam de faze-lo.
Um video na Internet estrelado pelo próprio Rafinha nesse período sabático mostra que o episódio não serviu para que ele calçasse as sandálias da humildade. Numa sequencia ambientada numa churrascaria, ele dá a entender que agora não pode fazer piada com criança para evitar encrenca. Ou seja, que ele está sendo censurado. Não é bem assim. Censura é quanto o governo quer intervir num quadro do Zorra Total que brinca com o cotidiano de milhões e cariocas que usam o metro. Satiriza algo do cotidiano que é a "encochação" nos vagões lotados, que é responsabilidade do sistema de transporte público e não dos criadores do quadro. O caso de Rafinha é diferente, trata-se do tenue limite entre o que é engraçado e o que é ofensivo pura e simplesmente. Alguém me disse que, ao brincar com Wanessa, ele errou a velha piada do cúmulo da pontaria. Sim, porque nem piada não foi, porque não teve graça. Nada pode condenar mais um comediante do que não ter graça.A última foi uma grosseria contra uma repórter que questionou sua piadas que teria feito durante um show: “Chupa o meu grosso e vascularizado cacete”:
Rafinha talvez ache que siga a linhagem de Lenny Bruce e Andy Kaufman, mas na verdade acabou caindo no estereótipo do gaúcho grosso imortalizado por Luis Fernando Verissimo. Ou seja, o Humorista de Bagé.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A morte de Steve Jobs


Poucas notícias de falecimento me chocaram tanto nos últimos anos, seja pela precocidade - 56 anos - como pela relevância. Steve Jobs é o Thomas Alva Edson da virada do século XX para o XXI.. Só que ao contrário daquele ganancioso inventor, ele não criou praticamente nada, mas enxergou o futuro como ninguém fez, nem mesmo sua nemesis - e posteriormente aliado - Bill Gates.
Jobs era amigo de Steve Wozniak quando este criou o primeiro microcomputador amigável. Mas foi a visão de  Jobs, filho da contracultura, que deu origem à Apple. Foi ele que viu o potencial dos computadores pessoais, que eram desprezados pela IBM. Foi ele que viu o potencial do mouse, uma invenção patenteada pela Xerox, que a cedeu por praticamente nada a ele, já que estava preocupada somente em alugar máquinas de fotocópias. Todo mundo sabe que o Macintosh foi a primeira interface gráfica bem sucedida, que usava "janelas", depois copiado por Gates numa adaptação de seu DOS, batizado como... Windows. Quando a Apple estava se transformando numa corporação, contratou um gestor profissional, John Sculley, que acabou demitindo-o da sua própria empresa. A essa altura, ele já era um herói na cultura popular americana e mundial, mas ainda estava na metade de suas realizações de visionário.
Cheio grana mas sem ter o que fazer, durante os anos em que esteve afastado da Apple, acabou comprando a divisão de animação digital da Industrial Magic & Light, a famosa empresa de efeitos especiais fundada por George Lucas, e a rebatizou de Pixar. O que veio depois é história.
O telefilme Piratas do Vale do Silício (1999), começa com a filmagem da famosa propaganda da Apple usando 1984, de George Orwell, e acaba na imagem de Jobs voltando a Apple e Bill Gates aparecendo num telão com o Big Brother após comprar parte das ações da empresa da maçã. Parecia que o dono da Microsoft tinha vencido a guerra á quela altura, mas o novo século ainda nem havia começado. Sob sua nova liderança, o iMac tornou-se objeto de desejo dos nerds, mas seu próximo grande passo alcançaria um público muito maior que os usuários de computador: o iPod, que ajudaria a  mudar as relações entre consumidores e produtores de música ainda mais que o lançamento do walkman da Sony nos naos 80. En seguida, novamente sob sua supervisão pessoal, foi lançado o iPhone, o celular-computador-máquina fotográfica-music player que tornou a concorrencia subitamente obsoleta.
A última revolução foi o iPad, que consolidou o conceito de tablet e que fez seus concorrentes se unirem para tentar derrubá-lo. Infelizmente, à essa altura a doença já estava consumindo seu irriquieto organismo, levando-o a se demitir da Apple ainda este ano.
Se Mark Zuckerberg mereceu um ótimo A Rede Social, certamente Steve Jobs merece uma cinebiografia que faça jus ao que representou ao mundo desde o final dos anos 70, quando a Apple praticamente inventou o conceito de computador pessoal. No mínimo sua morte merece um episódio de The Big Bang Theory, mesmo que ele esteja em 99o na lista dos 100 mais de Sheldon...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

População informada e atuante pode mudar as coisas (publicado na Tribuna de sábado)

• “Conserto” prometido pelo prefeito demonstra poder de mobilização da comunidade

Inutil paisagem Obelisco deve ser reconstrúido em local próximo ao original
Não pretendia retornar ao assunto, mas já que o prefeito Reinaldo Nogueira resolveu consertar o erro, retomamos o assunto. Para quem não sabe, em entrevista na última quarta-feira à Rádio Jornal – em cujos estúdios ele se sente cada vez mais “em casa” – nosso alcaide reconheceu que houve um erro e que vai reconstruir o obelisco da rotatória do “Telhadão” em local próximo. A informação foi confirmada pela Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura. Lógico que ele não citou a Tribuna de Indaiá em sua fala, mas é inegável que o barulho provocado pelo jornal acendeu o debate que pegou fogo pela internet, principalmente no Facebook, onde surgiu uma nova comunidade, Indaiatuba Ativa, criado na segunda-feira e que até quinta-feira já tinha 278 membros.
A exemplo do Doutor Hélio, quando quis desqualificar a votação do seu impeachment, o prefeito Reinaldo Nogueira disse que a movimentação em torno do assunto era “política”. Ora, mas certamente que é. Tudo o que se refere a vida da cidade é política, ou  “arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta arte aos negócios internos da nação (política interna) ou aos negócios externos (política externa). Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância.”
Então, quando cidadãos protestam e debatem assuntos relativos a nossa cidade é sempre política, independente de partidos. O fenômeno internet permite que as mobilizações aconteçam em tempo muito curto e que os assuntos repercutam em tempo real. Mas ainda assim, um “empurrãozinho” das mídias tradicionais são necessárias, como se vê nesse caso e no impeachment do Doutor Hélio.
O prefeito de Campinas caiu nem tanto por conta da mobilização de seus opositores, mas pela indignação dos cidadãos diante da gravidade das denúncias do Ministétrio Público, suficientes para que a Justiça decretasse prisão temporária de vários denunciados, inclusive do vice-prefeito Demétrio Vilagra, atualmente no comando do Executivo. Tudo com uma cobertura histórica dos meios de comunicação, principalmente da EPTV, que mudou a habitual pauta “água com açucar” de seu telejornal vespertino para bombardear o espectador diariamente com repercussão do caso ou com novas denúncias. Mesmo que nada ligasse diretamente o nome de Hélio de Oliveira Santos aos escândalo da Sanasa, o envolvimento de sua esposa, tida como chefe da quadrilha, provocou o seu impeachment. “Não basta à mulher de César ser honesta, ela tem que parecer honesta.”
Em Indaiatuba, a destruição do obelisco é um elemento a mais dentro diversos outros assuntos, como o muro milionário da Câmara erguido por empresas fantasmas e a desapropriação pelo Município de terreno do próprio prefeito – tudo denunciado e apurado pela imprensa – , que vem causando uma crescente indignação pública manifestada na internet. A reconstrução do monumento é, certamente, uma vitória da mobilização pública apartidária em conjunto com a mídia. Mas ela não deve ficar restrita a isso. A luta para contruir a cidade que sonhamos, mais humana, mais segura, com maior transparência, passa pela informação, discussão e ação.
PS: fora o custo da reconstrução que vai recair sobre os impostos que todos pagamos, não vejo nada de errado na reconstrução, já que se trata de um projeto do artista José Paulo Ifanger e não uma escultura. Da mesma forma, a manutenção do muro de taipa do Pau Preto, que na verdade ruiu há muitos anos atrás, também é importante pela questão simbólica. No Japão, o Templo de Ise, erguido em madeira há 1.500 anos e que é reconstruído a cada 20 anos seguindo o projeto e método originais. Então, há mais antiga estrutura civil da cidade merece ser também ser preservada pelo mesmo método, como testemunha de nossas origens.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Brasil e Argentina nem sempre foi assim

O programa Bate-Bola da ESPN fala sobre a rivalidade Brasil e Argentina e o PVC lembra que em 1974, no primeiro confronto entre as duas seleções em Copa do Mundo, o peso das duas camisas era muito diferente. Enquanto o Brasil havia se consagrado tricampeão mundia el 1970, los hermanos sequer haviam se classificado para o México. Apesar da contabilidade nos confrontos diretos na época ser francamente favorável aos argentinos, nos Mundiais pós-1950, a participação portenha era ridícula, com frequentes vexames. O grande rival sulamericano do Brasil era o Uruguai, graças ao fantasma do Maracanazzo e de uma dificil semifinal em 1970.
Àquela altura, no início dos anos 70, apenas fósseis que se lembravam do domínio argentino no futebol continental, anos de La Máquina do River Plate, levavam eles a séria. Nós, então garotos, no perguntávamos, mas porque tanto respeito com a Argentina. Mesmo o titulo de 1978 - na marra - não fez com que levássemos o país vizinho a sério. Mesmo com o aparecimento de Maradona, levamos vantagem nos primeiros confrontos contra eles, até 1986. Aí, podemos dizer, os argentinos recuperaram o prestígio internacional e começou, de fato, uma nova fase da rivalidade com o Brasil (na época eles foram bi e nós éramos tri).
Nas minhas memórias de garoto crescido em pleno Regime Militar, também não registrei a animosidade contra os argentinos como vemos na mídia hoje em dia. Sabíamos que as Forças Armadas Brasileiras faziam habitualmente jogos de guerra em cenários contra a Argentina, e que Itaipu era vista por ambos os lados como potencial instrumento bélico (dizem que se as comportas da hidrelétrica forem todas abertas de uma só vez, Buenos Aires ficará debaixo d'água). Mas nos jornais e na TV, não se explorava essa rivalidade, talvez desestimulada pelos próprios militares, temendo criar constrangimentos com seus parceiros de Operação Condor.
Hoje em dia, a competição entre os países já extrapolou para outros esportes, para a economia,  e outros setores. Mas, por outro lado, buscamos conhecer mais a riqueza cultural e o melhor que o país vizinho tem a oferecer, o que não acontecia nos anos de chumbo.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Reflexões sobre uma cidade que desaparece aos poucos

Marcos Kimura
Publicado na Tribuna de Indaiá de 10/09/2011

E se fosse um desses marcos a ser demolido? A indiferença seria a mesma?

Quando o antigo prédio da Prefeitura foi vendido para virar uma loja comercial, diziam que ele não tinha valor histórico porque tinha apenas algumas décadas de existência. Bom, com esse raciocínio, nada chegará a ser  centenário em Indaiatuba, já que tudo vai para o chão sem nenhuma cerimônia, em nome de um suposto progresso.
A última vítima foi o obelisco da rotatória do “Telhadão”, de autoria daquele que talvez seja nosso maior artista plástico, José Paulo Ifanger. A Prefeitura enviou por escrito a informação de que “Solicitou uma avaliação por parte da Fundação Pró-Memória, que concluiu que a remoção e transporte do monumento da rotatória da Avenida Conceição para outro local na cidade despenderia de alto custo, por isso não foi feito”. O presidente da fundação, Antônio Reginaldo Geiss, se sabia disso, moitou para a imprensa e para os conselheiros. Já não bastasse os imóveis particulares de interesse histórico serem derrubados ou deformados por falta de qualquer regularização, agora os próprios bens do patromônio público desaparecem sem que haja qualquer discussão com a sociedade. E a entidade que supostamente deveria centralizar esse tipo de discussão – já que mantém um Conselho de Preservação – deu luz verde. E se fosse um dos marcos do Rotary ou do Lions Clube que ornamentam algumas praças e rotatórias, a atitude seria a mesma?
Outro obelisco da cidade viveu uma epopeia, descrita num opúsculo do arquiteto Fernando Martins Gomes, que sequer era daqui, mas se interessou pela história. Em 1930, o prefeito Major Alfredo Camargo da Fonseca encomendou o Hino Indaiatubano para comemorar o centenário da cidade e também mandou erguer um monumento comemorativo na Praça da Matriz. Depois que ele deixou o poder, seu inimigo político eleito prefeito, Scyllas Leite Sampaio, mandou retirar o obelisco, que foi levado para um depósito e depois teve diversos destinos ao longo dos anos, até ser recolocado no seu lugar original. A placa comemorativa, recuperada pelo próprio presidente da Fundação Pró-Memória, Antônio Reginaldo Geiss, foi recolocada no monumento. Sem seu pedestal original e com uma placa adicional que marca a reforma da Praça Leonor Barros Camargo pela administração Reinaldo Nogueira, não é tão imponente quando de sua inauguração e virou monumento multiuso. Ainda assim, o velho bloco de granito está lá, ao contrário da obra de José Paulo Ifanger, erguida pelo então prefeito José Carlos Tonin para celebrar a inauguraçãoda Avenida Conceição, destruída para sempre.
Quando a Fundação Pró-Memória completou 10 anos, houve celebração na Sala Acrísio de Camargo, na qual o prefeito Reinaldo Nogueria, na época em seu segundo mandato, discursou. Ele falou da saudade que tinha dos velhos prédios do entorno da Praça da Candelária, e que tinham desaparecido. Pensei: Peraí! Quase todos tinham ido abaixo durante a administração dele! Então porque não tomou nenhuma atitude? Ah, a administração pública não tem instrumentos para impedir a demolição de imóveis particulares. Mas também não os tem para reprimir invasões de terrenos privados, mas o faz com rapidez exemplar. Ou seja, é uma questão de vontade política.
Na vizinha Campinas, a demolição do Teatro Municipal por conta da ampliação da Avenida Francisco Glicério gera debates apaixonados até hoje. Muitos contestam o laudo da prefeitura que alegou falta de condições do prédio de resistir às obras do entorno, e apontam o equívoco que foi e é o Castro Mendes, que o substituiu, e atualmente se encontra em estado de reforma eterna. Aqui, tivemos um Paço Municipal, que reunia Prefeitura, Câmara Municipal e Cadeia, no meio da Praça Prudente de Moraes até os anos 60, quando os poderes Executivo e Legislativo se mudaram para a Brasilinha, como o Paço da Rua Cerqueira César foi chamado. Os dois prédios poderiam ter sido aproveitados como equipamento público, mas os mandatários da vez preferiram demolir um e vender o outro. A atual Prefeitura, erguida sob a justificativa de poder reunir toda a adminisração num só lugar, com menos de dez anos de existência já será reformada por não conseguir mais abrigar o funcionalismo público que ali trabalha. Vai dar conta dos próximos 10 anos? Orgulhoso cartão-postal do governo Reinaldo Nogueira, quem garante que, no futuro, outro prefeito não decida vendê-lo para que ele vire um shopping center? Com o que, aliás, o prédio se parece bastante.

sábado, 20 de agosto de 2011

A queda do Doutor Hélio

“Não basta a mulher de Cesar ser honesta, ela em que parecer honesta”. A velha máxima resume de certa forma a crise política em Campinas que resultou na madriugada e hoje na cassação do prefeito Helio de Oliveira Santos, o Doutor Hélio. Após uma administração que vinha agradando todas as camadas sociais da cidade (especialmente em comparação com as desastrosas gestões de Chico Amaral e Izalene Tiene), as denúncias de Luiz Aquino, ex-presidente da Sanasa – empresa municipal responsável pelo tratamento de água e esgoto de Campinas - , precipitaram uma série de eventos que culminaram com sua queda. Hélio ainda pode recorrer à Justiça, ms mesmo que consiga voltar ao cargo, sua situação política é insustentável, já que 32 dos 33 vereadores votaram contra ele.
O caso guarda muitos elementos em comum com o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, há quase 20 anos. Na ocasião, o delator do esquema de corrupção da chamada República de Alagoas foi o próprio irmão do chefe do Executivo Federal, Pedro Collor. A motivação deste para abrir o bico para a revista Veja foi a intenção do grupo do irmão mais poderoso de abrir um jornal em Maceió, que iria concorrer com o do próprio Pedro. Quer dizer, além de deixar o próprio irmão fora do esquema de "pedágios", Fernando ainda queria tira-lo da jogada no ramo das comunicações e, dizem, traçar a cunhada, a bela Tereza, eleita pela mídia como Musa do Impeachment. Também foi essa mais ou menos a motivação de Luiz Aquino, que havia sido demitido da Sanasa e alijado da boquinha que usufruiu por anos. Quer dizer, ele não quis ir para a cama com a primeira-dama Rosely Nassim Jorge Santos, mas disse que ela tratava pessoalmente com ele sobre as licitações e cartas marcadas e comissões resultantes. Não deixa de ser uma sacanagem também. Graças à delação premiada do ex-presidente da autarquia, o Ministério Público soube onde estavam enterrados os cadáveres do esquema e montaram um caso que resultou na prisão coletiva de diversos envolvidos, incluindo o vice-prefeito e provável substituto de Hélio, Demétrio Vilagra.
Ainda assim, a base aliada do prefeito de Campinas parecia sólida o bastante para resistir à pressão popular, em grande parte alimentada pela imprensa – notadamente a Rede Anhangüera de Comunicação e a afiliada da Rede Globo, EPTV. Até que, na segunda-feira, o advogado Ricardo Marreti entregou à imprensa e ao Ministério Publico a gravação de uma conversa telefonica com o vereador Aurélio Cláudio em que este revelava a existencia de um esquema de compra de votos para salvar o mandato de Hélio. A divugação da notícia na quarta-feira, véspera da sessão de votação do impeachment do prefeito, caiu como uma bomba nos meios políticos. Como indagou “candidamante” o apresentador do Jornal da EPTV, “será que agora não vai parecer que quem votar contra a cassação foi comprado?”.
O pivo do novo escandalo, Aurélio Cláudio, portou-se macunaimicamente, primeiro negando à imprensa que a tal conversa tenha existido, depois escrevendo uma carta pedido desculpas ao prefeito por ter falado demais e, finalamente, votando a favor do impeachment. Um caráter a toda prova.
Voltando ao caso Collor, com todos os caminhos das pedras apontadas por Pedro, a coisa só degringolou de vez quando a revista Isto É descobriu o motorista Eriberto França, que confessou ter distribuído diversos cheques do esquema de corrupção da camarilha do presidente. Diferente de Hélio de Oliveira Santos, Fernando Collor de Mello não chegou ao impeachment, pois renunciou antes.
O que vem a seguir? Demétrio Vilagra está tão ou até mais comprometido no escândalo que seu cabeça de chapa. Nada ligou diretamente o prefeito ao esquema de corrupção, mas ninguém leva a sério a possibilidade dele ignorar que sua mulher liderava a quadrilha dentro de sua propria casa. Ou seja, Hélio caiu porque, se ele participou usando Rosely como testa-de-ferro, foi corrupto; se não participou mas permitiu, foi conivente. Nos dois casos fica caracterizada a impropidade administrativa. No caso do vice hora em exercício, há indícios forte de sua participação direta, o que significa que esta novela, ao contrário de Insensato Coração, ainda não acabou.

sábado, 13 de agosto de 2011

O Último Tango em Paris

O terceiro volume (porque os dois primeiros saíram juntos semana passada) da Coleção Folha Cinema Europeu teoricamente sai amanhã, mas já pode ser encontrado nas bancas de Indaiatuba hoje. Trata-se de O Último Tango em Paris, filme que fiou famoso por causa do uso heterodoxo da manteiga. De fato, o que era ousado em termos de sexo ficou ultrapassado diante da sacanagem que rola hoje (Se bem que, em cinema, vivemos ciclos alternantes de liberalidade e moralismo. Hoje, estamos no segundo caso.).
Se o sexo sem amor virou lugar comum, o que fica desta obra é atuação de Marlon Brando, talvez a maior de sua carreira. Para variar, ele não decorava as falas, ms improvisava muito, inclusive na célebre cena da manteiga (parece que ele mesmo costumava usa-la como lubrificante) e do monólogo diante do caixão da mulher - só comparável ao que ele havia feito em Um bonde chamado desejo. Também admirável a fotografia do mestre Vittorio Storaro, inspirada nos quadros de Francis Bacon. A então jovem Maria Schneider, morta em fevereiro deste ano, não fez muitos filmes depois, mas trabalhou em Passageiro: Profissão Repórter, com ouro grande diretor italiano - Michelangelo Antonioni - e outro espetacular ator americano - Jack Nicholson, antes de entrar no piloto automático.
Rubens Edwald Filho fez uma admirável análise do filme para comentar seu lançamento em DVD, sem bem que deve ser uma colagem de diversos artigos que ele escreveu a seu respeito ao longo do anos (repare que há muitos trechos repetitivos) mas ainda assim, vale a pena.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Família Monarca


Por Harue Kimura

O pesquisador americano Stephen R. Covey fala da construção de uma “Bela cultura familiar ‘Segundo ele, existe (a cultura familiar) quando os membros da família, de uma forma profunda, sincera e verdadeira, apreciam ficar juntos, compartilhando crenças e valores, agindo e interagindo, baseados nos princípios que regem a vida. Refere-se a uma cultura que se desloca do “EU para “OS NOS”. Ou seja, da intependência para a inter-dependência,
No domingo, dia 31 de julho, fomos, Marcos e eu à XXXV Festa Tradicional de Helvetia .Além da comida deliciosa, fiquei fascinada com a apresentação Folcloricas Grupo de Danças Lindental de Treze Tílias do estado de Santa Catarina (foto) como convidado especial.
Lindas jovens com trajes típicas e rapazes garbosos que num ritmo compassado com as mãos e sapateados espetaculares!. Haja fôlego, pensei. É necessário que a união, fortalecido com amizade, companheirismo e determinação para que as cambalhotas por cima de bancos e nas costas de seus companheiros agachados, dê certo. Quase todos os anos vou à festa da Helvetia .
Meus amigos Ana e Durval Bartolomai trabalham duro. Todo ano faço questão de ir até a cozinha para cumprimentá-los. Devido aos outros compromissos de Marcos, meu filho, tivemos de voltar.mais cedo.
 E por falar em Ana Bartolomai, depois de alguns anos de ausência, consegui carona com a Cleidil, irmã da saudosa Aydil Bonachela pude dar os meus parabéns pessoalmente e saborear quitutes que só se come lá. A casa ficou cheia de parentes, irmãs, sobrinhos e amigos.
Fiquei deliciada em ver tantas plantas em plena florescência !
As quaresmeiras amarelas estão floridas por toda a cidade de Indaiatuba e eu adoro a cor amarela. De todas as quaresmeiras são as amarelas que florescem por último.
As minhas azaléias rosas estão cheio de flores e digo palavras de agradecimentos “muito obrigado por florir”.
O meu maior desejo é ter uma Família Monarca. Ter mais dialogo, mais companheirismo, sem medo de errar em falar determinados assuntos. Ser vitoriosa em harmonia familiar, onde haja mais amor demonstrado. Sei que nós nos amamos. As vezes é tão bom ouvir “eu te amor”, (de vez em quando Rui Daisaku me surpreende dizendo as palavras mágicas – Bá, eu te amo ) “Sou grata (o) por você existir”. Será que estou querendo demais ? 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A Doce Vida e Fitzcarraldo

A Folha vende sua coleção como sendo de filmes que transformaram o cinema em arte. Isso é verdade para a maior parte dela e, mesmo incluindo alguns filmes “menores”, arrisco a dizer que é a melhor seleção de DVDs lançada em bancas até hoje. A Doce Vida (1960), por exemplo, tornou Federico Fellini conhecido em todo o mundo, cirou o mito da Via Veneto, fez mulheres de todo o planeta sonharem em imitar Anita Ekberg na Fontana di Trevi (vide Elsa e Fred) e popularizou um termo usado até hoje: paparazzo. Também foi o  primeiro filme em que Marcello Mastroianni faz o alter ego do diretor. Isso sem contar as qualidades artisticas da obra que, se envelheceu enquanto ousadia iconoclasta e de costumes, permanece como grande obra-prima. É um dos filmes que gostaria de passar no Cineclube Indaiatuba mas que é muito longo para tanto. Portanto, comprem, que ainda levarão de brinde Fitzcarraldo (1982), que encerra e forma grandioda a mitica parceria entre o diretor Werner Herzog e o ator Klaus Kinski. Rodado em grande parte na Amazônia brasileira, tem as participações especiais de Milton Nascimento, José Lewgoy, Grande Otelo e gerou polêmica ao derrubar arvores centenárias para fazer a cena em que o navio sobe a montanha no muque (foto). Um documentário sobre as filmagens mostra o cineasta correndo atrás de seu protagonista de revólver em punho. Depois desse filme, Herzog nunca mais alcançou a  excelência alcançada nesse trabalho e em outros como Aguirre, A cólera dos deuses (1972), O Enigma de Kaspar Hause (1974), Coração de Cristal (1976) e Nosferatu (1979).

Coleção Folha Cinema Europeu

A Folha de S. Paulo começa a distribuir neste domingo a coleção de DVDs Cinema Europeu. Na primeira edição, um clássico absoluto, A Doce Vida (1960), de Federico Fellini e um grande filme, Fitzcarraldo (1982), de Werner Herzog. A coleção prossegue com O Último Tango em Paris (dia 14), de Bernardo Bertolucci; Cinema Paradiso (dia 21), de Giuseppe Tornatore; Morangos Silvestres (dia 28), de Ingmar Bergman; Volver (dia 4/09), de Pedro Almodovar; Asas do Desejo (dia 11 de setembro), de Wim Wenders;  Os girassóis da Rússia (18/09), de Vittorio de Sica; Hiroshima, meu amor (dia 25/09), de Alain Resnais; A Liberdade é Azul (dia 2/10), de Krzystof Kieslowski; O batedor de carteiras (09/10), de Robert Bresson; O deserto vermelho (16/10), de Michelangelo Antonioni; O encouraçado Potemkim (dia 23/10), de Sergei Einsenstein; Rocco e seus irmãos (30/10), de Luchino Viconti; Os incompreendidos (6/11), de François Truffaut; Lili Marlene (13/11), de Rainer Werner Fassbinder; Roma, cidade aberta (dia 20/11); Madame Bovary (27/11), de Claude Chabrol; Metropolis (4/12), de Fritz Lang; A Regra do Jogo (11/12), de Jean Renoir; Mamma Roma (18/12), de Pier Paolo Pasolini; Acossado (25/12), de Jean-Luc Goddard; A dama oculta (1º/01), de Alfred Hitchcock; Adeus, Meninos (08/01), de Louis Malle; e Mamãe faz 100 anos, de Carlos Saura (que encerra a coleção dia 15 de janeiro). Cada edição custa R$15,90 e vem com um livrinho. Para assinantes, a coleção vem de brinde. Como é uma rara oportunidade de escrever sobre grandes filmes, comentarei semanalmante cada lançamento da coleção

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A morte de Amy

Demorei um pouco para absorver a morte de Amy Winehouse, que por um curto período de tempo foi arauto da possibilidade de um pop de qualidade, inspirado no que de melhor fizeram os negros americanos, raspando na trave do jazz. Tudo isso se acabou em mais uma morte prematura, dentro de uma tradição que não começou no rock. Antes de Brian Jones, Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e Kurt Cobain, outros talentos se acabaram em álcool, drogas e tendencias autodestrutivas, como Bix Biederbecke, Charlie Parker, Billie Holiday e James Dean. Mas só no rock existe a mística dos 27 anos.
Sinceramente achei que Amy escaparia do lugar-comum do gênio que se vai jovem, mas me enganei. Com apenas dois CDs, sendo um genial, seu legado é pequeno, mas seus feitos são marcantes. Esquisita num showbiz dominado por garotas lindas, criou uma assinatura visual que a destacava. Fez um álbum conceitual que vendeu aos milhões num século em que a centenária industria fonográfica agoniza rapidamente. Usava a voz num tempo que as outras só rebolam. Já é festejada como a maior artista pop deste século.
No palco, era uma garota magrela, que possivelmente se apoiava no álcool para superar a timidez e se apresentar para uma multidão de estranhos. Estranhos estes que acompanharam sua ascensão e queda por tablóides e sites de fofocas. Não sobreviveu a isso mais à pressão de repetir ou superar seu grande Back to Black. É dificil sobreviver ao próprio apogeu, como descobriu Michael Jackson.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Meia-noite em Paris


Todo mundo diz eu te amo para o novo filme de Woody Allen, "Meia-noite em Paris". Também gostei, mas talvez nem tanto assim. Há muitas idéias recicladas de outros de seus próprios filmes. A abertura, por exemplo, remete a Manhattan, com sua longa - mesmo! - sequencia de imagens da capital francesa. Owen Wilson é o Woody Allen da vez, assim como já o foram John Cusack em "Tiros na Broadway", Kenneth Branagh em "Celebridades", Jason Biggs em "Igual a Tudo na Vida", Will  Ferrell em "Melinda e Melinda", Rebecca Hall em "Vicky Cristina Barcelona" e Larry David em "Tudo pode dar certo". O intelectual metido de Michael Sheen também já foi ridicularizado em Annie Hall (recuso-me a usar a tradução brasileira) e Manhattan. Sem falar no realismo fantástico que ele já utilizou em Zelig, A Rosa Purpura do Cairo e Scoop.
Se não ha muita originalidade, sobra charme e encanto na história do escritor em crise - personagem recorrente, geralmente, o próprio Allen - que vive um relacionamento falido com uma bela, mas superficial mulher, e que precisa de um empurrão para se decidir. Esse vem por meio de uma viagem fantástica pelo tempo em que ele vai parar na Paris dos anos 20, habitada por personagens tornaram a cidade e a época uma espécie de Olimpo intelectual e artistico do século XX. Allen recria Paris é uma festa - livro de Hemingway sobe o período - de forma divertida, passando pelos estereótipos do casal perturbado formado por F. Scott e Zelda Fitzgerald, do machismo bravateiro do próprio Ernest, o sexismo de Pablo Picasso, a personalidade de Gertrude Stein e o nonsense marketeiro de Salvador Dalí. Tudo para levar o público medianamente letrado às gargalhadas a cada referencia.  Até surgir a musa Marion Cotillard.

O primeiro close dela é de estrela, com direito a filtro usado nos velhos tempos do Star System. Sua beleza, currículo (foi amante de Picasso, Braque e Modigliani) e formação (pagou uma prostituta da Place Pigalle para ensinar as manhas quando ainda estava no colégio de freiras) fazem o pobre Owen Wilson nem perceber que a noiva está tendo um caso com um sujeito que não suporta. Mas se ele acha que a Paris da Geração Perdida é seu habitat natural, ela tem saudades da Belle Epoque dos impressionistas.
É interessante Woody Allen abordar a sindrome da Era de Ouro, sendo que ele mesmo é integrante de um outro momento e local mítico no século XX, que é a Nova York dos anos 70 e 80, descrita por escritores como Truman Capote e Tom Wolfe, da mítica boate Studio 54, da música dos Talking Heads, Laurie Anderson e tantos outros, dos filmes de cineastas como Martin Scorcese e o próprio Allen.
Mas o diretor anda divorciado com sua Manhattan e parece apaixonado pela Europa, onde sua carreira renasceu e seus filmes não são julgados pela bilheteria. No final de seu filme, seu alter ego se concilia com seu tempo, mas decide que precisa de um lugar novo para se reciclar. Como em Manhattan, o close rosto de uma bela e jovem mulher é a esperança de um novo começo.

Displicencia

Lógico que depois do último post teria que comentar a melancólica despedida do Brasil da Copa América, no domingo. O vexame canarinho só não foi maior que o da Argentina porque los hermanos jogavam em casa. Futebol é uma caixinha de surpresas, sim, mas quando quatro jogadores erram quatro penaltis (sendo tres muito para fora) numa decisão, existe algo mais que o imponderável.
Mano Meneses escalou convocou e escalou aquilo que a maioria acha ser o time ideal, e sua culpa, se há alguma, seria não ter treinado cobranças de penalidades máximas. Mas, mesmo assim, a displicencia dos cobradores é que chama a atenção, especialmente de Elano, o homem das bolas paradas do Santos. Os que jogam no Brasil, estavam vendo seus times em apuros no Brasileirão por causa dos desfalques (o Santos chegou a ficar na zona de rebaixamento e o Fluminense de Fred perdeu duas seguidas e amarga a 12a colocação) e os que atuam fora estão perdendo as férias por causa de um torneio que, digamos assim, normalmente ninguém levava muito a sério até o Brasil ser bi sobre a Argentina nas duas últimas edições. Além disso, a disputa estava se mostrando mais dura do que se pensava no início, com enorme risco de contusões. Assim, não duvido muito que alguns preferiram o caminho mais curto para casa. A seguir, imagens da única coisa boa do jogo.

sábado, 16 de julho de 2011

terça-feira, 12 de julho de 2011

Sonhos

Por Harue Kimura

A Harue sonha demais. Não estou falando de sonhar de olhos abertos, objetivo, esperança. Sonho durante o sono.
Quando conto sonhos para os meus familiares, eles comentam : “Ba, seus sonhos são engraçados. Não sei como você se lembra depois de acordar...”diz Sabrina Assayo minha neta. “Mãe você sonha coisas esquisitas, estranhos...argumenta Mônica, minha filha.
Geralmente lembro a maior parte do que aconteceu durante o sonho.
O mais recente foi : Eu viajava de ônibus com muitas maletas de mão. Quase chegando no destino, as pessoas começaram a arrumar as bagagens e eu acompanhei a movimentação. Por acaso abri o zíper de uma das maletas, fiquei boquiaberta pois lá dentro estava um bebezinho de dias, sorrindo... Lembro-me nitidamente da fisionomia do bebê. Era a Mônica bebê !Lindinha! Pensei logo em dar o peito (amamenta-la). Percebi porém que meu peito estava vazia. Daí retirei-a de dentro da maleta e preparei para pelo menos trocar as fraldas, com a ajuda das minhas companheiras de viagem, quando acordei.
Sonho 2 – Às 6,30 da matina vieram um “monte de amigos budistas, até Sr. Carvalho, já falecido e uma multidão de mulheres desconhecidas invadiram minha casa. Fiquei muito brava, expulsei e peguei  algumas pela orelhas e nada... Levaram tudo que estavam na minha escrivaninha. Gritei protestos até não poder mais, chorei, mas as lagrimas não vinham. Daí a pouco algumas mulgeres trouxeram pratos de comida, maioria eram doces, cocadas. Agradeci...Acordei.
Sonho 3 –Fui a um salão de beleza, qualquer, e lá estava um homem realizando cirurgias plásticas. E me deitei para ser a próxima. Desisti quando soube que Ra sem anestesia...Este sonho tem explicação – Vi uma entrevista com Jane Fonda aos 72 anos, linda e sem rugas, admitindo ter feito cirurgia plástica. Olhei minhas rugas e pensei : terei coragem para enfrentar o bisturi ? Daí o sonho.
Sonho 4 – Falei com Keila, amiga e uma cabeleira de mã0 cheia (segundo o Rui Daisaku, a melhor do mundo) e pedi que cachos nos no cabelo. Daí me vi vestindo quimono e me preparando para ser gueixa. Numa boate muitos homens . Destacando-se um charmoso, alto magro. Na despedida a amiga Keila deu a minha foto para o “cara”. Mais tarde ficamos sabendo que era casado dom quatro mulheres, uma legitima e três amantes. Acordei.
Trechos do livro Dialogo Sobre a Vida do meu mestre budista, Daisaku Ikeda, com Masahiro Kitagawa (vice chefe do dapartamento de estudo de budismo e Yoichi Kawada, doutor em medicina. “O sonho é sem duvida estranho. Um sonho é a ocorrência mais inesperada. Os sonhos são, com freqüência, considerados dametralmente oposto ao conceito da realidade. Freud, no entanto, concluiu que, enquanto aos sonhos parece faltar substância, eles estão, na realidade, intimante relacionados com esta realidade. Desde então, os sonhos tem-se tornado caminhos extremamente relevantes para sondar as profundezas da mente humana.
...Onde está o nosso “eu”real enquanto estamos sonhando ? O eu”real existe na forma imóvel que tomamos quando dormimos ou está livre, fluindo no mundo dos sonhos ?”
Desde que me lembro como “gente”sonho. Da maioria das vezes eram cenários de violência e sempre sendo perseguida, caindo em buracos, abismos, desviando de tiros. Era um horror. Se sonhos são manifestação de existência passadas, devo ter transformado muito do meu carma negativo.   

Transformers 3 - a discussão que interessa

Tudo bem: se filme de super-herói já é algo meio infantil, pegar uma linha de brinquedos e fazer dele um franquia milionária é absolutamente descerebrado. Ainda mais filmado por Michael Bay, o rei da megadestruição ao som de música melodramática (vide A Rocha, Armageddon, Pearl Harbor...).
A barulheira e poluição visual são as mesmas da parte dois, somada a um roteiro ainda pior, em que do nada a mãe do protagonista para tudo para fazer uma reunião familiar enquanto o mundo lá fora está acabendo. E  o coitado do John Malkovich? Nesse filme, ninguém gostaria de ser John Malkovich.
Não é a toa que a grande discussão sobre este terceiro filme girou em torno da demissão de Megan Fox. O motivo, segundo os produtores, foi que ela teria chamado chamou Michael Bay de Hitler. Daí então, resolveram trocar a morena que parece a piranha gostosa do colégio pela modelo da Victoria's Secret que além de inglesa ainda tem um sobrenome com hifen, que para a patuléia remete à aristocracia. As modelos da Victoria's Secret estão para a masturbação americana assim como as Panicats estão para os brasileiros (não é  à toa que a produção do Pânico resolveu inventar um factóide envolvendo a demissão das garotas para alvancar a audiencia acossada por Legionários, CQCs e coisas afins). E para fazer com que os adolescentes no cio se lembrem de onde já viram aquelas pernas intermináveis e aquele lábio superior ligeiramente maior que o inferior, Shia LaBeouf a chama de Angel o tempo todo.
Mas se a idéia de Bay era mostrar a Megan que qualquer manequim sem treinamento poderia fazer o mesmo que ela, não deu certo. Sim, Rosie é linda, mas falta aquele jeito sacana da Megan, que há anos vinha fazendo o mesmo papel em filmes e seriados de TV. Além disso, mesmo gata, a morena ainda parece the girl next door que deixa os caras loucos no high school, mas a inglesa definitivamente é muita areia pro caminhão do Shia. A primeira cena do casal parece um comercial de artigo de luxo, exatamente o tipo de atuação à que Rosie está acostumada. Com tudo isso, o romance o garoto alucinado com pinta de adolescente e a top model 20 cm mais alta não decola. Às vezes, a gente se pergunta porque é que ela está com aquele idiota histérico e não com o doutor McDreamy (aliás, até o Shia parece se perguntar isso).
A seguir, imagens ilustrativas do dissemos acima:

Megan Fox, em pose de poster de borracharia, em Transformers 2.

Rosie Huntington-Whiteley, parecendo sair de um comercial da Mercedes Benz, em Transformers 3.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Para roqueiros





No dia 13 de julho é comemorado o Dia do Rock. Para marcar a data, chega ao mercado a edição de colecionador do DVD AC/DC Let There Be Rock (R$ 39,90).

O filme mostra o concerto de 1979, gravado em Paris, durante a turnê do álbum Highway to Hell. Além disso, entrevistas e vídeos do backstage mostram um outro lado dos músicos, em especial de Bon Scott - que morreu dois meses após esta apresentação. No set list, clássicos como High Way to Hell, Let There Be Rock e Sin City. Nos extras, documentários sobre a banda e sua trajetória. Nesta edição especial os fãs também levarão 10 cards exclusivos com imagens marcantes da banda.

Outras dicas para os rockeiros

Elvis É Assim

Nesta Edição Especial do lendário Show filmado no verão de 1970 em Las Vegas, Rick Schmidlin, montador e restaurador, conseguiu recuperar mais de 30 minutos das músicas originais do filme, que permaneciam guardados nos cofres do estúdio à espera de sua renovação.
Preço: R$ 24,90
Minutagem: 203
Extras: Cenas adicionais mostram entre outras, performances das músicas Get Back, One Night e Suspicius Mind, em diferentes versões ao show original, e muito mais.

Elvis On Tour

Depois do sucesso de Elvis: That’s the Way It Is, o Rei do Rock e seus músicos caíram  na estrada e usaram o inovador recurso de divisão de tela usado em Woodstock para captar as performances memoráveis, repletas de energia de Elvis, em imagens imortais.

Mais de 25 números registram todo o talento do Rei do Rock, seja como músico, seja como showman, a partir da série de concertos realizados em 1972 através de várias cidades americanas.
Preço: R$ 16,90
Minutagem: 93

The Rolling Stones Gime Shelter

David e Albert Maysles, e o extasiante documentário de Charlotte Zwerin, que acompanha a turnê americana dos Rolling Stones em 1969, estão de volta. De Nova York à Califórnia em dez dias, os realizadores se dispuseram a registrar o cotidiano cru, hora doce, hora amargo, da maior banda de rock do mundo.
Preço: R$ 16,90
Minutagem: 91

Led Zeppelin: The Song Remains The Same

Os pioneiros do rock pesado Led Zeppelin, cuja mistura de um forte blues com rock sarcástico os tornou um monumento do mundo da música. Este filme de impactante mostra o grupo no legendário concerto no Madison Square Garden em 1973 descortinando cenas que misturam o grupo em suas casas e em elaboradas fantasias no palco. Clássicos como Stairway to Heaven, Dazed and Confused, Whole Lotta Love e muitos outros.
Preço - Versão simples: R$ 16,90
Preço - Versão dupla: R$ 24,90
Minutagem: 138
Extras: Entrevistas e Cenas de TV

Jimi Hendrix

Fora dos palcos ele era quieto, quase tímido. No palco, ele encantava o público com sua Stratocaster e esgotou todas as noções de como uma guitarra poderia ser tocada. Neste tributo autorizado por seu estado, Jimi Hendrix vem numa vida clara, quase real, em lembranças engraçadas e tocantes de sua família, amigos e outras lendas do rock.
Preço - Versão simples: R$ 16,90
Preço - Versão dupla: R$ 24,90
Minutagem:  102
Extras: Do Ukulele ao Strat  / O making of de Dolly Dagger / Machine Gun (em preto e branco) / "Stone Free"

Imagine John Lennon: Edição Especial

Concebido a partir de informações e arquivo pessoal do lendário Frontman dos Beatles - John Lennon.
Preço: R$ 16,90
Minutagem: 106
Extras Especiais: Curiosidades sobre John Lennon. Um tributo a John Lennon: O homem, a música, as recordações/ John Lennon: Verdade seja dita / Acústico: Imagine / A Casa na ilha  / "curiosidades sobre John Lennon“

Woodstock – 3 Dias de paz, amor e música

1969... Martin Luther King e Robert Kennedy são mortos a tiros. A Guerra do Vietnã estava apenas começando... Em agosto desse mesmo ano, mais de 500.000 pessoas se reuniram em uma pequena fazenda, nos arredores de Nova York para celebrar, em três dias de muito rock and roll, paz e amor, o maior festival da música do planeta! São cenas nunca vistas de alguns dos maiores mitos da música. Woodstock foi o maior evento musical de todos os tempos e suas lembranças ficarão vivas para sempre na memória de várias gerações!
Preço: R$ 16,90
Minutagem: 224

Edição Especial - 4 DVDs

A história de Woodstock, um dos maiores eventos musicais com cenas nunca vistas.

Três dias de muito rock and roll, paz e amor, o maior festival da música do planeta!

Vencedor do Oscar de Melhor Documentário em 1994.

O diretor Michael Wadleigh selecionou o que havia de melhor em seu arquivo de imagens para apresentar uma nova versão desse aclamado sucesso.
Preço: R$ 79,90
Minutagem: 507
Extras Especiais: O Museu de Bethel Woods: A História dos anos 60 e de Woodstock.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Parceria Unimed Campinas e Assinfocamp inova a edição 2011 do Projeto Unimed Arte


A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas (OSMC) é o maior bem cultural da cidade. Por isso foi escolhida pela Unimed Campinas para dar vida à edição 2011 do Projeto Unimed Arte. A parceria firmada hoje, por intermédio da Associação dos Amigos da Orquestra Sinfônica de Campinas (ASSINFOCAMP), compreende o período de 2 de julho a 18 de dezembro, e prevê 32 concertos em Campinas e na região. O concerto especial de estreia do Unimed Arte aconteceu neste sábado, dia 2, na Sala Luiz Otávio Burnier do Centro de Convivência Cultural “Carlos Gomes”, às 20h00, com regência do maestro convidado Karl Martin, e apresentação da cantora lírica Denise de Freitas. 

A parceria Unimed/Assinfocamp permitirá à direção da Sinfônica ratificar a presença de artistas do Brasil e do exterior - regentes, solistas e cantores líricos – cujos nomes foram anunciados para a temporada 2011 dos Concertos Oficiais e Especiais da OSMC agendados para a sala Luiz Otávio Burnier, do Centro de Convivência Cultural “Carlos Gomes”. Além disso, viabilizará concertos adicionais nas cidades de Holambra, Cosmópolis, Artur Nogueira, Indaiatuba e  Valinhos até o final do ano.

“Como todos os campineiros natos ou por opção, a Unimed orgulha-se da sinfônica que a cidade tem, e que projeta Campinas no cenário artístico e cultural do país”, afirma o presidente da Unimed Dr. Plínio Conte de Faria Júnior, para quem essa parceria contribuirá para que mais pessoas prestigiem o melhor da música erudita presente no vasto repertório da temporada atual de concertos.