Harue Kimura
No dia primeiro de setembro, Rui Daisaku, meu neto
participou de um seminário na escola onde estuda, o Colégio Escala. O tema era sobre
alimentação.
Vários alunos se revezaram para falar da necessidade de
escolher os alimentos que dê sustâncias nutricionais ao corpo humana.
Nesse corre corre diário a tendência é comprar pratos
prontos e congelados que bastam alguns minutos no microonda .
Aparece três garotos. Um carregando placa com desenho de
cenoura, o outro, o tomate e Rui um peixe.
Cá entre nós escolher o peixe para o Rui foi uma boa, pois
não gosta de peixe. O alimento cenoura fala ;” Alimentos funcionais ou
nutracêuticos são aqueles que colaboram para melhorar o metabolismo e prevenir
problemas de saúde.”
O alimento tomate diz ;”Eu por exemplo, estou relacionado à diminuição
do risco de câncer de próstata. Evito e reparo os danos dos radicais livres que
alteram o DNA das células que desencadeiam o câncer.
E o nosso peixe (Rui Daisaku) continua: “No meu caso, ajudo
a diminuir o risco de doenças cardiovasculares. Reduzo os níveis de triglicerídeos
e do colesterol total do sangue, sem acumulá-lo nos vasos sanguíneos do
coração.”
Foram meses de ensaios. Parabéns aos professores, foi um
ótimo seminário. A família inteira, inclusive o pai Marcos Lopes veio
especialmente para o acontecimento.
Rui teve uma participação pequena. Achei uma pena, pois ele
se empenhou muito e em casa vivia repetindo os trechos que , com seriedade decorou.
Agora resta saber se alguma coisa foi aprendido com o
seminário. Nada daqueles salgadinhos de pacotes, frituras.e guloseimas . De vez
em quando, tudo bem
No final do Seminário, a Sonia, uma das proprietárias disse
que recebeu uma carta de um ex aluno que agora na faculdade pedindo para
continuar com os seminários. “Graças aos
seminários no Escala pude falar em publico com desenvoltura “dizia o ex
aluno.,Que bom, não acham ? .
Hoje até as crianças tem problemas cardíacos, pressão alta e
obesidade então nem conta.
Rui tem muito de : “Não gosto disso. Este não gostei”. E é teimoso
a ponto de passar fome a comer o alimento que não gosta. Considero isso
preocupante.
Meu falecido marido, Tetsuo, dizia que na sua casa, todos se
sentavam à mesa e Junzo, meu sogro dizia: “Mamãe preparou toda a comida que
vocês estão vendo com todo carinho e empenho, assim vamos saborear.”E o pai
Junzo colocava nos pratos de todos um pouco de cada alimento. Graças à esta
educação, não tive problemas no preparo de comida para Tetsuo..
A Harue mais viveu com o casal de tios, meus segundos pais,
que sempre tiveram trabalhos que exigiam horas e horas de trabalho, nunca
estavam quando nas horas das refeições. Meu avô , pai de minha mãe e tio,
Fukutaro é quem cuidava de me alimentar e tudo o mais. A tia Yamashita deixava
as refeições prontas antes de sair para o trabalho, levando marmita para si e
meu tio; regressando, muitas vezes quando eu já estava dormindo. O trivial era
quase a mesma coisa. Arroz e misturas,
geralmente cozidos de carne ou frango com verduras. O feijão não fazia parte do
cardápio.
Quando almoçava ou jantava em casas de parentes ou amigos,
estranhava o montante de misturas
diferentes. Isto foi até mudarmos para Lins. Meus tios contrataram uma menina
pouco mais velha que eu para o trabalho de babá e cuidar de casa aliviando
minha tia de suas obrigações domesticas. Tereza, o nome da ajudante, introduziu
o feijão no dia a dia, pois em casas adotivas em que viveu (perdeu a mãe quando
muito pequena) o clássico arroz e feijão era o constante. As variantes era uma
raridade.
Minha mãe Assayo cozinhava bem. Os familiares diziam que ela
cozinhava com amor (não existia o Sazon) por isso um simples cozido tinha um
sabor todo especial
Das tarefas de casa, só gosto de cozinhar. Detesto faxina,
lavar louças, lavar e passar roupas. É como diz a propaganda de maquina de
lavar louças :”Você não foi feita para lavar louças, ela (mostrando a maquina)
sim....
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