sábado, 30 de agosto de 2008

Medalhas

Ao contrário do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que tenta minimizar a frustração do desempenho verde-amarelo em Pequim, a Secretaria Municipal de Esportes e lazer (Sesla) comemorou na quinta-feira o cumprimento da meta de 100 medalhas nos Jogos Regionais com uma festa no Indaiatuba Clube. Com planejamento, total apoio do prefeito José Onério e patrocínio da iniciativa privada, os atletas locais conseguiram ultrapassar o objetivo e chegar às 102 insígnias, sendo 37 de ouro. A coluna parabeniza todos os atletas que participaram da campanha e que merecidamente ganharam uma celebração no salão mais nobre da cidade.

Linha de passe

O filme “Linha e Passe”, de Walter Salles, que deu a Sandra Corveloni a prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes e que tem dois indaiatubanos no elenco principal – João Baldasserini e José Geraldo Rodrigues, terá pré-estréia em Indaiatuba na próxima quinta-feira, como parte da programação do Cineclube Indaiatuba. As pessoas cadastradas, põem retirar seu convite até terça-feira no cinema. Existe a possibilidade dos dois atores locais comparecerem, além de Vinícius de Oliveira, revelado em “Central do Brasil.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Em cartaz

Os dois maiores astros do cinema chinês e asiático finalmente foram reunidos em um filme: “O Reino Proibido”, que está em lançamento nacional no Brasil esta semana. Completando as estréia no Topázio estão “O Grande Dave”, com Eddie Murphy; e “A Ilha da Imaginação”, com Jodie Foster e a menina Abigail Breslin, de “Pequena Miss Sunshine”.

“O Reino Proibido” baseia-se no famoso romance “Jornada ao Oeste”, que também inspirou Akira Terayama na saga “Dragonball”. Uma história famosa, a reino proibido 2 aguardada reunião dos superastros das artes marciais e um orçamento de US$ 70 milhões. O que podia dar errado? Aparentemente a escolha do diretor, Rob Minkoff, que na década passada despontou como promessa com “O Rei Leão”, mas logo se afundou no desastre “Mansão Mal-Assombrada” (mas aí tem Eddie Murphy para dividir a culpa).

O garoto Jason (Michael Angarano, de “Escola de Super-Heróis”) é fã de filmes de artes marciais e faz amizade com o velho dono de uma loja de quinquilharias orientais (Jackie Chan). Quando é obrigado a ajudar no roubo da loja do velho por uma gangue local, Jason acaba sofrendo um acidente e é lançado à China antiga, onde encontra o lutador bêbado Lu Yan (Chan, de novo) e se junta a ele, a uma monje não tão silencioso (Jet Li) e à jovem Pardal Dourado (Yifei Liu) para enfrentar o Lorde de Jade (Collin Chou, de “Matrix Revolutions” eDOA”) e seus asseclas para reaver o cajado mágico do Rei Macaco (Li, de novo). Apenas recuperando o cajado e libertando o Rei Macaco, Jason poderá voltar pra casa.

Você pode achar estranho um filme desses estreando logo após as Olimpíadas, ao invés de aproveitar a onda sobre os Jogos de Pequim como fizeram “Kung Fu Panda” e “A Múmia 3”. Bom, na verdade, ele estreou antes do evento na China, mas nos EUA. Aqui, provavelmente escaldados pela bilheteria decepcionante e malhação geral sobre o filme – inclusive dos dois astros – os distribuidores devem ter puxado o freio de mão. Mas que fã resiste assistir lutas entre os dois grandes mestres vivos do kung fu de cinema?

grande dave 2 “O Grande Dave” vem a se juntar à coleção de bombas que Eddie Murphy vem protagonizando nos últimos anos. Isso, paradoxalmente, não o impede de ser um dos astros mais bem pagos de Hollywood, graças principalmente à dublagem da franquia “Shrek”, único êxito de crítica do comediante ultimamente. Em busca de uma saída para evitar a destruição de seu planeta, seres extraterrestres chegam à Terra. Eles possuem a forma de seres humanos, mas são bem menores. Para observar e aprender sobre a rotina terráquea eles passam a abrigar naves que tem o formato de humanos. Uma delas é Dave (Eddie Murphy), que precisa agir como uma pessoa normal para não despertar suspeitas. No elenco também estão Gabrielle Union (“Bad Boys II”) e Elizabeth Banks (a Betty Brant da franquia “Homem-Aranha”). A direção é de Brian Robbins, que junto com Murphy cometeu “Norbit”.

“A Ilha da Imaginação” é o quinto filme de Abigail Breslin após “Pequena Miss Sunshine”, lançado há apenas dois anos, e ela ainda vai lançar mais um esta ano e está filmando outro. Tudo para aproveitar enquanto ela ainda é criança (vai saber como ela vai ficar na aborrescência...). Mas desta vez, Abigail pode contar com a experiência de quem foi criança-prodígio do cinema e depois de adulta se tornou uma atriz respeitada – dois Oscar ilha da imaginação 2antes dos 30 anos! – , Jodie Foster. A menina é Nim, que vive com seu pai, o cientista Jack (Gerard Butler, de “300”), em uma ilha perdida em algum lugar do Pacífico Sul. Embora o laboratório de Jack (o mesmo nome do herói de “Lost”, será coincidência?) na ilha seja equipado com internet, rádio e suprimentos recebidos periodicamente, não há mais nenhum humano no lugar além dos dois. Quando ele se perde numa tempestade, Nim busca a ajuda do herói de seus livros de aventura preferidos, Alex Rover, sem saber que verdade “ele” é uma escritora, Alexandra Rover (Jodie Foster), que vive isolada por causa da agorafobia e não tem coragem de sair de sua bela casa, em São Francisco. Quando percebe que a menina está mesmo em apuros, cria coragem para ir até a ilhota para  encontrá-la.

Cineclube do Casarão


Sessão de SEXTA
Dia 29/08 – 19h30
X-Men. Direção de Brett Ratner
Classificação etária: 12 anos

Sinopse: Prof. Charles Xavier é um mutante que educa crianças também mutantes e as ensina a usar seus poderes para o bem. Junto com a aluna Jean Grey e alguns outros alunos mais antigos, eles formam os X-Men, que lutam para proteger a humanidade do maligno Magneto. Os líderes dos mutantes, com pontos de vista opostos – Charles Xavierque prega a tolerância e Eric Lensherr (Magneto), que acredita na sobrevivência dos mais fortes – têm de enfrentar o maior teste de todos: começar a guerra que porá fim a todas as guerras. E em meio a todo esse conflito, eis que surge Wolverine, um mutante com poderes de cura e com um passado obscuro, que está sendo supostamente "caçado" por Magneto e agora precisa da ajuda dos X-Men para descobrir o motivo dessa perseguição e qual o objetivo de Magneto para com ele.

Matinê do Casarão
Sky High – Escola de Heróis. Classificação etária: LIVRE
Will Stronghold (Michael Angarano) é um adolescente comum, que se preocupa com os amigos, as notas do colégio e garotas. Ele é também a 3ª geração de sua família a estudar na conceituada Sky High, uma escola de elite que tem por meta transformar jovens superdotados em super-heróis do futuro. Só que há um problema: Will está começando o 1º ano sem ter manifestado nenhum superpoder, o que faz com que seja apelidado de "parceiro coadjuvante" pelos colegas de escola. Humilhado constantemente na Sky High, Will ainda precisa esconder o fato de seus pais, os famosos super-heróis Commander (Kurt Russell) e Jetstream (Kelly Preston).

Cineclube de Domingo
Hellboy.

Direção de Guilherme Del Toro. Sinopse: Já perto do fim da 2º Guerra Mundial, os nazistas tentam eliminar seus inimigos usando magia negra. Uma das experiências feitas é a tentativa de invocar forças ocultas. Um teste rituais é interrompido pelas forças aliadas, que encontram um garoto com aparência de demônio e a mão direita feita de pedra, apesar da ritual não ter sido concluída. O garoto passa a ser chamado de Hellboy e é levado pelos Aliados. Sessenta anos depois, Hellboy agora luta pelo bem e é chamado quando um estranho fenômeno, possivelmente sobrenatural, acontece.
Lotação máxima: 60 pessoas. Os convites devem ser retirados no dia da exibição, a partir das 13 horas. Casarão Pau Preto: Rua Pedro Gonçalves, 477 – Jd. Pau Preto – Tel.: (19) 3875-8383

Livro novo do Zuza

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Nota na Folha

Morre autor que listou o que fazer antes de morrer
Dave Freeman, co-autor do livro "100 Things to Do Before You Die" (cem coisas a fazer antes de morrer), morreu ao bater a cabeça após uma queda em sua casa, em Los Angeles. O acidente aconteceu no dia 17, mas foi divulgado anteontem. O livro que fez com Neil Treplica foi um desdobramento do site whatsgoingon.com, que administrava com o colega. Ele tinha 47 anos.

***

Medo, muito medo.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Rock Fire sábado no Tom da Terra


A primeira edição do Rock Fire, que acontece no próximo dia 30, no Espaço Tom da Terra, e conta com a participação de dois grandes nomes do rock cover regional Unha Encravada (foto), de Indaiatuba, e Rock S/A, de Itu.

Formada em 1988, a banda Unha Encravada interpreta clássicos do rock que vão desde os anos 60 até os anos 90, com um repertório que inclui sons de Pink Floyd, Deep Purple e Led Zeppelin, entre outros. “Estes são alguns monstros da música que não podem faltar em nossas apresentações”, comenta o vocalista Haroldo Garcia. Mas o rock nacional não fica de fora, já que a banda também interpreta sucessos de grandes nomes do rock nacional como Barão Vermelho, Ultraje a Rigor e Capital inicial.

Com um repertório Pop rock que varia de Beatles até os dias de hoje, a outra atração da noite, Rock S/A, figura entre as melhores bandas covers do interior de São Paulo e conta com mais de oito anos de estrada se apresentando nas mais conceituadas casas de shows e eventos do interior e também da capital paulista. Em seu repertório músicas de U2, The Police e Pearl Jam, entre outros monstros do rock. “Além de resgatar o rock para Indaiatuba, essa festa vai proporcionar uma noite diferente, com bandas de alto nível, muita gente bonita, sem contar com a competência das pessoas que estão à frente da organização” diz o baixista Everton Micai.

O Rock Fire acontece no dia 30 de agosto, a partir das 22h, no Espaço Tom da Terra, com três horas de open bar de chope. Os convites, que são limitados, já estão à venda em Itu, na Bali e na Oficina e Cia do Plaza Shopping; em Indaiatuba também na Bali, Choc Lar, Mari Mari, Disk Cerveja do Alemão, Tom da Terra e Bandit Bike; em Salto, na Oficina e Cia do Shopping Center Salto. Os ingressos custam antecipadamente R$ 15 (mulher) e R$ 30 (homem). Mais informações pelos telefones (19) 8122-5065 e 9158-3236.

Clip Festival

Foi inegavelmente um sucesso o Clip Festival domingo passado no Estádio do Primavera. Casa cheia como seria de sesperar, pontual como quase não acontece em eventos do gênero, boa infraestrutura e recepção à imprensa credenciada; enfim, tem tudo para se firmar como evento fixo no calendário de Indaiatuba e região.

O NX Zero abriu o evento com tudo, surfando na onda de popularidade positiva, cororada por recentes prêmios de grande visibilidade. O horário ajudou o principal público alvo da banda, que pode ir ao show deixando os pais sossegados. Das bandas menos renomadas, destque para a Estado de Emergência, que após um início de carreira arrasador, acabou sumindo - sabe-se lá por que - mas mostrou muita garra no domingo, botando a galera pra pular mesmo tocando depois dos medalhões emocore. Já a novata Elemento 5, apesar de bancar a estrutura de filmagem vista durante o festival (muita gente pensou: filmar pra passar na rádio???) ainda é crua e esfriou o clima do público.

Destaco o encerramento com Capital Inicial, embora o auge da lotação deva ter sido durante o Detonautas, de volta ao merdado após a tragédia que abateu o grupo no seu auge. O brasilienses voltara com tudo há dez anos com o Acústico MTV e agora mostram que não surfam mais na onda do saudosismo dos anos 80, seguindo numa carreira de novos sucessos e novos fãs. Foi a chave de ouro adequada para encerrar esta edição do Clip Festival, um festival de rock de verdade que o interior estava precisando.

Desfile do Campinas Shopping

Em boa parte dos eventos que eu vou acabo me lembrando da frase de Frank Zappa sobre entrevista de rock: "um sujeito que não sabe escrever perguntando para um cara que não sabe falar para ser lido por pessoas que não sabem ler". Foi mais ou menos o que aconteceu na entrevista coletiva de Ana Hickman, sexta passada na Casa de Campo do Royal Palm Plaza - que os campineiros chamam de "The Royal". A bela veio fazer uma participação no desfile de lançamento da coleção Verão do Campinas Shopping, especialmente para a marca Vizzano.
Nunca se espera muito desse tipo de entrevista, mesmo sendo a apresentadora da Record simpática e articulada (além de linda da gente pensar que Deus existe, mas não para todos), mas o melhor ficou para o final. Quando indagada sobre seu contrato com as Faculdades Anhangüera, ela contou que renovou seu contrato por mais um ano e que tinha dez bolsas de estudos para distribuir e, embora não soubesse como faira isso, afirmou a importância de dar oportunidade para as pessoas se educarem, etc etc (ela, que teve acesso a uma das melhores formas de educação, que é viajar pelo mundo com olhos e ouvido atentos). Pois não é que alguns coleguinhas aplaudiram a entrevistada? E depois, a sessão de fotos ao lado dos sapatos da patrocinadora virou uma tietagem descarada da qual até as moças do staff da assessoria de imprensa e do hotel participaram, deixando o pobre Henri Castelli, que aguardava sua vez com os repórteres, abandonado num canto...
***
O evento em si acabou sendo bem mais pobre que o do ano passado, que trouxe duas tops-celebridades - Gianne Albertoni e Daniela Cicarelli - contra apenas Ana Hickman este ano (vieram dois galãs como este ano, no caso agora, Paulo Zulu e o já citado Castelli). Do ambicioso desfile "sustentável" de 2007 não sobrou nada. Na recepção do ano passado estava a futura Miss Campinas, Jocasta Cristina da Silva, e este ano o cast de recepção e passarela era bem mais modesto. O coquetel então foi beeem mais modesto, chegando ao limite do desrespeito com os convidados. Se não fosse o bom senso de uma das bartenders, muita gente, inclusive este repórter, passaria a seco durante o logo desfile porque estava cobrindo a coletiva que começou com mais de uma hora de atraso.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Deu no Contas Abertas

Cada medalha olímpica brasileira custou R$ 50 milhões

Pode ter faltado competência, equilíbrio emocional e sorte, mas verba não faltou. O último ciclo olímpico (2005-2008), que culminou com a Olimpíada de Pequim, foi o que mobilizou maiores recursos federais em favor do esporte brasileiro, a título de preparação para a maior competição do esporte mundial. As estatísticas apontam que mais de R$ 650 milhões foram gastos em prol do esporte olímpico. O dinheiro é contabilizado por meio dos recursos das loterias, das empresas estatais, do fundo de incentivo fiscal e do Ministério do Esporte, com o Programa Brasil no Esporte de Alto Rendimento, o Brasil Campeão, que inclui o bolsa-atleta. Com isso, cada uma das 13 medalhas conquistados pelo País na China (excluindo as duas do futebol, que não recebe dinheiro público) custou cerca de R$ 50,4 milhões aos cofres públicos.

Entre 2005 e 2008, o montante investido no esporte brasileiro, R$ 654,7 milhões, é procedente de diversas fontes: R$ 265,7 milhões destinados ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) por meio da lei das loterias criada em 2001, que obriga o destino de 2% das loterias federais aos comitês Olímpico e Paraolímpico brasileiros; R$ 34,4 milhões oriundos da lei de incentivo ao esporte, aprovada em 2006 e que concede isenção fiscal à pessoa física ou jurídica que fizer doação a um projeto esportivo; R$ 247,9 milhões de patrocínios das empresas estatais e mais de R$ 107 milhões aplicados pelo governo federal no Programa Brasil no Esporte de Alto Rendimento.

Parte do dinheiro computado pela lei de incentivo fiscal ao esporte foi destinado às confederações de boxe (R$ 4,8 milhões), de judô (R$ 1,9 milhão) e de tênis de mesa (R$ 564,5 mil), para o Minas Tênis Clube (pouco mais de R$ 1 milhão), além de R$ 26 milhões para o COB. Já entre os patrocínios das estatais estão os R$ 42 milhões e os R$ 5,9 milhões destinados pela Caixa Econômica Federal ao atletismo e à ginástica, os R$ 38 milhões dos Correios para a natação, os R$ 40 milhões da Eletrobrás para o basquete, os R$ 10 milhões da Infraero ao judô, os R$ 11,2 milhões pagos pela Petrobras ao handebol e os cerca de R$ 100 milhões do Banco do Brasil para o vôlei.

Com a proximidade dos Jogos Olímpicos de Pequim, o Programa Brasil no Esporte de Alto Rendimento, o Brasil Campeão, foi o segundo programa mais bem contemplado pelo Ministério do Esporte esse ano, com R$ 51,1 milhões recebidos. O programa tem o objetivo de aperfeiçoar atletas de alto rendimento a partir da implantação de centros de treinamento; modernizar centro científico e tecnológico para o esporte e implantar infra-estrutura para a prática desportiva nas instituições de ensino e entidades parceiras, beneficiando o esporte educacional. A verba também é usada, entre outros fins, para custear o sistema de avaliação de atletas, o pagamento de quase três mil bolsas e para a promoção e participação de 1,2 mil atletas portadores de deficiência.

Os resultados conquistados pelo Brasil em Pequim, inferiores em termos de medalhas de ouro aos de Atenas, vão certamente provocar inúmeras discussões. Segundo diversos especialistas, como José Cruz, da editoria de esportes do Correio Braziliense, embora não se pretenda que a política esportiva do Brasil seja dirigida apenas para a formação de atletas - o prioritário é que a educação esportiva ajude na formação do cidadão, na saúde e na inclusão social - a ampliação "da base da pirâmide" do esporte de alto rendimento depende da estreita relação entre o esporte e a educação, assim como acontece nos Estados Unidos, na China e em Cuba (apesar de não ter sido destaque em Pequim). Nestes países, os talentos esportivos são descobertos nas escolas e, desde cedo, as crianças são treinadas para evoluir nas modalidades que praticam.

Outra crítica levantada por Cruz é de que os recursos atualmente disponíveis para o COB e às confederações esportivas estão concentrados no “topo da pirâmide”, sendo injetados, quase que exclusivamente, em atletas de ponta, já consagrados. "Ao contrário do que ocorria em décadas passadas, não faltam recursos ao desporto nacional, mas sim gestão e fixação de prioridades. O desporto na base sofre com a falta de verba, além da educação fisíca nas escolas ser praticamente inexistente", afirma Cruz. Isso contraria a própria Constituição Federal, que afirma que é “dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento”.

Diante da discussão, alguns parlamentares, como o deputado Miro Teixeira, pretendem levar o debate em torno da questão da aplicação dos recursos no esporte brasileiro ao Congreso, inclusive com a criação de uma CPI.

Os recursos destinados ao ciclo das Olimpíadas de Atenas 2004 para o esporte brasileiro somaram cerca de R$ 280 milhões, ou seja, menos da metade do desembolsado com os jogos de Pequim. Na Grécia, com a presença de uma delegação de atletas menor (247 contra 277 este ano), o Brasil fez a melhor campanha de todos os tempos com a conquista de cinco ouros. No entanto, somando todas as medalhas conquistadas naquele ano, 10 no total, o custo aos cofres públicos foi mais barato; alcançou a cifra de R$ 28 milhões por medalha.

Vale ressaltar que os valores aplicados no esporte de alto rendimento considerados poderiam ser ainda maiores caso fossem incluídos os gastos e os investimentos feitos pelo Ministério do Esporte com o Programa Rumo ao Pan 2007. Criado em 2004, o programa recebeu apenas dos cofres da pasta quase R$ 1 bilhão para ser aplicado na realização do evento no Rio de Janeiro.

Leandro Kleber
Do Contas Abertas

sábado, 23 de agosto de 2008

South american way


Na melhor de três contra os americanos nos esportes coletivos, as meninas do vôlei foram à forra pela derrota no futebol feminino mas, principalmente contra seu passado. A fama de "amarelonas" adquirida quatro anos atrás na semifinal contra as russas, quando ganhavam o terceiro set (2 a 1 para o Brasil) por 24 a 19 traumatizou toda essa geração, especialmente a oposta Mari, então com 21 anos.
Excelente atacante, ela nitidamente gelou naquele jogo. O técnico José Roberto Guimarães levou praticamente quatro anos para recuperá-la, chegando a cortá-la da seleção durante um tempo, mesmo sendo ela peça fundamental para a conquista de qualquer título. Novo fracaso nos Jogos Panamericanos em pleno Rio de Janeiro fez com que a seleção embarcasse a Pequim cercada de desconfiança, independente do recente título do Grand Prix.
Na foto, Mari ao centro, que acabou sendo a principal atacante brasileira, exorcizando de vez o fantasma de Atenas e que está comemorando seus 25 anos no alto do pódio olímpico: à sua esquerda a levantadora Fofão, que teve que disputar cinco olimpíadas para finalmente conquistar sua medalha de ouro e que deve encerrrar sua carreira com a conquista; e Paula Pequeno, que de pequeno não tem nada, tanto em estatura, quanto em talento, sendo a mais completa jogadora da equipe nacional e, talvez, do mundo.
Isso joga mais responsabilidade sobre o vôlei masculino brasileiro, que vai desempatar esa disputa informal contra os EUA e que já tem fama de vencedor.

***
PS: Ahhh, e o vôlei masculino ainda tem a chance do Brasil ao menos igualar a perfomance de Atenas, quando a delegação voltou com quatro medalhas de ouro!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Disputado

Globo e Record querem Danilo Gentili do "CQC"
MIGUEL ARCANJO PRADO

da Folha Online

Globo e Record estão assediando o humorista Danilo Gentili, que ficou conhecido do grande público como o repórter inexperiente do "CQC" ("Custe o Que Custar"), da Band.

Divulgação
Danilo Gentili, do "CQC"
Danilo Gentili ficou conhecido como o repórter inexperiente, sucesso do "CQC", na Band

Na Record, o convite partiu de Tom Cavalcante, que quer Gentili em seu "Show do Tom". Já na Globo, a idéia seria aproveitá-lo no "Zorra Total" ou mesmo criar um quadro para Gentili em outro programa da emissora ainda não definido.

A Globo tem tentado renovar seu time de humoristas, como no concurso do "Domingão do Faustão" e também com participação de nomes da comédia stand up no "Altas Horas". A Record segue a mesma linha, com concurso de novos comediantes no "Show do Tom".

Na Band, Gentili já se irritou algumas vezes com a direção do "CQC". Uma delas foi quando o enviaram para cobrir a Festa do Peão, em Barretos (SP). O humorista é defensor dos direitos dos animais e já havia criticado publicamente o evento.

Gentili ainda viveu uma saia-justa com um dos colegas no "CQC". O humorista Rafinha Bastos usou piadas do repertório de Gentili em seu show de comédia stand up. Gentili ficou chateado.

A Band também planeja investir em humor, impulsionada pelo sucesso do "CQC". Ela deseja montar uma nova "Escolinha". A emissora não comenta o assunto.

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E como vocês sabem, o rapaz estará dia 7 de setembro em Indaiatuba com o espetáculo "Apenas Danilo", domingo às 19h no Ciaei. A venda de ingressos começam segunda-feira, quase certamente na Secult, na Praça Dom Pedro, mas os demais pontos de venda ainda não foram divulgados.

Americanos


Dos principais esportes coletivos - que não são handebol, softbol, hóquei sobre grama e outras excentricidades - os EUA estão nas finais do basquete masculino e feminino, do vôlei masculino e feminino e no futebol que interessa a eles - o feminino - já ganharam o ouro. Isso sem contar que as principais duplas ianques no vôlei de praia também ficaram em primeiro lugar, embora no mais americano dos esportes, o beisebol, eles tenham sido eliminados na semifinal por Cuba, que vai decidir o ouro com a Coréia do Sul.
No basquete masculino só um milagre comparável a abertura do Mar Vermellho tira o título de Kobe Bryant e cia. No feminino é quase isso. E no volei masculino e feminino vão decidir contra o Brasil, que carrega o fardo do favoritismo em ambas as finais. Isso é perigosíssimo. Se o time de Bernardinho está acostumado a vencer finais - inclusive olímpica - o mesmo não acontece com o de José Roberto Guimarães, ainda que as meninas tenham exibido uma atitude vencedora até agora. O problema é que os americanos, mesmo quando chegam pianinho, sempre vão para vencer. É uma diferença cultural importante a divisão que eles fazem da Humanidade entre winers, vencedores, e losers, perdedores, um insulto só comparável em português a chamar a mãe de prostituta (lá, eles preferem chamar o desafeto de incestuoso).
É mais ou menos como o brasileiro encara uma Copa do Mundo de futebol, só que transferido não apenas para a maioria dos esportes, como a todos os aspectos da vida.

Medalha, medalha, medalha


Graças a Maureen Maggi e os rapazes do vôlei de praia, o Brasil ultrapassou o Cazaquistão (terra de Borat) e agora está na frente da desenvolvida Dinamarca em 26o lugar no quadro geral de medalhas. Melhor classificada que Suiça, Hungria, Noruega, Portugal, Argentina (iupii!), México e Suécia, mas atrás da Jamaica, Belarus, Etiópia, Geórgia e Quênia.
Nada, nada... não é nada mesmo, como diria Ancelmo Góis.

Musa do dia


No início da carreira Maureen Higa Maggi era festejada pela mídia tanto pelas marcas no salto em distância como pela vaidade. Desfilava pelas pistas com suas unhas pintadas de forma festiva e com sua mochila de ursinho. Em 2003 tinha a melhor marca do mundo - 7 metros e 6 centímetros - quando foi flagrada no exame anti-dopingo devido a uma substância proibida que fazia parte da fórmula de um produto usado na depilação. Paralelamente, namorava o piloto Antônio Pizzonia, que a pressionava para abandonar a carreira, e ela assim o fez por três anos.
O casamento acabou mas dele surgiu sua filha Sophia. Cumprida a suspensão, retornou aos treinos em 2006 para, no ano seguinte, ganhar duas medalhas de ouro no Jogos Panamericanos do Rio, no salto em distância e nos 110 metros com barreiras. Afirma que sua filha foi o maior incentivo para retomar o esporte.
É essa mulher de 32 anos que se torna a primeira brasileira a ganhar uma medalha de ouro no Atletismo, a primeira brasileira a subir sozinha no ponto mais alto do pódio de uma olimpíada. Nada de sologans publicitários tipo "sou brasileiro e não desisto nunca". Foi uma conquista individual de alguém que ressurgiu das cinzas para a glória olímpica.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Isso é uma vergonha!


Acabo de ouvir o Boris Casoy fechar uma matéria no Jornal da Noite, da Band, sobre o brasileiro que morreu no acidente aéreo na ESPANHA com uma crítica aos problemas da malha aérea BRASILEIRA!
Mas será o Alzheimer?

Bastidores do COB (ou Heil Nuzman)

Genial! :D

Musa do dia


Ela foi barrada do time nas semifinais da Copa do Mundo de Futebol Feminino porque brigou com a treinadora e algumas colegas e os EUA levaram de quatro do Brasil. Marrenta, disse: "eu não tomaria quatro gols!". A técnica caiu e ela voltou a ser titular.
Hope Solo não é apenas gatíssima como tem uma personalidade forte, manda em sua defesa e é ótima goleira. Hoje exibiu apenas um defeito óbvio: não sai nos escanteios e numa dessas a casa quase caiu. Mas mostrou ao mundo que tinha razão e devia ter jogado contra o Brasil no ano passado.

Ganha quem faz mais gols


O que mais me impressionou na vitória dos EUA sobre o Brasil no futebol feminino é a forma com que o time americano se organizou para obter a medalha de ouro. Sabendo ser tecnicamente inferior, a técnica Pia Sundhage fez o time jogar à moda da Champions League. Não se vocês já viram partidas do cameonato Inglês, mas em gerla é assim, um início agressivo para ver se fazm um gol no começo, depois "cozinham o galo" até quase o final do período, para tentar o gol novamente. O mesmo acontece no segundo tempo. As americanas começaram a marcar sob pressão para ver se conseguiam um gol, mas logo recuaram porque esse tipo de jogo é muito desgastante. A diferença é que o cozimento do galo durou quase o jogo todo, já que elas contavam com a prorrogação para impor sua melhor condição física, já que pasaram a partida se defendendo enquanto as brasileiras se desgastavam atacando. Ainda assim quase marcaram no finalzinho, com duas defesaças da goleira Bárbara. A prorrogação começou, o Brasil pregou e elas marcaram seu golzinho de ouro.
Tudo bem que algumas jogadas individuais de Marta e Cristiane quase estragaram os planos americanos, mas, na realidade, as meninas brazucas não conseguiram traduzir o domínio do jogo em chance reais de gol, tanto que a bela mulata Bárbara teve tanto trabalho quanto a loiraça Solo durante os 90 minutos.
Mais uma derrota do futebol feminino do Brasil, mas que em quatro Olimíadas se igualaram ao masculino com duas medalhas de prata, e olha que os barbados brasileiros correm atrás do ouro olímpico desde Helsinque, em 1956. Vá lá que Ronaldinho e cia levaram bronze em Sidney,naquele feio episódio em que não foram buscar as medalhas.
Acho que as meninas do Brasil só vão ganhar um título quando existir aqui uma liga nacional decente, mesmo que as craques joguem fora, como acontece também no profissional. Amanhã a seleção feminina de volei também vai enfrentar americanas na disputa por uma medlaha de bronze. Como no futebol, as meninas brasileiras tem fama de só chegar no quase, só que cinco vezes na semifinal. Pela primeira vez vão a uma final olímpica e vão encarar o pragmatismo americano na condição de favoritas como no futebol. Felizmente, o volei não é um esporte que se decide num único gol mas todo cuidado é pouco contra um time que eliminou as também favoritas Itália e Cuba.

Perguntar não ofende

O Supremo Tribunal Federal acaba de estender a proibição do nepotismo - que já vale para o Judiciário - aos poderes Executivo e Legislativo. A Constituição já vetava a prática, mas como cada um interpretava a Carta Magnia ao seu bel prazer, na verdade, o cabide de parentes corria solto.
A decisão do STF já está valendo e Federação, Estados e Municípios terão que se enquadrar. Minha dúvida é: isso significa que vereador não pode ter familiar trabalhando em cargo comissionado só na Câmara ou nem na Prefeitura. A mesma dúvida vale para prefeito, vice-prefeito, secretários e altos funcionários: não podem empregar apenas na Prefeitura ou é proibido também no Legislativo Municipal?

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Há 20 anos..


Sabem a última vez que vi um velocista vencer os 100 metros rasos com a facilidade de Usain Bolt? Foi há 20 anos em Seul, e o nome do sujeito era Ben Johnson. Carl Lewis era o campeão olímpico e lembro da cara que fez quando Johnson o ultrapassou como se ele, Lewis, fosse um fusca na Bandeirantes. Pouco depois foi confirmado o doping do canadense e medalha e recorde mundial foram cassados. Lewis ficou com o ouro, mas deve ter sido meio sem graça (Dizem que ele enterrou uma de suas várias medalhas douradas com o pai. Vai ver foi essa).

Um atleta alemão, o obscuro Tobias Unger, lançou - sem provas - suspeitas de que Bolt se dopa. Unger ficou na segunda eliminatória e fala sem nenhuma evidência a não ser a estranheza pelo fato do jamaicano mal ter se aquecido antes da prova, sua falta de cansaço após corridas extenuantes e a ausência de agência reguladora de doping na pátria do superatleta (Justiça seja feita, apenas 25 das 205 nações que competem nas Olimpíadas tem esse tipo de órgão).

Isso foi antes dos 200 metros rasos, especialidade de Bolt, que com mais essa vitória virou O nome do ateltismo dos Jogos de Pequim. Antes de bater o recorde dos 100 metros pela primeira vez, ele havia corrido apenas cinco competições da modalidade na idade adulta. Até então, ele só fazia os 200 metros rasos, que tem outras exigências técnicas e físicas.
De fato, tudo é muito estranho mas será que a atual tecnologia não seria capaz de detetar um suposto doping de Bolt, especialmente em competições internacionais?
Lembro-me de Florence Griffith Joyner, a vencedora de três medalhas de ouro em Seul (os mesmos 100 e 200 metros, mais o revezamento 4 x 100m pelos EUA), que se retirou das pistas pouco depois e cuja morte precoce apenas dez anos após seu apogeu esportivo praticamente confirmou o que se suspeitava na época. Se ela se drogava, nunca foi apanhada, mas pode ter pago com a vida sua glória olímpíca.

Ah, a imprensa... (do Blog dos Enviados UOL)

Top five totalmente sem-noção
Os chineses tiveram aulas de boas maneiras para receber os Jogos, com direito a multa para quem cuspisse na rua. Mas alguns jornalistas brasileiros mostraram em recintos olímpicos que nem com internato de etiqueta vão se comportar como o devido. Por isso, aqui vão as cinco principais mancadas da imprensa verde-amarela até agora em áreas oficiais de competição:

5º lugar - Repórter de uma revista semanal perguntou para César Cielo depois da conquista do ouro: “E aí, Tiago, como foi ganhar essa medalha?”

4º lugar - Outro jornalista da mesma revista semanal novamente vitimou o dourado Cielo: “Se o Michael Phelps nadasse sua prova, você perderia, não é?”

3º lugar - Enviado de publicação brasiliense correu e agarrou a recordista russa Yelena Isinbayeva depois de sua entrevista coletiva. Tudo para tirar, de rostinho colado, uma foto para seu arquivo pessoal.

2º lugar – Radialista paulista tirou a camiseta na tribuna de imprensa do vôlei de praia e assistiu de peito nu à semifinal.

1º lugar – Repórter mineiro interrompeu a coletiva do técnico de vôlei José Roberto Guimarães para fazer uma piada sobre o sumiço da vara da saltadora Fabiane Murer. A entrevista terminou ali, com o constrangimento geral.

Escrito por Rodrigo Bertolotto.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Isinbayeva!


Olhos hipnotizantes, um corpo -aimeudeus - esculpido por anos de atletismo, uma simpatia cativante e um senso de espetáculo sensacional. Ah, sim, um talento para saltar com a vara único, acima de todas as concorrentes da atualidade.

Essa é Yelenea Isinbayeva, multi-recordista e bicampeão olímpica. A comparação com Sergei Bubka, que dominou a modalidade no masculino por duas décadas, é inevitável. Mas a musa russa tem duas medalhas de ouro olímpicas, enquanto Bubka venceu em Seul-1988 mas fracassou em Barcelona-1992 - estava contundido e não passou da preliminar - e Atlanta-1996.

O show que Isinbayeva deu na prova em Pequim - insistindo no recorde mundial mesmo depois de garantir a medalha de ouro - eleterizou os 90 mil presentes no Ninho de Pássaro e os milhões sintonizados na TV. Ninguém deu nem bola às lágrimas de Fabiana Murer.

Complexo de vira-lata


Nelson Rodrigues escreveu que a conquista da Copa de 58 tinha acabado com o Complexo de Vira-latas do brasileiro. Pode até ser no futebol, mas nos Jogos Olímpicos ele permanece. E não se trata de esportes sem infra-estrutura ou tradição, mas em modalidades nas quais os competidores já haviam se destacado em outras competições internacionais. Como explicar o fracasso - e não há outra palavra para isso - da ginástica olímpica e do judô?
Diego Hypólito chegou dizendo que não é amarelão, mas que outra explicação há para suas quedas na hora decisiva? É muita pressão, etc, mas hoje em dia os atletas de ponta não são mais abnegados dedicados ao esporte, mas profissionais bem pagos, especialmente os que são de ponta e têm a visibilidade de Diego. Acontedeu também com Daiane dos Santos em Atenas, mas ela vinha de uma contusão recente e de um carnaval em cima de suas performances muito maior que de Hypólito.
O mesmo se aplica a João Derly e Tiago Camilo, campeões mundiais de suas categorias no judô. Vi a luta em que Derly deu adeus ao ouro e foi, no mínimo, uma desconcentração. Perdeu, e o investimento pessoal e dos patrocinadores de anos foi para o saco em segundos.
E o que dizer do futebol? Pode parecer fácil jogar pedra após a derrota, mas até hoje havíamos jogado contra quem? A Bélgica foi massacrada pela finalista Nigéria na outra semifinal e fez um jogo equilibrado contra o Brasil. A China é o chamado café-com-leite e Camarões arrastou o time de Dunga até a prorrogação. Esperar o que contra Messi e Riquelme? Que, de repente, Ronaldinho jogue o que não joga desde antes da Copa de 2006? Acho que era essa a esperança do nosso treinador de primeira viagem, porque organização tática capaz de compensar a superioridade técnica do adversário ele não deu aos seus comandados. Infelizmente, deu a lógica.
A mesma lógica que tirou as duas duplas femininas do volei de praia da disputa do ouro. Há quatro anos Walsh e May são o time a ser batido, exibindo uma superioridade técnica e sobretudo física impressionante sobre todas as outras duplas. No masculino, Phil Dalhouse e Todd Rogers devem decidir contra Ricardo e Emanuel na condição de favoritos, mas como os brasileiros são os atuais campeões olímpicos, podem até equilibrar a disputa, já que a hegemonia dos americanos não é igual à das compatriotas, virtuais bicampeãs olímpicas.
No vôlei de quadra, as meninas brasileiras vivem um momento melhor que os rapazes, mas após a amarelada de Atenas elas têm que mostrar que - mais evolução técnica - houve uma mudança de atitude na hora de decidir, que ainda está por vir. Vão fazer uma semifinal contra as donas da casa, o que nunca é fácil. Decisões "caseiras" da arbitragem podem abalar as brasileiras, de resto, muito melhores que as chinesas. Em tempo, como havia dito em nota anterior, as russas não andavam bem mesmo e deixaram a disputa atropeladas pela China.
Já o time de Bernardinho vive um momento "freguês" da Rússia e - principalmente - dos EUA, que vêm numa ascendente consistente e são fortíssimos candidatos ao ouro. Mas aí - ao contrário do futebol - o técnico pode fazer e tem feito a diferença.
No Atletismo, após a pataquada de que foi vítima Fabiana Murer, Maureen Maggi e Kely Costa foram beneficiada pela desclassificação da portuguesa Naide Gomes, que visivelmente foi mais longe que todas as outras nas tentativas queimadas. E no salto triplo, o marrento Jardel Gregório pode fazer jus à tradição nacional na modalidade ou amarelar de novo. Tem uma história mal contada envolvendo seu treinador - que foi a Pequim e acabou voltando - que não se sabe ainda que efeitos terá sobre sua performance.
A única glória verdeamarela até o momento, César Cielo, volta ao Brasil para uma turnê de homenagens, entrevistas e festas antes de retornar aos Estados Unidos, onde estuda, treina e compete por sua universidade. Quer dizer, tem pouco a ver com a estrutura brasileira de natação. Não desmerece de forma alguma sua proeza pessoal - que no nível Brasil é quase igual ao de Michael Phelps para os americanos - mas não deve ocultar o real estágio da natação brasileira em relação ao Primeiro Mundo da modalidade.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Deu no Terra

Fabiana podia ter pedido a minha vara, diz Isinbayeva

***
Ui!

Uma semana de gala. Mas quem viu? (publicado em Gente etc de sábado)

Qualidade de vida é educação, emprego, renda e saúde, mas também é acesso à cultura. Poucas cidades podem se gabar de receber na mesma semana um show de Antonio Nóbrega, um concerto da Jazz Sinfônica, um espetáculo de humor como o de Rafinha Bastos e eventos organizados aqui mesmo como o Animeaki, dia 10 no Casarão Cultural Pau Preto, e os que comemoram o Centenário da Imigração Japonesa, como o desfile de quimonos e apresentação de taikô, no dia 8 no Ciaei, e o Sushi Matsuri, festival gastronômico, dia 9 na Viber.
No entanto, Nóbrega, dia 5, e a Jazz Sinfônica, dia 9, foram vistos por pouco mais da metade da capacidade do Ciaei. Faltou divulgação? Com certeza. O que fazer para não mais “desperdiçar” acontecimentos desse porte? Bom, uma programação mensal distribuída nos pontos estratégicos e durante a programação do mês anterior seria um começo. Porque só o Maio Musical merece um impresso desse tipo? Nem precisa ser tão caprichado, um folheto simples já seria suficiente. Será que a Prefeitrura não tem uma verba que qualquer disk-pízza da esquina dispõe?

 

Na foto, seção de cellos da Jazz Sinfônica.

Dança (publicado em Gente etc de sábado)

A Secretaria Municipal de Cultura (Secult) está convidando os grupos da cidade para participar do Setembro em Dança, no dia 21 de setembro, às 16 horas, no Parque Ecológico. As fichas de inscrição devem ser retiradas no Centro Cultural Wanderley Peres (Pça. Dom Pedro II, s/nº - Tel. 3825-2056 / 3825-2057).

Jornalismo (publicado em Gente etc de sábado)

Minhas amigas Simone Santos e Ana Paula Faria deixaram a assessoria da Prefeitura e já estão se lançando numa nova empreitada. É o site de notícias Quanta Notícia, um jornal on line com uma abordagem diferente da habitual nos diversos jornais da cidade. Trata-se de um desafio enorme, para o qual fui convidado e com muita honra aceitei. Se tudo der certo, entra no ar na próxima segunda-feira. Quando entrar na web eu aviso no meu blog.

Rasgou (publicado em gente etc de sábado)

Em entrevista coletiva da qual não participei por estar fechando a presente edição, ontem à tarde, parece que o prefeito José Onério (PDT) finalmente perdeu a paciência com vereadores e seus secretários que estão mais preocupados com a futura administração do que com a presente. A gota d´água foi o arquivamento do projeto de Plano de Carreiras do funcionalismo público pela Câmara Municipal. Cá entre nós, quando foi apresentada logo após a anúncio da candidatura de Reinaldo Nogueira à Prefeitura, estava na cara que o negócio não ia para frente. Que futuro prefeito quer entrar no cargo sem ter a prerrogativa de promover, contratar e demitir?

Visita à ETE (publicado em Gente etc de sábado)


Visita à ETE
Depois de levar o promotor do Meio Ambiente, Fernando Grosso, o representante do Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais e a diretoria da 113º subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o superintendente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Alexandre Peres, levou a imprensa para visitar as obras da Estação de Tratamento de Esgoto “Mário Araldo Candello” na última quarta-feira. Justiça seja feita, a visita dos jornalistas estava marcada para julho, mas foi adiada em função das chuvas na época.
A construção orçada em R$ 35 milhões é a maior obra de saneamento da história da cidade, e vai tratar 100% do esgoto doméstico de Indaiatuba. Peres informou também que, com o anúncio do início da construção de estações de tratamento de esgoto em Campo Limpo e Várzea Paulista, será possível passar a classificação do Rio Jundiaí de 4, o mesmo do Tietê na cidade de São Paulo, para 3, que permite a captação para tratamento convencional. Com vazão de 5 mil litros por segundo em média á altura de Indaiatuba, o Jundiaí resolveria o problema de fornecimento de água para a cidade para muitos anos, já que nosso consumo atual é de 700 litros por segundo.
O processo de tratamento a ser usado na ETE é chamado Sistema de Lodo Ativado Alimentado por Aeração Difusa, o que trocando em miúdos é um lodo rico em bactérias específicas que processam o material orgânico alimentado por oxigênio “soprado” em caninhos com furos, mais ou menos como alguns aquários domésticos. A vantagem sobre o processo tradicional que usa ventiladores sobre os tanques é que a oxigenação é mais uniforme, mais eficiente.

***
Na foto, o equipamente do gradeamento fino, que retira do esgoto elementos sólidos de tamanho pequeno.

Acontece que eu sou baiano

Meu saudoso amigo Fernando Pellegrini adorava citar uma das piadas sobre o folclore de Dorival Caymmi: "Na Bahia existem três velocidades: lento, lentíssimo ecaymmi Dorival Caymmi". Parte dessa fama do compositor baiano se deve aos nove anos que levou para completar a canção "João Valentão".
Em "Chega de Saudade", Ruy Castro conta uma história em que um amigo foi pegá-lo em sua casa no Rio de carro, para um compromisso de manhã, e ao vê-lo entrando no carro perguntou: mas você não vai nem passa rum pente no cabelo?" E Caymmi: "Já vim penteado da Bahia".
Dorival Caymmi desembarcou no Rio de Janeiro de um "ita do Norte" há 70 anos e já no ano seguinte ajudaria a inventar a Carmen Miranda que se tornaria estrela de Hollywood. A cantora deveria cantar "Na Baixa do Sapateiro", de Ary Barroso, no filme "Banana da Terra", mas o compositor se desentendeu com o diretor Wallace Downey e este pediu a Caymmi que cedesse "O Que é que Baiana tem" para o número musical. Resultado: Carmen se inspirou na letra para montar seu visual no número e o resto é história.
carmen bananaO Que é que a baiana tem?
O Que é que a baiana tem?
Tem torço de seda, tem!
Tem brincos de ouro tem!
Corrente de ouro tem!
Tem pano-da-costa, tem!
Sandália enfeitada, tem!
Tem graça como ninguém
Como ela requebra bem!
(...)
Um rosário de ouro, uma bolota assim
Quem não tem balagandãs não vai no Bonfim
(Oi, não vai no Bonfim)
(Oi, não vai no Bonfim)

sábado, 16 de agosto de 2008

É doce morrer no mar, nas ondas verdes do mar... (Folha on Line)

Dorival Caymmi morre aos 94 anos no Rio

da Folha Online

O cantor e compositor baiano Dorival Caymmi morreu neste sábado aos 94 anos, por volta das 6h, em sua casa no Rio de Janeiro, confirmaram familiares do músico à Folha Online. As causas foram insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos.

Reprodução
Compositor Dorival Caymmi morreu aos 94 anos no Rio de Janeiro
Compositor Dorival Caymmi morreu aos 94 anos no Rio de Janeiro

"Ele já estava doente havia muito tempo. A família está muito abalada", disse à Folha Online Maria Ferreira, mulher de Oswaldo Caymmi, primo de Dorival Caymmi.

Nascido em Salvador em 30 de abril de 1914, Caymmi mudou-se para o Rio no final dos anos 30, mas nunca deixou de retratar a Bahia em seu trabalho.

Escreveu mais de cem composições. Entre seus sucessos estão "O que É que a Baiana Tem?", imortalizada na voz de Carmen Miranda, "Maracangalha", "Promessa de Pescador", "Saudade de Itapoã", "Rosa Morena".

Dorival Caymmi gravou cerca de 20 discos em 60 anos de carreira, tendo suas composições gravadas por dezenas de intérpretes com variadas versões.

Antes de conhecer o sucesso e virar cantor de rádio no Rio, Caymmi trabalhou como jornalista em Salvador. Foi na Rádio Nacional que conheceu a cantora Stella Maris, que em 1940 se tornou sua mulher. Com ele teve três filhos, todos também cantores: Dori Caymmi, Danilo Caymmi e Nana Caymmi.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Em cartaz

sandler e emanuelle Dois lançamentos nacionais chegam ao Multiplex Topázio esta semana: Zohan – Um Agente bom de corte”, comédia com Adam Sandler, e “Star Wars – The Clone Wars”, filme em animação digital da franquia de George Lucas.

No primeiro, Sandler parte de uma idéia interessante, um superagente anti-terrosismo israelense que sonha em se realizar como cabeleireiro em Nova York. Só que, pelas críticas, ele converteu tudo em mais uma comédia escatológica que lhe deu fama e fortuna. Uma pena, pois Sandler foi até mais bem sucedido que Jim Carrey nas tentativas de sair do seu nicho de mercado, como em “Embriagado de Amor”, do badalado Paul Thomas Anderson, e até se deu bem na comédia romântica “Como se fosse a primeira vez” e encarou de igual para igual o “monstro sagrado” Jack Nicholson em “Tratamento de Choque”.

O diretor é Dennis Dugan, que trabalhou com ele em “Eu os declaro marido e...Larry” e o roteiro é do próprio Sandler, junto com Robert Smigel (redator do Saturday Night Live, programa que revelou o comediante) e Judd Apatow, diretor e roteirista dói sucesso “O Virgem de 40 anos”. Há diversas participações especiais, como John Turturro, Chris Rock e, como sempre, Rob Schneider, amigão de Sandler e um dos piores humoristas da face da terra. Mas há compensações, e neste filme é a bela canadense Emanuelle Chriqui, de origem marroquina, que faz o interesse romântico do herói.

“Star Wars- The Clone Wars” acontece em algum momento entre os episódios II e III da saga. É um condensado dos três primeiros episódios da telessérie de mesmo nome, que será exibido em outubro pelo Cartoon Network americano. Não é um produto para iniciantes na franquia, na verdade, destina-se à classe nerd. .Mas o grande obstáculo para a maior parte do público é a ausência de uma história que justifique o filme. O crítico Celso Sabadin chegou a fazer uma comparação com filmes pornôs que tentam se diferenciar usando a frase “com história”. “The Clone Wars” seria algo assim: uma seqüência de cenas de ação clone wars2 ligadas por um fio de trama.

Mesmo fanáticos como Érico Borgo, do site Omelete, lamenta a mercantilização da franquia, que começou com a clássica trilogia estrelada por Mark Hammill e Harrison Ford, se arrastou melancolicamente nos três filmes com Ewan Magregor e Natalie Portman agora segue neste teaser para a nova série de TV, o verdadeiro produto a ser vendido.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Deu na Folha


PSICOLOGIA

Álcool deixa gente bonita, diz estudo

DA REDAÇÃO

Uma pesquisa acaba de confirmar que, depois de uns goles de bebida, não existem pessoas feias.
Psicólogos da Universidade de Bristol, no Reino Unido, pediram a 84 alunos heterossexuais que consumissem uma bebida não-alcoólica com sabor de limão ou uma bebida alcoólica de sabor semelhante. Depois, eles viram fotografias de pessoas da sua idade. Homens e mulheres que consumiram álcool tendiam a avaliar as pessoas retratadas -de ambos os sexos- como mais atraentes. O mesmo não aconteceu com os voluntários que ficaram "sóbrios" no experimento.

***

Normalmente não reproduzo conteúdos fechados, mas essa nota é irresistível. Dá justificativa à campanha da Associação Brasileira dos Bagulhos, Canhões e Mocréias contra a Lei Seca.

Cineclube Casarão

Sessão de SEXTA
Motoqueiro Fantasma
Classificação etária: 14 anos

Sinopse: Johnny Blaze (Nicolas Cage) trabalha como dublê e piloto de motocicleta. Há muito ele fez um pacto com Mefisto (Peter Fonda) para proteger as duas pessoas que mais amava: seu pai, Barton (Brett Cullen), e sua namorada de adolescência. Roxanne Simpson (Eva Mendes). Em troca Johnny se transforma à noite no Motoqueiro Fantasma a obedecer às ordens de Mefisto, Johnny decide enfrentá-lo de forma a usar sua maldição para proteger pessoas inocentes.

 
Matinê do Casarão
15 e 16/08 – 15h
As Meninas Superpoderosas – O Filme. Direção de Craig Mc
Classificação etária: LIVRE
Sinopse: A explosão do Elemento X causou mutações no trio e no assistente de laboratório do Professor, que se transformou no gênio do Mal, Macaco Loco! Agora as pequenas heroínas têm que defender Townsville das garras do terrível vilão, impedir a dominação do mundo e ainda ir para a cama na hora certa.
 
Cineclube de Domingo
17/08 – 17h30
300. Direção de Zack Snyder
Classificação etária: 16 anos
Sinopse: O rei Leônidas (Gerard Butler) e seus 300 guerreiros de Esparta lutam até a morte contra o numeroso exército do rei Xerxes (Rodrigo Santoro). O sacrifício e a dedicação destes homens uniram a Grécia no combate ao inimigo persa.
 
Serviço:
Lotação máxima: 60 pessoas. 
Os convites devem ser retirados no dia da exibição, a partir das 13 horas.
Casarão Pau Preto: Rua Pedro Gonçalves, 477 – Jd. Pau Preto – Tel.: 19 3875-8383

Feigioada neste sábado


Os atores da peça Intenções Perigosas Samara Felippo, Charles Daves, Guilherme Trajano e o diretor Cláudio Andrey já confirmaram presença na 6ª Feigioada Solidária do Giovannetti. O evento ocorrerá nesse sábado, 16, das 12h às 17h, no Giovannetti Cambuí. A festa promete. Além dos famosos, muita música vai rolar para animar os convidados. O DJ Rogerinho abre a programação e no meio da tarde o músico Heberth Azzul (ex-parceiro de Alceu Valença) promete realizar um pocket show, mostrando algumas de suas canções mais famosas.
Serviço:
6ª Feigioada Solidária
Data: 16 de agosto de 2008
Local: Giovannetti Cambuí
Rua Padre Vieira, 1277 - Cambuí
Horário: das 12h às 16h
Convite: R$ 90 (com direito à camiseta, feijoada, sobremesa, chope,
bebidas não alcoólicas e batidinhas de frutas)
Informações e venda de convites pelo telefone: (19) 3232.6747

Veríssimo em Campinas!


Luis Fernando Verissimo - meu ídolo - estará na Livraria Cultura de Campinas dia 29 de agosto, às 19h30, para autografar seu novo livro, O mundo é bárbaro. A publicação reúne crônicas do autor, escolhidas num universo de 500 textos, entre os melhores que ele escreveu nos últimos oito anos. As crônicas discutem a ascensão chinesa, a guerra contra o terror, a candidatura de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos e o passado e o futuro do Brasil e da América Latina. Simultaneamente, fazem um raio x acurado do comportamento do homem contemporâneo.

Serviço: Lançamento Luis Fernando Verissimo

Dia 29 de agosto, às 19h30

Livraria Cultura de Campinas
Av. Iguatemi, 777 - Lojas 4 e 5 - Piso 1
Tel: (19) 3751-4033

Rainha e Madrinha


Foram eleitas ontem, na Sociedade Hípica de Indaiatuba, a Rainha e a Madrinha da Festa do Peão 2008. Carina Belforte Lavacca, morena de 17 anos, é a nova Rainha e Mariana Hansorge, loira de 20 anos, é a Madrinha do Rodeio.
A Festa do Peão começa no dia 18 de setembro, com o primeiro show de Vitor e Léo em Indaiatuba, seguida por Jorge & Mateus, que se apresentam no dia 19. No sábado, dia 20, quem sobe ao palco da Festa de Indaiatuba pela terceira vez são os veteranos Edson & Hudson e a festa se encerra no domingo, dia 21, com a dupla Bruno & Marrone.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Deu na Folha on Line

Coreógrafa Ivonice Satie morre aos 57 anos em SP

MIGUEL ARCANJO PRADO
da Folha Online > Morreu, na madrugada testa terça-feira (12), a coreógrafa Ivonice Satie, aos 57 anos. Ela estava internada no hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo. A artista lutava contra o câncer e teve insuficiência dos órgãos.

Ed Viggiani/Folha Imagem
Texto: A coreógrafa Ivonice Satie, diretora artística do Balé da Cidade de São Paulo.
Coreógrafa Ivonice Satie lutava contra o câncer e morreu nesta madrugada em SP

"Conheço a Ivonice há muitos anos e chegamos a dançar juntas. Estou muito abalada. É uma perda terrível para a dança nacional, porque ela era uma pessoa muito empreendedora. Se você falasse para ela, 'vamos fazer um espetáculo na semana que vem?', ela topava na hora. Ela dava valor à vida e o palco era a vida dela", declarou à Folha Online Liliane Benevento, diretora do Studio 3 Espaço de Dança, onde Satie trabalhou.

Entre 2003 e 2005, Satie foi diretora da Companhia de Dança do Amazonas, da qual ainda era consultora. Atualmente, era coreógrafa da Cia. Sociedade Masculina, em São Paulo.

O velório começa às 13h, no teatro Sérgio Cardoso (r. Rui Barbosa, 153, Bela Vista, São Paulo). A visitação pública estará aberta até às 17h. O enterro está marcado para esta quarta-feira (13), às 17h, no cemitério Morumbi. Ivonice Satie deixa mãe, uma filha e dois netos.

Filha de imigrantes japoneses, a bailarina começou a dançar aos nove anos, na Escola Municipal de Bailados de São Paulo. Em 1968, entrou para o Corpo de Baile do Teatro Municipal de São Paulo, o atual Balé da Cidade de São Paulo, do qual foi diretora coreográfica por seis anos, na década de 90. Em 1977, ganhou o prêmio de melhor bailarina da Associação Paulista dos Críticos de Arte.

Nada do que foi será

A necessidade de manter o interesse em jogos que acontecem de madrugada faz com que a mídia escamoteie o que está na cara: até agora, a participação do Brasil está aquém da expectativa criada pelo COB. No judô, única modalidade até a gora a levar alguma coisa, os campeões mundiais João Derly e Tiago Camilo perderam lutas decisivas e um ficou sem nada e o outro com um bronze de consolação. Na natação, apesar dos esforços, o máximo que se conseguiu foram classificações para as finais, e quando isso aconteceu os atletas brazucas ficaram em último ou penúltimo. E alguém acha que a dupla recém-formada Larissa e Ana Paula tem chances de encarar as americanas Walsh e May?

Não sei não, a participação brasileira tá com cara de repetir Sidney, outra Olimpíada do outro lado do mundo em que o Brasil não levou nenhuma medalha de outro.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Me dê motivo (deu no Terra)

Português diz que "humilhou" Derly por suposta traição

Julio Gomes Filho Direto de Pequim

O judoca português Pedro Dias, que derrotou o brasileiro João Derly no último domingo no torneio olímpico da categoria meio-leve, disse em entrevista a jornais portugueses que "humilhou" o rival e que o bicampeão mundial teria saído com a ex-namorada dele quando eram "amigos".

As declarações de Dias foram publicadas por A Bola e Jornal de Notícias. O português perdeu na seqüência do torneio e não chegou a disputar medalha.

"É bicampeão mundial, era apontado por toda a gente como favorito e eu não ganhei, apenas. Derly foi humilhado no tapete, humilhado por mim", disse Dias.

"Tinha contas a ajustar com ele. Já fomos grandes amigos, agora somos apenas conhecidos. Aqui só o cumprimentei em respeito ao judô brasileiro. Uma vez, em São Paulo, fui às compras com a mãe dele e mais tarde vim a saber que, enquanto isso, ele estava com a minha namorada. Me traiu", acusou o português. "Pois é, o Derly gosta de passar a imagem de atleta de Cristo, mas depois...".

Dias explicou que após a vitória fez um desenho de um coração com as mãos porque havia prometido o ato para a nova namorada, também brasileira, que mora em Portugal. "Prometi que faria aquele gesto depois de ganhar do Derly. Está a ver como eu sempre acreditei tanto".

No jornal A Bola, a manchete da reportagem sobre a campanha de Pedro Dias em Atenas diz: "Matar o traidor e depois morrer", em referência à vitória sobre Derly e as duas derrotas posteriores que impediram o português de ganhar uma medalha em Pequim.

***

Como diriam Tim Maia e Falcão: corno também é gente.

Filmes japas a R$2 no Topázio!

Cinco grandes produções cinematográficas alusivas à cultura nipônica são os destaques da próxima sema-na na programação do Centenário da Imigração Japonesa. O valor simbólico do ingresso é de R$ 2. A promoção é uma realização conjunta do Multiplex Topázio e da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura. O horário de exibição de todos os filmes será às 19h.

Dia 11 – segunda-feira

O ÚLTIMO SAMURAI

Um veterano da Guerra Civil, o capitão Woodrow Algren, chega ao Japão no final de 1870 para treinar as tropas do imperador Meiji, como parte de uma quebra das longas tradições de contar com samurais em-pregados para proteger territórios, enquanto o novo exército de Meiji se prepara para acabar com os anti-gos samurais. Quando Algren se machuca e é capturado por um Samurai ele aprende sobre sua honra de samurai e seu código de honra de Katsumoto, o líder dos samurais e decide a qual o lado do conflito ele deseja estar.

Dia 12 – terça-feira

MEMÓRIAS DE UMA GUEIXA

Em 1929, Chiyo (Suzuka Ohgo) é uma menina pobre vendida a uma casa de gueixas, na cidade japonesa de Kyoto. Logo, ela começa a ser maltratada pelos donos e também pela principal gueixa, Hatsumomo (Gong Li), invejosa de sua beleza natural. Até que Chiyo é acolhida pela maior rival de Hatsumomo, Mameha (Michelle Yeoh). Sob sua tutela, Chiyo torna-se a gueixa Sayuri (Ziyi Zhang). Reconhecida, ela passa a fazer parte de uma sociedade cheia de riquezas, privilégios e intrigas, até que a Segunda Guerra Mundial abala o Japão

Dia 13 – quarta-feira

CARTAS DE IWO JIMA

A nunca antes contada história dos soldados japoneses que defenderam seu país contra as forças invasoras americanas durante a Segunda Guerra Mundial. Pouco municiado mas dono de uma vontade inabalável, capaz de suportar até mesmo a inóspita ilha vulcânica de Iwo Jima, as táticas sem precedentes adotadas pelo General Tadamichi Kuribayashi e por seus homens, transformaram o que previa-se ser uma rápida derrota em uma encarniçada batalha de 40 dias de duração, marcados por combates heróicos.

Dia 14 – quinta-feira

DANÇA COMIGO

Shohei Sugiyama (Kôji Yakusho) é um típico homem de negócios japonês, que durante o trajeto do seu trabalho para casa vê Mai Kishikawa (Tamiyo Kusakari), uma bela jovem mulher, através da janela de uma escola de dança. Atraído por ela, Shohei se matricula na escola e conhece Mai, uma professora de dança. Inicialmente Mai confunde Shohei com um sedutor, mas para surpresa dela ele é um dançarino naturalmente talentoso, que só está interessado em ter uma boa parceira. Assim Mai começa a treiná-lo para uma competição. Paralelamente Shohei se torna amigo dos excêntricos colegas da escola de dança e entre eles está Tôru Miwa (Akira Emoto), que Shohei conhece bem, pois são colegas de trabalho. Como dançar é visto no Japão como uma atividade fútil para um homem de negócios sério, Shohei mantém se-gredo disto para a esposa. Ela, por sua vez, ao notar a mudança de comportamento dele passa a acreditar que ele está sendo infiel e contrata um detetive particular para segui-lo.

Dia 15 – sexta-feira

NINGUÉM PODE SABER

Quatro irmãos mudam-se com sua mãe para um pequeno apartamento em Tóquio, sendo que todos têm pais diferentes. As crianças nunca foram à escola e apenas o filho mais velho entra caminhando normal-mente no novo apartamento, com os outros chegando escondidos em malas. Ninguém pode ficar sabendo que mais de três pessoas vivem ali, sob o risco de serem expulsos. Tudo vai bem até que, um certo dia, a mãe (You) vai embora, deixando para o filho mais velho, Akira (Yuya Yagira), de 12 anos, um bilhete e um pouco de dinheiro. Começa então o duro processo de amadurecimento precoce de Akira.

sábado, 9 de agosto de 2008

Madrugada olímpica

Acabei de ver a bela vitória da seleção feminina de volei da Itália sobre as poderosas russas por 3 a 1. É o mesmo grupo do Brasil, chamado de grupo da morte. As russas, campeãs mundiais, demoraram a "entrar" no jogo, enquanto a italianas já entraram "quentes", levando o primeiro set de graça. Não vai ser fácil para o time de José Roberto Guimarães reverter o vexame da última olimpíada.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Memórias olímpicas


Nestes dias pré-olimpíadas estamos sendo bombardeados com matérias sobre a China, as chances brasileiras de medalhas, o cotidiano dos atletas na Vila Olímpica, etc. Minhas primeiras lembranças olímpicas remontam vagamente de Munique. Lembro-me vagamente à referência da “marmelada” do jogo final de basquete masculino entre EUA e URSS, em que a segunda bateu a primeira vez numa final importante por conta de um erro na contagem de tempo; e a um bigodudo chamado Mark Spitz que havia se tornado o maior herói dos jogos. Não me lembro na época da história do atewntato á delegação israelense, não sei se por conta do regime militrar que filtrava esse tipo de reportagem ou por não me interessar mesmo por isso aos nove anos de idade. Naqueles jogos, o Brasil levou dois bronzes, um no salto triplo com Nelson Prudêncio e outro no judô com Chiaki Ishii, acho que a primeira na modalidade.
Já de Montreal, em 1976, tenho lembranças mais vívidas, da extraordinária Nadia Comanecci e suas performances inacreditáveis nas assimétricas e trave; e da espetacular final no vôlei masculino entre Polônia e URSS, vencido pela primeira num dos jogos mais longos até então (na época, não havia tié breake o quinto set só terminava quando uma das equipes colocava dois pontos de vantagem sobre a outra, após a marcação do 15º ponto). O Brasil ganharia mais uma medalha de bronze no salto triplo, agora com João do Pulo, e uma no iatismo na classe Flying Dutchman, com Peter Ficker e Reinaldo Conrad.
Moscou, 1980, foi marcado pelo boicote dos americanos e nações capacho como a Alemanha Ocidental e a França, por conta da invasão do Afeganistão. Ficaram marcados o “roubo” contra nosso João do Pulo – que teve seu melhor salto “queimado” injustamente pela arbitragem para beneficiar o soviético Yaak Uudmae – e a figura do ursinho Misha chorando no encerramento dos jogos. O Brasil conseguiu duas medalhas de outro no iatismo, uma de bronze novamente com João do Pulo (já recordista mundial) e outra no revezamento 4x200m livres na natação.
Em Los Angeles, 1984, os ianques levaram o troco e quase todo bloco soviético, mais Cuba, deixaram de ir à ensolarada Califórnia. Foram inesquecíveis as imagens do homem-voador que sobrevoou o estádio olímpico com sua mochila a jato na abertura e a a maratonista suíça Gabrielle Andersen-Scheiss se arrastando para alcançar a linha de chegada, numa dramática ilustração do espírito olímpico. O vôlei masculino havia chegado a um passo da medalha de ouro, mas acabou derrotado pela dona da casa, a quem havia batido numa fase anterior por 3 a 0. Joaquim Cruz tornou-se herói olímpico ao ganhar a medalha de ouro nos 400m rasos. Ricardo Prado, nadador que chegara a bater o recorde mundial, levou prata nos 400m medley, assim como a seleção de futebol, o judoca Douglas Vieira e os iatistas Torben Grael, Daniel Adler e Ronaldo Senfft. Os judocas Luis Onmura e Walter Carmona completaram o quadro de medalhas brasileiros com seus bronzes, na melhor participação do país em Olimpíadas até então.
Seul, 1988, representou a volta da normalidade e do duelo URSS x EUA. Sem que ninguém sequer desconfiasse, entretanto, aqueles seriam os últimos jogos da Guerra Fria. Um ano havia se passado desde que a seleção de basquete americana havia sofrido a primeira derrota da história em seu território, para o Brasil, na final do Jogos Pan-americanos, e uma nova humilhação aguardava o Tio Sam no longínquo oriente: uma medalha de bronze no esporte que eles inventaram e até então praticavam num patamar que sempre julgaram muito acima do resto do mundo. A União Soviética do gigante Sabonis, campeão, e a Iugoslávia do extraordinário Petrovic, vice, mostraram aos americanos que, se quisessem reconquistar o ouro olímpico, teriam que levar o que de melhor eles tinham. E foi assim que nos jogos seguintes surgiria o Dream Team. No Brasil, Aurélio Miguel fez história com seu ouro no judô, mais as medalhas de prata no futebol (de novo!) e de Joaquim Cruz nos 800m; e os bronzes para Robson Caetano nos 200m rasos, Lars Grael e Clinio Freitas na classe Tornado e Torben Grael e Nelson Freitas na Star.
Barcelona, 1992, foi o ano do Dream Team, o melhor time de basquete jamais formado, reunindo os gênios Michael Jordan e Magic Johnson no auge da forma (ainda que Johnson estivesse se despedindo das quadras por causa do HIV) tendo Pat Ewing, Charles Barkley, David Robinson, Scottie Pipen, Clyde Drexler, Chris Mullin, Karl Malone, John Stockton, Christian Laettner e o lendário Larry Bird como coadjuvantes. Foi a grande geração da NBA que vi jogar –graças à Bandeirantes, que exibia o campeonato americano em tempos pré-TV a cabo. Na mesma Olimpíada, outro Dream Team batia todos seus adversários inapelavelmente, só que de surpresa. A seleção brasileira masculina de vôlei surpreendeu todo mundo e ganhou a medalha de outro de forma categórica. Durante dois anos foi o time a ser batido, e o foi. Achávamos que aquele jovem time tinha jogo para dominar os próximos jogos, mas seriam necessários 12 anos para retornar ao lugar mais alto do pódio. Com o ouro conquistado também por Rogério Sampaio no judô e a prata de Gustavo Borges nos 100m livres, o Brasil ganhou menos, mas melhores medalhas que em Seul e Los Angeles.
Atlanta, 1996, foi polêmica já na escolha da sede. Como se tratava do centenário dos Jogos da Era Moderna, todos esperavam que a cidade escolhida fosse Atenas, mas a capital da Geórgia atropelou as pretensões gregas com um caminhão de grana. Apenas oito anos depois os helenos teriam sua Olimpíada. Como se fosse um castigo, Atlanta sofreu o primeiro atentado durante os jogos desde Munique, embora não se saiba até hoje direito quem ou porque a bomba foi deflagrada. Foi a primeira Olimpíada em que as ex-repúblicas soviéticas disputaram separadas – e consequentemente, a primeira vitória americana na corrida das medalhas desde Los Angeles. O Brasil teve sua melhor participação em todos os tempos, com três outros – no vôlei de praia com a dupla Jaqueline e Sandra, no iatismo classe Star com Robert Scheidt e na Star com Torben Grae e Marcelo Ferreira - ; três pratas – basquete feminino, Gustavo Borges nos 200 m livre e vôlei de praia com Mônica e Adriana - e 9 bronzes – revezamento 40x 100m, judô (Aurélio Miguel e Henrique Guimarães), natação (Gustavo Borges e Xuxa), volei feminino, futebol masculino, equitação por equipe e vela classe Tornado, com Torben Grael e Kiko Pellicano.
Em contraste com os Jogos norte-americanos, Sidney 2000 foi uma decepção para o Brasil. Nenhuma medalha de ouro, seis de prata e seis de bronze.Em compensação, Atenas-2004 marcou um novo recorde para o País, com cinco ouros - voleibol masculino, hipismo para Rodrigo Pessoa e Baloubet du Rouet (o cavalo que refugou quatro anos antes), vôlei de praia masculino (Ricardo e Emanuel), vela na Star (Robert Scheidt) e Star (Torben Grael e Marcelo Ferreira) – ; duas de prata – vôlei de praia feminino (Shelda e Adriana Behar) e futebol feminino - ; e três bronzes – judô para Flavio do Canto e Leandro Guilherme e maratona para Vanderlei Cordeirode Lima, após o bizarro incidente com o ex-padre maluco que quase o tirou da corrida.
Amanhã, começam os Jogos de Pequim (aonde foi parar a grafia beijing adotada anos atrás?) e o Brasil pela primeira vez teve condições de realizar uma preparação verdadeiramente olímpica (Olimíáda na verdade é o período de quatro anos entre os jogos e não a competição propriamente dita). A máxima do Barão de Coubertin – o importante é competir - continua valendo só pra inglês ver: o que todo mundo quer saber é quantas medalhas vamos trazer para casa. Não vai mudar a vida de ninguém mas vai dar um alento na nossa auto-estima nacional e justificar a grana que o Comitê Olímpico Brasileiro arrecadou e investiu.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Jazz Sinfônica


A Prefeitura de Indaiatuba, apresenta no próximo sábado, dia 9, o concerto da Orquestra Jazz Sinfônica.

Criada em abril de 1990 por Arrigo Barnabé e Eduardo Gudin a JAZZ SINFÔNICA tem cumprido com realeza sua vocação primeira, ou seja, dar tratamento sinfônico à música popular de todo o mundo, principalmente à brasileira. Destaca-se desde então por sua originalidade e versatilidade, encantando as mais variadas platéias com seu alto nível musical. O histórico concerto de estréia em Campos do Jordão, em julho do mesmo ano, teve como convidado o mestre maior da MPB, Antonio Carlos Jobim.

Além de atrações internacionais como Joe Zawinul, o Turtle Island String Quartet, Jazz Composers Collective, John Pizzarelli, Jane Monheit, David Liebman, Stefon Harris, Gonzalo Rubalcaba e Stanley Jordan, entre outros, muitos dos principais músicos e interpretes populares brasileiros: Caetano Veloso, Milton Nascimento, Gal Costa, Edu Lobo, João Bosco, Toquinho, Ivan Lins, Nana Caymmi, Paulinho da Viola, João Donato, Nana Vasconcelos, César Camargo Mariano, Hermeto Paschoal, Egberto Gismonti, Zélia Duncan, Daniela Mercury, Lenine e Maria Rita.

À frente da Jazz desde a sua criação, está o maestro Cyro Pereira, seu mentor musical e equalizador do som dessa orquestra única. Remanescente das orquestras de rádio dos anos 50 e dos legendários festivais da Record dos anos 60, Cyro continua enriquecendo o repertório da Jazz com suas belísimas composições, arranjos e adaptações.

O diretor artístico da JAZZ é João Maurício Galindo, músico de sólida formação acadêmica, escolhido para regente titular da Orquestra por sua versatilidade com a música popular e com o repertório sinfônico, além de seu talento como comunicador.

Fábio Prado, regente assistente, é oriundo dos quadros da própria orquestra. Arranjador e trompista, o jovem maestro acredita na nova estética proposta pela união da música popular com o grupo mais expressivo da música erudita – a orquestra sinfônica.

A Jazz Sinfônica é ligada ao Centro Tom Jobim, importante núcleo de educação, produção e difusão cultural em nosso País.

Serviço:
Concerto da orquestra Jazz Sinfônica
Dia: 09 de agosto
Horário: 20h
Local: Sala Acrísio de Camargo
Ingresso: 1litro de leite longa vida
Local de troca: Centro Cultural Wanderley Peres (Pça. Dom Pedro II, s/nº)

National Kid, Ultraman, Jaspion, Sen Seya e Naruto


Sou do tempo do National Kid, o primeiro super-herói japa a fazer sucesso no Brasil. Depois disso, houve várias ondas de personagens a ganhar legiões de fãs, mas nada que se compare à onda animê a partir de Cavaleiros do Zodíaco.
Desde então, houve uma verdadeira profissionalização dessa devoção à cultura pop japonesa, com o surgumento de revistas, sites e eventos especializados. No próximo domingo, acontece o Animeaki no Casarão Cultural Pau Preto, o segundo evento do gênero em Indaiatuba (houve um há uns três anos numa antiga boate na Francisco de Paula Leite).O objetivo é trazer para Indaiatuba um evento com as mesmas características do Anime Friends, (maior evento do gênero no Brasil) só que em um porte menor.e está sendo divulgado no site oficial de cosplays (www.cosplaybrasil.com.br).

E por falar em cosplay, Tami Himura, uma das organizadoras do evento, explica um pouco sobre essa “tendência”: “Muitas pessoas ficam bravas quando alguém fala que cosplay é fantasia, mas na real é isso mesmo. A única diferença é que no cosplay costumamos 'encarnar' os personagens, agir, falar, comer, beber e até atender o telefone como tal”.

Além de se vestir como seus personagens favoritos, os apaixonados por animes também buscam se inteirar com a cultura japonesa. É o caso de Bruno Juste, outro idealizador do AnimeAki: “Primeiro comecei a ver os desenhos, depois passei a procurar aulas de mangá. No ano passado fiz aulas de japonês. Se você realmente se interessa por alguma coisa, nada mais normal do que querer saber tudo sobre aquele universo. Você passa a viver aquilo”.

E quem realmente quiser viver e desvendar esse mundo dos animes basta ir ao AnimeAki. O evento será realizado no Casarão Cultural Pau Preto, a partir das 10 horas da manhã e vai contar com estandes, animekê, RPG e Card Games, bandas, apresentações de cosplay, palestras, campeonatos de video game, concursos de ilustração, artes marciais, premiações e muito mais. A entrada é franca e haverá transporte gratuito da rodoviária até o local do evento.

Evento: AnimeAki Casarão

Quando: 10/08/2008 das 10hs às 20hs

Onde: Casarão Cultural Pau Preto – Rua Pedro Gonçalves, 477 Indaiatuba – SP

Quanto: ENTRADA FRANCA

Antônio Nóbrega

O verso de "Nos Bailes da Vida" - "Todo artista tem que ir aonde o povo está" - virou uma espécie de chavão, mas alguns artistas fazem da máxima uma razão de viver. É o caso de Antonio  Nóbrega, um dos mais festejados artistas populares brasileiros, que trouxe para o arrogante Sul-maravilha a alegria das danças, dos cantos e das festas nordestinas. Mas não com aquele caráter purista que remete aos Discos Marcus Pereira, frutos de pesquisa séria e incansável mas chaaaatos de ouvir. Com Nóbrega, cada espetáculo é um congraçamento com o público.

Foi isso que assistimos ontem no Ciaei, a inédita oportunidade de assistir todo o talento de Antônio Nóbrega no palco do Ciaei, graças a inclusão de Indaiatuba no projeto Circuito Cultural. O show deveria ter acontecido no dia 9, mas em função de uma faringite do artista, acabou sendo adiado para esta terça-feira. Mesmo assim, com capítulo decisivo da novela das oito e tudo, um público de razoável a bom compareceu à Sala Acrísio de Camargo para o show, e certamente não se arrependeu disso.

Indaiatuba é uma platéia difícil. Chega a ser fria e é extremamente econômica em palausos. Mesmo assim, Nóbrega conseguiu botar os presentes na roda, literalmente. Cercado de músicos competentíssimos, ele exibiu toda sua proverbial agilidade de garoto aos 56 anos e seu talento de multiinstrumentista ao violino e ao bandolim. É herdeiro dos repentistas, dos clowns de feira e ao mesmo tempo um legítimo poeta do sertão. Pena que, mais uma vez eu tenha sido o registro solitário na imprensa local, onde sobram jornais e falta jornalismo, especialmente cultural. Aliás, nem mesmo o fotógrafo da Prefeitura passou por lá.