A Federação das Indústrias do Rio criou um índice para saber como anda o desenvolvimento dos municípios brasileiros. A capital mais bem colocada é Curitiba.
A Federação das Indústrias do Rio criou um índice para saber como anda o desenvolvimento dos municípios brasileiros. E descobriu que das cidades do interior vem uma safra de boas notícias.
Como se mede o desenvolvimento de uma cidade? Perguntando aos moradores dá pra ter uma idéia.
“Aqui farta tudo”, diz um senhor.
“Eu tô muito satisfeito”, diz outro.
Mas a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro decidiu juntar 12 estatísticas oficiais dos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde e criou o Índice de Desenvolvimento Municipal.
A situação dos municípios foi avaliada em dois momentos: em 2000 e 2005, para saber quais foram os avanços e os retrocessos nas áreas de emprego e renda, educação e saúde.
Indaiatuba, cidade paulistas de 170 mil habitantes, está em primeiro lugar no ranking em 2005. A educação tem nota boa. “Como professora eu vejo um salto do ensino público da cidade”, afirma uma moradora do município.
A cidade com o pior índice de desenvolvimento é Santa Brígida, na Bahia. Entre as capitais, Curitiba lidera. Macapá é a última colocada, segundo a Firjan.
O indicador mostra também os novos caminhos de desenvolvimento no país. E eles não apontam apenas para os grandes centros urbanos. Os investimentos, a modernidade, o progresso pegaram a estrada rumo ao interior. Das cem cidades brasileiras mais bem classificadas no levantamento, 82 são pequenas e médias. Tem até 300 mil habitantes.
O índice revela ainda que de 2000 para 2005 quase 88% das cidades melhoraram. “A grande evolução do índice se deu na área de emprego e renda. Principalmente em decorrência do processo da economia brasileira. Mas esses indicadores ainda apontam para bases negativas em termos de qualidade do ensino fundamental do país e também o atendimento da saúde”, Luciana de Sá, diretora de desenvolvimento econômico da FIRJAN.
E educação de qualidade, segundo o economista Cláudio Frischtak, é o que vai sustentar o crescimento. “Estamos enfrentando problemas gravíssimos de escassez de mão de obra especializada. E essa escassez se relaciona fundamentalmente à fragilidade do nosso sistema educacional”.
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