
No início da carreira Maureen Higa Maggi era festejada pela mídia tanto pelas marcas no salto em distância como pela vaidade. Desfilava pelas pistas com suas unhas pintadas de forma festiva e com sua mochila de ursinho. Em 2003 tinha a melhor marca do mundo - 7 metros e 6 centímetros - quando foi flagrada no exame anti-dopingo devido a uma substância proibida que fazia parte da fórmula de um produto usado na depilação. Paralelamente, namorava o piloto Antônio Pizzonia, que a pressionava para abandonar a carreira, e ela assim o fez por três anos.
O casamento acabou mas dele surgiu sua filha Sophia. Cumprida a suspensão, retornou aos treinos em 2006 para, no ano seguinte, ganhar duas medalhas de ouro no Jogos Panamericanos do Rio, no salto em distância e nos 110 metros com barreiras. Afirma que sua filha foi o maior incentivo para retomar o esporte.
É essa mulher de 32 anos que se torna a primeira brasileira a ganhar uma medalha de ouro no Atletismo, a primeira brasileira a subir sozinha no ponto mais alto do pódio de uma olimpíada. Nada de sologans publicitários tipo "sou brasileiro e não desisto nunca". Foi uma conquista individual de alguém que ressurgiu das cinzas para a glória olímpica.
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