sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Musa do dia


No início da carreira Maureen Higa Maggi era festejada pela mídia tanto pelas marcas no salto em distância como pela vaidade. Desfilava pelas pistas com suas unhas pintadas de forma festiva e com sua mochila de ursinho. Em 2003 tinha a melhor marca do mundo - 7 metros e 6 centímetros - quando foi flagrada no exame anti-dopingo devido a uma substância proibida que fazia parte da fórmula de um produto usado na depilação. Paralelamente, namorava o piloto Antônio Pizzonia, que a pressionava para abandonar a carreira, e ela assim o fez por três anos.
O casamento acabou mas dele surgiu sua filha Sophia. Cumprida a suspensão, retornou aos treinos em 2006 para, no ano seguinte, ganhar duas medalhas de ouro no Jogos Panamericanos do Rio, no salto em distância e nos 110 metros com barreiras. Afirma que sua filha foi o maior incentivo para retomar o esporte.
É essa mulher de 32 anos que se torna a primeira brasileira a ganhar uma medalha de ouro no Atletismo, a primeira brasileira a subir sozinha no ponto mais alto do pódio de uma olimpíada. Nada de sologans publicitários tipo "sou brasileiro e não desisto nunca". Foi uma conquista individual de alguém que ressurgiu das cinzas para a glória olímpica.

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