segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

La Revolucion no cinema


A Revolução Cubana, a mais mítica conquista esquerdista na segunda metade do século XX, completa 50 anos na virada do ano. Foi no reveillon de 1959, quando festejava com os privilegiados do regime, americanos endinheirados e talvez até mafiosos, que Fulgencio Batista foi informado que os guerrilheiros de Fidel Castro estavam às portas de Havana e que as tropas governistas haviam debandado. Num rápido comunicado, ele disse a seus convivas que estava de partida de Miami e que eles deviam fazer o mesmo. O episódio pode ser visto em "O Poderoso Chefão 2" (foto), de Francis Ford Coppola.
"Havana", de Sidney Pollack, tenta refazer "Casablanca" no contexto da Revolução Cubana, com Robert Redford no papel que foi de Humprey Bogart e a sueca Lena Olin no lugar da compatriota Ingrid Bergman. Não podia dar - e não deu - certo.
O filme "Che!", de 1969, foi feito no calor da recente morte do revolucionário argentino, mas do ponto de vista de Hollywood. Mais ou menos aquilo que você leu na edição de Veja deste ano sobre Guevara está lá nesse filme, com o agravante dele ser encarnado pelo egípicio Omar Shariff e Fidel Castro ser feito por Jack Palance, um dos vilões de cinema favoritos de então (quem não lembra de "Os Brutos também Amam"?). Horrivel, apesar da direção do habitualmente divertido Richard Fleischer. Este ano deve ser lançada uma nova biografia de Che, estrelada por Benício Del Toro, dirigida por Steven Sorderbergh e com Rodrigo Santoro no papel do atual mandatário da ilha, Raul Castro.
Andy Garcia fez um ajuste de contas pessoal com a Revolução na sua estréia como diretor, "A Cidade Perdida". O roteiro é de outro dissidente cubano Cabrera Infante, e traz no elenco a belíssima top model espanhola Ines Castro, como mulher do personagem de Garcia, que o trai pela Revolução.
Uma visão humorística da guerrilha castrista é "Bananas", de Woody Allen, cujo ditador de plantão se chama Emilio Vargas - mistura de nosso mais violento presidente militar com nosso ditador com mais tempo no poder. As seqüências de paredón são hilárias, e infelizmente próximas à verdade.
Sobre a Cuba pós-Revolução existem vários filmes interessantes, como "Morangos e Chocolate" e "Guantanamera", do mais famoso cineasta da Ilha, Tomar Gutiérrez Alea. De artista engajado - seu "A Última Ceia" foi aclamado no mundo inteiro - ele passou a crítico do regime nos últimos anos, especialmente do preconceito e a burocracia do Estado.
O belo "Antes do Anoitecer" também critica o preconceito e violência do governo cubano, por meio das memórias do protagonista, o artista plástico homossexual Reinaldo Arenas, em atuação memorável de Javier Barden.

Secretariado

O jornal Exemplo conseguiu com exclusividade a lista dos novos secretários do prefeito eleito Reinaldo Nogueira. Nada muito diferente do que já se falava nos bastidores da política, mas vá lá.
Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos (SEMAR) – Núncio Lobo Costa
Secretaria Municipal de Cultura (SECULT) – Érica Novachi
Secretaria Municipal de Defesa e Cidadania (SEDEC) – coronel Antônio Marinho da Silva
Secretaria Municipal de Desenvolvimento (SED) – Graziela Milani Narezzi
Secretaria Municipal de Educação (SEME) – Jane Shirley Esc Ferretti
Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SESLA) – Maurício Baroni
Secretaria Municipal da Fazenda (SEF) – Marcelo Pigatto
Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB) – Gervásio Aparecido da Silva
Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos (SENEJ) – Alexandre Schreiner
Secretaria Municipal de Obras Públicas (SEMOP) – José Carlos Selone
Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) – José Roberto
Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (SEMURB) – Nilson Alcides Gaspar
Assessoria de Imprensa – Odair Gonçalves
SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgotos – Alexandre Carlos Peres
FIEC - Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura – João Martini Neto
Fundação Pró-Memória de Indaiatuba – Marcelo Alves Cerdan
***
Curiosidades: Pelo menos dois nomes da lista não haviam sido convidados até terça-feira da semana passada. A Assessoria de Comunicação passará a ter status de secretaria.

Ridley Scott - um autor?

Acabo de ver o último Ridley Scott, "Rede de Mentiras", e embora não dê para dizer que é ruim, também não dá para compará-lo aos melhores momentos desserede de mentiras cineasta. É uma trama ao estilo de "Syriana", só não tão intrincada. Confronta a arrogãncia dos burocratas de Washington - encarnada por Ed Hoffman (Russel Crowe) - com o conhecimento dos agente se campo - representado por Roger Ferris (Leonardo Di Caprio) - no jogo de espiões da Guerra contra o Terrorismo. O alvo é um certo Al-Saleem (Alon Abtbul, que na verdade é israelense e fez uma ponta em "Munique"), líder de uma facção particularmente sanguinária da Al Qaeda, e para capturá-lo Di Caprio se aproxima do chefe da Inteligência jordaniana, Hani (o inglês Mark Strong, que trabalhou também em "Syriana"),  um homem refinado e perigoso. Ao mesmo tempo em que tem que lidar com as desconfianças de Hani e as pressões de Hoffman, Ferris ainda arrnaj tempo para paquerar uma bela enfermeira, Aisha (Golshifteh Farahani).

A comparação com "Syriana", "Nova York Sitiada" e até mesmo "Falcão Negro em Perigo" são inevitáveis. De "Syriana" tem os bastidores da espionagem no Oriente Médio; de "Nova York Sitiada", o preconeito americano contra a lógica da destruição do fundamentalismo isnlâmico (sempre é bom lembrar que este filme é de antes do 11 de setembro); e de "Falcão Negro em Perigo" - do mesmo Ridley Scott - a luta entre o Império e as hordas.

O confronto sempre fez parte do cinema de Scott, a começar de sua estréia, "Os Duelistas", em que dois homens travam duelos através dos anos sem ter nenhum motivo aparente. Em seguida, a explosão de "Alien - O Oitavo Passageiro", em que humanos se tornam caça de um alienígena que os usa como depósito de ovos. "Blade Runner" não fez sucesso a princípio mas acabou se tornando a maior marca do diretor, a ponto dele relançá-lo duas vezes, com mudanças na edição, remasterização e até uma cena refeita. Criador e criatura caçam uns aos outros em busca de respostas sobre a vida e a morte.

Depois desses três triunfos iniciais, Scott roda o enigmático "A Lenda", que quase afundou a carreira de Tom Cruise, como um tipo de elfo que luta contra o Lorde das Trevas pelo amor de uma bela princesa um mundo de conto de fadas. O policial romântico "Perigo na Noite" passou em brancas nuvens e o violento "Chuva Negra" provocou acusações de racismo, mas o xenófobo era o personagem de Michael Douglas, que acabava mergulhado no universo da Yakuza japonesa.

A saga feminista "Thelma e Louise" trouxe Scott de novo à tona, com Susan Sarandon e Geena Davis sendo "Butch Cassidy e Sundance Kid" de top e salto alto. Em seguida, o diretor realiza o belo "1492 - A Conquista do Paraíso", com Gérard Depardieu como o navegador genovês que enfrenta cortesãos espanhóis para realizar seu sonho de criar um mundo melhor no que acha serem as Índias. Não fez sucesso, assim como "Tormenta" e "Até o Limite da Honra", com Demi Moore careca como fuzileira naval enfrentando a hostilidade dos colegas machos. Um novo retorno acontece com "Gladiador", o filme sensação de 2000, vencedor de cinco Oscar, incluindo Filme e Ator pra Russel Crowe. Uma mistura de "A Queda do Império Romano" com "Spartacus", sustentado pelo clima épico imprimido pelo diretor e pelo talento e carisma de Crowe.

Por que ele aceitou fazer "Hannibal" é um mistério. Só se for pela grana, porque ele volta a ser o bom diretor que é em "Falcão Negro em Perigo", um "forte apache" moderno que traz no elenco novos talentos dos anos 2000, como Eric Bana, Josh Hartnet e Orlando Bloom. "Cruzada" peca pela falta de presença física de Orlando Bloom - o moço é muito delicado para o papel - mas ainda é um bom trabalho, principalmente no contexto político em que foi feito. Gosto bastante de "Um Bom Ano", em que a empáfia capitalista de Russell Crowe se choca com o fantasma do tio bon vivant Albert Finney. E ainda tem a maravilhosa de Marion Cottilard, sem a maquiagem enfeiante de "Piaf", como argumento para que o financista sem coração se converta à la vie em rose. Brût, de preferência.

Citada quase toda a filmografia de Ridely Scott, dá para falar em corerência ou uma obra no sentido "Cahiers de Cinéma"? Entre um e outro compromisso comercial, dá para dizer que sim. "Alien" e "Blade Runner" expressam uma angústia em relação ao futuro da Humanidade bem próprias da época. Thelma e Louise" e "Até o Limite da Honra" falam da luta das mulheres em se impor no universo masculino, um pela transgressão e o segundo pela igualdade. "1492" e "Cruzada" abordam dois momentos decisivos da civilização ocidental, que forma os ecnotnros com os nativos da América e com os árabes na Guerra Santa. "Chuva Negra", "Falcão Negro em Perigo" e agora "Rede de Mentiras" colocam os americanos intervindo em culturas que conhecem mal e consideram bárbaras, intervindo de forma bárbara com justificativas civilizatórias.

Há, sim, uma coerência temática. Mas não, infelizmente, qualitativa.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Irracionalismo

Dez pessoas morreram em uma chacina na véspera de Natal feita por um homem fantasiado de Papai Noel que abriu fogo em uma festa na casa de seus ex-sogros antes de atiçar fogo à casa, disse a polícia.
Bruce Jeffrey Pardo, 45 anos, disparou contra mais de vinte convidados antes de botar fogo na casa em Covina, subúrbio a 37 quilômetros do centro de Los Angeles. Pardo atirou no rosto de uma menina de 8 anos quando ela abriu a porta para ele, disparando em seguida indiscriminadamente contra os convidados que tentavam fugir.

Depois, ele cometeu suicídio e seu corpo foi encontrado na casa de seu irmão.

"Ele morreu por causa de ferimentos que ele mesmo causou. Acreditamos que havia uma disputa conjugal", disse a jornalistas o tenente Pat Buchanan, da Polícia de Covina.

Acredita-se que ex-mulher de Covina, Sylvia, de 43 anos, e seus pais estejam entre as vítimas.

O legista disse que alguns corpos encontrados na casa estão muito queimados e terão que ser identificados pela arcada dentária.

A polícia disse que não sabe quantas vítimas morreram por tiros e quantas pelo fogo.

Dispositivo incendiário caseiro
As autoridades isolaram a casa queimada na sexta-feira e armaram uma barraca e um trailer para tratar das provas, enquanto faziam buscas nos destroços. Caminhões-guincho retiraram do local veículos queimados que pertenciam a pessoas mortas ou feridas na chacina.

O suspeito, carregando duas armas e um dispositivo incendiário caseiro, começou a atirar assim que entrou na casa, disse Buchanan.

A casa, que pertencia aos pais da ex-mulher de Pardo, estava em chamas quando a polícia chegou.

Duas pessoas estavam feridas por tiros, a menina de 8 anos que abriu a porta e uma garota de 16 anos que foi atingida nas costas enquanto convidados fugiam da casa. Alguns pularam de uma janela no primeiro andar, disse a polícia. As duas meninas não correm risco de morrer.

Testemunhas disseram que Pardo tirou sua fantasia de Papai Noel depois de atirar e fugiu em roupas normais.

Pardo não tinha ficha na polícia e era diácono na sua igreja católica. Ele e sua ex-mulher recentemente tiveram um divórcio litigioso depois de um ano de casamento, disse a polícia.

A polícia descobriu 10 mil dólares e uma passagem de avião no corpo de Pardo. A polícia também achou um carro que ele havia alugado e instalado com explosivos a cerca de um quarteirão da casa de seu irmão. Uma bomba e 300 rodadas de munição de revólver explodiram e destruíram o veículo enquanto a polícia tentava desativar a bomba.

Equipamento para a fabricação de bombas também foi encontrado na casa de Pardo, no calmo subúrbio de Montrose, 21 quilômetros ao norte do centro de Los Angeles.



***

Quantas chacinas mais terão que acontecer até que os americanos reconheçam que sua defesa história ao direito de posse de armas é uma irracionalidade no século XXI? Não serve para o cidadão se defender e apenas permite que desequilbrados tenham acesso a armas de repetição que servirão para massacrar inocentes meidante a qualquer descontentamento ou chilique.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Cinema (publicado no Gente etc de sábado)

Os donos de cinema – como a família Lui do Multiplex Topázio – ficaram decepcionados com os filmes do Oscar deste ano, que não teve nenhum blockbuster entre os concorrentes principais. Os cinéfilos, por outro Aldo, não podem se queixar: artisticamente foi a melhor safra em anos. Os três grandes favoritos – “Onde os Fracos Não Têm Vez”, “Ouro Negro” e Desejo e Reparação” – foram todos ótimos a seu modo. O suspense policial dos irmãos Cohen, grande vencedor da premiação da Academia de Hollywood, desconcertou a maioria do público, mas é o melhor trabalho deles em anos. A saga petrolífera de Paul Thomas Anderson consagrou novamente Daniel Day-Lewis como melhor ator e consolidou o talento do cineasta. Já a adaptação do romance de Ian McEwan foi criticada de ser uma diluição do texto original, mas independente deste, trata-se de um trabalho visualmente admirável, mostrando que o acerto demonstrado pelo diretor Joe Wright em “Orgulho e Preconceito” não foi casual.
Mas as grandes sensações do ano vieram dos quadrinhos. “Batman – O Cavaleiro das Trevas” é considerado por muitos o melhor filme de 2008. Até que ponto a comoção em torno da morte de Heath Ledger ajudou a alavancar o filme em termos de publico e crítica? Difícil dizer, mas o intérprete do Coringa tem a possibilidade de repetir Peter Finch em 1976 e ganhar o Oscar postumamente.. Outra performance arrebatadora foi a de Robert Downey Jr. como Tony Stark em “Homem de Ferro”. O cara que ficou famoso por praticamente “receber” Carlitos em “Chaplin” foi agora ovacionado por interpretar a sim mesmo!
À exemplo do ano passado, quando “Rat-a-Touille” foi considerado um dos melhores do ano – o melhor, segundo Luiz Carlos Merten do “Estadão” – “Wall-E” demonstra as possibilidades artísticas da animação digital, ao mesmo tempo em que conquista o público. No Brasil, no entanto, a produção da Pixar levou um banho de “Kung-Fu Panda” nas bilheterias – enquanto nos EUA o robozinho ganhou por pouco.
No campo nacional, o destaque foi, sem dúvida, “Meu Nome não é Johnny”, de Mauro Lima, a resposta de Selton Mello à já mítica caracterização de Wagner Moura em “Tropa de Elite”. Teve ainda o belo “Jogo de Cena”, de Eduardo Coutinho, e o recente “Romance”, de Guel Arraes.

O ano que passou (publicado em Gente etc no sábado)

Benjamin Franklin disse certa vez que só existem duas coisas inevitáveis na vida: a morte e os impostos. Não é verdade, as retrospectivas de final de ano são pautas recorrentes de jornais e revistas nesta época do ano. É como o Bacalhau do Batata, toda Quarta-Feira de Cinzas em Olinda: só não vai pro Jornal Nacional se o presidente morrer.

Uma morte marcou todos os indaiatubanos este ano, a de Aydil Bonachella, radialaista, filantropa, amiga querida de todos os comunicadores e companheira diária de grande parte da população da cidade. Seu súbito desaparecimento na véspera da Sexta-Feira Santa desmente o velho ditado de que ninguém é insubstituível. Aydil era única.

Mas o ano não foi só perda. Tivemos o início do projeto Tuberfil Cultural, que em março trouxe Yamandú Costa, acompanhado pelo excepcional Danilo Brito e pelo grupo Choro Rasgado; e este mês promoveu a volta do maestro João Carlos Martins à cidade, junto com sua Bachiana Chamber Orchestra. Ganhamos mais um teatro, no Instituto Deco 20, inaugurado com a excepcional montagem de “Zoológico de Vidro”, de Tenessee Williams, dirigida por Ulysses Cruz e estrelada por Cássia Kiss. Recebemos pela primeira vez a Virada Cultural da Secretaria de Estado da Cultura – com Zeca Baleiro, Paula Lima, Marcelo Mansfield e tantos outros – que em Indaiatuba teve um público maior que o de Campinas, o que deve fazer com que o evento se repita em 2009. Infelizmente, o Circuito Cultural, também do governo estadual, que trouxe atrações do nível de Antônio Nóbrega, não deve continuar na cidade no ano que vem devido ao público decepcionante.

No mais tradicional evento cultural da cidade – o Maio Musical – o destaque foi César Camargo Mariano, num show espetacular. Isaías e seus Chorões voltaram à cidade para encerrar a Semana Nabor Pires Camargo, um evento cada vez mais importante e que merece mais atenção do indaiatubano.

De Indaiá para o mundo. Dois garotos crescidos e iniciados no teatro em Indaiatuba estrelam filme premiado em Cannes. João Baldasserini e José Geraldo Rodrigues estudaram na mesma escola e, lá mesmo, começaram a fazer teatro, caminho que os levariam a se encontrar anos depois no casting do filme “Linha de Passe”, de Walter Salles, autor de “Central do Brasil”. Antes mesmo de finalizado, a produção foi selecionada para participar do Festival de Cannes. E lá foram os dois garotos do COC pisar no tapete vermelho do maior festival de cinema do mundo. A colega de elenco, Sandra Corveloni, justamente a única que não foi á França, ganhou o prêmio de Melhor Atriz. “Linha de Passe” entrou na lista dos 100 melhores do ano feita pelo jornal inglês “The Times”.

Enquanto o Ciaei fica dividido entre as agendas das secretarias da Educação e da Cultura, o Tom da Terra continua tentando se viabilizar como espaço para espetáculos. MPB4, Demônios da Garoa, Juca Chaves foram algumas das atrações trazidas pela casa em 2008, sempre esbarrando em problemas de estrutura e serviço. No final do ano, uma festa dos anos 80 ilustrou as possibilidades e ao mesmo tempo as fragilidade da casa, que tem como pontos fortes a localização, tamanho e vagas para estacionar.

A produção local teve pontos altos, como a peça “Ifigênia em Áulis”, de Eurípides, dirigido por Rubens Teixeira, que infelizmente marcou o adeus do veterano encenador da cidade. A partir do ano que vem ele vai trabalhar em Campinas. O Festival de Música Popular Brasileira foi uma surpresa, premiando revelações absolutamente desconhecidos. Pena que, se depender do evento em si, continuarão anônimos, pelo baixíssimo comparecimento do público. Tomara que os prêmios estimulem os jovens Sara e Wilson Neto, as gratas surpresas desta edição, a se arriscarem na carreira. No segmento sertanejo, este foi o ano da consagração de Bruno di Marco e Cristiano nos palcos da cidade, lotando onde quer que se apresentassem. Mas se não conseguirem espaço fora de Indaiatuba, correm o risco do saturamento.

Na área do rock’n roll, o destaque absoluto ficou por conta do Clip Festival, levando um ótimo público durante todo um domingo, com atrações como NX Zero, Detonautas e Capital Inicial. O Festival de Rock da Secult, por sua vez, teve como grande atração Os Raimundos tentando recuperar o espaço perdido e o Rock no Casarão recebeu um Marcelo Nova absolutamente entediado e desmotivado, nada menos rock’n roll. Mas a temporada foi felizmente encerrada este mês com chave de ouro pelo samba-rock de Jorge Ben Jor, que inventou o gênero muito antes dele ganhar esse nome.

O Passo de Arte é um capítulo à parte, evento que ganha em qualidade a cada ano mas que ainda repercute pouco na cidade, à exceção de alguns segmentos como hotelaria e determinados comércios. Para consolidar essa que é a competição de dança mais prestigiada depois do Festival de Joinville é preciso aproximá-la da comunidade indaiatubana.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Vampiros fashion

“Crepúsculo”, o novo fenômeno adolescente, chega a Indaiatuba em lançamento nacional, dividindo as quatro salas do Multiplex Topázio apenas com crepusculo2 “Madagascar 2”. Ou seja, se você tiver mais de quinze anos de idade mental estará órfão esta semana.

Essa programação esdrúxula é resultado de um segundo semestre muito ruim no mercado cinematográfico, então a administração optou por otimizar o espaço para maximizar o faturamento e ajudar a fechar o caixa de 2008.

Bom, voltando á vaca fria: o filme é a adaptação do primeiro de uma série de best-sellers escrito por Stephenie Meyer, que junto com o fetiche dos vampiros trouxe de volta o romantismo casto para uma geração teen que cresceu em meio a uma sociedade de consumo que sexualiza os jovens cada vez mais cedo. Mas a castidade do amor entre Bella (Kristen Stewart, de “Os Mensageiros” e “na Natureza Selvagem”) e Edward (Robert Pattinson, o Cedric Diggory de “Harry Potter e o Cálice de Fogo”) não tem conotação religiosa, apesar da autora ser mórmon, mas amaldiçoada: o rapaz tem que conter seus instintos porque não quer sugar o sangue da amada até a morte. E ela, como as noivas de Drácula, segue apaixonada mesmo correndo o risco de virar vampira.

Esse ponto de partida fez com que “Crepúsculo”, que custou US$ 37 milhões, rendesse US$ 147 milhões em apenas duas semanas de exibição.. Logicamente, a seqüência – “Lua Nova” – já foi confirmada, embora sem a diretora Catherine Hardwicke, de “Aos 13” e “Reis de Dogtown”.

O charme dos Filhos da Noite

drácula Desde “Drácula”, o primeiro, de Tod Browning, que os vampiros são moda no cinema. Seu intérprete, a húngara Bela Lugosi, nosferatu2hipnotizava suas vítimas e os espectadores com seu olhar de viciado em morfina e ajudou a estabelecer a conexão entre a penetração das presas no pescoço da vítima com o sexo propriamente dito. O genial Murnau fez sua versão “pirata”do conde com “Nosferatu”, menos charmosa, mais monstruosa e muito melhor filmada. Mas depois disso, os filhos da noite ficaram restritos a produções baratas e mal-feitas, até que um estúdio inglês resolveu se especializar no horror e revisitou os monstros consagrados pela Universal nos anos 30. Em 1958, Terence Fischer, o maior nome da Hammer, dirigiu “O Vampiro da Noite”, que lançou Christopher Lee no papel de Drácula. Foram incontáveis filmes como o conde, entre produções da Hammer e outras menos cotadas.

Vindo do Leste Europeu, onde os vampiros são parte do folclore, Roman Polanski se lançou em Hollywood com uma sátira à mitologia sobre eles criada por Hollywood. Era uma comédia, mas como em tudo em Polanski, há sempre uma nota cruel e pessimista.

draculaNos anos 70, com o prestígio em alta, o alemão Werner Herzog anunciou que refilmaria “Nosferatu” e que superaria a versão de seu compatriota. Apesar de Isabelle Adjani no auge da beleza e Bruno Ganz, o ator que se tornaria amuleto de Wim Wenders, não conseguiu, apesar das imagens belíssimas.

Na mesma época, Anne Rice lançou sua série de romances sobre o Vampiro Lestat, começando por “Entrevista com o fome de viverVampiro”, que foi um sucesso e logo passou a ser cobiçado pela indústria cinematográfica. O filme, no entanto, só saiu 18 anos depois, quando o favorito da autora para viver seu personagem principal, Rutger Hauer, já estava velho e fora de moda para o papel. Tom Cruise se esforçou, mas faltou a ele porte físico para ser ameaçador como o personagem exigia. Em compensação, Brad Pitt se consolidou como astro e a muito jovem Kirsten Dunst surgiu para o grande público.

interview-with-the-vampire-157 Mas na demora para sair a versão para a tela de “Entrevista com o Vampiro”, outro filme se apropriou do conceito de vampiros eternamente jovens e charmosos caçando vítimas em plena era pós-punk. “Fome de Viver”, de 1983, tinha Catherine Deneuve e David Bowie como casal de sugadores de sangue fashion e uma antológica abertura com Peter Murphy – do Bauhaus - cantando “Bela Lugosi is Dead”. Mas Bowie sai de cena logo no começo e La Deneuve passava a arrastar a asa para... Susan Sarandon! Uau!

Em 1992 foi a vez de Francis Ford Copolla fazer o que ele pretendia ser uma versão fiel do romance original do conde da Transilvânia, tanto é que a batizou de “Drácula de Bram Stocker”. Tratava-se na verdade de um “Drácula de Francis Ford Copolla em fase barroca”. Gary Oldman estrelou esse delírio com um prólogo sensacional, mas cujo excesso de informação visual quase mata o resto do dracula coppolafilme. Winona Rider era Mina Harker, amada e caça do vampiro.

Para a geração que chega agora aos 30, a principal referência vampiresca deve ser mesmo o seriado “Buffy, a Caça-Vampiros”. Sarah-Michelle Gellar virou estrela, assim como David Borenaz, seu namorado-vampiro, de quemBuffy-Vampire-Slayer-ft06 se separou para que ele pudesse estrelar o spin off “Angel”. Vampiros no ambiente high school de um subúrbio americano não é exatamente uma novidade, portanto...

Desde então os vampiros voltam à tela com êxito maior – caso da trilogia “Anjos da Noite” – ou menor – como “Drácula 2000” e “Vampiros de John Carpenter”. “Crepúsculo” é apenas o último produto de um gênero lançado há mais de um século por um escritor inglês que nunca pisou na Transilvânia.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Mais um capítulo da novela (deu no UOL on Line)

A Advocacia Geral do Senado vai ingressar amanhã no STF (Supremo Tribunal Federal com um mandado de segurança na tentativa de assegurar a promulgação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) dos Vereadores. A Mesa Diretora da Câmara barrou hoje o aumento no número de vereadores aprovado de madrugada pelo Senado. A PEC aprovada criava 7.343 vagas de vereadores nas Câmaras Municipais.

"Considerar que a Mesa de qualquer das Casas possa recusar-se a promulgar uma emenda constitucional validamente aprovada é conceder poder de veto não previsto constitucionalmente", disse o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN).

Mais cedo, Garibaldi classificou a medida com "um ato de hostilidade" por parte dos deputados que fecharam posição sem abrir um canal de negociação com o Senado.

Ele evitou dizer a ação da Câmara criou uma crise entre as duas Casas e afirmou que vai pedir à consultoria legislativa do Senado um detalhamento jurídico da situação para poder se posicionar melhor. "Não sou homem de deixar barato, mas também não sou homem de briga", disse Garibaldi.

O líder do PT na Câmara, deputado Maurício Rands (PE), também criticou a decisão da Mesa da Casa de não assinar a promulgação da PEC. "A posição da Mesa da câmara, de não promulgar uma matéria que tem um caráter autônomo, que é a quantificação de vereadores por cidade, depois de votada nas duas Casas (Câmara e Senado), não é uma atitude correta", disse Rands.

Duas partes

Durante a votação no Senado, o relator da chamada PEC dos Vereadores, senador Cesar Borges (PR-BA), separou as duas partes principais da proposta: a composição e os gastos das Câmaras. Na PEC aprovada pelo Senado consta apenas a parte do texto que recebeu o aval da Câmara no início do ano e altera a proporcionalidade de vereadores em relação ao número de habitantes do município.

Foram criadas 24 faixas de número de vereadores: os municípios com até 15 mil habitantes terão nove vereadores, enquanto os municípios com mais de 8 milhões de moradores terão 55 vereadores.

Os senadores retiraram da PEC um artigo que reduzia os percentuais de repasse das receitas dos municípios para as Câmaras --uma economia calculada em R$ 1,5 bilhão.

De acordo com o artigo, os municípios com arrecadação de até R$ 30 milhões por ano poderiam gastar com os legislativos municipais até 4,5 % da receita. Arrecadação de R$ 30 a R$ 70 milhões --gastos de até 3,75%; de R$ 70 a R$ 120 milhões-- gastos de até 3,5 %; de R$ 120 a R$ 200 milhões --gastos de 2,75 %; e acima de R$ 200 milhões os gastos podem ser de até 2 % do orçamento.

Borges argumentou que as duas medidas deveriam ter tramitação distinta por produzirem impactos diferentes. A idéia do senador era discutir esta parte da PEC, em 2009, em um novo texto.

Com a mudança, as Câmaras Municipais iriam continuar a receber o montante previsto pela Constituição Federal, sem aumento nos gastos mesmo com a criação dos novos cargos.

Os deputados entenderam que as alterações realizadas pelos Senadores desconfiguraram o texto e, portanto, decidiram que não vão assinar a matéria impedindo que ela seja levada à promulgação pelo Congresso.

E agora, José?

A Mesa da Câmara não vai promulgar a PEC dos Vereadores alegando excesso de mudanças durante o trâmite no Senado.

Última ordem

Parece que o PT está entrando com um mandado de segurança para impedir a diplomação dos doze inicialmente eleitos em outubro para garantir a posse dos 21 previstos pela PEC. Com a nova proporcionalidade, o partido de Lula teria três cadeiras em Indaiatuba. Em princípio entrariam Janio e Jaciara, mais Ocimar, César, João Neto, Nelsinho e Maurílio.
Mas tudo ainda é muito especulativo, pois se alguns entendem que o TSE não pode ir contra uma emenda constitucional, outros acham que a decisão sobre se a norma vale para esta eleição é o Poder Jurídico.

E o que muda por aqui?

Em Indaiatuba, a aprovação da PEC dos Vereadores não muda aparentemente nada. Primeiro porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já se posicionou sobre a impossibilidade da posse dos suplentes. Em decisão proferida no inicio do segundo semestre, entendeu que os suplentes só poderiam assumir já essas vagas, se a emenda constitucional fosse aprovada e promulgada antes de 30 de junho, prazo de realização das convenções partidárias. Na quarta, o presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Brito, já se adiantou e avisou da existência dessa resposta do tribunal.
Segundo, porque a Câmara local aprovou uma mudança na Lei Orgânica do Município (LOM) fixando em 12 o número de vereadores. Entre os que aprovaram a medida estavam o atual presidente Nelson "do Ferro-Velho" Laturraghe, César "da Cidade do Sol" de Oliveira e João Martini Neto, todos não reeleitos e que entrariam caso a PEC valesse para esta legislatura. Será que eles estão arrependidos?

Senado aprova em primeiro turno aumento no número de vereadores

Da Agência Senado

Depois de duas horas e meia de discussão, o Plenário do Senado aprovou em primeiro turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 20/08) que altera a proporcionalidade de vereadores em relação ao número de habitantes do município. São criadas 24 faixas de número de vereadores - os menores terão nove vereadores e os maiores até 55 vereadores. Com isso, o Brasil passará a ter 7.343 novos vereadores, mas os gastos totais das câmaras não serão elevados.

O projeto ainda terá de ser submetido a uma segunda votação. Alguns líderes partidários querem votar a matéria em segundo turno ainda nesta madrugada. Como a matéria já foi votada pelos deputados, ela seria promulgada pelo Congresso imediatamente e poderia valer, inclusive, para as eleições realizadas neste ano.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Do Blog do Ricardo Kotscho

A noite em que os Mesquitas abandonaram o Estadão

Da noite de 13 de dezembro de 1968, e pelos sete anos seguintes, até a retirada da censura prévia, em 4 de janeiro de 1975, quando o jornal comemorou seu centenário, a família Mesquita esteve à frente da resistência da redação do Estadão aos arbítrios do AI-5, o golpe dentro do golpe que eles tinham ajudado a deflagrar em 1964.

Na noite desta segunda-feira, 15 de dezembro de 2008, quando o jornal lançou o livro “Mordaça no Estadão”, que relata o período da censura, com texto de José Maria Mayrink, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, nenhum Mesquita foi visto no evento.

O que terá acontecido nos 40 anos que separam um dezembro do outro? Aconteceu muita coisa no país e no mundo, claro. Caímos numa democracia com plenas liberdades públicas. A União Soviética acabou. 82% da nossa população não tem hoje a menor idéia do que foi o AI-5. O operário nordestino Luiz Inácio Lula da Silva é o presidente do Brasil e o negro Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos. Casei, tive duas filhas, que me deram três netos. As maiores empresas capitalistas do mundo pedem ajuda aos governos centrais para não ir à falência _ tanta coisa aconteceu…

Mas o que explica a ausência da família dos fundadores no lançamento de um livro que registra a história mais gloriosa do centenário jornal? Não sei. Sei que eles já não estão mais, faz anos, no comando do jornal, restringindo-se a participação da família a Ruy Mesquita, responsável pelas duas páginas de opinião. Os demais foram cuidar da vida em outros ramos.

Ninguém poderia imaginar algo assim nos mais de 10 anos em que lá trabalhei, de 1967 a 1977, quando os jornalistas da casa referiam-se a Júlio Mesquita Filho e, depois, seus filhos Júlio Neto e Ruy, simplesmente, como “deus”. Mais do que donos do jornal, eram tratados como verdadeiras entidades superiores.

Ontem à noite, numa roda ao lado de Mayrink, o autor do livro que assinava as dedicatórias para as cerca de 200 pessoas que foram ao lançamento, quem recebia os cumprimentos das autoridades era o diretor de conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour. Até brinquei com ele: estava parecendo o pai da noiva…

Entre as poucas autoridades que vi passar pela livraria, anotei os ex-governadores Cláudio Lembro e Orestes Quércia. Na fila de autógrafos, quem mais chamava a atenção era a nobre figura do pernambucano Carlos Garcia, ex-diretor da sucursal do Recife e, mais tarde, do arquivo do jornal. Preso e torturado pelos militares, era um dos poucos a lembrar, em sua elegância de septuagenário de barbas brncas, os velhos tempos da aristocracia que o jornal tão bem representou.

Daquele meu tempo de Estadão, o único que encontrei, e ainda permanece trabalhando por lá, foi Antonio Carvalho Mendes, mais conhecido por Toninho Boa Morte, por ser o redator das notícias fúnebres do jornal _ naquela época, e até hoje.

Por uma dessas finas ironias da vida, o mais próximo da família Mesquita que encontrei foi o jornalista Getúlio Alencar, um pernambucano de esquerda, que foi casado com a herdeira Patrícia Mesquita, filha do Carlão, e que ainda é sua representante no Conselho de Administração.

Antes das dez da noite, a fila tinha acabado. Fui com alguns amigos para o Boteco Brasil, na esquina da Bela Cintra com Alameda Santos. Lembramos de histórias dos velhos tempos em que o Estadão era o jornal mais importante do país e, a família Mesquita, seu símbolo. A gente tinha muito orgulho de trabalhar lá.

Vereadora Bonachella

E eis que nossa querida Aydil Bonachella foi nomeada vereadora depois de morta. Explico: a Prefeitura colocou banners pela cidade indicando o local da 86ª Reunião dos membros do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (CD/RMC), que aconteceu ontem. Estava escrito Centro de Convenções Edil Bonachella.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Romance


Acabei de assistir "Romance" de Guel Arraes e confirmei a impressão por resenhas e trailer que se trata de um belo filme. Se em "Lisbela e o Prisioneiro" o romantismo da personagem de Débora Falabella era do cinema americano clássico, a referência agora são os amores trágicos do teatro. Como a mocinha donzela Lisbela, o Pedro de Wagner Moura vive o amor como no palco apaixonado por sua Isolda-Ana sem saber se é Tristão o Marcos na vida real. Quando a amada ascende profissionalmente, ele acha que foi pelo teste do sofá e, enciumado tanto pelo suposto amante quanto pela exposição de Ana na TV, termina o relacionamento amoroso e profissional. Usa como pretexto a velha história de que ser ator de verdade é só no teatro e não na TV - postura que já fez muita gente queimar a língua - para, na verdade, esconder sua imaturidade afetiva. A seqüência de abertura que descreve como nasce o amor entre os dois é uma belíssima colagem como pouco se vê por aí, valorizado pela química dos protagonistas: Wagner, encarnando o artista apaixonado com a mesma convicção que tornou o Capitão Nascimento o personagem do ano passado; e Letícia, bela como sempre, provando o quanto é sub-utilizada na Globo.
A Fernanda de Andréa Beltrão é o clown que introduz na história o terceiro vértice do triangulo amoroso que será formado na segunda parte da tramama: o oportunista Orlando, que se travestirá como o sertanejo José de Arimatéia para conquistar o papel principal e o coração da estrela. O diálogo em que Fernanda e Orlando flertam é no estilo "Armação Ilimitada", num téte à tète mais para comédia americana do que para paquera brasileira, mas tá valendo.
Em sua caricatura da TV Globo, "Romance" bebe escancaradamente em "Bar Esperança, O Último que Fecha", cult-movie de Hugo Carvana dos anos 80. José Wilker reproduz o poderoso chefão da TV feito por Oswaldo Loureiro, que por sua vez era inspirado em Boni (o personagem chamava-se Baby). A referência que explicita a citação é A Carta, mesmo fetiche da novela da personagem de Marília Pera em "Bar Esperança".
Em participações especiais, Wilker, Bruno Garcia (repetindo o canastrão de "Lisbela") e Marco Nanini, como o Grande Ator que é um chato de galocha, estão ótimos. O ponto fraco talvez seja mesmo o triangulo amoroso no sertão, que nunca decola: a bola sempre está mais no campo de Pedro que de Orlando-José de Arimatéia. A parcialidade explícita do diretor faz com que o desfecho seja óbvio, mas quem é que vai esperar algo diferente de um filme romântico? Mas os diálogos desenvolvidos por Arraes e Furtado são muito bons e superiores à maioria dos similares que nos chega Made in Hollywood. No entanto, ninguém foi ver.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Comerciais de perfume em tempos de crise

É impressionante a quantidade de comerciais de perfumes de grife nos canais pagos, uma ironia quase cruel em tempos de crise econômica. A maioria explora mulheres sedutoras e fantasias masculinas mas nenhuma é tão sexy quanto a da J'Adore, estrelado por Charlize Theron. Repare só:

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Em cartaz

Dizem que brasileiro não sabe fazer trailer. Bom, "Romance", que entra em cartaz amanhã no Multiplex Topázio, é uma exceção como podem ver acima. Novo filme de Guel Arraes, arrancou elogios efusivos da crítica mas, infelizmente, o público não correspondeu. Arraes - responsável por momentos memoráveis da telinha, como "Armação Ilimitada" e "O Auto da Compadecida" - escreveu o roteiro em conjutno com Jorge Furtado - um dos principais nomes do cinema atual, com trabalhos como "O Homem que Copiava" e "Saneamento Básico - O Filme". Wagner Moura é Pedro e Letícia Sabatella é Ana, diretor e atriz que se conhecem ao montar uma adaptação teatral de "Tristão e Isolda". Os dois se apaixonam como na peça e vivem um grande amor até que Ana é descoberta pelo produtor de TV Danilo (José Wilker) que a convida para trabalhar com ele. Ela começa uma vida de ponte-aérea e com a exposição na telinha, a peça se torna um sucesso. Só que a relação com Pedro se desgasta e os dois se separam.

Três anos depois, ela já é uma estrela e, cansada de fazer sempre a mesma coisa, exige um projeto diferente. Daís surge a idéia de levar "Tristão e Isolda" ao Nordeste e Pedro é convidado a dirigir a minissérie. Ana se envolve com seu parceiro de cena Orlando (Wladimir Brichta) para desespero de Pedro. Também estão no elenco Adnréa Beltrão, como a a empresária de Ana, Fernanda; e Marco Nanini, em participação especial. A direção musical é de Caetano Veloso, que canta o tema principal "Nosso Estranho Amor", que fez sucesso nos anos 80 em dueto com Marina Lima.

Wagner Moura tem mais uma oportunidade de exibir a multiplicidade de seu talento, um anos depois do fenômeno "Tropa de Elite" e Letícia Sabatella, uma beleza geralmente desperdiçada pela Globo (á execção da minissérie "Hoje é Dia de Maria"), pode mostrar seu talento no cinema.

 

"Orquestra dos Meninos", outra etréia nacional na semana, baseia-se em um caso real. Em janeiro de 1995, os jornais de todo o país noticiaram o sequestro de um jovem músico de 13 anos da orquestra de meninos da pequena cidade de São Caetano, que possui cerca de 30 mil habitantes e fica a 150 quilômetros do Recife. Para os policiais, diziam os jornais, o responsável pelo sequestro era o próprio criador da Orquestra Sinfônica do Agreste, então conhecida e admirada em todo o país graças especialmente aos concertos realizados em Brasília, São Paulo e no Rio de Janeiro, à gravação de um CD e às apresentações na televisão. O filme é inspirado na história real do maestro Mozart Vieira e o acompanha desde o sonho de criação de uma orquestra sinfônica com os meninos e meninas do agreste pernambucano. Crianças e adolescentes que até então dividiam seu tempo entre uma difícil passagem pela escola e o trabalho ao lado dos pais nas plantações. Murilo Rosa faz o protagonista, Priscila Fantin uma de suas pupilas e Othon Bastos o prefeito corrupto que quer acabar com o maestro e sua orquestra. A direção é de Paulo Thiago, que tem uma carreira marcada por filmes ruins - "Águia na Cabeça" "Jorge um Brasileiro"  - e alguns ridículos, como "Batalha de Guararapes".

 

Mas para a maioria, a grande atração é mesmo "Madagascar 2 - A Grande Escapada". Quando muita gente achava que a divisão de animação da Dreamworks viveria só da franquia “Shrek”, em 2005 veio “Madagascar” e bombou em meio bilhão de dólares nas bilheterias do planeta. Não era preciso ser um gênio para prever uma continuação. Agora Alex, Marty, Melman, Gloria, Rei Julien, Maurice, os pingüins e os lemures encontram-se esquecidos no litoral de Madagascar e resolvem bolar um plano tão doido que pode até dar certo. Com precisão militar, os pingüins consertam – ou quase – um velho avião que caiu na ilha. Quando o primeiro vôo da Air Pingüim decola, fica no ar apenas tempo suficiente para chegar ao continente africano, onde as atrações do Zoológico de Nova York encontram outros leões, hipopótamos, zebras e girafas pela primeira vez na vida.

madagascar 2 Em muitas trilogias – que se tornará inevitável para “Madagascar” se essa parte 2 estourar nas bilheterias também - o segundo filme é o melhor, casos de “Star Wars” (a original), “O Poderoso Chefão”, “Homem-Aranha” e “Shrek”. O problema é que a primeira aventura dos personagens do zoológico de pixels já não era assim uma Brastemp como eram os exemplos citados. Nada indica, portanto, que essa seqüência vai redimir a franquia. Em termos de bilheteria já deu, como mostra os até agora 156 milhões de dólares em apenas quatro semanas de exibição. Mas nada da arte que a Pixar - no ano passado com “Rat-a-touille” e neste ano com “Wall-E” – mostrou ser possível alcançar no campo da animação.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Imperdível

A história se repete? 2

Em 2002, o Palmeiras se livra do longo reinado de Mustafá Contursi e caiu para a Segunda Divisão. Em 2007, foi a vez do Corinthians encerrar a Era Duailibi - e também cair para a Série B.
Este ano o Vasco realizou sua "revolução francesa" ao derrubar o seu "Luis XVI" Eurico Miranda ("Le Vasco cest moi"), e cair para a Segundona. Tanto Palmeiras quanto Corinthians retornaram à elite após um ano e com o título da série B. Conseguirá o Vasco fazer o mesmo? Não custa lembrar a odisséia do Fluminense, que não apenas caiu para a série C como só voltou à Primeira Divisão com a ajuda da CBF.

A história se repete?

Em 1966, o Corinthians, já amargando o 14o ano sem títulos, contrata o grande Mané Garrincha numa jogada de marketing cercada de pompa e circunstância. Só que a "Alegria do Povo" já estava com o joelho seriamente comprometido e a carreira em seu ocaso. O homem que havia carregado a seleção brasileira nas costas até o título em 1962 marcou apenas dois gols em 13 jogos pelo Corinthians.
Troquem o nome por Ronaldo e as datas não estaremos vendo a história se repetindo agora?

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Em cartaz

Enquanto aguarda a estréia de “Madagascar 2” – visto como salvador do semestre - na semana que vem, o Multiplex Topázio traz três novas opções esta semana:max payne o violento “Max Payne”, a comédia-cabeça “Vicky Cristina Barcelona” e o romântico “Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada”. A criançada vai ter que se contentar com as reprises e com a pré-estréia de “Madagascar 2” só sábado e domingo.

É um mistério porque Hollywood insiste em adaptar videogames para o cinema, já que falta à película algo fundamental para um bom jogo: a interatividade. Conseguem fazer com que um personagem virtual seja mais profundo que sal versão em carne e osso na telona. Por que? Porque no cinema atual tudo tem que ser bidimensional para ser compreendido pelo que os executivos acreditam ser seu público-alvo: pessoas com menos de 15 anos de idade mental. Assim o intrincado universo do game "Max Payne", que combina complôs da máfia e seres sobrenaturais foi transformado em uma trama banal de busca pela vingança. O elenco encabeçado pelos canastríssimos Mark Whalberg (O Oscar de Coadjuvante por “Os Infiltrados” foi uma piada) e Mila Kunis (famosa pela fútil Jackie de “That’s 70’s Show”) não ajuda também. Max Payne é um tira indisciplinado que explode de vez quando sua mulher e filha são assassinadas por viciados. Ele se torna um pária na busca dos responsáveis pelo crime, se aliando a uma assassina (Mila) que também quer vingar a morte da irmã (Olga Kurylenko, exibindo o mesmo cabelinho e as mesmas pernas sensacionais de “Quantum of Solace”). Também no elenco o veterano Beau Bridges (“Susie e os Baker Boys”) e o ex-candidato a astro Chris O’Donnell (lembram dele? O Robin com “peitinhos” de Joel Schumacher). O diretor é John Moore de “Atrás das Linhas Inimigas” e da nova versão de “A Profecia”.

eu meu irmão nossa namorada “Eu, Meu irmão e sua Namorada” traz Steve Carrell em sua habitual persona de cara travado com as mulheres. Aqui ele é um viúvo que dá conselhos a adolescentes no rádio e que vive às voltas com suas três filhas. Um, numa viagem à praia para um encontro de família, ele está caminhando pela praia quando encontra casualmente com uma mulher e – bang! – ambos se sentem atraídos um pelo outro e passam uma tarde conversando. Quando a reunião familiar acontece, ele descobre que a moça é namorada de seu irmão mais velho. O que parece ser uma situação comum a diversas comédias românticas por aí é valorizada pelas presenças de Carrell e Juliette Binoche como seu interesse romântico. Ele, que se saiu muito bem herdando o Agente 86 de Don Martin, já demonstrou talento dramático em “Pequena Miss Sunshine” e ela, calejada por anos trabalhando com a elite do cinema europeu, também se sai bem em filmes ligeiros como “Chocolate”. Além disso, a direção é de Peter Hedges, autor do roteiro do ótimo “Um Grande Garoto” e diretor do elogiado “Do Jeito que Ela é”, melhor filme da atual sra. Tom Cruise, Kate Holmes (o que não significa muito, na verdade).

Vicky Cristina Barcelona

Assistindo “Vicky Cristina Barcelona” anteontem, no Cineclube Indaiatuba, por alguma razão misteriosa me lembrei do meu amigo Ige D’Aquino, que espero que vá ver o filme. Mesmo longe de Nova York – e bota longe nisso – Woody Allen retorna a temas recorrentes em sua obra: amor, relacionamentos, o universo dos artistas e alta burguesia.vicky cristina barcelona Alguém escreveu que com a idade, sua visão sobre esses temas tornou-se menos ácida, mas leve. Pode ser. Mas o toque Allen está lá, e em boa forma.

O diretor retoma o velho tema das americanas em férias na Europa latina (nos anos 50 era a Itália) onde descobrem o amor. Vicky (Rebecca Hall) é a garota certinha que está de casamento marcado com um cara certinho – e chato. Cristina (Scarlett Johansson) é uma maluquinha que não sabe o que quer mas sabe o que não quer. Essas informações no são passadas por um narrador que economiza alguns metros de rolo para apresentar as protagonistas ao espectador. Ambas passam o verão em Barcelona hospedadas na casa de uma parente de Vicky. Uma noite após uma vernissage, as duas acabam sendo abordadas pelo artista plástico Juan Antonio (Javier Barden) que as convida para uma viagem aérea para Oviedo e para a cama dele. Vicky se indigna e Cristina se encanta. Resultado? O trio vai para Oviedo. Mas nem todos farão sexo na viagem, mas ela resulta numa relação séria entre Cristina e Juan Antonio e confusão na cabeça aparentemente estruturada Vicky, especialmente quando seu noivo decide antecipar o casamento e viaja para encontrá-la em Barcelona. Já entre Cristina e Juan Antonio, tudo parece ir às mil maravilhas, quando subitamente a ex-mulher dele, Maria Elena (Penélope Cruz), retorna. O que no início parece ser o prelúdio de uma tragédia passional acaba num ménage à trois.

É incrível como o amor, paixão e sexo ainda sejam objeto de análise do cineasta, aos 73 anos, como eram aos 42, quando fez sua grande comédia romântica, “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”. A diferença talvez seja no fato de que, antes, ele participava dos filmes como ator e personagem, e agora se oculte como um narrador/observador da ação. Não é a voz dele, mas é como se o cineasta fosse um escritor descrevendo o perfil dos personagens e seus sentimentos, recurso meio preguiçoso que economiza tempo de projeção. Mas é uma comédia romântica e não uma obra ambiciosa como “Match Point”, seu melhor filme nos anos 2000. É uma diversão inteligente, sensível e sexy, principalmente nas cenas com Scarlett Johansson, que é o Viagra artístico de Woody Allen nos últimos anos. Ah, se ele tivesse algumas décadas a menos...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Mais Jessica no calendário Campari

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Eu quero um calendário desses!

Ingressos esgotados

A Secretaria Municipal da Cultura informa que já estão esgotados os ingressos para o espetáculo Momentos de Natal - Bachiana Chamber Orchestra com regência de JOão Carlos Martins. A apresentação acontece sábado, dia 06, às 20h30, no Ciaei.

Eu detesto Campari, mas...

A Campari vai lançar um exclusivo calendário com apenas 9.999 cópias e escolheu a maravilhosa Jessica Alba para musa das fotos tiradas por Mario Testino.

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De repente me deu uma sede...

Tenho um texto nesse livro!

A Fundação Pró-Memória promove o lançamento do livro "Um olhar sobre Indaiatuba II” no dia 11 de dezembro, às 19h, no Centro de Convenções Aydil Pinesi Bonachela (Rua Primaveras, 210 - Jardim Pompéia). Na ocasião, o livro estará a venda por R$ 40,00 e a renda será revertida para o projeto de manutenção do Casarão Cultural Pau Preto.

Com 340 páginas, o livro integra a coleção Crônicas Indaiatubanas, que é lançada a cada dois anos. Este é o sexto livro da coleção e traz 141 textos entre poesias e prosa, que foram escritos por 115 autores. “O que mais temos são textos referentes à história de Indaiatuba, temos alguns textos que falam sobre a memória de algumas ruas, praça e bairros. Também há homenagens a figuras ilustres de nossa cidade, como uma à Dona Sylvia Sannazzaro”, explica o superintendente da Fundação Pró-Memória, Marcelo Cerdan.

Nesta edição há autores que contam suas memórias usando logradouros e bairros como inspiração como é o caso da Rua Bernardino de Campos, Jardim Pau Preto, Parque Ecológico, Largo das Caneleiras, rua 15 de novembro, e até a Clínica de Repouso Indaiá, entre outros.

Segundo Cerdan, outros assuntos curiosos que despertarão a curiosidade dos leitores é quem é a família dos 40? Onde é o buraco da Vila Furlan? Como era a produção nos primórdios da Cerâmica Indaiatuba? Quem foi o Barão de Indaiatuba? E até de uma autora que descobriu seu verdadeiro nome quando foi votar pela primeira vez. “O livro ainda terá um ator que faz homenagem a D. Silvia, que era presidente do conselho consultivo e dois textos do Sr. Nilson de Carvalho (in memorian)”, completa o superintendente da Fundação.

Programação da Secretaria de Cultura e Indaiatuba

DEZEMBRO

De 1º a 31 de dezembro : EXPOSIÇÃO dos ALUNOS DE ARTES DA SECULT

Exposição dos alunos de Pintura em Tela do Professor Cícero Palmeira da Silva

Local: Saguão do Paço Municipal

De 05 a 24 de dezembro : FEIRA DE NATAL

Feira de Natal da Praça das Artes

Local: Praça Dom Pedro II s/nº

Dia 05: LEGIÃO URBANA COVER - Música

Horário: 21h

Local : Sala Acrísio de Camargo

Entrada Franca.

Dia 06: MOMENTOS DE NATAL – Bachiana Chamber Orchestra com regência de JOÃO CARLOS MARTINS

Projeto patrocinado pela TUBERFIL CULTURAL

Horário: 20h30

Local : Sala Acrísio de Camargo

Entrada : 1 lata de leite em pó

Dia 07: CORAL CIDADE DE INDAIATUBA

Coral de alunos da Secult na programação natalina da Igreja Candelária.

Horário: 18h

Local : Igreja Candelária

Dia 07: “ ESSÊNCIA FEMININA” - 4º Festival de Dança de alunos da Secult

Horário: 20h

Local : Ginásio Municipal de Esportes de Indaiatuba

Ingresso : 1 brinquedo novo de R$2,00 com carimbo INMETRO

Dia 08: “ ESSÊNCIA FEMININA” - 4º Festival de Dança de alunos da Secult

Horário: 20h

Local : Ginásio Municipal de Esportes de Indaiatuba

Ingresso : 1 brinquedo novo de R$2,00 com carimbo INMETRO

Dia 09: PRÊMIO ACRÍSIO DE CAMARGO – Premiação e palestra com MOACYR SCLAIR

Horário: 20h

Local : Sala Acrísio de Camargo

Entrada Franca.

Dia 13: “ SÍTIO DO PICA PAU AMARELO” direção GERÊ

Apresentação dos alunos da oficina de teatro infantil

Horário: 15h

Local : Sala Acrísio de Camargo

Entrada Franca.

Dia 13: “ AS BRUXAS FORAM A MARTE” direção GERÊ

Apresentação dos alunos da oficina de teatro juvenil

Horário: 16h30

Local : Sala Acrísio de Camargo

Entrada Franca.

Dia 13: “ MILAGRE NA CELA” direção GERÊ

Apresentação dos alunos da oficina de teatro adulto

Horário: 20h30

Local : Sala Acrísio de Camargo

Censura : 16 anos

Entrada Franca.

Dia 14: “ JUIZ DE PAZ NA ROÇA” direção GERÊ

Texto de Martins Pena

Apresentação dos alunos da oficina de teatro juvenil

Horário: 15h

Local : Sala Acrísio de Camargo

Entrada Franca.

Dia 14: “ ROMEU E JULIETA” direção GERÊ

Apresentação dos alunos da oficina de teatro adulto

Horário: 19h

Local : Sala Acrísio de Camargo

Entrada Franca.

Dia 16: CORPORAÇÃO MUSICAL VILA LOBOS regência de SAMUEL DE LIMA

Horário: 20h

Local : Sala Acrísio de Camargo

Entrada Franca.

Dia 17: ORQUESTRA DE CÂMARA DE INDAIATUBA regência de PAULO DE PAULA

Horário: 20h

Local : Sala Acrísio de Camargo

Entrada Franca.

Dia 18: “NASCEU O MENINO !!!” AUTO DE NATAL

Texto de Henry Ghèon – Adaptação e direção : RUBENS TEIXEIRA

Direção Musical : AUREA AMBIEL

Montagem com o grupo de teatro e coral da Secult.

Horário: 20h

Local : Sala Acrísio de Camargo

Entrada Franca.

Dia 19: VIOLA e VIOLÃO coordenação de ZÉ MURILO e FIDELCINO LAURENCIANO

Apresentação dos alunos das oficinas da Secult.

Horário: 20h

Local : Sala Acrísio de Camargo

Entrada Franca.

Dia 20: A ALEGRIA DO NATAL”

Horário: 20h

Local : Igreja do Nazareno

Entrada Franca.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Assembléia Legislativa faz ato pela abertura dos arquivos da Ditadura

A Assembléia Legislativa de São Paulo será palco nesta segunda-feira, dia 1º, de um ato público pelo Direito à Memória e à Verdade para que sejam abertos os arquivos militares do período da Ditadura.

O evento é uma iniciativa dos deputados Simão Pedro (estadual) e Paulo Teixeira (Federal) e contará com a participação de mais de 10 entidades que atuam em defesa dos Direitos Humanos.

O ato é uma forma de pressionar o Governo Brasileiro a cumprir a sentença dada pela Justiça que determina a abertura dos arquivos referentes à Guerrilha do Araguaia e o resgate dos corpos dos desaparecidos.

Ato Público pelo Direito à Memória e à Verdade

Local: Auditório Teotônio Vilela da Assembléia

(av. Pedro Álvares Cabral, 201 – Ibirapuera, SP)

Data: Dia 1º de dezembro (segunda-feira), às 14h.