quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Em cartaz

Dizem que brasileiro não sabe fazer trailer. Bom, "Romance", que entra em cartaz amanhã no Multiplex Topázio, é uma exceção como podem ver acima. Novo filme de Guel Arraes, arrancou elogios efusivos da crítica mas, infelizmente, o público não correspondeu. Arraes - responsável por momentos memoráveis da telinha, como "Armação Ilimitada" e "O Auto da Compadecida" - escreveu o roteiro em conjutno com Jorge Furtado - um dos principais nomes do cinema atual, com trabalhos como "O Homem que Copiava" e "Saneamento Básico - O Filme". Wagner Moura é Pedro e Letícia Sabatella é Ana, diretor e atriz que se conhecem ao montar uma adaptação teatral de "Tristão e Isolda". Os dois se apaixonam como na peça e vivem um grande amor até que Ana é descoberta pelo produtor de TV Danilo (José Wilker) que a convida para trabalhar com ele. Ela começa uma vida de ponte-aérea e com a exposição na telinha, a peça se torna um sucesso. Só que a relação com Pedro se desgasta e os dois se separam.

Três anos depois, ela já é uma estrela e, cansada de fazer sempre a mesma coisa, exige um projeto diferente. Daís surge a idéia de levar "Tristão e Isolda" ao Nordeste e Pedro é convidado a dirigir a minissérie. Ana se envolve com seu parceiro de cena Orlando (Wladimir Brichta) para desespero de Pedro. Também estão no elenco Adnréa Beltrão, como a a empresária de Ana, Fernanda; e Marco Nanini, em participação especial. A direção musical é de Caetano Veloso, que canta o tema principal "Nosso Estranho Amor", que fez sucesso nos anos 80 em dueto com Marina Lima.

Wagner Moura tem mais uma oportunidade de exibir a multiplicidade de seu talento, um anos depois do fenômeno "Tropa de Elite" e Letícia Sabatella, uma beleza geralmente desperdiçada pela Globo (á execção da minissérie "Hoje é Dia de Maria"), pode mostrar seu talento no cinema.

 

"Orquestra dos Meninos", outra etréia nacional na semana, baseia-se em um caso real. Em janeiro de 1995, os jornais de todo o país noticiaram o sequestro de um jovem músico de 13 anos da orquestra de meninos da pequena cidade de São Caetano, que possui cerca de 30 mil habitantes e fica a 150 quilômetros do Recife. Para os policiais, diziam os jornais, o responsável pelo sequestro era o próprio criador da Orquestra Sinfônica do Agreste, então conhecida e admirada em todo o país graças especialmente aos concertos realizados em Brasília, São Paulo e no Rio de Janeiro, à gravação de um CD e às apresentações na televisão. O filme é inspirado na história real do maestro Mozart Vieira e o acompanha desde o sonho de criação de uma orquestra sinfônica com os meninos e meninas do agreste pernambucano. Crianças e adolescentes que até então dividiam seu tempo entre uma difícil passagem pela escola e o trabalho ao lado dos pais nas plantações. Murilo Rosa faz o protagonista, Priscila Fantin uma de suas pupilas e Othon Bastos o prefeito corrupto que quer acabar com o maestro e sua orquestra. A direção é de Paulo Thiago, que tem uma carreira marcada por filmes ruins - "Águia na Cabeça" "Jorge um Brasileiro"  - e alguns ridículos, como "Batalha de Guararapes".

 

Mas para a maioria, a grande atração é mesmo "Madagascar 2 - A Grande Escapada". Quando muita gente achava que a divisão de animação da Dreamworks viveria só da franquia “Shrek”, em 2005 veio “Madagascar” e bombou em meio bilhão de dólares nas bilheterias do planeta. Não era preciso ser um gênio para prever uma continuação. Agora Alex, Marty, Melman, Gloria, Rei Julien, Maurice, os pingüins e os lemures encontram-se esquecidos no litoral de Madagascar e resolvem bolar um plano tão doido que pode até dar certo. Com precisão militar, os pingüins consertam – ou quase – um velho avião que caiu na ilha. Quando o primeiro vôo da Air Pingüim decola, fica no ar apenas tempo suficiente para chegar ao continente africano, onde as atrações do Zoológico de Nova York encontram outros leões, hipopótamos, zebras e girafas pela primeira vez na vida.

madagascar 2 Em muitas trilogias – que se tornará inevitável para “Madagascar” se essa parte 2 estourar nas bilheterias também - o segundo filme é o melhor, casos de “Star Wars” (a original), “O Poderoso Chefão”, “Homem-Aranha” e “Shrek”. O problema é que a primeira aventura dos personagens do zoológico de pixels já não era assim uma Brastemp como eram os exemplos citados. Nada indica, portanto, que essa seqüência vai redimir a franquia. Em termos de bilheteria já deu, como mostra os até agora 156 milhões de dólares em apenas quatro semanas de exibição. Mas nada da arte que a Pixar - no ano passado com “Rat-a-touille” e neste ano com “Wall-E” – mostrou ser possível alcançar no campo da animação.

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