quinta-feira, 31 de julho de 2008

De n'O Estado

Assaltantes fogem de loja após fazerem 20 reféns em SP

TATIANA FÁVARO - Agencia Estado

CAMPINAS - Ao menos 20 pessoas foram feitas reféns ontem à noite por um grupo de assaltantes em uma loja de materiais elétricos em Indaiatuba, a 102 quilômetros de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, quatro homens armados invadiram a loja e roubaram relógios, dinheiro e celulares das vítimas. Uma pessoa conseguiu escapar e avisar polícia. Os criminosos fugiram sem levar dinheiro da loja.

Os suspeitos usaram os reféns como proteção e, enquanto disparavam as armas para o alto, fugiram do local do roubo, cercado pela polícia. Quatro vítimas foram levadas pelos ladrões em um carro da Polícia Militar (PM), onde havia também uma metralhadora. De acordo com a corporação, os reféns foram libertados a poucos metros do local do roubo. Nenhum suspeito foi capturado.

Em cartaz

Estréia amanhã em Indaiatuba "A Múmia: A Tumba do Imperador Dragão", o terceiro filme da série estrelada por Brendan Fraser. Sua partner em "A Múmia" e "O Retorno da Mímia", Rachel Weisz, ganhou um Oscar nesse meio tempo e parece não ter se interessado numa volta à franquia. Em seu lugar foi escalada Maria Bello, que foi projetada no seriado "ER" e depois foi amante de Mel Gibson em "O Troco" e a dona do bar de "Coyote Ugly" (aqui no Brasil, "Showbar"). John Hannah encarna novamente o cunhado pilantra e trapalhão enquanto o jovem Luke Ford faz o filho do casal central, já adulto agora. A bela starlet de Macau, Isabella Leong, completa o elenco principal com os astros locais Jet Li e Michelle Yeoh.

A ação começa dois mil anos antes, quando o imperador Han (Jet Li) deseja obter a imrotalidade para conquistar o maior número de territórios possíveis. Mas ele é traído pela feiticeira Zi Juan (Michelle Yeoh, de "007 - O Amanhã Nunca Morre", "O Tigre e o Dragão" e "Memórias de uma Gueixa") e transformado, junto com seu exército, em estátuas de terracota, como os Guerreiros de Xi'an. Obviamente, algo os despertará e nossos heróis terão que se esforçar para que eles não saiam pelo mundo pilhando e matando. Rob Cohen (de "Dragão - A Vida de Bruce Lee") substitui Stephen Sommers, que assinou as "Múmias" anteriores, na direção.

Cineclube do Casarão

Neste primeiro final de semana de agosto o Cine Cube Casarão aposta no suspense e aventura em três produções consagradas da Sétima Arte.

Sessão de Sexta
01/08– 19h30
BATMAN – O RETORNO. Direção: Tim Burton. Com Michael Keaton e Michelle Pfeiffer
Sinopse: Max (Christopher Walken), um poderoso milionário, tenta eleger prefeito um deformado ser conhecido como Pinguim (Danny DeVito), para assim poder manipular Gotham City como deseja. Bruce Wayne (Michael Keaton) percebe as más intenções de Max, quando este tenta jogar a cidade contra ele. No caminho de Batman ainda cruza uma misteriosa mulher de dupla personalidade conhecida como Mu-lher-Gato (Michelle Pfeiffer), que tem ligações sinistras com o problemático Pinguim.

Matinê do Casarão
02 e 03/08 – 15h30
OS INCRÍVEIS. Direção: Brad Bird
Sinopse: Super-herói é processado após salvar um suicida da morte certa. Isso gera uma onda de proces-sos em cima do governo, que decide proibir as ações heróicas na cidade, por não ter dinheiro para arcar com todas as indenizações. Quinze anos depois, uma misteriosa jovem chama o Sr. Incrível para uma missão secreta, enfrentando algo que ameaça a integridade da Terra novamente.

Cine Clube de Domingo
03/08 – 17h30
CONSTANTINE. Direção: Francis Lawrence. Com: Keanu Reeves e Raquel Weisz.
Sinopse: John Constantine (Keanu Reeves) é um experiente ocultista e exorcista, que literalmente chegou ao inferno. Juntamente com Angela Dodson (Rachel Weisz), uma policial cética, ele investiga o misteri-oso assassinato da irmã gêmea dela, Isabel. As investigações levam a dupla a um mundo sombrio, em que precisam lidar com demônios e anjos malvados.

Serviço:
Lotação máxima: 60 pessoas.
Os convites devem ser retirados no dia da exibição, a partir das 13 horas.
Casarão Pau Preto: Rua Pedro Gonçalves, 477 – Jd. Pau Preto – Tel.: 19 3875-8383

Antônio Nóbrega na próxima terça


O show do músico multiinstrumentista Antônio Nóbrega foi remarcado para o dia 5 de agosto, na sala Acrísio de Camargo, no Ciaei, às 20 horas. Acometido por uma faringite aguda, o artista não teve outro recurso senão cancelar o show. Após conciliar as agendas, tanto do músico como da sala Acrísio de Camargo, chegou-se a este dia para que o show não se distanciasse demais da data original. Os ingressos já retirados continuam valendo. Quem ainda não retirou os ingressos deve comparecer ao Ciaei no dia do espetáculo para retirá-los.

Mais discussões sobre super-heróis na telona (Blog Ilustrada no Cinema)

Por Bruno Yutaka Saito

Poucas temporadas, como a atual, foram salvas por tantos super-heróis ao mesmo tempo. Com a onipresença de seres como Homem de Ferro, Hulk e Batman, a impressão generalizada é a de que o cinema regrediu (“Eles roubam o espaço do cinema ‘sério’”, é a acusação mais freqüente).

Apesar de achar o novo “Hulk” um erro em todos os sentidos, não sou da turma dos que estão saturados do gênero “adaptações de HQ”. O motivo é simples: como em todos os gêneros, há filmes bons e ruins.

O que há é superexposição de um gênero específico, como acontece de tempos em tempos _seja porque ele está na “moda” seja porque gera interesse no público. Sem levar em conta o poder de distribuição dos blockbusters, vale lembrar que em determinados momentos parece só haver documentários estreando na cidade _já tivemos ondas de filmes iranianos, orientais ou franceses estrelados por Daniel Auteuil.

O problema está na questão comercial (os super-heróis parecem agir como supervilões e roubam o espaço dos filmes “sérios”), e não na questão artística propriamente dita. Porque pode-se extrair boas questões em “Homem de Ferro” ou “Batman”. O fato de um longa ser aventura pura não significa que é totalmente desmiolado. Fosse assim, poderíamos jogar na vala comum inúmeros faroestes clássicos, ou mesmo excelentes ficções científicas.

E é também a sanha nada artística dos estúdios que provavelmente vai decretar a nova falência do gênero (que surgiu da forma como conhecemos hoje em 1978 com “Superman”). De tempos em tempos os super-heróis são derrotados por péssimos roteiros e pela necessidade de produção em série (o próprio Batman da fase Joel Schumacher, “Quarteto Fantástico” e “Demolidor”, só para citar alguns). E quando todos os heróis do primeiro time acabarem? Vamos agüentar adaptações de heróis menos populares como “Besouro Azul”?

Enquanto isso, nota-se aqui e ali uma preocupação de alguns diretores em relação à saturação dos super-heróis, numa tentativa de torná-los mais “sérios”. O Batman realista de Christopher Nolan já surtiu efeitos _nota-se a indignação de vários críticos, que analisam e atacam o filme sob um prisma político. O mais simbólico dessa movimentação toda ainda está por vir.

“Watchmen”, o clássico de Alan Moore, questiona o tempo todo (ao menos na versão em quadrinhos): como seria o mundo se sujeitos sem superpoderes vestissem máscaras e saíssem às ruas para combater o crime? (Questão que também move o novo "Batman") Não é esta uma indagação relevante para um filme dito “sério”? A pergunta, se bem explorada, pode ir muito além de “apenas” mais uma adaptação de HQ.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Deu no Jornal da Tarde

Cinema e shows na Boca do Lixo

Nos domingos de agosto, a Rua do Triunfo vai se transformar em um palco cultural

VALÉRIA FRANÇA, valeria.frança@grupoestado.com.br

Antigo endereço das principais distribuidoras e produtoras de filmes nacionais, a Rua do Triunfo, no Centro, hoje, vive da nostalgia de uma época em que por ali circulavam cineastas como Carlos Reichenbach, Roberto Santos e Walter Hugo Khouri, e atores como Tarcísio Meira e Vera Fischer. Para resgatar a memória do lugar, onde nasceu o cinema da Boca do Lixo, a Associação São Paulo, a Cidade e o Cinema lança um projeto que vai transformar a rua em palco para shows e sessões de cinema gratuitos. Nos domingos de agosto, o trecho entre as Ruas Vitória e dos Gusmões será interditado ao trânsito dos veículos.

Quase na esquina da Rua dos Gusmões, haverá um telão de aproximadamente 25 m2, onde serão exibidos cinco filmes produzidos na própria região entre os anos 50 e 70.

O projeto estréia com A Grande Vedete (1958), em homenagem a Dercy Gonçalves. No segundo domingo de agosto, será a vez de O Vigilante Rodoviário (1962), no terceiro e no quarto, duas produções de 1972, D'Gajão Mata para Vingar (direção de José Mojica Marins) e O Grande Xerife, com Mazzaropi. No último domingo, fechando a programação do evento, No Rancho Fundo, de 1971.

As sessões de cinema estão marcadas para 18h e, um pouco antes, às 14h, vão acontecer os shows, que ainda não estão com a programação fechada. Em alguns casos, as apresentações têm a ver com o filme. Sérgio Reis, por exemplo, deve se apresentar no último domingo, dia de No Rancho Fundo. 'Se o projeto Triunfo for um sucesso, podemos estendê-lo para setembro', diz Rodrigo Montana, presidente da associação, que começou a carreira de ator e produtor no pedaço.

Dos áureos tempos, restaram apenas duas produtoras, a Virgínia Filmes e a Cinedistri, ambas no número 134. De resto, nem mesmo a grafia da placa da rua é a mesma. Antes, escrevia-se Triumpho.

***

Peguei o finalzinho do período da Rua do Triunfo como centro de produção e distribuição do cinema paulista, nos idos dos anos 80. Era programador do Cineclube Oscarito e ia lá no mínimo uma vez por mês para marcar os filmes que iríamos exibir na salinha que hoje é um dos teatrinhos da Praça Roosevelt. Exibidores de todo o País iam lá para fazer o mesmo, e não podia faltar uma passada no Bar do Léo, o lendário Melhor Chope da Capital. Às vezes passava em frente às 10h da manhã e já tinha nego no balcão com uma bela pilha de "bolachas", que assinavalam a quantidade de tulipas consumidas.

***

A idéia de ressuscitar o passado cultural daquela área tão degradada é excelente, e faz mais sentido do que realizar um mega-festival de cinema numa cidade que até outro dia não tinha nem sala de exibição. Temo que o nababesco cine-teatro e festival de Paulínia acabe tendo o mesmo destino da antiga faculdade municipal, extinta com uma canetada do alcaide Edson Moura, o mesmo que ergueu o Sambódromo que, por falta de escolas de samba na cidade, tem que trazer agremiações de fora no carnaval; a rodoviária de luxo, que custou R$ 75 milhões - orçada inicialmente em R$ 55 milhões - e inaugurada com show de Ivete Sangalo, que recebeu cachê de R$ 550 mil pela apresentação.
Para fazer jus ao termo "faraônico", nada melhor que erguer uma pirâmide, como a que cobre uma igreja de Paulínia, como parte de um projeto de revitalização do centro urbano. E pensar que a passagem de ônibus urbano na cidade, que foi gratuita nos anos 90, hoje é a mais cara da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Por isso me desculpem se o cinéfilo aqui não se anima muito com essa Magia do Cinema, cuja execução justificou até uma viagem do prefeito a Cannes para ver como os franceses fazem seu festival...

Lei Seca: uma opinião de expert

Edu Silvério perguntou minha opinião sobre a Lei Seca para a seção Griatae da sua revista No Embalo. Escrevi o seguinte: "Apesar da lei atrapalhar o lazer, contra números não há argumentos. A drástica redução no número de internações nos hospitais por causa de acidentes de trãnsito já basta para justificar a medida. A quanto à liminar das associações de bares e restaurantes, querendo derrubar a Lei Seca com o argumento que o limite de álcool ingerido para ser multado e perder a carteira é muito baixo, tem que ser assim mesmo, caso contrário o cidadão sempre vai achar que está zuzo bem para pegar no volante. A intenção da legislação não é que sejamos apanhados pela polícia, mas sejamos cautelosos antes de dirigir. Mas, infelizmente, o
ser humano só aprende na base da punição. E não é só no Brasil, não: em todos os países civilizados a pena por dirigir embriagado é severa."
***
Não por coincidência, meu pitaco bate com o artigo de Marcelo Colelho publicada hoje na Folha de S. Paulo (só para assinantes Folha ou UOL: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq3007200817.htm). Pode ser até que essa fiscalização seja uma tutela sobre o cidadão, mas o que menos resta após três uísques num evento ou de uma noitada com amigos no bar é bom senso para tomar uma decisão correta. "Quando fui ver, já foi", foi o que disse a uma amiga sobre um acidente de carro que sofri há exato um ano...

terça-feira, 29 de julho de 2008

Adultos fantasiados no poder

A Folha de S. Paulo de hoje traz um interessante artigo de José Pereira Coutinho (só para assinantes Folha ou UOL: batfinais_06 http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2907200827.htm) que de certa forma complementa meu post do dia 17 (e que reproduzi com acréscimos na última edição de Gente etc). Antes que os nerds e fãs do Homem-Morcego caiam de pau, deve-se reconhecer que, realmente, para pessoas civilizadas que não tiveram contato com quadrinhos depois da infância, não dá para levar a sério um sujeito que coloca uma fantasia para combater criminosos vestidos com roupas tão ridículas quanto. E durante muito tempo a indústria cultural confinou os super-heróis a um nicho dedicado a crianças e adolescentes, e ainda assim sem o status adquirido pelas criações de George Lucas, Steven Spielberg e até Gene Rodenberry (o criador do universo "Star Trek").
Foi preciso que a geração alimentada pelas obras de Frank Miller, Alan Moore, Neil Gaiman e outros nos anos 80 e 90 chegasse ao poder em Hollywood. Também foi necessário que a tecnologia dos efeitos especiais permitisse alcançar convincentemente os vôos de imaginação das HQs. É a isso que me referia quando escrevi que "até os anos 80 cineastas sérios não levavam a sério sujeitos fantasiados que combatiam o mal". Mesmo pesquisadores das HQs, como nosso Alvaro de Moya, desprezavam os personagens de comic book. Para o autor de "Shazam", quadrinhos como obra de arte só os de syndicate, publicados em jornais, em suplementos dominicais ou em tiras diárias. Eram tempos de Alex Raymond ("Flash Gordon" e "X9"), Hal Foster ("Príncipe Valente"), Lee Falk (escritor de "Mandrake" e "Fantasma"), Al Capp ("Ferdinando") entre outros. Até o surgimento da Marvel no início dos anos 60, as comic book - casa dos super-heróis - eram um subproduto da indústria dos quadrinhos, então capitaneada por syndicates como King Features Syndicate (do grupo Hearst, que até hoje é dona dos clássicos "Recruta Zero", "Haggar, o Horrível" e "Krazy Kat") e a United Feature Syndicate (criada pelo rival do "Cidadão Kane", Pulitzer, que hoje distribui "Peanuts").

O crescimento da Marvel e DC esteve ligada em parte a parcerias com a TV, no caso da primeira, como o célebres "desenhos desanimados" do Homem-de-Ferro, Thor, Hulk, Namor e Capitão América; e no do segundo com os seriados televisivos do Super-Homem (1952-58) e Batman (1966-68). Mas qualquer tentativa de tornar as histórias mais adultas esbarrava no Código de Ética das HQs (Comics Code Authority) criada nos anos 50, após campanha difamatória iniciada pelo livro "Sedução do Inocente", do psiquiatra Frederic Wertham. No país da liberdade de expressão, essa iniciativa moralista - não exatamente uma censura ou proibição, mas bancas só vendiam revistas com o selo do Código - matou editoras importantes como a EC, cujo título mais famoso foi "Contos da Cripta", décadas depois transformado em série de TV, com episódios dirigidos por Robert Zemeckis ("Forrest Gump", "De Volta para o Futuro"), Russell Mulcahy ("Highlander"), Richard Donner ("Superman", "Máquina Mortífera") e Walter Hill ("Warriors - Os Selvagens da Noite", "48 Horas").

Os quadrinhos americanos só sairiam desse infantilismo tardio nos anos 70, graças em grande parte à influência das HQs européias, veiculadas pela Heavy Metal, versão americana da francesa Metal Hurlant. Desenhistas como Phillipe Druillet, Jean Giraud (também conhecido como Moebius), Milo Manara e os escritores Dan O´Bannon e Enki Bilal (os dois com obras também no cinema) eram reconhecidos como artistas importantes no Velho Mundo, e logo os americanos Richard Corben ("Den") e Berni Wrightson ("Monstro do Pântano") ganhariam prestígio participando da edição ianque.

selo Tudo isso chegava a nós, brazucas, em edições importadas pelo olho da cara e que degustávamos avidamente. Em plena ditadura militar, aquela mistura de sex, drugs e rock'n roll não era nada bem vista. Mas era evidente a influência que Heavy Metal começava a exercer na produção das grandes DC e Marvel, principalmente no título Conan e seus subprodutos.

O desenho animado "Heavy Metal", lançado em 1981, ia tornar evidente a influência da revista sobre a estética pop daquela década. O filme "Conan, o Bárbaro", lançado no ano seguinte mostraria quanto o cimério devia ao Den de Corben, e ainda em 1982, "Blade Runner" tornaria evidente o seu parentesco com a HQ "The Long Tomorrow", de Dan O'Bannon e Jean Giraud, adaptada na versão cinematográfica como o epsiódio "Harry Canyon", que por sua vez inspiraria o motorista de táxi de Bruce Willis em "O Quinto Elemento".

Toda essa rede efervescência que iria culminar na grande fase das HQs dos anos 80 passou despercebida por quem ainda considerava histórias em quadrinhos coisa de criança. Sem essas referências, é difícil entender como a chamada Nona Arte se inflitrou na grande indústria cultural a ponto de tornar um filme com um sujeito fantasiado digo de ser levado a sério. Coutinho não está errado: grande parte de suas ponderações fazem sentido no festival de exageros que se criou em torno de "Batman, o Cavaleiro das Trevas". Mas nos dias de hoje, a fantasia de um super-herói - especialmente de um sem superpoder - não difere tanto das militares, de tropas de elite anti-terror ou mesmo dos combatentes americanos no Iraque. E não é à toa que o Batmóvel virou um tanque de guerra - contribuição, aliás, de Frank Miller.

Pode parecer simplista, mas o mundo vive, sim, um conflito entre razão e irracionalismo, e este último nem sempre é apenas o fundamentalismo muçulmano: há lugar para fanáticos cristãos, o desprezo das autoridades e corporações americanas às questões ambientais, a ausência do Estado nas favelas que cria o poder paralelo do tráfico, e muitas outros. Batman não é o herói clássico que defende as instituições estabelecidas, mas a iniciativa necessária para mudar um estado de coisas. Da mesma forma que Dirty Harry e o Bronson de "Desejo de Matar" - citados por Cotuinho - representavam uma catarse do cidadão urbano sentia acuado pela insegurança das grandes cidades naqueles anos 70, para Batman não se trata apenas de eliminar fisicamente seus inimigos, mas lutar contra o que representam nesses tempos pós-11 de setembro, pós-Katrina e crise do crédito hipotecário. Para isso, por paradoxo, terá que enfrentar o próprio Estado, que de certa forma contribui para este status quo indesejável. É algo politicamente perigoso, mas é um sentimento generalizado. Não é algo tão infantil quanto acredita Coutinho. Há algo de mito no sentido que lhe dá Joseph Campbell: o herói faz sua trajetória de aprendizado e expiação no lugar de seu povo.

A Ordem da Fênix


O artista plástico Ige D'Aquino comemora nesta quarta-feira um aniversário muito especial, já que há um ano as chances de completar mais umnatalício não eram das melhores. Na foto, ele assina a obra produzida ontem ao som de Robert Black, sob os olhares do anfitrião Ruy Ranzani, dono da Confraria do Shopping Galleria de Campinas.

Frase da semana


"Tive meu momento d'Avila."

Kleber Patricio, após perder e depois achar seu celular nesta segunda-feira no Shopping Galleria, em Campinas.

Welcome back, Uncle Wlad!


Um ótima notícia para os amigos de Wladimir Soares: em breve ele estará de volta a São Paulo. Não exatamente a Indaiatuba, mas à capital, o que é melhor do que a distante Florianópolis. Na foto, Wlad com o músico americano Robert Black, que fez nesta segunda-feira mais uma apresentação com Ige d'Aquino na Confraria, no Shopping Galleria de Campinas.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Mundo Canibal de casa nova

Não, eles não mudaram de endereço eletrônico, mas de endereço físico. Agora, em instalações muito mais amplas e nababescas, os irmãos Piologos, vencedores do prêmio i-Best de melhor site de Arte e Cultura (?!) inauguraram o novo lar reunindo a galera para uma cervejada ao som de muito anos 70 e 80.

Aliás, Ricardo está concorrrendo a outro prêmio, o 1o Desafio Cultural de Design da Revista Computers Arts Brasil. Vai lá e vote:

http://www.desafiocomputerarts.com.br/galeria.php?classe=grafico&keyword=piologo

Cineclube dia 7!


O Cineclube Indaiatuba volta no próximo dia 7, no Multiplex Topázio, com "Um Beijo Roubado", também conhecido como "My Blueberry Nights", do celebrado diretor chinês Wong Kar Wai. O filme abriu o Festival de Cannes de 2007 e traz no elenco a cantora Norah Jones, Jude Law ("O Amor não tira Férias"), David Strahairn ("Boa Noite e Boa Sorte"), Rachel Weisz ("A Múmia", "O Jardineiro Fiel") e Natalie Portman ("Closer", "Star Wars").

É o primeiro filme internacional de Kar Wai, o chinês da moda. Seus filmes anteriores - "Amor à Flor da Pele", "2046" - tornaram-se cult entre as platéias antenadas e houve uma enorme expectativa em torno deste projeto, especialmente pelas notícias que cercaram as filmagens. A própria Norah Jones contou que um dia recebeu um telefonema desse cineasta asiático de que tinha ouvido falar vagamente e achou que ele queria uma música para seu novo projeto. Para surpresa, ele a queria apenas como atriz, sem incluir sequer uma canção sua na trilha. Ela assistiu "Amor á Flor da Pele" em DVD e topou o desafio. Quando estreou em Cannes no ano passado teve uma recepção fria, mas as avaliações melhoraram com o passar do tempo e hoje é considerado mais um belo trabalho do diretor sobre o amor, seu tema preferido.

Jude Law é Jeremy, o dono de uma lanchonete que também atende o balcão. Ele identifica seus clientes pelos pratos que pedem. Um dia, uma de suas clientes, Elizabeth (Norah Jones), chega sem seu namorado, de quem acaba de levar um fora. Numa noite de confissões e bebedeira, Elizabeth acaba desmaiando bêbada no balcão e Jeremy lhe rouba um beijo.
A moça parte por uma peregrinação pelo interior dos EUA para expiar a dor da perda, vagando de emprego noturno a outro para preencher sua insônia, encontrando persoangens bizarros e escrevendo cartas sem remetente para Jeremy.

Sobre o título, Kar Wai explica que devaria ser "My Strawberry (morango) Nights", mas aí perguntou a Norah qual era a torta que ela mais detestava e ela respondeu: "mirtilo" (blueberry). Aí ele mudou o título e a fez comer quilos do quitute. Uma maldade que parece ter tido um bom efeito cênico, já que a cantora acabou sendo elogiada em sua estréia como atriz.

É o primeiro trabalho deste importante cineasta a ser exibido em Indaiatuba, e o Cineclube Indaiatuba - no caso este que escreve e Antônio da Cunha Penna - se orgulham de possibilitar isso. Como sempre, a sessão será às 19h30, seguida de debate com o público.

Direito de imagem

Sábado fui ver a peça "Advocacia segundo os irmãos Marx", estrelado por Heloisa Perissé (foto), no Ciaei. O espetáculo é uma série de esquetes ao estilo irmãos   Marx, e para firsar isso Heloisa fica o tempo todo segurando um charuto á la Groucho. A criadora de "Cócegas" e "Sob Nova Direção" é coadjuvada por Roberto Guilherme - o "quinto" Trapalhão - , a turma do Z.É. - Zenas Emprovisadas - Fernando Caruso (o esbuga do "Zorra Total"), Marcelo Adnet (do quadro "15 Minutos" da MTV), Rafael Queiroga e Gregório Duvivier (que não veio) - mais as atrizes Nedira Campos (que trabalhava nos humorísitcos do Jô Soares na Globo) e Diana Herzog.

O texto de Bernardo Jablonski é irregular e depende muito das improvisações do elenco, que é muito bom nisso. Destaque para o cenário de Ronald Teixeira, praticamente uma barraca de camping conversível, ideal para uma peça que viaja muito.

Durante o espetáculo, o propdutor Thonny Piassa veio avisar que fotos estavam proibidas. Outro integrante do staff foi pedir prar a pessoas passassem adiante o aviso de que não se podia tirar fotografias da peça. Como se fosse adiantar. em tempos de popularização de câmeras diogitais e celular que tira fotos com até 5 megapixels esse tipo de controle sobre a imagem torna-se inútil. O resulado é que nós, profisionais, que fomos registrar o evento e evitaríamos flases que atrapalham o elenco, ficamos constrangidos em realizar noso trabalho, enquanto amadores em geral não estavam nem aí e registravam à vontade, provavelmente alguns até em vídeo pra por no Youtube. Vão revistar as pessoas na entrada? Por detetor de metais? Então esqueçam esse negócio!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Não dá pra entender

Acabo de receber o seguinte comunicado da Fábrica de Notícias, agencia de assessoria de imprensa da Samantha de Martino e Carla Cardoso:

Caros coleguinhas
A Fábrica da Notícia comunica que a partir de hoje não responde mais pela assessoria de imprensa da Festa do Peão de Indaiatuba. Desde já agradecemos o carinho e a atenção de todos no que se refere a divulgação dos textos do referido cliente.
Abraços

***

A informação de cocheira é que quem vai assumir a conta da Festa do Peão é o Agnaldo, da Rádio Dom Pedro II, um cara legal e tudo o mais mas que não tem experiência mínima para assumir um evento que se considera um das melhores do país no gênero.

Em cartaz



As estréias da semana no Multiplex Topázio são "Space Chimps - Micos no Espaço", animação da mesma produtor ade "Valiant" (hã?) e "O Guerreiro Didi e a Princesa Lili". O primeiro é uma animação digital contando a aventura de três chimpanzés da Nasa - Ham, Luna e Titan - que são chamados para descobrir vidas alienígenas e eles terão que juntar todas as forças e aprender a conviver com suas diferenças para derrotar os vilões do espaço.
O segundo é mais um filme de Renato Aragão, mais uma vez ao lado de sua caçula Lívia. No início do século 20, Lili (Lívia Aragão) é a filha de um jovem oficial europeu convocado para a guerra. Um mestre oriental fica responsável pela educação dela, principalmente na milenar arte que deu origem aos ninjas. Ele envia Lili de volta à Europa para ser criada por sua única familiar viva, Morgana (Vanessa Lóes), sua milionária tia materna. Mas a menina não está sozinha: o mestre pede para que o atrapalhado Didi (Renato Aragão) cuide da pequena ninja. É o mais do mesmo de sempre.

De Indaiá para a Polônia

O viololista indaiatubano Fred Carrilho vai participar da gravação do CD do grupo polonês de jazz Mitote Band, liderado pelo tecladista Marcin Malinowski.
A Mitote Band é um projeto musical internacional, o qual combina música original com elementos da música oriental, incluindo voz e percussão. A intenção do projeto é criar musica contemporânea que de fato não pereça o fator da criação humana. O grupo toca, em seus shows, composições próprias, estabelecendo a fusão de técnicas contemporâneas e elementos musicais tradicionais. As composições musicais são uma fusão de gêneros como o jazz, blues, R&B (Rhythm & Blues) e música eletrônica contemporânea. A flexibilidade dos músicos em estabelecer uma fusão de linguagens musicais, abre uma nova fronteira para a música instrumental do século XXI. O polonês Marcin Malinowski, fundador do projeto em 2004, ao conhecer o trabalho do violonista, compositor e guitarrista Fred Carrilho, lhe fez o convite para realizar a gravação das guitarras do novo CD do grupo. Carrilho é conhecido por sua versatilidade seja como compositor, seja como instrumentista. Além de seus trabalhos como violonista clássico e compositor, é também um guitarrista que possui uma linguagem própria e única, sendo seu estilo uma fusão perfeita entre o jazz, o rock, o erudito e a música brasileira. O músico estará indo à Polônia no próximo dia 28 para realizaráos ensaios com o grupo e em seguida a gravação em estúdio.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O Demônio do Roquenrou

Com grande - enorme - atraso - estou fazendo um relatório sobre o encerramento do Casarão Rock, que aconteceu sábado passado e teve como ponto culminante o pocket show de Marcelo Nova.

Cheguei quando Agnaldo Araújo dava uma "canja" de quase meia-hora na apresentação de Raulzinho e Banda General Lee. Após a não tão rápida participação especial, o Raulzito cover disse que Agnaldo era um velho amigo e tudo bem. Qum bom, senão era capaz de sair porrada.

Logo depois subiu ao palco a bana campineira Comtexto, que fez uma homenagem a Cazuza, que como se sabe faria 50 anos este ano. Não sei se o vocalista é ou não, mas se pretendia só imitar o ídolo não precisava desmunhecar tanto, já que o próprio não dava pinta. Tudo bem, os caras eram de Campinas.

Aí veio o Marcelo Nova, cercado de grande expectativa. Eu e o Fábio Alexandre já o tínhamos fotografado no backstage improvisado na Brinqedoteca do Casarão, antigo escritório da Secult. Ao contrário de Kid Vinil e Kiko Zambianchi - que já haviam participado de eventos no local - o ex-vocalista do Camisa de Vênus ficou na dele e não deu abertura pra conversa. Tudo bem, não estávamos lá pra babar ovo pro cara. Se a gente achou que ele tinha sido babaca nos camarins, no palco só comprovou. Se deu 40 minutos de show foi muito. Chegou ao palco cercado de seguranças num local onde a informalidade imperava, desprezou pedidos do público - mesmo eu concordando que "Silvia" é idiota (então porque a fizeram?) - detonou bandas contemporâneas como NX Zero e Detonautas em versos improvisados sobre "Bete Morreu" (única do primeiro LP que ele cantou), não fez questão de guardar o nome dos integrantes da banda que se esforçou em acompanhá-lo sem ensaio prévio (bravos, César Berton e companhia) e, mais grave, fez ouvidos moucos para a animadíssima platéia que queria mais, disse adeus e foi embora. Se não me engano cantou "!Gotahm City", "Eu não matei Joana D'Arc", "Simca Chambord", "Bete Morreu", "Isto é só o Fim", "Pastor João e a Igreja Invisível", "Amanhã" e "Cocaína".

Pena que só vi o Discoteca MTV sobre o disco "Camisa de Vênus - Viva" depois do show. Pra quem não sabe, o programa destrinhca faixa por faixa discos históricos do Pop-Rock nacional, entrevistando integrantes da banda, produtores e até críticos de música. A última faixa teria provocado a proibição do LP e posterior recolhimento dos exemplares já colocados à venda. Era "O Adventista" em versão ao vivo gravado no Clube Caiçara em Santos. Foi o público de lá que criou o refrão alternativo "Não vai haver amor nessa porra nunca mais". Segundo Marcelo, os gritos eram ensurdecedores, e então ele, "possuído pelo demôno do roquenrou" - rezou um Pai Nosso tendo essa frase berrada pela platéia. Uma homilia ao rock.

Sábado tinha garotos que nem tinham nascido quando o Camisa se desfez, mas que cantavam as letras dos clássicos de cor, sem falar nos coroas que ouviram aquelas músicas quando foram lançadas: os fiéis que são a metade fundamental da celebração do rock. Pena que o sacerdote tenha perdido sua fé no deus das guitarras e rezou uma missa burocrática. Não é á toa que não vai haver amor nessa porra nunca mais.

Festa do Peão de Indaiatuba


O Clube do Rodeio fez o lançamento oficial da Festa do Peão de Indaiatuba 2008 com um jantar terça-feira no Hotel Ybiá. Na ocasião, o presidente do clube, Sérgio Almeida, anunciou para o dia 13 de agosto a eleição da Rainha e da Madrinha da festa.

O evento contou com a presença de patrocinadores, autoridades, imprensa de Indaiatuba e região e amigos. A atração musical ficou a cargo da dupla Diego Torres & Tiago.

Durante o evento, iniciado por volta das 20h30, a Diretoria do Clube de Rodeio, responsável pela organização da Festa - que acontece de 18 a 21 de setembro, na antiga Cerâmica Indaiatuba –, oficializou o lançamento com a apresentação do vídeo institucional.

Também foi apresentado pelo Clube de Rodeio o novo layout da Festa, que inclui cadeiras em toda a extensão da arquibancada, que será novamente coberta. A iluminação também deve ganhar reforço e se tornar mais colorida. “Manteremos o mesmo perfil de 2007, mas com essa inovação, que é a arquibancada inteira com cadeiras. Nenhum rodeio do Brasil proporciona hoje esse conforto para seu público”, comentou durante o jantar, Alexandre de Freitas Pimenta, diretor da Toninho Botina, empresa responsável pela estrutura da Festa. O lounge na entrada também ganha mais espaço nesta edição. Ainda segundo Alexandre, serão 600 metros quadrados – o dobro do ano passado – decorado e mobiliado.

Continua a venda, até 10 de agosto, o primeiro lote de ingressos ao custo de R$ 20 (valor equivalente a meio-ingresso) e o passaporte, que dará acesso aos quatro dias de evento, ao custo de R$ 70, e também direito a concorrer a uma moto zero quilômetro, que será sorteada no último dia da festa.

Em Indaiatuba ingressos e passaportes podem ser adquiridos em uma das duas lojas do Cato Supermercados; uma das quatro lojas da Sapataria São Vicente; nas duas lojas do Sumerbol Supermercados; e nas Lojas PP. Em Salto a compra pode ser realizada na Selaria Quarto de Milha e na Perfumaria Briza; em Elias Fausto, na Vitrine Model; em Hortolândia, na Casa do Chapéu; em Monte Mor, na Bico Veículos e Moto Mil; em Itu, nas Lojas PP; e em Campinas, na Chapéus Cury e na Cachaçaria São Joaquim.

Considerada uma das cinco melhores festas de Peão do Estado, o evento de Indaiatuba terá entre as principais atrações a dupla Víctor & Léo, que abre a festa no dia 18, seguida por Jorge & Mateus, que se apresentam no dia 19. No sábado, dia 20, quem sobe ao palco da Festa de Indaiatuba, pela terceira vez são Edson & Hudson e a festa se encerra no domingo, dia 21, com a dupla Bruno & Marrone. Mais informações pelo site www.festadopeaoindaiatuba.com.br.


quarta-feira, 23 de julho de 2008

Clip Festival


Foram anunciadas hoje as atrações do Clip Festival, que acontece dia 24 de agosto no Estádio do primavera. Em entrevista coletiva no Centro de Apoio ao Turista (CAT), o priprietário da Clip FM, Ivo Rocha, anunciou que a banda local Estado de Emergência abrirá para o NX Zero, que será seguido por Detonautas, Planta e Raiz, Ramada, Kasino Strike, Mister Jam e o Capital Inicial encerrando o evento. As cinco últimas foram reveladas após um suspensezinho, da forma como está na foto, com as moças que divulgarão o festival mostrando as costas da camiseta. Segredo de polichinelo, já que a apresentação em Indaiatuba constava da agenda no site do Capital Inicial...

Ivo explicou que a mudança do Indaiatuba Clube para o Estádio Ítalo Limongi surgiu da necessidade de um lugar maior, já que a edição do ano passado deixou, segundo ele, mil pessoas do lado de fora. Meses atrás, o então presidente do Indaiatuba Clube, Carlos Waldir De Gennaro, me disse que tinha sido intimado pela Clip FM para explicar no prazo de 48 horas porque a diretoria havia negado o pedido para realizar de novo o festival no clube este ano.
Rodrigo, filho de Ivo, citou o Rock'n Rio como pioneiro dos festivais em estádio. Também não é verdade, já que a Cidade do Rock em Jacarepaguá foi construída só para o megaevento e não um era um estádio esportivo. O primeiro grande show de rock com uma banda internacional em estádio de futebol foi com o Queen, em 1981 no Morumbi.

O fato é que por conta da perda do Indaiatuba Clube como sede do Clip Festival, a cidade ganha um megaevento de rock, que vai começar lá pelas duas da tarde e terminar no máximo às onze horas da noite. As arquibancadas do estádio não serã usadas e apenas o gramado e um camarote a ser montado abrigarão o público. Haverá também uma praça de alimentação para abastecer a galera durante todo o dia. Pulseiras identificarão os maiores de idade, permitindo-lhes a compra e consumo de bebidas alcóolicas. Oitenta seguranças vão garantir a diversão sem atropelos.
O palco será o maior já erguido na cidade, com dimensões de 20 metros de extensão por 15 metros de largura, para permitir que as atrações seguintes se preparem enquanto a anterior ainda está se apresentando. Um primeiro lote de ingressos será lançado com preços na pista a partir de R$ 30 e no camarote a partir de R$55.

Preocupa-me, entretanto, ver um projeto ambicioso desses com uma estrutura de comunicação tão fraca. Estavam presentes apenas jornais da cidade, e nem todos por sinal. Apenas uma estagiária segundanista repondia pela assessoria de imprensa e não havia release disponível. Ah, é pra ver no site? Então pra que a coletiva? Também nenhuma TV registrou a entrevista, que coisa, né?

Galpão 1 fica em terceiro em Joinville


A Galpão 1 Erika Novachi Cia de Dança, de Indaiatuba, participou da mostra competitiva da 26ª edição do Festival de Dança de Joinville (SC) e garantiu a terceira colocação na modalidade Jazz/Conjunto Avançado, com a coreografia Um leve tocar da brisa em seu rosto... É a saudade que te beija em silêncio, montada pela coreógrafa e bailarina Erika Novachi.

O segundo lugar ficou para o Grupo de Dança Fernando Lima, de Joinville e o primeiro com o Grupo Cristina Cará, de São José dos Campos.

O Festival de Dança de Joinville segue até sábado, dia 26, e conta com 940 coreografias, apresentadas por 346 grupos, de 17 Estados e três países. Somente do Estado de São Paulo se apresentam 131 grupos, com 390 coreografias, sendo 98 delas na Mostra Competitiva, que inclui a modalidade Jazz Avançado, 23 na Meia Ponta e 269 nos Palcos Abertos. Mais informações no site www.festivaldedanca.com.br.

Deu na Folha Online

Chinês processa Spielberg por considerar "Kung Fu Panda" insultante

O artista chinês Zhao Bandi, 42, entrou com um processo contra a DreamWorks, a produtora do cineasta norte-americano Steven Spielberg, por considerar o filme "Kung Fu Panda" um insulto contra o panda, símbolo da China. Zhao Bandi é conhecido por incluir imagens de pandas em sua obra e de desenhos de moda inspirados neste animal, e se define como um "defensor do panda". "Levei a denúncia ao tribunal na quarta-feira", disse hoje (18) Zhao, ofendido pelo fato de Hollywood ter "roubado" o símbolo nacional e as artes marciais chinesas.
O artista chinês disse que decidiu entrar com o processo porque o panda protagonista, Po, "tem os olhos verdes" e também "é filho de um pato", o que considera uma "distorção moral". "Kung Fu Panda" é uma comédia de animação ambientada na China que narra a história de Po, que deixa de trabalhar como garçom no restaurante de seu pai, o pato, e se transforma em um herói das artes marciais cujo destino é cumprir uma antiga profecia e salvar seu condado de uma catástrofe. Zhao exigiu que a produtora de Spielberg peça desculpas publicamente por meio da imprensa chinesa.
Outro motivo para apresentar a denúncia é que o panda Po aprende o kung fu, arte marcial tradicional da China, como um "urso americano". A denúncia foi feita ao tribunal popular do distrito de Chaoyang, em Pequim, contra a DreamWorks e a distribuidora do filme no país, a Paramount Pictures China. Zhao afirma que não espera ser compensado com a queixa, mas que a DreamWorks se encarregue dos custos judiciais.

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Será que o cidadão não tem mais o que fazer não?

Tratado de paz

A queda de braço entre o sistema S e o governo chegou ao fim. Segundo a Folha de S. Paulo de hoje, foi firmado ontem um acordo estabelecendo regras para o uso de apenas parte dos R$ 4,8 bilhões que hoje são aplicados livremente pelas entidades. A justificativa do governo para tentar intervir no sistema é que os trabalhadores de cada setor já o sustentam via desconto em folha, e que por esse motivo Senai, Senac e outros deveriam criar mais cursos e serviços gratuitos. Pelo acordo, Senai e Senac deverão investir até 2014, 66,6% da receita em gratuidade.
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Uma notícia importante dessa está perdida lá no meio do caderno Dinheiro. É inegável o serviço prestado por todas as entidades envolvidas à sociedade, mas manter o patronato administrando livremente esses recursos sustentados em grande parte pelos trabalhadores também não era o melhor, sendo que o argumento central do governo, que era a exigência de cursos profissionalizantes grátis, faz todo sentido. O acordo ainda evita que a proposta do governo fosse ao Congresso, onde o conhecido mercado persa poderia desfigurar a idéia original e transformá-lo num frankenstein inútil.
Triste do país em que driblar o Legislativo é muitas vezes o melhor a fazer...

terça-feira, 22 de julho de 2008

O Cavaleiro das Trevas


Nada de armas de destruição em massa mirabolantes, nada de bandido-e-mocinho, nada de escapismo barato. "Batman - O Cavaleiro das Trevas" capta perfeitamente o espírito das duas obras-primas de Frank Miller - "O Cavaleiro das Trevas" e "Batman - Ano Um", e ainda soma elementos do grande trabalho que Alan Moore executou com o Homem-Morcego e o Coringa, "A Piada Mortal". Não acho que dê pra dissecar o filme sem essas três graphic novels como referência.
É esse o filme que nós, fãs, esperávamos em 1989, e não aquela distorção de Tim Burton (que, sem levar em consideração o que acompanhávamos naquela grande fase das graphic novels, era um grande trabalho). De certa forma, é como se "Batman Begins" fosse o personagem que Neal Adams tornou mais sombrio e adulto no final dos anos 60, após a avacalhação da série de TV, e este fosse o "Cavaleiro das Trevas" de Frank Miller.
Num rápido histórico, Adams se livra de Robin mandando-o para a faculdade (depois criaram os Titãs para ele se divertir) e faz Bruce Wayne deixar sua mansão para morar numa cobertura no centro. Há menos Batmóvel e mais batcorda entre os prédios de Gothan City. É quando surge Ra's Al Guh'l e sua linda filha Tália, interese romântico de Bruce Wayne.
Nos anos 80, Miller transforma o super-herói infanto-juvenil num personagem literário, usando a linguagem das HQs para montar uma fábula sobre seu tempo. É isso o que Nolan fez, só que na indústria do cinema, muito mais complexa que a dos comic books. E realizou o primeiro filme de super-herói adulto de verdade.
Batman é um personagem de direita, e Nolan percebeu isso via Miller, ele mesmo, um tory radical. Nada de fascismo como esquerdistas de boteco adoram dizer, porque o termo vem de fascio, o feixe de galhos que significa que a união é invencível. O Homem-Morcego é um individualista como John Wayne em "Onde Começa o Inferno": ele sabe que aquela é sua missão e quem se dispor a ajudá-lo pode se machucar. Mas ainda como John Wayne, só que em "O Homem que Matou o facínora", ele quer que seu tipo de heroísmo individualista seja substituído por outro que seja legitimado pela lei. Só que ainda não é tempo disso em Gothan City.
Por outro lado, Batman segue uma regra rígida que o mantém tenuemente separado da loucura. Uma regra que é a prova dos nove para Harvey Dent.
O Coringa de Heath Ledger é uma composição fascinante, mas ele não rouba o filme: ele ainda é sobre Batman. Como na graphic novel "Cavaleiro das Trevas", o psicopata é a formação reativa social ao próprio Batman. Como em "A Piada Mortal", o Coringa tem uma tese a provar.

Derico anima jantar em prol da Hospitalhaços


A ONG Hospitalhaços promove no dia 02 de agosto, sábado, às 20h, um jantar na sede social do Clube Semanal de Cultura Artística (Rua Irmã Serafina, 937 - Centro). O evento contará com apresentação do saxofonista e flautista Derico, integrante do sexteto do Jô. O músico, que reside em Indaiatuba - cidade da Região Metropolitana de Campinas - teve seu primeiro contato com a ONG durante um evento e mostrou-se aberto a apoiar a causa. Essa será a primeira participação de Derico em uma atividade promovida pela Hospitalhaços. Todo o recurso arrecadado neste evento será destinado à manutenção e ampliação do projeto.

A função da equipe é alegrar os dias dos pacientes, acompanhantes e profissionais em geral dos hospitais de Campinas e região. Fantasiados de palhaços, os voluntários passam momentos nos leitos conversando e elaborando atividades com os pacientes levando amor, alegria e respeito aos que estão nos hospitais. Coordenam oficinas de artes plásticas e festas em datas comemorativas dentro dos hospitais. Além disso, implantam brinquedotecas em unidades pediátricas. Na região já existem duas: uma no Hospital das Clínicas da Unicamp e outra no Hospital Estadual de Sumaré.

Com o objetivo de humanizar os hospitais através da figura alegre do palhaço, as atividades incentivadas pelos voluntários contribuem para uma recuperação mais rápida dos pacientes, além de levar descontração e relaxamento aos familiares e acompanhantes. Além disso, diminuir o estresse dos funcionários dos hospitais faz parte da tarefa dessa equipe.

A organização não governamental Hospitalhaços existe desde 1999 e tem atualmente 520 voluntários, sendo que parte da equipe trabalha diretamente com as crianças e outra parcela faz serviços diversos para a entidade. Eles atuam nas instituições: Hospital das Clínicas da Unicamp, Hospital Estadual de Sumaré, Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, Hospital Municipal de Americana, Hospital Municipal de Paulínia, Hospital Infantil de Americana, Hospital Maternidade Celso Pierro, Centro Infantil Boldrini e Hospital Municipal de Hortolândia.

O grupo é mantido com o dinheiro de doações de voluntários e algumas empresas da região. Além disso, existe um bazar permanente na sede da ONG, localizada há quase dez anos no bairro Bonfim, em Campinas. Lá são vendidos produtos institucionais como camisetas, chaveiros, adesivos, por exemplo. Jantares e bingos também são realizados esporadicamente com o intuito de arrecadar lucro para a entidade.

Morreu Dercy Gonçalves: nunca pensei que estaria vivo para ver esse dia...

A empresária da noite Lílian Gonçalves foi quem abriu as portas para o último trabalho de Dercy Gonçalves, em seu Bar do Nelson (referência ao seu pai, Nelson Gonçalves) no dia 14 de julho, cinco dias antes do falecimento da centenária atriz. O Talk Show com Dercy foi um reforço para que o Guiness Book a reconhecesse como a mais idosa artista em atividade no mundo. Lílian Gonçalves fala sobre seu último encontro com Dercy Gonçalves:

“Acho que a Dercy estava pressentindo. Ela ficou muito emocionada com o evento do dia 14 de julho. Na quinta-feira, dia 17, conversamos e ela disse: 'obrigada, acho que foi a última homenagem, que me fizeram'. Também falou que nunca chorou na vida, mas 'que se tivesse lágrimas, elas teriam sido derramadas no evento lá no Bar do Nelson'.

Na segunda-feira, dia 14, fui até o aeroporto. Fazemos a comemoração do aniversário dela há 22 anos. Foi a primeira vez que pediu que eu fosse buscá-la. O tempo todo falou sobre o prazer que tinha em trabalhar. 'Quero trabalhar. Gosto de trabalhar. Trabalhar é minha vida', disse.

Quando perguntei se queria ir para o hotel descansar, respondeu preferia fazer compras. Fomos à Butique Vermelho 29. Ela parecia uma menina, entusiasmada com as roupas e as vitrines. 'Pega essa, pega isso também', dizia. Escolheu uma roupa para o Talk, Show que faria à noite e a ganhou de presente da loja. Disse para a Márcia, dona da Vermelho 29: 'assim como é que você vai pagar seus funcionários?'. Aí comprou um conjunto para a filha. E fez questão de pagar do próprio bolso. Achei isso lindo! Eu insisti em dar algo também e ela acabou aceitando uma blusa.

Depois da loja indaguei novamente se queria ir para o hotel. Ela disse que queria ir almoçar. E fomos ao Gigetto, onde pediu pescadinha e colocou duas colherinhas de pimenta. Durante o almoço, falou várias vezes que tinha muita vontade de viver e trabalhar, mas, ao mesmo tempo, confessou algumas vezes que estava se sentindo fraca e cansada."

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Entre as diversas celebridades presentes estavam Maria do Adelaide do Amaral, a Rainha das Minisséries Globais, que está escrevendo uma peça sobre Dercy,dercy maria adelaide amaral com direção de Marília Pêra e Fafy Siqueira no papel principal. O texto tem como base a autobiografia “Dercy de Cabo a Rabo” (editora Globo - 1994), que a comediante ditou para Maria Adelaide. “"Amo essa mulher. Minha melhor homenagem foi escrever sua autobiografia e, agora, faremos a peça teatral, que vai marcar ainda mais a importância de Dercy na história da cultura do País”, disse Maria Adelaide. "Será o trabalho mais bonito da minha carreira. A peça mostrará que Dercy é a pessoa mais importante do teatro popular brasileiro", afirmou Fafy. (Fonte: Gontoff Comunicação).

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Nas fotos tiradas por Heudes Regis/Gontof Comunicação, no alto, Lilian Gonçalves e Dercy diante do bolo de aniversário e, abaixo, com uma emocionada Maria Adelaide do Amaral, no dia 14 de julho no Bar do Nelson. Sobre o bolo, não há consenso sobre quantos anos a artista tinha, de fato. O registro de nascimento diz que ela nasceu no dia 23 de junho de 1907, em Santa Maria Madalena, na região serrana do Rio de Janeiro. Mas muitos de seus amigos afirmam que ela tem, de fato, 102 anos, já que naquela época muitas vezes o registro de nascimento demorava para ser feito. O problema é que Dercy afirmava que o correto são 103 anos, porque valeriam os nove meses em que esteve no ventre de sua mãe. Mas ontem, no meio da festa, mudou de idéia: “O certo é mesmo 102 anos. Afinal, não fiquei no ventre da minha mãe 12 meses, mas nove, como quase todo mundo. Assim, o certo por enquanto é mesmo 102”, disse Dercy na ocasião.

Sorry

Caros leitores, perdoem-me a ausência, mas um problema técnico em casa me afastou da web por estes dias. Mas retorno hoje para gáudio de uns, ódio de outros e indiferença de muitos.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O primeiro trailer de Watchmen

Nada menos que SENSACIONAL!

Ator Daniel Dantas processa jornal que o confundiu com banqueiro (Folha Online)

O ator Daniel Dantas vai processar o jornal italiano "La Stampa", que publicou fotos suas como o banqueiro homônimo envolvido no caso da Operação Satiagraha. A notícia foi divulgada hoje (17) na coluna de Ancelmo Gois, no jornal "O Globo".

Divulgação
Ator Daniel Dantas vai processar jornal italiano que publicou sua foto como banqueiro
Ator global Daniel Dantas vai processar jornal italiano que publicou sua foto como banqueiro

Dantas, que atualmente vive Natércio Prado na novela "Ciranda de Pedra", da Globo, diz acreditar que a história pode prejudicar sua imagem.

Procurados pela Folha Online, os assessores de imprensa e os empresários do ator preferiram não confirmar oficialmente o processo ainda, já que aguardam mais informações diretas de Dantas para as próximas horas.

Reprodução
Imagem de reprodução do jornal italiano "La Stampa" com foto de Daniel Dantas
Imagem de reprodução do jornal italiano "La Stampa" com foto do ator Daniel Dantas

No Brasil, o ator também foi confundido com o ex-dono do Opportunity pelo jornal baiano "Diário do Sul", que, assim como a publicação italiana, estampou sua foto no lugar da imagem do banqueiro.

Na época, o blog Toda Mídia, da Folha Online, chegou a divulgar a reprodução com o erro da reportagem do jornal baiano. Segundo o blog, o editor do jornal confirmou que, por erro de seleção da foto, na fase de montagem da página, foi publicada a imagem do ator no lugar do banqueiro.

Em "Ciranda de Pedra", Dantas vive um "advogado bem-sucedido", "extremamente prepotente, autoritário e ambicioso por poder", informa o site oficial da novela da Globo.


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Vilão por vilão, sou mais o Dantas da televisão.

Amanhã é o dia


O colega Fábio Alexandre mal consegue dormir na expectativa da estréia mundial de "Batman - O Cavaleiro das Trevas" amanhã. É quase uma unanimidade entre os críticos brasileiros e americanos (92% no site Rotten Tomatoes, que reúne resenhas de todos os EUA), e muitos já pedem um Oscar póstumo para Heath Ledger, o novo Coringa.
Isso é considerável, já que nunca na história de Hollywood isso foi cogitado para um filme de super-herói. Até 1979, ano de "Superman", produções baseadas em quadrinhos tinham baixo orçamento e pouco valorizadas pela indústria. Mesmo o filme quie tornou Christopher Reeve um astro foi um caso isolado, tendo três continuações, sendo a última, "Superman IV - Em Busca da Paz", um constrangimento.
Os super-heróis só ganhariam novas superproduções em 1989, justamente com "Batman", de Tim Burtin. Á parte a qualidade deste e do seginte, "Batman - O Retorno", eram mais obras de Burton que filmes do Homem-Morcego. O diretor desprezou a mitologia em torno do herói e principalmente o Batman recriado por Frank Miller, cujo sucesso e repercussão levou à produção do longa-metragem.
Hoje, a situação é diferente, graças aos êxitos das produções baseadas no Universo Marvel, especialmente as franquias "Homem-Aranha" e "X-Men". Em uma indústria acossada pela evasão de público e pirataria, os personagens superpoderosos são quase uma garantia de retorno financeiro, mas ainda eram vistos como mero entretenimento. Em Hollywood, a separação entre comercial e artístico é demarcada pelo Oscar, tanto é que são raras as comédias que levaram a estatueta e apenas três faroestes ganharam o grande prêmio - dois deles nos anos 90.
Na cabeça dos acadêmicos de Hollywwod, filmes comerciais dão grana e filmes "de arte" dão prestígio à indústria. Isso é uma rematada besteira. Filmes "artísticos" como "Carruagens de Fogo" e "Titanic" - ambos vencedores do Oscar - são uma droga, e filmes "comerciais" como "Intriga Internacional" e "Caçadores da Arca Perdida" são obras-primas.
Os elogios à caracterização de Heath Ledger somada à comoção de sua morte precoce podem dar a ele um prêmio da Academia que romperia com o estigma dos filmes de super-herói. Se até os anos 80 cineastas sérios não levavam a sério sujeitos fantasiados que combatiam o mal, agora diretores de prestígio como Christopher Nolan e Bryan Singer assinam as franquias "Batman", "X-Men" e "Superman". E podem disputar o Oscar.

Deu no UOL

Já no Rio, Cacciola diz que confia na Justiça e que nunca foi um foragido

O ex-banqueiro Salvatore Cacciola desembarcou no Rio de Janeiro às 4h31 desta quinta-feira, vindo da França em um vôo de carreira, após passar 10 meses preso no principado de Mônaco.

Em entrevista coletiva na superintendência da Polícia Federal, o ex-banqueiro disse que 'confia na Justiça' brasileira.
"É bom lembrar que as pessoas que foram condenadas comigo neste processo estão livres, só o Cacciola está preso. E eu não estava fazendo nada diferente deles, só que estava lá na Itália", disse aos jornalistas.

"Eu sempre estive e estou a disposição da Justiça. A única diferença é que eu estava na Itália", completou o ex-banqueiro, que foi condenado à revelia no Brasil a 13 anos de prisão pela prática de crimes financeiros.

Cacciola foi categórico ao explicar sua saída do país. "Eu nunca fui um foragido. Eu saí do Brasil oficialmente, com o passaporte carimbado, graças a uma decisão do STF, do ministro Marco Aurélio Mello. Depois, só quando eu já estava lá, a decisão foi anulada, e então eu resolvi ficar", afirmou.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Abuso de autoridade é o caralho!

By the way, o episódio levou ao presidente do STF, Gilmar Mendes, a pedir uma lei que coíba o abuso de autoridade no País, rapidamente encampada por setores do Excutivo e Legislativo. Abuso de autoridade não é botar algema em ladrão de colarinho branco, é a polícia matar inocente e ainda tentar esconder a cagada. Além do menino baleado em blitz no Rio, da moça assassinada por meganhas no Paraná e do administrador morto em perseguição policial e retirado do carro feito um saco de batatas também no Rio; tem ainda o caso da jovem engenheira desaparecida de que se suspeita que tenha sido esquartejada e icinerada após ter sido morta por engano pela PM fluminense.

Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais que os outros (George Orwell)

O princípio de "Revolução do Bichos" novamente se comprova no Brasil. A retirada dos delegados responsáveis pela prisão de Daniel Dantas, Naji Nahas e Celso Pitta da Operação Satiagraha acontece sob os auspícios dos poderes Judiciário - na figura do presidente do STF Gilmar Mendes - e Executivo - representado pelo própio presidente da República Luis Inácio Lula da Silva.
Na prática isso significa que a rápida humilhação pública da semana passada será a única punição ao dono do Opportunity por todas as acusações que vão da lavagem de dinheiro e evasão de divisas à intermediação nos processos de privatização no governo Fernando Henrique Cardoso, passando pelo mensalão do PT.
Resta um poder se envolver na questão: o Legislativo vai convocá-lo para depor na CPI do Grampo, mas é jogo para a galera. Não é do interesse do governo nem da oposição que Dantas diga tudo o que sabe. Aliás, foi assim que ele se safou, ao declarar ao delegado Protógenes Queiroz, em sua segunda prisão na semana passada, que diria tudo o que sabe, em novo furo de Bob Fernandes no Terra Magazine (http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3003387-EI6578,00.html). Foi a senha para a operação abafa hora em andamento.

O super-herói sem quadrinho


Super-heróis são uma invenção das histórias em quadrinhos, mais especificamente em 1938 com o surgimento do Superman (alguém ainda usa Super-Homem?). Hoje, são os produtos mais rentáveis da indústria do cinema.
Com a Marvel assumindo diretamente o controle dos filmes com seus personagens e DC sendo controlada pela Warner, o que resta aos outros estúdios que quiserem explorar esse universo? Criar seus proprios super-heróis, é claro.
Nesse aspecto, "Hancock" é um passo ousado nessa direção. Escorado pela presença de Will Smith, de longe o astro mais lucrativo de Hollywood hoje, ele não é exatamente uma sátira aos super-humanos como parecia indicar o trailer, mas uma fábula sobre a solidão. Ou você acha que o refúgio do Superman chamava-se Fortaleza da solidão á toa?
O roteiro bebe evidentemente em "Corpo Fechado" de M. Night Shyamalan. A certa altura Jason Bateman especula sobre a origem dos poderes de Hancock: se ele veio de outro planeta, se foi resultado de experiências científicas, as habituais origens dos super-heróis nas HQs. Não. Como é explicado mais adiante, antes eles eram chamados de deuses ou anjos, mas agoras são chamados super-heróis. Samuel L. Jackson dá a mesma explicação para Bruce Willis em "Corpo Fechado".
A crítica americana detestou "Hancock" - talvez por esperar de Smith outro personagem abnegado como "Em Busca da Felicidade" e "Eu Sou a Lenda" - mas o fato é que o público não tá nem aí e transformou a produção em mais um triunfo na carreira do astro.
Resta saber, haverá continuação? Se tiver, torço por Charlize Theron num uniforme colante e dando porrada em bandido. Ui!

Visita ao Templo da Lingua Portuguesa

Fui ontem ao Museu da Língua Portuguesa para pegar a abertura da exposição sobre Machado de Assis. Foi minha primeira visita ao local, que esstá mais para templo que museu. Tanto é que o acesso mais próximo pela Estação de Metrô da Luz é uma longa escadaria digna de igreja mineira. Sem a alternativa de escada rolante.

Chegando á bilheteria, um típico exemplo do serviço público: em plena abertura da exposição de Machado de Assis, em plenas férias, havia só uma funcionária vendendo bilhetes a ao mesmo tempo cuidado da chapelaria. O resultado é fila, lógico. O acesso é só por elevadores, uma vez que o Museu é dividido em três andares. Ao menos o ascensorista é prestativo e dá as dicas para a melhor visitação para os marinheiros de primeira viagem.O primeiro pavimento é dedicado às mostras temporárias, como esta de Machado; o segundo é a mostra permanente e o terceiro tem a sala audiovisual, que exibe um curta de 10 minutos sobre nosso idioma, e a Praça da Língua, que alterna três audiovisiuais de uma antologia da literatura em Língua Portuguesa, com curadoria de José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski.

O segundo andar traz a Grande Galeria: tela de 106 metros com projeções simultâneas de filmes que mostram a Língua Portuguesa no cotidiano de seus usuários. Palavras Cruzadas: totens dedicados às influências das Línguas e dos povos que contribuíram para formar o Português falado no Brasil. Existe, ainda, um oitavo totem dedicado ao Português falado nos demais países.
Linha do Tempo: uma linha com recursos interativos onde o visitante pode conhecer melhor a história da Língua Portuguesa.
Beco das Palavras: sala com jogo eletrônico interativo que além do visitante brincar com a criação de palavras, conhece também a origem e o significado das mesmas.
História da Estação da Luz: painéis que mostram um pouco da história do prédio sede da Estação da Luz e os trabalhos de restauração realizados na época da implantação do Museu da Língua Portuguesa.

Mas vamos ao primeiro, que é o que mais nos interessa, a mostra sobre Machado de Assis, cuja morte completa 100 anos em 2008. Com curadoria de Cacá Machado e Vadim Nitikin coordenadoria geral de Ana Helena Curti, a exposição se denomina "Machado de Assis - mas este capítulos não é sério". Pelo título percebe-se que se trata de uma tentativa de dessacralizar a obra do escritor, especialmente aos jovens, param quem o Bruxo do Cosme Velho é sinônimo de leitura obrigatória e chata. O fio condutor da mostra é sua obra-prima "Memórias Póstumas de Brás Cubas", em favor da qual os outro romances do autor tornam-se periféricas na exposição, e o caso mais gritante é "Dom Casmurro", cuja Capitu merece não mais que uma "penteadeira" como menção. Nenhuma referência - a não ser de passagem nos excertos dos críticos reunidos em uma ala da mostra - à mais célebre polêmica da literatura brasileira: terá a musa dos olhos de ressaca traído ou não Bentinho?

A exposição destaca o contexto histórico-social em que Machado viveu e produziu, sua importância na literatura brasileira e mundial e aspectos da obra. O arrivismo social, tantas vezes ridicularizado pelo escritor, foi vivido por ele mesmo, célebre aos 34 anos como poeta, fundador da Academia Brasileira de Letras (a cadeira número 1 leva seu nome) e defunto enterrado carregado de glórias, já considerado o maior autor brasileiro de seu tempo.

Serviço:

EXPOSICÃO
"Machado de Assis - Mas este capítulo não é sério"

15 de Julho a 26 de Outubro de 2008
De terça a domingo das 10h às 17h

Endereço
Praça da Luz, s/nº - Centro - São Paulo - SP CEP: 01120-010
Telefone:(11) 3326-0775 - E-mail:museu@museudalinguaportuguesa.org.br
Horário
Bilheteria: terça a domingo, das 10h às 17h.
Museu: fecha às 18h.
Não abre para visitação às segundas-feiras.
Acessos
Prioridade de acesso para pessoas com necessidade especiais, grávidas e idosos.
Preço do ingresso
R$ 4,00 (quatro reais)
Estudantes com carteirinha pagam meia-entrada
Professores da rede pública com holerite e carteira de identidade são isentos
do pagamento do ingresso;
Crianças até 10 anos e adultos a partir de 60 são isentos do pagamento do ingresso;
O ingresso só pode ser pago em dinheiro;
Não há venda antecipada de ingresso;
Aos sábados a visitação ao Museu é gratuita.

Que história?

Jô Soares acaba de fazer o Derico participar de um teste de bafometro no seu programa ameaçando contar uma certa história "do João Neto". Será o mesmo?

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Blecaute de novo. Agora, é energia elétrica.

Terça-feira (15/07), às 7h, haverá paralisação de uma hora dos funcionários da CPFL Piratininga, em Campinas. Ato organizado pelo Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, junto com outras entidades sindicais, visa a conseguir da empresa melhoras na proposta do Acordo Coletivo de Trabalho 2008/2009 dos funcionários.

O Sindicato dos Eletricitários de São Paulo (Stieesp) decidiu pela paralisação, após nova rodada de negociação com o grupo CPFL. A empresa continua sem apresentar uma proposta adequada às necessidades da categoria. Essa é a sexta manifestação, e ocorrerá na sede da empresa, em Campinas. As outras paralisações ocorreram em Sorocaba, Salto, Praia Grande, Santos, São José do Rio Preto e Jundiaí.

“Fizemos diversas reuniões com a empresa, mas não conseguimos chegar a um acordo satisfatório. Por isso, optamos pela paralisação para atingir nossos objetivos, que são sempre a favor da categoria, faremos o que for necessário”, diz Carlos Reis, presidente do Sindicato dos Eletricitários.

Com 1.150 funcionários, a CPFL Piratininga atende 1,3 milhão de consumidores em mais de 20 cidades nas regiões de Sorocaba, Jundiaí e Salto. O grupo CPFL distribui energia à 568 municípios paulistas, gaúchos, paranaenses e mineiros.

O melhor faroeste de todos os tempos

André Bazin certa vez escreveu que o western era o cinema americano por excelência, e Clint Eastwood que o western e o jazz são as únicas formas de arte originais da América (e, infelizmente, ambas estão mortas).

rastros abertura Comprei outro dia a edição de 50º aniversário de "Rastros de Ódio", caso raro em que o título em português diz mais sobre o filme que o origjnal, "The Searchers". É a obra-prima de John Ford, o papel da vida de John Wayne, e como os dois praticamente definiram o gênero, pode-se arriscar a dizer que é o melhor western de todos os tempos. Toda vez que ele passava nas madrugadas da Globo eu não conseguia desligar até o final.

A versão que adquiri tenta restaurar o original rodado em Vistavision, um formato de vida efêmero mas que muitos dizem ter sido o melhor desenvolvido pra o cinema, até o advento do Imax. Toda a beleza do Monument Valley pode ser bem melhor apreciado que na cópia televisiva que vi à exaustão.

Essa edição, lançada há dois anos - "Rastros de Ódio" é de 1956 - , vem com dois discos: um com o filme propriamente dito, com a opção de comentários de Peter Bogdanovich - diretor de "A Última Sessão de Cinema" e ex-crítico - e outro com dois documentários, um com entrevistas com Martin Scorcese (não apenas um dos maiores diretores americanos vivos como um profundo conhecedor de cinema), John Milius (diretor de "Conan, O Bárbaro" e roteirista de "Apocalipse Now") e Curtis Hanson (diretor de "LA - Cidade Proibida") e outro sobre a produção propriamente dita, com entrevistas dos sobreviventes e narrado pelo filho de Wayne, Patrick.

John Wayne é Ethan Edwards, um oficial confederado que deixou o Texas para lutar na Guerra da Secessão, e após a derrota ainda vagou por três anos para não ter que entregar seu sabre aos vencedores yankees. Ao partir, também deixou a mulher que amava se casar com o irmão, e agora é ela quem o recebe no retorno ao lar, na deslumbrante abertura em que Dorothy Jordan, atriz do cinema mudo que Ford tirou da aposentadoria para rodar três filmes nos anos 50, abre a porta da aconhegante casinha para o Monument Valley, cenário favorito do diretor.

Todas essas informações são fornecidas praticamente sem o uso de palavras. Em poucos minutos, o diretor nos apresenta os principais personagens e aspectos da personalidade de Ethan que serão decisivos para o desenrolar da trama, com uma economia de recursos magistral. Ele é um homem que não aceita derrota, um militar calejado da luta contra os yankes e os índios, a quem odeia e despreza. Isso é indicado pela forma com que trata o jovem Martin (Jeffrey Hunter, que seria Jesus Cristo para Nicholas Ray em “Rei dos Reis”), um mestiço a quem salvou de um massacre e levou para a família do irmão criar.

Logo após sua chegada, uma patrulha Texas Ranger chega à propriedade por conta de um roubo de gado possivelmente feito por índios. A intenção é convocar rastros wayne Aaron, o irmão, para a patrulha, mas Ethan se oferece no lugar dele e, junto com Martin, parte para a ação. Tarde demais descobrem que tudo foi uma artimanha para afastar a patrulha da área, e mesmo sob a suspeita de que atacariam sua família, Wayne não se precipita e pára para descansar e alimentar os cavalos, ao contrário do impetuoso Martin, de cavalga à toda velocidade para tentar salvar os seus. No retorno, o jovem está carregando sua sela e Ethan passa por ele sem lhe dar a mínima, apenas para confirmar seus piores temores. Todos estão mortos á exceção das duas meninas, que devem ter sido levadas pelos comanches. A patrulha parte novamente para resgatar as garotas, mas são emboscados e metade tem que voltar com um ferido. Ethan continua a perseguição com Martin e o namorado de Lucy, que ao descobrir que ela foi estuprada e morta, se lança num ataque suicida contra o acampamento índio.

O protagonista se sentia à vontade como militar, mas é derrotado e obrigado a deixar a vida guerreira regular, para um novo começo família que o recebe calorosamente, e que acaba de perder tragicamente. Seus troféus de soldado ele deixa para seus sobrinhos: ao garoto, o sabre de oficial; para a pequena Debbie, sua medalha de herói; e para a mais velha Lucy, seu casaco de oficial confederado que será a mortalha da jovem. Nada mais lhe resta além do sobrinho postiço, a quem renega, e a busca pela sobrinha perdida. Mesmo sendo desprezado por Ethan e com uma namorada impaciente esperando por ele, Martin segue por temer o que o tio fará quando encontrar a menina. Na seqüência em que tentam encontrar Debbie num forte do exército entre as sobreviventes de um ataque a uma aldeia, Ford dá um raro close em Wayne, em que ele lança um olhar mortalmente frio a uma garota branca que enlouqueceu com o choque de culturas a que foi submetida. Até o espectador, que jamais imaginaria John Wayne matando uma moça indefesa, teme o que ele pode fazer ao encontrar a sobrinha transformada em mulher de comanche..

Aliás, há diversos aspectos que apontam para as tendências da década seguinte. Um é a violência sexual, tanto a cunhada Marha, quanto a sobrinha Lucy são violentadas antes de serem mortas e mesmo Debbie era pouco mais do que uma criança ao se tornar mulher do chefe Scar, e a forma crua com que isso é sugerido era raro em faroestes. O segundo é a forma como é apresentado o exército americano, exaltado na grande trilogia de Ford dos anos 40 – “Fort Apache”, “Legião Invencível” e “Rio Grande” – tem seu papel na guerra contra os índios contestado numa cena em que o diretor ironiza um dos símbolos que ajudou a imortalizar, o toque da corneta da cavalaria, aqui executado não para “salvar o dia”, mas logo após o massacre contra uma aldeia. O próprio Martin pergunta ao encontrar a “esposa” comanche morta, “por que eles fizeram isso se ela não fez nada a ninguém?”, que se tornaria recorrente nos faroestes das décadas seguintes, mas não em 1956, quando matar índios nos filmes era tão corriqueiro quanto fumar cigarro.

rastros lets go home “Tão certo como a Terra gira” eles encontram Debbie– transformada da menina Lana Wood para a irmã mais velha e famosa Natalie, apenas um ano depois de “Rebelde sem Causa” – como uma das squaws do chefe Scar (Cicatriz), confirmado mais um temor de Ethan, que tenta realmente matá-la, sendo impedido por Martin. No segundo reencontro, após o massacre dos comanches e de Scar, a famosa cena que, como escreve Carlos Augusto Calil em seu belo texto em “Folha conta 100 anos do Cinema”, “ainda faz muito marmanjo, cineasta ou crítico, chegar ás lágrimas”.

O filme se encerra como começou, enquadrando a porta de um lar, só que agora Ethan está partindo. Cumpriu a missão que se impôs mas não há mais lar para onde voltar. O sobrinho que tornou seu herdeiro escapou de sua sina, reconquistou a amada aos pés do altar e agora vai constituir família. Ele dá meia volta e retorna á única casa que pode chamar de sua, as imensidões da fronteira americana, inóspitas ainda na década de 50 quando o filme foi rodado.

Quando foi lançado, “Rastros de Ódio” foi recebido com indiferença pela crítica e só o tempo fez com que passasse a ser reconhecido com uma das obras-primas não só do western ou de Hollywood, mas do cinema mundial. Apesar de ter sua performance ignorada pelos especialistas da época, John Wayne tinha consciência de que aquele foi a grande atuação de sua vida, a ponto de dar o nome de Ethan a seu segundo filho homem, nascido em 1962.

Em uma carta enviada a Ford de Tóquio, quando filmava “O Bárbaro e a Gueisha”, Wayne conta a seu mentor que tinha se encontrado com Akira Kurosawa. “Ele dise que é nosso fã”, escreveu. Não de Ford ou de Wayne, mas de ambos. Não é para menos. O “Imperador” estava construindo com Toshiro Mifune outra gigantesca parceria diretor-ator. Não é só Kurosawa que era fã de vocês, Duke, mas todo mundo que ama o cinema.rastros final

domingo, 13 de julho de 2008

Joe Coffin rules

Encarnação do Demônio, o novo filme de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, e o documentário Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei, de Cláudio Manoel, Calvito Leal e Michael Langer, foram os grandes vencedores do I Festival Paulínia de Cinema, segundo o júri oficial.

Os vencedores em 33 categorias foram anunciados na noite do último sábado, em cerimônia no recém-inaugurado Theatro Municipal de Paulínia, com apresentação de Claudia Raia e Miguel Falabella. Antes da premiação, foi exibido em pré-estréia o filme “Era Uma Vez”, de Breno Silveira.

Veja abaixo a lista dos premiados:

PREMIAÇÃO DO JÚRI OFICIAL

Melhor Filme (R$ 60 mil):

Encarnação do Demônio, de José Mojica Marins

Prêmio Especial do Júri (R$ 30 mil):

Walter Lima Júnior, diretor de “Os Desafinados”

Melhor Diretor (R$ 30 mil):

Selton Melo, por “Feliz Natal”

Melhor Ator (R$ 25 mil):

Paulo José, por “Pequenas Histórias”

Melhor Atriz (R$ 25 mil):

Claudia Abreu, por Os Desafinados”

Melhor Ator Coadjuvante (R$ 15 mil):

Ângelo Paes Leme, por “Os Desafinados”

Melhor Atriz Coadjuvante (R$ 15 mil):

Darlene Gloria e Graziella Moretto, por “Feliz Natal” (por unanimidade)

Melhor Roteiro (R$ 15 mil):

Helvécio Ratton, por “Pequenas Histórias”

Melhor Fotografia (R$ 15 mil):

José Roberto Eliezer, por “Encarnação do Demônio” (por unanimidade)

Melhor Montagem (R$ 15 mil):

Paulo Sacramento, por “Encarnação do Demônio” (por unanimidade)

Melhor Edição de Som (R$ 15 mil):

Ricardo Reis, por “Encarnação do Demônio”

Melhor Direção de Arte (R$ 15 mil):

Cássio Amarante, por “Encarnação do Demônio”

Melhor Trilha Sonora (R$ 15 mil):

André Abujamra e Marcio Nigro, por “Encarnação do Demônio”

Melhor Figurino (R$ 15 mil):

Fabio Namatame, por “Onde Andará Dulce Veiga?”

Melhor Documentário (R$ 30 mil):

Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei, de Cláudio Manoel, Calvito Leal e Michael Langer

Prêmios Especiais – Documentários (R$ 20 mil):

Iluminados, de Cristina Leal

Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais, de Carlos Alberto Prates Correia

Menção Especial:

Fabrício Reis por sua atuação em “Feliz Natal”, de Selton Mello

PRÊMIO DA CRÍTICA

Melhor Longa-Metragem: Encarnação do Demônio, de José Mojica Marins

Melhor Curta-Metragem: Dossiê Re Bordosa, de Cesar Cabral

CURTAS NACIONAIS

(Júri Oficial)

Melhor Filme (R$ 20 mil):

Dossiê Rebordosa, de Cesar Cabral.

Premio Especial do Júri:

Vida Maria, de Marcio Ramos.

Melhor Diretor (R$ 15 mil):

Daniel Ribeiro, por “Café com Leite”.

Melhor Ator (R$ 8 mil):

Eduardo Melo, por “Café com Leite”.

Melhor Atriz (R$ 8 mil):

Ana Carolina Lima e Renata Torralba Horta, por “Espalhadas pelo Ar”.

Melhor Roteiro (R$ 8 mil):

Márcio Ramos, por “Vida Maria”.

Melhor Fotografia (R$ 8 mil):

Rômulo Errico, por “OD – Overdose Digital“.

Melhor Montagem (R$ 8 mil):

André de Campos Mello, por “OD -Overdose Digital”.

Menção Honrosa:

Elke, de Julia Rezende.

Curtas Regionais

(Júri Oficial)

Melhor Filme de Curta Metragem Regional (R$ 20 mil):

A Vaca, de Marcelo Reginaldo de Menezes.

Melhor Diretor (R$ 15 mil):

Marcelo Reginaldo de Menezes por “A Vaca”.

Melhor Ator (R$ 8 mil):

Dirceu Carvalho e Jose Ricardo Nogueira, ambos pelo filme “Luchador”.

Melhor Roteiro (R$ 8 mil):

Marcelo Reginaldo de Menezes por “A Vaca”

Melhor Fotografia (R$ 8 mil):

Marcelo Mazzariol por “Luchador

Melhor Montagem (R$ 8 mil):

Marcelo Mazzariol e Juliano Luccas por “Luchador

PRÊMIOS DO JÚRI POPULAR

Melhor Filme de Ficção (R$ 30 mil):

Alucinados, de Roberto Santucci.

Melhor Documentário (R$ 20 mil):

Simonal, Ninguém Sabe o Duro que Dei, de Cláudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal.

Melhor Curta Nacional (R$ 15 mil):

Dossiê Bordosa, de César Cabral e Vida Maria, de Marcio Ramos.

Melhor Curta Regional (R$ 15 mil):

A Vaca, de Marcelo Reginaldo de Menezes.

MELHORES ROTEIROS SELECINADOS PELO JÚRI ROTEIRO

Júri: Leonardo de Barros, Patrick Siaretta, Rodrigo Saturinino e Bráulio Mantovani.

Prêmio de R$ 15 mil para cada um:

1. Colegas, de Marcelo Galvão.

2. Idéia Fixa, de Rui Veridiano.

3. Corpo Presente, de Marcelo Toledo, Daniel Chaia e Paolo Gregori.