quinta-feira, 3 de julho de 2008

Não vai haver amor, neste mundo nunca mais


Este ano, o Casarão Rock vai trazer uma atração de peso: Marcelo Nova, ex-líder do Camisa de Vênus, dia 19 do mês que vem. Se para os mais jovens, ele é pouco mais que pai da Vj Penélope, para nós, velhos roqueiros, ele é o cara.
O Camisa de Vênus era uma banda punk baiana que por um desses acasos inexplicáveis conseguiu gravar um LP pela Som Livre da Rede Globo. Só que antes da bolacha se lançada, algum executivo ouviu do que se tratava e barrou a distribuição. Durante algum tempo, o disco era uma raridade encontrável apenas em praças secundárias. Em São Paulo, onde eu morava, estudava e freqüentava redutos do rock como Rose Bom-Bom, Radar Tan-tan, Napalm e Madame Satã, era artigo raro. Aí, numa das minhas visitas á família, fuçando as caixas do Disco de Ouro, o que é que eu acho? O disco do Camisa de Vênus! Lá em Sampa foi uma sensação: a gente só ouvia “O Adventista”, “Bete Morreu” e “Meu Primo Zé” na 97 FM, a Rádio Rock. Gravei incontáveis fitas K-7 para a galera. “Não vai haver amor, neste mundo nunca mais!” Isso sim era rock´n roll! (Publicado na edição de Gente etc do dia 21 de junho. Neste sábado, tem jornal de novo.)

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