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quarta-feira, 16 de julho de 2008
O super-herói sem quadrinho
Super-heróis são uma invenção das histórias em quadrinhos, mais especificamente em 1938 com o surgimento do Superman (alguém ainda usa Super-Homem?). Hoje, são os produtos mais rentáveis da indústria do cinema.
Com a Marvel assumindo diretamente o controle dos filmes com seus personagens e DC sendo controlada pela Warner, o que resta aos outros estúdios que quiserem explorar esse universo? Criar seus proprios super-heróis, é claro.
Nesse aspecto, "Hancock" é um passo ousado nessa direção. Escorado pela presença de Will Smith, de longe o astro mais lucrativo de Hollywood hoje, ele não é exatamente uma sátira aos super-humanos como parecia indicar o trailer, mas uma fábula sobre a solidão. Ou você acha que o refúgio do Superman chamava-se Fortaleza da solidão á toa?
O roteiro bebe evidentemente em "Corpo Fechado" de M. Night Shyamalan. A certa altura Jason Bateman especula sobre a origem dos poderes de Hancock: se ele veio de outro planeta, se foi resultado de experiências científicas, as habituais origens dos super-heróis nas HQs. Não. Como é explicado mais adiante, antes eles eram chamados de deuses ou anjos, mas agoras são chamados super-heróis. Samuel L. Jackson dá a mesma explicação para Bruce Willis em "Corpo Fechado".
A crítica americana detestou "Hancock" - talvez por esperar de Smith outro personagem abnegado como "Em Busca da Felicidade" e "Eu Sou a Lenda" - mas o fato é que o público não tá nem aí e transformou a produção em mais um triunfo na carreira do astro.
Resta saber, haverá continuação? Se tiver, torço por Charlize Theron num uniforme colante e dando porrada em bandido. Ui!
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