A queda de braço entre o sistema S e o governo chegou ao fim. Segundo a Folha de S. Paulo de hoje, foi firmado ontem um acordo estabelecendo regras para o uso de apenas parte dos R$ 4,8 bilhões que hoje são aplicados livremente pelas entidades. A justificativa do governo para tentar intervir no sistema é que os trabalhadores de cada setor já o sustentam via desconto em folha, e que por esse motivo Senai, Senac e outros deveriam criar mais cursos e serviços gratuitos. Pelo acordo, Senai e Senac deverão investir até 2014, 66,6% da receita em gratuidade.
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Uma notícia importante dessa está perdida lá no meio do caderno Dinheiro. É inegável o serviço prestado por todas as entidades envolvidas à sociedade, mas manter o patronato administrando livremente esses recursos sustentados em grande parte pelos trabalhadores também não era o melhor, sendo que o argumento central do governo, que era a exigência de cursos profissionalizantes grátis, faz todo sentido. O acordo ainda evita que a proposta do governo fosse ao Congresso, onde o conhecido mercado persa poderia desfigurar a idéia original e transformá-lo num frankenstein inútil.
Triste do país em que driblar o Legislativo é muitas vezes o melhor a fazer...
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