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quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Ganha quem faz mais gols
O que mais me impressionou na vitória dos EUA sobre o Brasil no futebol feminino é a forma com que o time americano se organizou para obter a medalha de ouro. Sabendo ser tecnicamente inferior, a técnica Pia Sundhage fez o time jogar à moda da Champions League. Não se vocês já viram partidas do cameonato Inglês, mas em gerla é assim, um início agressivo para ver se fazm um gol no começo, depois "cozinham o galo" até quase o final do período, para tentar o gol novamente. O mesmo acontece no segundo tempo. As americanas começaram a marcar sob pressão para ver se conseguiam um gol, mas logo recuaram porque esse tipo de jogo é muito desgastante. A diferença é que o cozimento do galo durou quase o jogo todo, já que elas contavam com a prorrogação para impor sua melhor condição física, já que pasaram a partida se defendendo enquanto as brasileiras se desgastavam atacando. Ainda assim quase marcaram no finalzinho, com duas defesaças da goleira Bárbara. A prorrogação começou, o Brasil pregou e elas marcaram seu golzinho de ouro.
Tudo bem que algumas jogadas individuais de Marta e Cristiane quase estragaram os planos americanos, mas, na realidade, as meninas brazucas não conseguiram traduzir o domínio do jogo em chance reais de gol, tanto que a bela mulata Bárbara teve tanto trabalho quanto a loiraça Solo durante os 90 minutos.
Mais uma derrota do futebol feminino do Brasil, mas que em quatro Olimíadas se igualaram ao masculino com duas medalhas de prata, e olha que os barbados brasileiros correm atrás do ouro olímpico desde Helsinque, em 1956. Vá lá que Ronaldinho e cia levaram bronze em Sidney,naquele feio episódio em que não foram buscar as medalhas.
Acho que as meninas do Brasil só vão ganhar um título quando existir aqui uma liga nacional decente, mesmo que as craques joguem fora, como acontece também no profissional. Amanhã a seleção feminina de volei também vai enfrentar americanas na disputa por uma medlaha de bronze. Como no futebol, as meninas brasileiras tem fama de só chegar no quase, só que cinco vezes na semifinal. Pela primeira vez vão a uma final olímpica e vão encarar o pragmatismo americano na condição de favoritas como no futebol. Felizmente, o volei não é um esporte que se decide num único gol mas todo cuidado é pouco contra um time que eliminou as também favoritas Itália e Cuba.
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