terça-feira, 1 de março de 2011

Notas sobre o Oscar

oscar

Sei que meus 17 leitores aguardam alguma manifestação minha sobre o Oscar, entregue domingo á noite, mas como segunda é dia de fechar edição de terça da Tribuna, só agora tenho tempo e disposição para comentar. Deu o óbvio, num ano em que não houve grandes filmes, bem diferente de três anos atrás, quando três obras de gente grande disputaram a estatueta principal: “Onde os fracos não tem vez”, “Sangue Negro” e “Desejo e Reparação”. Mas é assim mesmo, há safras boas e outras nem tanto, como esta.

Não sei o que alguns vêem em James Franco (minha cena favorita de “Besouro Verde” é quando ele confronta Cristoph Waltz, que o manda pelos ares), para mim um canastrão incorrigível. Anne Hattaway fez o que se esperava dela: foi linda, sorridente e vestiu uma infinidade de modelitos deslumbrantes durante a festa. Alguém comentou com razão que em três minutos Billy Cristal arrancou mais gargalhadas que a dupla oficial de apresentadores durante a noite toda.

Clemance pediu que eu dissesse algo sobre Kirk Douglas, para ela a reencarnação de Moon-Rá. O inesquecível Spartacus, mesmo alquebrado, mostrou do que eram feitos os astros de antigamente, cantou a bela Anne, fez graça com sua idade e roubou a cena. Incrível como seu filho Michael, um ator inferior, tem um Oscar e ele não. O currículo de Kirk tem “A Montanha dos Sete Abutres”, “Assim estava escrito”, “Sede de Viver”, “Sem lei e sem alma”, “Glória feita de sangue” e “Spartacus entre outros”. Não é para qualquer zé mané.

Voltando à premiação propriamente dita, curiosamente, a maioria dos críticos brasileiros consideram “Toy Story” 3 o melhor dos 10 filmes indicados, mas sem chances de ganhar. Na categoria Longa e Animação era a barbada absoluta, ainda mais concorrendo contra apenas dois adversários, “Como treinar seu dragão” e “O Mágico”, deixando de fora “Meu malvado favorito”, “Shrek para sempre” e “Enrolados”. Pela presente produção e o nível da categoria atualmente, já era hora de colocaram cinco finalistas para lutar pelo prêmio.

No mais, Natalie Portman consolida-se como estrela de primeira grandeza (note, só o Oscar não garante isso, vide Hilary Swank, que tem dois, mas que não é nem uma grande estrela nem um ícone da interpretação), Colin Firth entra para o rol dos atores britânicos que os americanos adoram reverenciar e pouca coisa muda para os coadjuvantes Melissa Leo – que vai continuar coadjuvante – e Christian Bale – que vai continuar alternar superproduções como a franquia “Batman” e produções independentes.

Um comentário:

barbara disse...

por que 17 leitores???
tem mais que isso =P