![]() |
Anne Hathaway em seu momento Oscar |
Decididamente, se eu não tivesse visto no cinema, dificilmente assistiria em home video. Por diversas vezes rezei por um botão de fast foward. A chuva caia do lado de fora do Polo Shopping e eu me preocupava mais se eu tinha fechado as janelas do carro do que com o filme. Musical da Broadway não é comigo.
Mas deu para chegar a algumas constatações em relação ao Oscar. 1) Anne Hathaway é mesmo a favorita como Atriz Coadjuvante; 2) Hugh Jackman não é páreo para Daniel Day-Lewis e 3) Num ano sem favoritos, pode ser o vencedor do Oscar, mas sem merecer. A longa e complicada trama de Victor Hugo é resumida ao mínimo, e ainda assim deu 158 longos minutos, que a direção de Tobe Hopper faz com que a gente os sinta todinhos. Os alivios cômicos de Sacha Baron Cohen e Helena Bonhan Carter (a antiga especialista em heroínas de época virou a megera de época?) mais enche os culhões do que diverte. Em termos de canto-atuação, Anne realmente "se joga" na sua cena-chave, mas é preciso destacar também a afinação de Amanda Seyfred como Cosette (personagem que foi resumidíssima) e a competência da desconhecida Samantha Barks como Eponine, papel que ela viveu nos palcos londrinos e no DVD comemorativo dos 25 anos do musical. O garoto Daniel Huttlestone, o Gavroche, também foi pinçado da montagem britânica que ficou em cartaz entre 2010 e 2011. E se Hugh Jackman fez jus à sua formação em musicais na Austrália, Russell Crowe ficou fora do tom, do canto e do personagem. Ainda mais quando lembramos do Javert de Geoffrey Rush na versão de 1998, dirigida por Billie August.
![]() |
Jennifer e Bradley: ambos indicados, mas ela é que é favorita |
"O Lado bom da Vida", por seu lado é uma comédia romântica disfuncional, mas que funciona até para o público masculino. Houve quem se queixasse da previsibilidade, mas se assim não fosse, deixaria de ser comédia romântica. A ótima direção de David O. Russell passou em branco nas indicações do Oscar, Globo de Ouro e do Sindicato dos Diretores. Mas parece que a jovem Jennifer Lawrence vai mesmo levar a estatueta dois anos depois de sua primeira indicação por "Inverno da Alma", confirmando o talento demonstrado nesse drama que foi exibido na cidade pelo Cineclube Indaiatuba. Já a indicação de Bradley Cooper serve mais para dar credibilidade ao astro, que se sai surpreendentemente bem, mas não é páreo para o Abraham Lincoln de Daniel Day-Lewis. Robert de Niro está bem como o pai maníaco? Sim, talvez seja seu trabalho mais a sério dos últimos anos, mas acho que Tommy Lee Jones volta a levar o premio de coadjuvante 19 anos depois de "O Fugitivo".Achei muito melhor que "Os Miseráveis", mas pelo andar da carruagem, não leva a o prêmio principal da Academia.
Dentre os favoritos, falta ainda "A Hora mais Escura". Depois de ve-lo, volta a escrever.
Nenhum comentário:
Postar um comentário