A cerimônia de premiação da Academia de Artes e Ciências
Cinematográficas de Hollywood, o popular Oscar, acontece neste domingo, com
transmissão pelo canal pago TNT (a Globo . Nas chamadas para o programa, Rubens Edwald
Filho afirma que é a maior premiação do mundo do entretenimento, o que é
verdade. A penetração que a música (Grammy), TV (Emmy) ou mesmo teatro (Tony)
americanos tem no mundo inteiro não se compara à do cinema, que vem se ampliando
até em territórios antes inexpugnáveis, como a China.
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A Grande Aposta |
Se em 2015, “Birdman” era barbada, neste a disputa é bem
mais equilibrada. “Spotlight”, “A Grande Aposta” e “O Regresso” são igualmente
favoritos, com ligeira desvantagem para o último porque o diretor Alessandro
Iñarritu ganhou Filme e Direção (justamente com “Birdman”) no ano passado. A
lógica é que o Melhor Filme leva também Direção, mas não para a Academia, que recentemente
esnobou Steve McQueen (“12 anos de escravidão”), e Ben Affleck (“Argo”) mesmo
premiando seus filmes. Pior foi
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Spotlight - Segredos Revelados |
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Brie Larson em O Quarto de Jack |
Nas atuações – ladies first – deve dar a novata Brie Larson
por “O Quarto de Jack” como Melhor Atriz e Alicia Vikander por “A Garota Dinamarquesa”. Para mim, Charlotte Rampling em "45 anos" faz um trabalho superior e até mesmo Jennifer Lawrence em "Joy" está melhor, mesmo que o filme não ajude. O "Quarto de Jack" é totalmente centrado no garoto Jacob Tremblay, que está ótimo e não foi lembrado, talvez porque não de para enquadrá-lo como coadjuvante, e como principal não fica bem.
Nos prêmios masculinos, prevejo muita comoção pelo premio de Ator Coadjuvante para Sylvester Stallone por “Creed” (já foi emocionante no Globo de Ouro) e por finalmente darem o Oscar a Leonardo Di Caprio, nem tanto por “O Regresso”, mas pela sua carreira brilhante, que é uma rara combinação de carisma de lead man e talento como intérprete. Christian Bale está excelente em “A Grande aposta” (quem lembra de Batman ao vê-lo neste filme?) e Michael Fassbender brilha em “Steve Jobs”, mas não o suficiente para tirar o doce da boca de Leo, que se não ganhar desta vez, é melhor pensar num filme de Holocausto.
Nos prêmios masculinos, prevejo muita comoção pelo premio de Ator Coadjuvante para Sylvester Stallone por “Creed” (já foi emocionante no Globo de Ouro) e por finalmente darem o Oscar a Leonardo Di Caprio, nem tanto por “O Regresso”, mas pela sua carreira brilhante, que é uma rara combinação de carisma de lead man e talento como intérprete. Christian Bale está excelente em “A Grande aposta” (quem lembra de Batman ao vê-lo neste filme?) e Michael Fassbender brilha em “Steve Jobs”, mas não o suficiente para tirar o doce da boca de Leo, que se não ganhar desta vez, é melhor pensar num filme de Holocausto.
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Leonardo di Caprio em "O Regresso" |
Os roteiros são um capítulo à parte este ano, com vários
trabalhos de alto nível, até entre os esquecidos pela Academia, como “Steve Jobs”
de Aaron Sorkin. Mas pelas premiações pregressas, deve dar “A Grande Aposta”, de
Charles Randolph eAdam McKay entre os Adaptados; e “Spotlight”, de Josh Singer
e Tom McCarhty entre os Originais. Vencedor de dois Oscars e Fotografia,
Emmanuel Lubezki deve levar o terceiro por “O Regresso”.
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Divertida Mente |
Este ano, o prêmio de Animação ganhou um interesse especial
para nós pela indicação do brasileiro “O Menino e o Mundo”, de Alê Abreu. Se
fosse no ano passado, até teria chance, mas contra “Divertida Mente”, fica
difícil. Na categoria Filme Estrangeiro, nem o brazuca “Que horas ela volta?”
ou o argentino “O Clã” – Leão de Outro em Veneza – entraram. O húngaro “O Filho
de Saul” é o favorito, preenchendo a cota “Filme de Holocausto”.
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