segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Mario Quintana em japones


Em breve, Mario Quintana, um dos maiores poetas brasileiros, terá, pela primeira vez, poemas seus vertidos para o japonês. A tradução será feita durante a Oficina de Versão de Texto Literário, promovida pela Aliança Cultural Brasil-Japão e ministrada pela mestra em Língua, Literatura e Cultura Japonesa pela Universidade de São Paulo (USP), Meiko Shimon. A oficina se dará em quatro encontros de quatro horas cada, em janeiro do ano que vem.
O principal objetivo do curso é elevar o nível de conhecimento e a capacidade expressiva em japonês dos participantes, por meio de trabalhos práticos de versão do texto literário em português para japonês, utilizando os poemas Quintana. A professora Meiko não descarta, no entanto, a possibilidade de as obras traduzidas virem a ser publicada mais tarde. “Esse trabalho na oficina será um primeiro passo, um ponto de partida”, diz. “Dependendo do resultado, poderemos formar um grupo e dar continuidade e quem sabe vir a publicar os poemas vertidos.”
Não será a primeira vez que Meiko terá traduções literárias suas publicadas. Ela é tradutora de obras de autores consagrados japoneses para o português, principalmente de Yasunari Kawabata, Prêmio Nobel de Literatura 1968, considerado um dos representantes máximos da literatura japonesa do século XX. Entre suas versões mais conhecidas de obras desse escritor estão Casa das Belas Adormecidas (2002) e Contos da Palma da Mão (2008).
Os poemas de Mario Quintana escolhidos para serem vertidos na oficina fazem parte do livro Velório sem Defunto, lançado em 1990 e que é uma das últimas obras do poeta morto em 1994. “Escolhi esse livro, porque mais fácil para quem está se iniciando na tradução”, explica Meiko. “É uma obra com poemas curtos, de versos livre, sem rima.”
Ela ressalva que a tradução não será dela, mas do grupo que participará da oficina. “Será um trabalho conjunto”, diz a tradutora. “Os poemas serão lidos em português e discutidos. O objetivo é chegar a uma versão japonês que melhor expresse cada poema.

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