sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Comida: a grande mãe das revoluções

revolucao_francesa_bastilha
Uma das frases mais marcantes da Revolução Francesa foi atribuída a Maria Antonieta, que ao saber que o povo não tinha pão para comer, teria dito: “que comam brioches!” Comida, ou a falta de, é a mãe das revoluções. Crise econômica na França provocada pelas longas guerras mantidas por Luis XIV resultou na carestia de alimentos que levou à queda da Bastilha e do ancient regime. A fome na Rússia resultante da I Guerra Mundial levaram à Revolução de Outubro, que pegou Lenin de surpresa na Suíça.
Não foi diferente desta vez no Egito. O preço alto dos alimentos, aliado ao efeito dominó tão temido pela diplomacia americana nos tempos de Guerra Fria, detonou as manifestações populares que levaram à queda de Hosni Mubarak. O problema é o que acontece depois que a fome do povo derruba o tirano. Intelecutais, por vezes bem intencionados, acabam assumindo o poder e promovendo banhos de sangue, como aconteceu no Terror francês, no bolchevismo soviético ou no maoismo chinês (nos dois últimos casos, as mortandades foram resultados de políticas econômicas desastrosas).
Lembrando que, em grande parte, o apoio da classe média ao Golpe de 64 no Brasil deveu-se à inflação provocada pela construção de Brasília, assim como a queda do regime militar aconteceu após a crise do início da década de 80. Quando acaba a comida, acaba amizade.

2 comentários:

barbara disse...

a única coisa que esses americanos doidos pensam eh "nao podemos perder essa espetacular pposicao geografica do Cairo, nossa ponte ao oriente medio.." ...bs

Jair Italiani disse...

Meu caro amigo Kimas, sua narrativa foi precisa... E por aqui essa foma de renovação não vai aconcter tão já... Sabe aquela máxima, atribuida aos romanos, sobre dar ao povo pão e circo para que a turba se aquiete e siga sua vida quietinha??? Então... Os nossos governantes, principalmente o velho e longivo molusco, praticam bem a lição de casa... Nunca antes na história desse país se comeu tanta carne, pão e teve tanto episódio de picadeiro... ops! Até palhaço no Congresso!
Ave Cesar!!!