quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Agora é Copa


Praticamente encerradas as Eliminatórias, restam as repescagens. Na América do Sul, o Uruguai vai jogar com a Costa Rica de Rene Simões o direito de ir à Africa do sul, após ser derrotada pela Argentina (foto) pela primeira vez em Montevidéo desde 1975. Curiosamente, o técnico vencedor naquela ocasião era um dos grandes desafetos de Maradona, Cesar Menotti, que ao não convocar El Pibe em 1978 evitou que ele somasse dois títulos mundiais, como Ronaldo Fenômeno, duas vezes campeão mundial mesmo sem entrar em campo em 94.

A partida foi menos excitante do que eu esperava, por causa da falta de competencia uruguaia - que praticamente vive de Lugano na defesa e Forlan no ataque - e da retranca imposta por Maradona, que escalou inacreditáveis quatro zagueiros. Beques, mesmo. E quando o resultado em Santiago já garantia, no mínimo, a repescagem e o empate, a vaga direta, ele tira o único atacante para por um volante e o que acontece? O cara faz o gol da vitória. Isso é o dedo do técnico. El dedo de Diós.

O Brasil acabou ficando em primeiro nas Eliminatórias Sulamericanas graças a vitória da Colombia sobre o Paraguai por 2 a 0 em pleno Defensores del Chaco, o que fez com que o Chile acabasse em segundo lugar pelo saldo de gols. Isso não vale rigorosamente nada, apenas para o currículo de Dunga, que venceu todas as competições que disputou como técnico até agora. Que não vai adiantar nada se não ganhar a Copa.

Na Europa, os melhores times que vi jogar na Eurocopa se classificaram com 100% de aproveitamento: Holanda e Espanha, duas eternas potencias que nunca chegaram lá, ainda que os flamengos tenham chegado em duas finais. A Inglaterra quase fez 100%, mas perdeu um jogo. Os súditos de Elizabeth II ganharam sua Copa em casa em 66 e, dizem, tão na marra quanto os argentinos em 78.

Na repescagem européia, os segundos colocados de oito dos nove grupos jogam por quatro vagas. Os melhores ranqueados na Fifa são cabeças de chave: França, Portugal, Rússia e Grécia. Os outros são Eslovenia, Bósnia, Ucrania e Irlanda. França e Portugal não devem, pela lógica, ter problemas em jogos de ida e volta contra qualquer um dos quatro últimos. Russia e Grécia vão depender de quem for sorteado contra eles, mas, sinceramente, não farão diferença na Copa.

Se tudo der certo, todas as principais potencias futebolisticas devem ir à África do Sul, provavelmente, todos os campeões do mundo. O que, certamente, vai abrilhantar a primeira Copa no Continente Negro e tornar a disputa muito mais interessante.

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