segunda-feira, 2 de maio de 2011

A morte do supervilão

A notícia que parou o mundo neste domingo à noite foi a morte de Osama Bin Laden, anunciada pelo presidente americano Barack Obama. Alguém disse que foi a primeira vitória palpável desde que Bush Jr, deflagrou a chamada Guerra contra o Terrorismo, após os atentados de 11 de setembro de 2001.Afeganistão e Iraque - este invadido sob falsas alegações - viraram atoleiros para as forças armadas e geopolitica americanas, e as diversas prisões de terroristas foram ofuscadas pelas violações de direitos humanos. Como o inimigo não era uma país, não havia capital a ser tomada nem governo a ser derrubado. Restava a morte do supervilão.
Como num roteiro de história em quadrinho ou filme de ação, o líder a Al Qaeda organizou, financiou e inspirou atentados violentos contra os EUA e seus aliados, matando civis e ferindo o orgulho do Ocidente. Os mocinhos, ou no caso, os americanos, precisavam fazer justiça.
Tecnicamente, a operação autorizada pelo presidente americano foi um assassinato. Como o próprio Obama disse, a ordem era capturar Osama vivo ou morto, como naqueles cartazes do Velho Oeste. Naquela época, os texanos se orgulhavam de seu lema "Lembrem-se do Álamo",  local de uma batalha sangrenta em que uma guarnição de americanos que queriam tomar mais um pedaço do México foi massacrada pela tropas do ditador Antonio Lopez de Santa Anna. No ano seguinte, os ianques foram à forra, derrotaram Santa Anna e o forçaram a ceder o Texas.
Mais de um século depois, o Japão atacou a base da Marinha em Pearl Harbor, no Havaí, destruindo a frota americana do Pacífico. Até hoje se discute até que ponto o governo de Franklin Roosevelt ignorava os planos japoneses, uma vez que coincidentemente os porta-aviões deixaram a base na véspera do ataque. O fato é que 7 de dezembro virou o Dia da Infâmia, e os EUA partiram para a vingança, que só foi satisfeita com os inéditos e até hoje únicos bombardeios nucleares realizados em guerra.
A morte de Bin Laden está sendo comemorada pelos americanos como uma copa do mundo, mesmo que a guerra contra o terrorismo não tenha acabado. Mas para o presidente Barack Obama, foi um enorme triunfo em tempos de economia em lenta recuperação e ofensiva brutal dos republicanos contra sua administração. Conseguiu o que Bush Jr. não conseguiu em dois mandatos e ainda forjou um novo slogan, que deve entrar para a história assim como seu "Yes we can":  "Justice has been done". 

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