terça-feira, 14 de julho de 2009

Um espetáculo instigante


Muito ou quase tudo que conheço de dança devo a Ana Tereza Zoppi, minha querida amiga que não vejo há um ano. Com ela e seu grupo viajei certa vez a uma Gala da Academia Beth Dorça, em Uberaba onde pude fazer uma imersão no mundo do balé. Imersão seria demais, digamos que molhei os pés. Com Felipe Chepkassof, que conheci por meio da Ana, vi que bailarino não precisa ser gay. William Romão da Costa, que é um dos organizadores do Passo de Arte, afirma que esse preconceito é brasileiro. Médio, se tomarmos como referência Billy Elliot, que se passa nos bairros proletários da Inglaterra.
Tudo isso para falar da apresentação hoje da São Paulo Companhia de Dança, no encerramento do 17o Passo de Arte, com a coreografia Gnawa. É um belo trabalho com uma fluidez magnífica, no qual que a juventude e beleza dos bailarinos são evidenciados em movimentos muito sensuais. É algo para mostrar a que veio esse corpo estatal criado para ser peça de marketing de José Serra. Isso não desmerece a iniciativa, assim como a Virada Cultural.
A foto que ilustra o post é minha. Às vezes, a gente dá sorte.

Um comentário:

Regina Santi disse...

Sabe que foi essa pergunta que me fiz ao ver a foto? Parabéns!!
Também estive no Ciaei ontem e comentava com o Agnaldo as oportunidades que tivemos nos últimos anos de ver ali belos espetáculos de dança e música. Acho que a cidade já estabelecu um patamar mínimo e que espero não seja reduzido por nenhuma outra admistração pública futura. Você bem sabe que construir é difícil mas destruir é como um passe de mágica. Lamento apenas que no se refere a Teatro e Literatura não estamos nem engatinhando...

Abraços de seu amigos de férias e quase com o pé na estrada..