A apuração da eleição em Indaiatuba acabou oficialmente agora há pouco, confirnado o que todo mundo já sabia, que o novo prefeito de Indaiatuba será o deputado federal Reinaldo Nogueira (PDT), com 68.063 votos. Como isso represernta 69,80% dos votos válidos, Reinaldo terá que pagar a aposta feita com a editora-chefe da Tribuna de Indaiá, Cynthia Santos, que disse que ele teria menos que 70%, índice que obteve em sua reeleição à Prefeitura de Indaiatuba em 2000. Como se isso fosse pouco.
As surpresas foram reservadas para a eleição dos vereadores. Quando muitos acreditavam numa renovação mínima, cinco novos nomes entram para a Câmara. O médico e vereador Túlio José Thomaz do Couto (PPS) foi o mais votado, com 3.873 (sempre disse que ninguém chegaria a 4 mil, embora alguns sonhassem com 6 mil votos), que também não deixa de ser inusitado, já quele não aparecia na lista dos mais-mais nas pesquisas. Atrás dele, vêm dois novatos, Hélio Alves Ribeiro (PSB), com 3.654 votos; e Agostinho Andrade Junior (PPS), com 3.583. O PDT, partido do prefeito eleito, só fez o quarto mais votado, o vereador, ex-secretário da Saúde e cardiologista Luiz Carlos Chiaparine (3.470 voto) mas obteve cinco cadeiras com as eleições de Maurício Baroni Bernardinetti (3.243). Osmar Ferreira Bastos (2.328), Luiz Alberto Pereira, o Cebolinha (2.296) e a ginecologista Vera Maria Curi Spadella (1.835). O verador Fábio Marmo Conte completa o quadro de eleitos do PSB com 2.679 votos; o PP reelegeu Gervásio Aparecido da Siva, com 2.997 votos; e elegeu o dentista Helton Antônio Ribeiro, com 1.458. O PT conseguiu fazer uma cadeira, levando de volta à Câmara o professor Carlos Alberto Resende Lopes, o Linho, com 1.693 votos, o que significa que haverá alguma oposição formal ao governo.
Surpresa maior, talvez, seja entre os que não conseguiram se eleger, como Djalma Cesar de Oliveira, o César da Cidade do Sol, do PPS, que sonhava até em ser presidente da Câmara, mas seus 2.564 o credenciam a ser apenas suplente, ainda que com chances de exercer a vereança. Da mesma coligação, só que do DEM, o atual presidente da Câmara Nelson Laturraghe, o Nelsinho do Ferro-Velho, teve 1.894 e a segunda suplência. No PSB, o ex-presidente da Câmara e ex-superintendente da Fiec, João Martini Neto, com 2.024 votos, ficou na segunda suplência, atrás do sobrinho do prefeito José Onério, Ocimar José da Silva, com 2.425. De certa forma, esperava-se que, se o PT fizesse um vereador, esse fosse Jânio Ribeiro, que acabou suplente com 1.592 votos.
Curioso notar que o candidato a prefeito petista e segundo colocado no pleito, José Aristéia Pereira, teve 20.337 votos, enquanto a coligação que o apoiava teve 12.275. A candidata tucana Maria Rosana Ferrari Nassar teve 9.109 votos enquanto os candidatos a vereador do PSDB apenas 2.389 .
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Política sem especulação não existe, portanto enquanto aguardávamos os resultados finais, os jornalistas, fiscais de partido e outros presentes à apuração tentávamos imaginar qual o cenário político a partir de janeiro. Por exemplo, Chiaparine voltará à Secretaria da Saúde? Bem que ele gostaria, mas além de terem sido eleitos outros quatro candidatos da área da Saúde, e o dentista Helton Ribeiro recebeu especial atenção do prefeito eleito durante a campanha. A ginecologista Vera Spadella chegou pela terceira vez à Câmara e nas ocasiões anteriores ela trocou sua cadeira por um cargo de diretora na Secretaria da Saúde. Só que, com o recente aumento aprovado no Legislativo, a partir do próximo ano o salário do vereador ultrapassará os R$ 6 mil, e os vencimentos de um diretor de departamento são bem menores. O professor Linho é um dos principais nomes do PT na cidade, mas também foi muito amigo do prefeito eleito, sendo responsável por costurar um acordo do partido com a primeira administração de Reinaldo, que deu a Secretaria de Governo a Carlos Olímpio e a Superintendência da Fiec a ele mesmo. Agora de volta à Câmara, Linho vai ser oposição mesmo como prometeu na campanha?
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Acompanharam a apuração a Tribuna da Indaiá, o Exemplo, o Votura, o Mais Expressão, a Rádio Jornal, o Programa Por Aí e o Gente etc... na pessoa deste blogueiro. Ficaram até o fim, já na madrugada de segunda, a Tribuna, o Exemplo, o Votura e o Gente etc... A Tribuna tem edição na terça e o Exemplo pretendia soltar uma edição extra hoje. O que a Juliana Holanda, repórter do Votura que deu o mais importante furo da reta final da campanha (leia post abaixo) e este que vos fala estavam fazendo até aquela hora, já que só temos edição no final da semana? Sem falar no fato de que a Internet estava recebendo os dados da apuração mais rápido que nós no Cartório Eleitoral local. O instinto jornalístico, o impulso de querer estar o centro dos acontecimentos é uma das coisas que definem quem é ou não é jornalista. Isso não é nenhum auto-elogio porque eu estava lá, não. Jornalismo é uma doença, muito mais que uma vocação ou um diploma na parede.
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Nas fotos, a aglomeração em frente ao cartório lá pelas 21h; a movimentação durante a apuração; e os eleitos pelo PSB, Hélio Ribeiro e Fábio Conte, que apareceram no final da apuração.
Correção: esqueci de citar a Quanta Notícia, o novo site informativo da cidade, que também ficou até o fim da apuração e torcendo demais. Quando saiu o resultado dos eleitos, só faltou soltar rojão, não por quem entrou, mas por quem saiu...
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