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terça-feira, 12 de maio de 2009
Cineclube no dia 26: O Leitor
Mesmo já tendo sido lançado em DVD, "O Leitor" será a atração do Cineclube Indaiatuba no próximo dia 26, às 19h30. O filme, como se sabe, deu finalmente o Oscar de Melhor Atriz a Kate Winslet, em sua sexta indicação. Lembro-me quando a vi em sua estréia, "Alma Gêmeas", do então novato Peter Jackson, e Kate, muito jovem, iluminava a tela com sua beleza e talento. Em seguida, já se consagrou como uma das mais promissoras intérpretes de sua geração em "Razão e Sensibilidade", de Ang Lee. De lá para cá, chegou ao auge de popularidade ao estrelar o maior sucesso de bilheteria de todos os tempos, "Titanic", ao mesmo tempo que se engajava em produções polêmicas e desfiadoras, como "Fogo Sagrado" e "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças". A seguir, a resenha de Rubens Edwald Filho publicada hoje em sua coluna de lançamentos em DVD no UOL:
Em um episódio de 2005 da série de TV britânica "Extras", Kate Winslet interpreta a si própria e diz que, depois de tantas indicações, o único jeito de finalmente ganhar o Oscar seria atuando em algum filme sobre o Holocausto. A piada se tornou realidade, e Kate finalmente levou o tão esperado Oscar (em sua sexta indicação) depois de um atribulado processo de nomeação.
O problema é que Kate concorria com ela mesma, já que teve outro papel grande em 2008, em "Foi Apenas um Sonho". No Globo de Ouro, ela concorreu como coadjuvante por este "O Leitor" (em que sua participação é realmente menor) e como protagonista no outro filme. Assim, ela conseguiu ganhar os dois prêmios do evento.
Mas o mesmo não aconteceu no Oscar, e ela acabou indicada apenas como atriz principal por "O Leitor", que ainda foi indicado aos prêmios de melhor filme, direção, fotografia e roteiro. Acabou sendo preferido até por sua temática, e também por uma razão sentimental, já que foi o último trabalho de dois grandes cineastas que faleceram e que o co-produziram: Sidney Pollack e Anthony Minghella.
Mas "O Leitor" não chega a ser o grande filme pretendido. Mesmo dirigido pelo inglês Stephen Daldry (dos notáveis "Billy Elliot" e "As Horas"), demora muito para revelar o que não é uma surpresa tão grande assim em uma história muito particular.
Ralph Fiennes é o protagonista Michael Berg, que, já maduro, relembra um romance da juventude. O ator foi o grande injustiçado do ano passado, porque não ganhou nada e está esplêndido aqui, em "A Duquesa", "Na Mira do Chefe" e no telefilme "Bernard e Dóris".
Em 1958, quando tinha 15 anos, Michael Berg (interpretado pelo alemão David Kross), perdeu a virgindade com Hanna (Winslet), uma cobradora de bondes 18 anos mais velha. Durou um só verão, mas foi uma grande paixão para ele. Hanna gostava que o rapaz lesse para ela, até o dia em que sumiu sem explicações.
Mais tarde, quando estudante de direito, o rapaz descobre que Hanna está sendo julgada por ter sido carcereira em um campo de concentração. E o rapaz, agora com 24 anos, tem uma informação que poderia salvá-la da condenação.
Pode a mulher amada ser um monstro? Quais são os limites do dever? Certos segredos devem ser mantidos? Essas são alguns dos questionamentos levantados pelo longa. Para Hanna, era mais importante ter seu segredo guardado do que se responder pela morte de inocentes. Kate assumiu o papel de Hanna quando Nicole Kidman ficou grávida e Juliette Binoche o recusou.
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Opa! As sessões do Cineclube Indaiatuba acontecem no Multiplex Topázio, no Shopping Center Jaraguá, com ingresso a R$4 e seguido por debate com a platéia.
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