terça-feira, 29 de junho de 2010

Tradição


O Brasil confirmou uma tradição: desde 1938, nunca perdeu para uma seleção sem tradição ou que não seja a sensação do momento. Em 38, na França, derrota na semifinais para a Itália, que já era campeã e se tornaria bi naquele ano. Em 50, o doloroso Maracanazzo diante do campeão Uruguai. Em 1954, a Hungria de Puskas é que nos tiraria nas quartas. Em 1966, na pior atuação desde 34, foram duas derrotas na fase de grupos, uma para a mesma Hungria e outra para Portugal de Eusébio. Em 1974, foi a vez da Laranja Mecanica holandesa de Cruyff tirar o Brasil da Copa. Em 78, o famoso campeonato moral invicto, mas que aconteceu basicamente porque não ganhamos da Argentina em Rosário. Em 82, a Itália interrompeu a trajetória de um dos maiores times que o Brasil já apresentou. Em 86, a França, no penaltis. Em 90, gol de Caniggia resultado da única jogada de genio de Maradona em toda aquela Copa. 98, França 3 a 0 na final na casa deles. Em 2006, França 1 a 0 nas quartas.

Com essa folha corrida, não seria o Chile a tirar a seleção canarinho da África do Sul, mas agora a coisa é diferente. A Holanda tem a tradição de dois vice-campeonatos mundiais, o atual grupo não perde há 23 jogos e tem dois craques, Sneijder e Robben. Na Copa, tem 100% de aproveitamento, só levou dois gols e ambos de penalti. Mas pelo que vi o Brasil jogar até agora, dá para ganhar, mesmo porque Lúcio e Maicon conhecem o colega de Inter Sneijder e na final da Liga dos Campeões, compuseram a defesa que anulou Robben pelo Bayern de Munique.

Mas, como disse alguém num dos canais esportivos pagos: se o Brasil tem uma pedra, a Argentina tem uma montanhha no caminho rumo à taça.

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