terça-feira, 21 de junho de 2011

Assim caminha a humanidade


Por Harue Kimura

Eis o título de um grande clássico do cinema. Pela terceira vez o assisti, na Manhã Nostálgica do dia 18 de junho, sábado, com direito a um lauto café da manhã oferecido generosamente pelo casal Paulo e Zuleica Lui, no Multiplex Topázio. Na companhia das amigas Anthera e Mariluci (a Mari), pude me deliciar olhando Elizabeth Taylor, jovem, lindíssima; Rock Hudson, maravilhoso e James Dean, o jovem ator revelação que, infelizmente, faleceu quatro dias após o termino das filmagens de “Assim Caminha a Humanidade”. Portanto James Dean não pode ver o seu perfomance no filme.
Ë a história de uma família, ou melhor, de dois irmãos de uma família tradicional do Texas, com uma enorme fortuna e um empregado, Jett Rink (James Dean) protegido pela irmã Luz (Mercedes MacCambridge), que ao falecer lhe deixa uma porção de terra.  Um belo dia, encontra petróleo em suas terras e fica podre de rico. Até tenta beneficiar os desfavorecidos com a construção de um hospital e outras coisas a mais. Mas, obcecado pelo amor que sente pela mulher do ex-patrão Bick Benedict (Rock Hudson), a linda Leslie (Elizabeth Taylor), Jett, que já gostava de umas e outras goles, torna-se alcoólatra.   
Da primeira vez que vi o filme, não atinei o por que do título. Burra a Harue, não?
Conheci famílias que se mudaram para o estado do Paraná e lá acertaram  com o café, virando novos ricos, sendo que alguns perderam o rumo da vida, não sabendo o que fazer com tanto dinheiro.
Nas Escrituras Budistas comenta sobre  oito ventos, oito condições que impedem as pessoas de trilhar o caminho que conduz à iluminação, ou à felicidade suprema, um estado elevado de vida. São eles: prosperidade e declínio; honra e desgraça; elogio e censura; prazer e sofrimento.As pessoas se desviam do caminho quando são elogiadas, pela prosperidade, pelo prazer e pela honra . Explicando melhor; quando elogiadas pensamos ser “os tais” e nos tornamos arrogantes. A prosperidade conduz ao delírio e facilmente esquecemos os detalhes da vida. O prazer deixa-nos extasiados a ponto de não nos lembrarmos até das obrigações mais simples. E a honra? Ganha-se uma medalha ou diploma de honra ao mérito por algum motivo, esquecemos da humildade, da modéstia e gratidão. Afinal todas estas condições não se conseguem sozinhas. 
Às vezes, vivenciamos experiências que nos deixam super chateada. Um elogio, por exemplo, pode ser tomado de forma negativa. O que importa é a intenção da pessoa que elogiou. O mais chato é que forma-se um ambiente desagradável, com comentários prós e contras. Em boca fechada não entra mosca, diz o ditado. A vida é complicada. Existem pessoas com estado elevado de vida que procuram tomar tudo pelo lado positivo. Por outro lado, há aquelas que tomam pelo lado negativo. Preciso mudar o meu eu, evitar ficar com aquele sentimento de culpa, de rancor, por muito tempo.
Uma amiga, Reiko, foi para o Japão e perdemos contato por anos. Ela me dizia: “Harue, você é muito sensível”. A Reiko, sempre alegre, continuou: “Eu deixo prá lá. Se você se preocupar com cada frase dita (o que vão pensar) você não vive”. Acho que é por ai.   

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