quinta-feira, 14 de maio de 2009

Em cartaz: Anjos e Demônios


Estréia nos cinemas de todo o planeta – incluindo o Multiplex Topázio – “Anjos e Demônios”, baseado na primeira aventura do professor de Simbologia Religiosa, Robert Langdon, o herói de “O Código Da Vinci”. Existe um motivo para que Dan Brown tenha “estourado” apenas naquele segundo livro: “Anjos e Demônios” é muito ruim. Não que “O Código...” seja uma obra-prima, mas ao menos em seu mega-best-seller o autor nos poupa de seqüências constrangedoras, que não sei como o diretor Ron Howard vai driblar na versão cinematográfica.

No mais, está tudo lá: uma sociedade secreta perseguida pela Igreja (Templários x Illuminati), gênios do Renascimento envolvidos (Leonardo da Vinci x Galileu Galilei), pistas escondidas em cenários célebres (Paris x Roma) e uma beldade incrivelmente sexy e intelectual (Sophie Neveau, criptologista x Vittoria Vetra, física nuclear) com quem Langdon vai se envolver romanticamente.

No primeiro filme, o roteiro descartou o clichê e Audrey Tatou – nem de longe parecida com a descrição babona de Brown no livro, que para mim era a própria Emmanuelle Béart – não namora Tom Hanks. A mocinha Vittoria Vetra – cuja primeira cena no romance veste camiseta e shortinho – será a israelense Ayelet Zurer (tenho certeza que o escritor tinha Monica Bellucci ou outra diva italiana em mente), que fez a mulher de Eric Bana em “Munique”. Também estão no elenco Ewan McGregor, no papel do Carmelengo Patrick MacKeena; Stellan Skarsgard como o chefe da Guarda Suíça, Richter e Armin Mueller-Stahl como o cardeal Strauss.

A ação começa nos laboratórios do Conselho Europeu para Pesquisa Nuclear (CERN), o mesmo que construiu o gigantesco equipamento de aceleração e colisão de partículas, quando o cientista Leonardo Vetra é assassinado e encontrado com o símbolo Illuminati marcado a ferro no peito. Além disso, uma quantidade de antimatéria capaz de devastar uma cidade inteira também foi roubada. Robert Langdon é chamado para investigar o caso e as pistas o levam a Roma, onde está acontecendo o conclave para eleger o novo papa. Langdon descobre que a antiga sociedade secreta Illuminati – da qual até Galileu Galilei fez parte – pretende se vingar de um massacre de seus membros promovido pela Igreja Católica destruindo o Vaticano.

Diante do sucesso do filme “O Código da Vinci”, a adaptação de “Anjos e Demônios” era inevitável. Repetem-se ainda a direção de Ron Howard (“Uma Mente Brilhante”), a caracterização de Tom Hanks como Robert Langdon e os protestos da Igreja Católica, maior promotora involuntária dos dois filmes. Quem é que resiste à tentação – com exceção de ex-coroinhas como Antônio da Cunha Penna – de conferir o que há de tão herético num filme hollywoodiano? Na verdade, Dan Brown é discípulo confesso de Sidney Sheldon, que descobriu nas teorias conspiratórias envolvendo o Vaticano um grande filão. Está sendo anunciado para este ano seu quinto romance, a terceira aventura de Robert Langdon chamada “O Símbolo Perdido”, que envolveria os maçons e se passaria em Washington. Chegou tarde: “A Lenda do Tesouro Perdido” esteve lá antes...

Um comentário:

Eliana Belo disse...

Posso não concordar com o "esculacho" que você está dando no Daw, mas adoro ler um texto bem escrito! E essa sua crítica (como tantas outras) é uma verdadeira aula sobre o assunto... até prevendo qual atriz o diretor convidaria você já está capaz... Nada como ter segurança no que se estuda e se escreve, não é? Pois vou hoje mesmo escrever no meu currículo que eu sou sua amiga!!!!!!!!!!!!!!! (risos) Bjs.