quarta-feira, 6 de maio de 2009

O lançamento oficial da Virada Cultural Paulista

Lá do outro lado da primeira fila de autoridadades – entre as quais João Sayad, José Serra e André Sturm – está o cantor Tinoco

Hoje aconteceu o lançamento oficial da Virada Cultural Paulista, que acontece nos próximos dias 16 e 17, no Salão Nobre da Secretaria de Estado da Cultura. A cerimônia estava marada para as 11h30, mas foi adiada para às 13h em função da agenda do governador José Serra, deixando diversos representantes de prefeituras e imprensa do Interior tomando chá de cadeira por uma hora e meia. Felizmente, rolou um coquetel em que não faltou pão com mortadela para pessoas que vieram de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Bauru e Araçatuba, entre os rincões mais distantes. Até mesmo uma das atrações programadas para animar a festa, a atriz Angela Dip, desertou em função do atraso.

À uma e tanto da tarde, o secretário estadual da Cultura, João Sayad, chegou acompanhado pelo adjunto Ronaldo Bianchi e pelo coordenador da Unidade de Fomento e Difusão de Produção Cultural, André Sturm. Mesmo sem Serra, começaram as apresentações, primeiro a dupla do Circo Vox, depois Heraldo do Monte executando “Trenzinho Caipira” de Villa-Lobos e fechando os pocket-shows, os Parlapatões. Ou seja, das três amostra-grátis, Indaiatuba verá duas delas na íntegra. Assistindo tudo ao lado das autoridades, Tinoco, sobrevivente da mais famosa dupla caipira de todos os tempos, que fazia a função de embaixador da cultura do interior paulista.

O governador José Serra chegou finalmente antes dos Parlapatões entrarem em campo, e ao fim da performance da trupe, começaram os discursos. André Sturm, que comanda na prática toda a Virada Cultural Paulista, agradeceu a todos os envolvidos e lembrou que, apesar da crise, conseguiu até aumentar o número de cidades envolvidas, de 19 em 2008 para 20 este ano. João Sayad lembrou que 13 cidades-sede de regiões administrativas receberão a Virada, além de sete que não o são (entre elas, Indaiatuba).Também destacou o Circuito Cultural, que programa anualmente 700 atrações para 50 cidades que não fazem parte da Virada a cada 15 dias. “Não é um evento esporádico e, segundo depoimentos que recolhi, tem ajudado a recuperar os centros urbanos das cidades do interior”, contou.

Carlos Augusto Calil, secretário municipal da Cultura de São Paulo, lembrou quando o então prefeito José Serra o chamou para montar uma programação que abrangesse 24 horas de um final de semana. O evento acontecia inicialmente em toda a Capital, mas com o tempo acabou encontrando seu verdadeiro lugar no Centro de São Paulo. “Hoje em dia, na maioria das grandes cidades, o centro virou periferia também. A perspectiva de circular pelo centro, de torná-lo também como nosso bairro funcionou muito bem e hoje é um fenômeno, a festa da cidade. Eu vejo que pelo estímulo do governador a Virada se tornou uma onda que só avança, como as viradas Social, Esportiva e esperamos que aconteça também uma Virada Econômica e, principalmente, uma Virada Ética”, concluiu, sob os plausos do público presente.

O governador José Serra pegou o gancho de Calil e disse, com uma ponta de ciúme pela frase ser do outro, que essa história de Virada Ética seria um pelo discurso de campanha. Lembrou que, embora a idéia fosse dele, Serra, o nome da Virada Cultural quem deu foi Calil. “Como era o nome que eu queria mesmo? Ah, São Paulo 24 horas! Não podia dar certo mesmo”, brincou. Lembra plantão de farmácia e Serra, além de notório hipocondríaco, foi o ministro da Saúde. São Paulo 24 Horas ia virar piada do Zé Simão…

Serra lembra que, além de proporcionar lazer à população, a Virada cria oportunidades à classe artística de divulgar seus trabalhos fora das capitais. “Não é nem pelo dinheiro, que se paga pouco, mas se tornou algo para se por no currículo”, reconheceu.

A idéia do governador é que a idéia da Virada se alastre pelo interior, a ponto de, num futuro, acontecer independentemente do governo do Estado. Também reforça a idéia de que, mesmo que algumas cidade não o façam, que se use a programação para recuperar e revitalizar os centros urbanos.

Circo Vox: intervenções irreverentes e acrobáticas estarão sábado à noite em frente ao palco do Parque Ecológico de Indaiatuba

Heraldo do Monte, um dos maiores guitar players do mundo interpreta o oportuno “Trenzinho Caipira”

Apesar dos quatro Parlapatões em campo hoje, somente Hugo Possolo, de preto, vem a Indaiatuba com a peça “Prego na Testa”, às 23h no Ciaei

A programação em Indaiatuba

Talvez o secretário da Cultura de Campinas fosse movido pelo ciúme ao retirar sua cidade da Virada, já que, fosse como fosse, a programação da vizinha Indaiatuba é melhor. É provavelmente uma das melhores de todas as 20 cidades participantes, a começar pela Orquestra Sinfônca do Estado de São Paulo (Osesp), atração cobiçada e exclusiva. Também teremos a mais renomada companhia de dança brasileira, a Cisne Negro; um dos principais compositores-cantores da MPB depois de 1990, Lenine; um dos mais reconhecidos grupos de teatro infantil, o Furufunfun; uma das melhores banda de forró pé-de-serra, o Bicho de Pé; o maios famoso violonista brasileiro da atualidade, Yamandú Costa; um roqueiro “clássico” dos anos 80, Marcelo Nova; outros consagrados neste século, CPM22, além dos emergentes Dead Fish. Registro ainda as participações indaiatubanas, além da Alien Groove aqui mesmo no sábado, da banda Ziczira, domingo, em São João da Boa Vista e da Sinfonieta dos Devotos de Nosa Senhora dos Prazeres, orquestra idealizada e liderada pelo nosso maestro Marcelo Antunes Martins que se dedica ao resgate da música dos mestres mulatos brasileiros, dos escravos-músicos do período colonial até Pixinguinha, às 10h em Caraguatatuba.

Sou um entusiasta da Virada Cultural por acreditar no poder transformador da cultura. A cidade de São Paulo já vivencia isso na sua versão, mais velha e mãe da estadual. Mais do que as autoridades responsáveis dissseram hoje, é uma oportunidade única para para que o interior paulista entre em contato com o muito de cultura que se produz Brasil afora. Os artistas enxergam isso e abraçam a Virada com todo o entusiasmo apesar de, como o própio Serra reconheceu, o cachê não ser essas coisas.

A programação completa em Indaiatuba segue abaixo. Os campineiros que quiserem usufruir dela, já que ficaram órfãos este ano, estejam convidados.

Palco do estacionamento do Parque Ecológico

Móveis Coloniais de Acaju – das 18h20 às 19h20

É possível perceber rock, ska e a influência de ritmos de todo o mundo e da música brasileira. Ao longo de quase dez anos, os Móveis puderam conquistar seu espaço. "A banda começou a tocar em 1998, mas somente agora, depois de tocar em diversos festivais e fazer muitos shows, chegaram ao disco que, pela sua qualidade, garante a passagem para o primeiro time da música brasileira

A banda tem passagem por eventos e locais dos mais importantes do país como o Brasília Music Festival (2003), Curitiba Rock Festival (2005), Bananada (2003 e 2004), Porão do Rock (2000, 2005 e 2007), MADA (RN), Se Rasgum (PA), Canecão (RJ), Humaitá pra Peixe (RJ), Via Funchal (SP), Festival Indie Rock (RJ e SP), Festival No Ar (PE), Circo Voador (RJ), Festa da Música (DF), Goiânia Noise Festival (GO) e RecBeat (PE, 2008). Entre shows e festivais, o grupo esteve ao lado de artistas e bandas importantes como as americanas Weezer, Live, Alanis Morissete, Simple Red, Slackers e Voodoo Glow Skulls, a venezuelana Desorden Publico e a francesa Gotan Project, a inglesa The Rakes, e as brasileiras Charlie Brown Jr, Ultraje a Rigor, Ira, Pato Fu, Barão Vermelho, Dead Fish, Los Hermanos, Nação Zumbi, Maria Rita, Orquestra Imperial.

Alien Groove – das 20h às 20h40

Marcelo Nova – das 21 as 22h

Foi vocalista da banda baiana de punk rock Camisa de Vênus, no início dos anos 80, onde permaneceu até 1987. Em 1988 iniciou então sua carreira solo, gravando, no ano seguinte, um LP intitulado A Panela do Diabo, ao lado de Raul Seixas com quem realiza uma turnê de 50 apresentações pelo Brasil. Em 1995 volta para a Camisa de Vênus, permanecendo até 1997e retornando à carreira solo, no ano seguinte.Em 2007, Marcelo Nova se reúne novamente com a banda Camisa de Vênus para algumas apresentações ao redor do Brasil

Arruaça – Circo Vox (intervenção de rua – perto do palco) das 22h às 22h30

A união de profissionais especializados em novo circo possibilitou a formação do Circo Vox. Para maior versatilidade, adaptaram a experiência adquirida na Europa, ao seu trabalho no Brasil (dois dos integrantes do grupo estudaram nas melhores escolas de Novo Circo da França). O grupo costuma agregar artistas experientes para cada necessidade de trabalho, e conta com mais de nove anos de experiência no mercado de eventos.

As técnicas circenses contemporâneas (malabarismo, contorcionismo, tecido, lira, elástico, pirâmides acrobáticas, clown, entre outras) unem-se à dança, teatro e ao canto, compondo assim um espetáculo que alcança todo o tipo de público.

Dead Fish – das 22h30 às 23h30

Dead Fish é uma banda brasileira de hardcore que se formou em Vitória, Espírito Santo, no ano de 1991. O grupo lançou quatro discos e inúmeras demos antes de romper a barreira independente e alcançar o mercado mainstream. Composto, atualmente, por Rodrigo (voz), Alyand (baixo), Marcos, da banda Ação Direta(bateria ) e Philippe (guitarra), o grupo (com outra formação) conquistou projeção no âmbito nacional através do disco Zero e Um, lançado pela Deckdisc, em 2004, com produção de Rafael Ramos e mixado por Ryan Greene, responsável por faixas-símbolo do hardcore mundial

Arruaça - Circo Vox (intervenção de rua – perto do palco) das 22h30 às 0h00

Lenine – da 0h às 01h30

Osvaldo Lenine Macedo Pimentel nasceu em Recife, capital pernambucana. Ouviu rock até os 17 anos, quando teve acesso ao “Clube da Esquina”, de Milton Nascimento, e a um show de Gilberto Gil. Dois anos depois, embarcou para o Rio de Janeiro, onde vive atualmente, em busca da carreira musical.
O primeiro ‘single’ chegou somente quatro anos depois, em 1981, com a música “Prova de Fogo”, em parceira com Zé Rocha, com a qual Lenine participou de um festival de MPB da Rede Globo. O primeiro disco, “Baque Solto”, saiu em 1983, em parceria com outro cantor e compositor pernambucano, Lula Queiroga.

DJ Eduardo Brechó – das 2h às 4h

Desenvolve uma intensa pesquisa sobre a influência dos ritmos africanos na música do mundo todo. Essa é a pulsação que permeia todo o seu set. Desde gêneros como o soul, a música popular brasileira e a música caribenha, até o seu original set de afrobeat e música de terreiro, sua maior especialidade, cultuado até na ginga.

Gran Circo Máximo (próximo ao palco) – das 12 às 13h

Bicho de Pé – das 13h30 às 14h30

No final dos anos 90, os jovens de São Paulo descobriram o prazer de dançar juntinho nas festas das universidades e o valor artístico das canções e dos poetas nordestinos reacendeu suas luzes. Neste contexto surgiu a Banda Bicho de Pé (1998) com uma presença feminina no vocal. Em menos de um ano a música "Nosso Xote", de autoria da vocalista Janaina Pereira, ficou entre as mais tocadas em todo o país e atingiu o 3º lugar nas paradas de SP, segundo a Crowley. O primeiro CD "Com o Pé nas Nuvens" vendeu mais de 120 mil cópias. Desde então, começaram a fazer abertura de shows de artistas conceituados como: Ivete Sangalo, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Alceu Valença, participaram de shows com Chico César, Dominguinhos, Osvaldinho do Acordeão, Forróçacana, Falamansa, Rastapé, Planta e Raiz, Edu Ribeiro, Ponto de Equilíbrio, entre outros artistas.

SxA (Ribeirão Preto) – das 15h às 16h

Estilo: Pop/Rock

Gran Circo Máximo (próximo ao palco) – das 16h às 17h

CPM 22 – das 17 às 18h30

Banda brasileira de hardcore melódico formada em 1995 na cidade de Barueri, São Paulo. Seguindo uma vertente do Hardcore com forte influência do Punk Rock, Badauí (voz), Wally (guitarra), Luscius (guitarra), Fernando Sanches (baixo) e Japinha (bateria) já abriram shows de bandas internacionais como Lagwagon, No Fun at All e Down by Law. Com o clipe de "Anteontem", sucesso na MTV, o CPM 22 é uma promessa de renovação do cenário hardcore nacional. Seguindo os passos de veteranos como Charlie Brown Jr., os rapazes do CPM, que já possuem um invejável currículo, continuam pavimentando seu caminho e colhendo seus frutos com muito suor, barulho e melodia. Em 2008, eles ganharam um Grammy Latino de melhor álbum de Rock.

Sala Acrísio de Camargo

Ballet Cisne Negro em “Trama” das 19h às 20h30

Comemorando em 2007 seus 30 anos de existência, a Cisne Negro Cia. de Dança é considerada uma das melhores companhias contemporâneas do país e tem como filosofia a originalidade, a tradição e a preocupação de formar novas platéias, buscando públicos capazes de apreciar a inovação e a beleza.
A companhia nasceu de uma circunstância especial: sua diretora artística, Hulda Bittencourt, juntou as alunas do já famoso Estúdio de Ballet Cisne Negro com alguns atletas da Faculdade de Educação Física da USP. A aproximação desses dois universos deu ao grupo sua principal característica: uma dança energética, viril e de grande qualidade técnica e artística.
Os trabalhos da companhia inserem-se dentro do panorama contemporâneo da dança e desde o início a companhia trabalha com coreógrafos inovadores e jovens, dentre os quais se destacam Vasco Wellencamp (Portugal), Gigi Caciuleanu, Patrick Delcroix (França), Mark Baldwin (Inglaterra), Ana Maria Mondini, Dany Bittencourt, Denise Namura, Tíndaro Silvano, Mário Nascimento e Rui Moreira (Brasil), Júlio Lopes e Luis Arrieta (Argentina), Michael Bugdahn (Alemanha), Victor Navarro (Espanha) e Itzik Galili (Israel).
A Cisne Negro Cia. de Dança já se apresentou nas principais cidades do Brasil e também em diversos países como Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Espanha, Uruguai, Argentina, Alemanha, África do Sul, Chile, Cuba e Moçambique, mostrando seu trabalho dentro da dança brasileira construído com profissionalismo e paixão.

Danilo Moraes – das 21h30 às 22h30

Cantor, compositor e guitarrista, nascido em São Paulo, foi o 2º Colocado no Prêmio Visa – Edição Compositores, em 2006. Já atuou como violonista, guitarrista e backing-vocal com diversos artistas como Chico César, Miriam Maria, Premê, Wandi Doratiotto, seu pai, com quem produziu o disco “Pronto”, Mário Manga, Ceumar, Inácio Zatz, Celso Sim, entre outros.

Lançou seu disco solo em 2003 e foi selecionado para o projeto Rumos do Itaú Cultural e para o Prêmio TIM. Com a banda Banguela, Danilo apresentou-se durante vários anos nas casas de forró de São Paulo e lançou em 2004 o disco “Na Pista”.

Desenvolveu trabalho em parceria com Chico Salem (guitarrista da banda de Arnaldo Antunes), fazendo diversos shows em casas noturnas paulistanas. Os dois venceram o Festival Inter Escolas de Música, da casa de shows Tom Brasil, em 1996, interpretando a canção Lamento Cego, do repertório de Jackson do Pandeiro.

Compôs junto com Ricardo Teté e Rodrigo Castilho, o xote Beijo Roubado, que em 2000 foi gravado pelo grupo Rastapé tornando-se um grande sucesso em todo o país. É também compositor da música Micróbio, da trilha do seriado infanto-juvenil Ilha Rá-Tim-Bum, da TV Cultura (2002). Compôs junto com a cantora e compositora Céu o samba Mais um Lamento, gravado em seu CD de estréia Céu em 2005.

Em 2004, Danilo mudou-se para França onde apresentou-se em casas de shows em Paris e em outras cidades da Europa. No ano seguinte, ainda na França, gravou o CD 51 em parceria com Ricardo Teté. O CD, lançado pelo selo Madioko em 2005 no mercado francês, incluía a canção Contabilidade, que se tornou a grande vencedora do Festival da TV Cultura no mesmo ano. Como resultado do prêmio, a dupla gravou o CD A Torcida Grita, lançado no início de 2007.

Parlapatões em “Prego na Testa” – das 23h à 0h

A história dos Parlapatões e a retomada do Teatro de Rua na cidade de São Paulo caminham juntas. Da necessidade de se expressar com maior liberdade, longe das gastas convenções do teatro de então, o grupo se formou. Em 91, começaram apresentando números circenses e passando o chapéu. Aos poucos, os números ganharam uma forma teatral que gerou os dois primeiros espetáculos: Nada de Novo e Bem Debaixo do Nariz.

A nova montagem teatral dos Parlapatões traz texto inédito no Brasil de Eric Bogosian ( Suburbiae Talk Radio) com tradução, adaptação e direção do dramaturgo Aimar Labaki e interpretação de Hugo Possolo.

O texto do americano Eric Bogosian esperou 11 anos para ganhar sua versão brasileira. Seu título original Pounding Nails in the Floor with My Forehead em português ganhou a expressão que faz jogo com o duplo sentido de ameaçar o crânio por um prego ou de que ele já esteja fincado em uma mente perturbada.

Ainda inédito no Brasil, Prego na Testa foi grande sucesso nos EUA com a interpretação do próprio autor. Duas de suas peças foram transformadas em filmes de grande impacto – Talk Radio e Suburbia (que já teve montagem paulista). Mestre em expor o ridículo da neurose urbana, desenha aqui vários tipos que vão do esquisito ao hilariante, sempre instigando a platéia a reações que vão da gargalhada à angústia.

A tradução e adaptação de Aimar Labaki além de situar aspectos da realidade brasileira reordena condições de ritmo e síntese a serviço da força poética de cada cena. Insere os personagens em contextos mais determinados, o que consolida o elo entre eles e deixa espaço para a interpretação fluir.

Patife Band – da 01h às 02h

Patife Band é uma banda formada em 1983 que mistura punk rock com composição dodecafônica e representa um dos expoentes do movimento que ficou conhecido como Vanguarda Paulista que se somou a um movimento global de inovações ocorridas na década de 1980, principalmente nos países mais industrializados, nas composições de gênero rock e punk rock incorporando métodos mais rebuscados e experimentais na métrica e ritmo das músicas.

Inicialmente formada por Paulo Barnabé (voz), André Fonseca (guitarra e voz), Sidney Giovenazzi (baixo e voz) e James Müller (bateria), teria já em 1984 o baterista substituído por Cidão Trindade. Paulo Barnabé foi quem, depois de experiências com o irmão Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção, montou o grupo.

O primeiro disco da banda foi lançado em 1985 pelo selo Lira Paulistana que ganhou destaque com a versão para o clássico da Jovem Guarda "Tijolinho", de Wagner Benatti. No ano seguinte, participaram da trilha sonora do filme "Cidade Oculta", de Chico Botelho, com a música "Pregador maldito". Em 1987 lançaram o LP "Corredor polonês", pela gravadora WEA, disco no qual a banda interpretou "Pesadelo" e "Tô tenso", "Teu bem" (regravada por Cássia Eller), "Chapeuzinho Vermelho", "Vida de operário" (de autoria do Excomungados e regravada pelo grupo mineiro Pato Fu).

Em 2002, a gravadora WEA relançou em cd o disco "Corredor polonês".

Em 2004 uma composição da banda foi incluída na coletânea "The sexual life of the savages", do selo londrino Souljazz.

Em 2005 a banda gravou o cd "Ao vivo" no "Festival DemoSul", em Londrina, com a formação atual Paulo Barnabé (voz), André Fonseca (guitarra e voz), Maurício Biazzi (baixo), Eduardo Batistella (bateria).

A formação atual da Patife Band conta com Paulo Barnabé (voz e bateria), Matheus Leston (sintetizador) e Paulo Braga (piano).

Clube do Improviso – das 03h às 04h

A Nósmesmos Produções Artísticas é uma companhia teatral de Itu que se especializou na linguagem de humor. Criada em 2003, por iniciativa dos atores Christian Hilário e Juliano Mazurchi, a Nósmesmos realiza atividades nas áreas de Teatro Empresarial, Infantil e Entretenimento, trabalhando junto a empresas em convenções e treinamentos, e em parceria com hotéis para divertimento dos hóspedes. Possui um excelente repertório de comédia composto pelo Espetáculo quase Artístico (2004); Por que os Homens Mentem? (2005); Todo Mundo Louco (2006); O Recruta (2007) e Os Babaccos (stand up comedy 2008).

O trabalho da Nósmesmos tem sido difundir a cultura do teatro para um maior número de pessoas, oferecendo uma nova opção de lazer para o interior de São Paulo.

OSESP – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – das 10h às 11h

Com mais de 130 apresentações anuais em sua temporada de concertos, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo -Osesp- é considerada hoje a mais destacada orquestra da América Latina.
Com uma programação abrangente que mescla as grandes obras da literatura musical internacional com primeiras audições mundiais e compositores brasileiros-, a Osesp traz ao Brasil alguns dos maiores solistas e regentes da atualidade.
Nos concertos que realiza na Sala São Paulo, sede da Orquestra, os 1500 ingressos esgotam-se em praticamente todas as apresentações e, ano após ano, as séries de assinatura disponibilizadas têm sua capacidade máxima alcançada.

Cia Furunfunfum em “O Meninotauro” – das 12h às 13h
Furunfunfum é a onomatopéia de um toque de sanfona, podendo significar também festa, bagunça, farra, folia... Para o grupo o teatro é um pouco como um baile de forró ou um show de rock'n roll , onde o calor e a participação do público fazem parte do espetáculo. Utilizam em suas montagens as mais variadas técnicas e estilos teatrais – música, canto, manipulação de bonecos, comedia dell’arte. O grupo existe há 16 anos e tem em seu currículo, 12 peças teatrais: Furunfunfum no Carnaval, Furunfunfum no Arrail, A Terra dos Meninos Pelados, Os Três Porquinhos, Rapunzel, Brincar com Palavras, O Macaco Simão e Outras Histórias e Outras Canções, O Flautista de Hamelin e O Circo do Seu Lé. Já ganhou inúmeros prêmios (APCA, Coca-Cola Femsa) e participou de vários festivais internacionais.

O Meninotauro pretende transportar espectadores de todas as idades para um lugar e tempo míticos, a Grécia Antiga. Será uma viagem repleta de mistério, magia, poesia e muito bom humor. Estarão em cena Paula Zurawski (atriz e música), Marcelo Zurawski (ator e músico), Thomas Howard (músico) e Douglas Felis (músico).

Fandango de Chilena dos Irmãos Lara – (porta do teatro) – das12h30 às 13h30

Com mais de 50 anos de história, o grupo fandango de chilena dos irmãos lara foi fundado em capela do alto, interior de são paul, pelo sr.francisco de lara. Mantendo a tradição dos nossos antepassados, tropeiros que vinham do sul do país trazendo tropas e mercadorias para as feiras de muares de sorocaba, o sr francisco de lara, hoje com 76 anos, ainda demonstra muita disposição para levar o grupo em frente. Após a sua primeira formação, o grupo atualmente conta com quatro gerações, sendo: pai, filhos netos e bisnetos e mais amigos para poder montar um time de 18 componentes, que se apresentam Brasil a fora!
A origem do Fandango de Chilena começou na descoberta do ouro, final do século 17, quando os bandeirantes estavam eufóricos a desbravar o país em busca de riquezas, momento em que surgem os tropeiros que viajavam meses no meio do mato, fazendo trilhas, até chegar ao lugar explorado. E quando caía a noite e a tropa resolvera descansar, sempre tinha um tropeiro com a viola nas costas disposto a por a turma toda pra dançar. Eis que surge o Fandango de Chilena. Chilenas são as esporas de grandes rosetas com astes arqueadas, responsáveis pelo barulho do sapateado.

Lado B – Repentistas do Corpo – das 14h às 15h

A banda Lado B foi formada há 5 anos, buscando uma sonoridade Pop / Rock no mercado nacional. Hoje com seu trabalho finalizado e a música " EU VOU " tocando em várias rádios da região metropolitana de Campinas.

Fandango de Chilena dos Irmãos Lara – (porta do teatro)

Yamandu Costa – 16h às 17h30

Considerado um dos maiores talentos do violão brasileiro, Yamandu Costa é uma referência mundial na interpretação da nossa música, que domina e recria a cada performance. Quem o vê no palco percebe seu incrível envolvimento, sua paixão pelo instrumento e pela arte. Sua criatividade musical se desenvolve livremente sobre uma técnica absolutamente aprimorada, explorando todas as possibilidades do violão de 7 cordas, renovando antigos temas e apresentando composições de intenso brilho, numa performance sempre apaixonada e contagiante. Revelando uma profunda intimidade com seu instrumento e com uma linguagem musical sem fronteiras, percorreu os mais importantes palcos do Brasil e do mundo, participando de grandes festivais e encontros, vencedor dos mais relevantes prêmios da musica brasileira.

2 comentários:

Bárbara disse...

Muito bem

Fabiana disse...

uma pena nao ter a virada cultural em campinas...
queria deixar uma sugestão
escute o trabalho deste pianista campineiro..é muiito bom
www.rodrigoandreiuk.com

beijo!