A fila para ver a Osesp domingo de manhã
Noves fora, quem pode negar que a Virada Cultural Paulista em Indaiatuba foi um sucesso? Talvez quem não conseguiu entrar no concerto da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) ontem de manhã. Era evidente que para garantir lugar era necessario chegar cedo, já que a Sala Acrísio de Camargo tem capacidade para uma setecentas e poucas pessoas. No entanto, teve gente que apareceu às 10h30 – quando a apresentação era às 10h - e reclamou que não entrou! No contraponto, o vice-prefeito Antonio Carlos Pinheiro, estava na fila como todo mundo, aguardando de de pé e debaixo do sol. Devia ser a regra, mas no país do “você sabe com quem está falando”, merece aplausos. E olha que teve funcionária pública graduada que deu piti com a secretária da Cultura, Erika Novachi, que apenas seguia o regulamento da Secretaria do Estado da Cultura: na Virada, quem chega mais cedo entra.
Para se ter um idéia, teve uma turma de Campinas que dormiu na porta do Ciaei e, de, manhãzinha, pediu para usar os banheiros para escovar os dentes e lavar a cara. Assim é a procura pela Osesp. Aí teve quem reclamou que o concerto poderia ser ao ar livre. Era essa a idéia inicialmente, até vir o roçamento para a montagem de um palco com as especificações e equipamento de som exigidos pela orquestra: mais de R$ 100 mil, mais do que a Prefeitura gastou em toda a infraestrutura da Virada. Descartado o concerto ao ar livre, restava o Ciei – onde a apresentação foi ao natural, sem amplificação - ou dizer para a Osesp “obrigado, deixa para a próxima”. É lógico que ninguém seria louco de dispensar a atração que todo mundo queria. O regente Wagner Polistchuk regeu praticamente o mesmo programa da Sala São Paulo esta semana: as Sinfonias no 6 em Ré Maior – Le Metin e no 8 em Sol Maior – Le Soir, de Haydn, e exertos de sinfonias sacras de Giovanni Gabrielli, as canzonas, que a sessão de metais executou nos corredores da Sala Acríso de Camargo. Belíssimo!
Lenine esquentou o início da madrugada no Parque Ecológico
Fiquei preocupado na abertura com Móveis Coloniais de Acaju, às 18h do sábado. O público presente conhecia mesmo o trabalhando da banda de Brasília, mas era meio decepcionante. Mas logo aquela área do Parque Ecológico foi tomada pelo povo que veio ver Marcelo Nova – numa apresentação ainda mais fraca que a do Casarão no ano passado – e o Dead Fish, com a indaiatubana Alien Groove de troco, que fez um show surpreendente entr eo progressivo e o fusion.
E entre os capixabas do Dead Fish e Lenine, a platéia mudou radicalmente, ainda que ainda mais gente tenha aparecido, enfrentando o frio de 15 graus à meia-noite. Desconfio que boa parte era de fora.
Fechei minha Virada Cultural com Yamandu Costa, mas como toda a programação da Virada de domingo no Ciaei atrasou, assisti um pouco da Chilena dos Irmãos Lara e dos Repentistas de Corpo. Mas a cereja do bolo era mesmo o violonista gaúcho, que apresentou com o violonista Nicholas Krassik e o contrabaixista Guto Wirtti músicas de seu novo CD, “Lida”.
Yamandú Costa e seus parceiros de lida
4 comentários:
Concerto com S é trash, hein Sensei? hahaha
O Lenine foi ótimo embora o frio.....e a Osesp é inesquecivel heehhe
beijs
Que horror! Um momento Groo, sorry...
Pra quem é fã do Marcelo Nova, a apresentação não foi fraca, pelo contrário...
Postar um comentário