quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O adeus de Guga


Nas "Previsões" que fiz no início do ano, brinquei com o fim de carreira de Guga Kuerten. É que o humor sempre tem esse lado cruel, mas que não pode esquecer jamais a importância desse atelta para o esporte brasileiro. Pode se dizer que, enquanto Maria Esther Bueno foi uma espécie de Friendereich do tênis brasileiro, o catarinense foi Pelé. A diferença foi a exposição e remuneração referente às épocas em que os dois atuaram. Três vezes campeã de Wimbledon e quatro em Forrest Hills (que era o US Open de então), a jogadora paulista não usufruiu da mesma fama e fortuna que Guga com seus três triunfos em Roland Garros. Por outro lado, se o tênis brasileiro não se aproveitou do fenômeno criado em torno de sua figura, a culpa não é dele, mas dos cartolas que mandam no esporte. Dificilmente haverá um esportista brasileiro com tantas qualidades fora de quadra como Gustavo Kuerten, um verdadeiro exemplo que foi desperdiçado como catapulta para um salto qualitativo da modalidade no País, como o que se vê hoje em dia na Argentina. O tênis mundial perde carisma, alegria e personalidade com sua aposentadoria.

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