quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O Poeta da Vila


Acabo de voltar da sessão do Cineclube Indaiatuba com o filme "Noel, O Poeta da Vila", de Ricardo Van Steen. Personagens e episódios célebres são meio "jogados" e o próprio personagem principal não foge de um "tipo", não conseguindo se tornar um "personagem" tridimensional. Não é tanto culpa do ator Rafael Raposo - escolhido por conta do physique du rôle - mas do roteiro e da direção, mais afeita a esteticismos que à condução do elenco.
A falta de uma mínima didática distancia os eventos do público mais jovem, e a opção pelos anedotário e episódios mais conhecidos não acrescenta ao que os mais velhos já sabem (como bem notou um dos participantes do debate). Se ao menos fosse seguido o caminho usado normalmente pelos americanos nas cinebiografias dos grandes compositores populares, canções como "Conversa de Botequim" e "As Pastorinhas" não teriam sido esquecidas.
Com todas as licenças poéticas e omissões, o "Por Toda a Minha Vida - Elis", exibido para muito poucos pela Globo, tinha muito mais de Elis Regina do que "Noel, o Poeta da Vila" tinha de Noel Rosa.

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