Renée Zellweger mata saudades de “Cold Mountain” em “Recém-chegada”
À espera da estréia mundial de “Transformes 2 – A Vingança dos derrotados” na próxima terça, o Multiplex Topázio traz amanhã duas estréias mornas: “Recém-chegada” e “Terra”.
O primeiro é uma comedia romântica estrelada por Renée Zellweger, ganhadora do Oscar de Atriz Coadjuvante por “Cold Moutain” e conhecida mundialmente pelo díptico “O Diário de Bridget Jones” . Ela é Lucy, uma bem sucedida executiva que recebe a missão de dirigir uma fábrica numa cidadezinha perdida numa região nevada dos EUA. Como a planta é a única atividade econômica do lugar, ela é recebida com um misto de deferência e desconfiança. Deferência representada pela sua secretária Blanche (Siobhan Fallon, de “Dogville”) e desconfiança da parte do líder sindical Ted (o dublê de ator e cantor Harry Connick Jr.). Na verdade, os desconfiados têm razão, uma vez que a gestão de Lucy visa a desativação da unidade, o que vai provocar o desemprego generalizado na cidade. Mas a jovem diretora, conquistada pela simplicidade dos habitantes e pelo bonitão local, vai lutar para impedir os planos da corporação. Veículo para a estrela Renée, que desde que foi engolida por Catherine Zeta-Jones em “Chicago” ficou reduzida a repetir Bridget Jones para sempre. E segundo quase todas as resenhas, a direção de Jonas Elmer não ajuda muito a modificar esse cenário.
“Terra” é a retomada dos documentários ecológicos pela Disney. Nos anos 60, a produtora de desenhos animados realizou inúmeros filme protagonizados por animais de verdade em seus habitats, vivendo situações reais de luta pela sobrevivência, evitando, é claro, cenas de morte do protagonista. Embora tente abordar espécias de quase todo o globo, o documentário se centra no movimento migratório de três famílias: uma elefanta e seu filhote, uma baleia e o filhote e uma família de ursos polares que sofrem com o aquecimento global. A direção é de Alastair Fothergill e Mark Linfield, especialistas em filmar a vida selvagem, mas o que era uma vertente quase exclusiva antigamente hoje é exaustivamente explorada pelos canais por assinatura Discovery, Animal Planet e NatGeo. Ou seja, pela insistência na mesma tecla esse tipo de produção corre o risco de banalizar mensagem ao invés de reforçá-la.
Ursinhos lutam pela sobrevivência em meio ao derretimento da calota polar em “Terra”
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