quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Atentado em Campinas

Granada é lançada contra prédio da Rede Anhanguera

Ataque foi feito por três homens ontem (21) à noite; artefato é de alto poder de destruição, segundo PM

22/01/2009 - 00h53 . Atualizada em 22/01/2009 - 00h57

Agência Anhanguera de Notícias

Viaturas policiais na Rua Dr. Roberto Thut, na Vila Industrial, após o atentado: área foi isolada para o recolhimento do artefato, que não chegou a explodir e será periciado
O prédio da Rede Anhanguera de Comunicação (RAC), em Campinas, na Vila Industrial, foi alvo de um atentado por volta das 21h de quarta-feira (21). As imagens do sistema de monitoramento eletrônico da empresa flagraram três rapazes. Na ação, eles quebraram uma janela com um martelo, atiraram uma granada e saíram correndo pela Rua Dr. Roberto Thut, fugindo em um carro, modelo Gol, da cor cinza, que os esperava próximo à esquina com a Avenida General Carneiro. O artefato bateu na janela, caiu na rua de paralelepípedos junto à calçada e não explodiu.

A Polícia Militar (PM) foi acionada, assim como o esquadrão antibombas do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Capital, que interditaram o local.

Segundo avaliações preliminares de policiais que atenderam à ocorrência, a granada é de uso militar, com alto poder de destruição. O dano provocado pela explosão desse artefato poderia atingir pessoas e objetos num raio de 200 metros. De acordo com o soldado PM Idalino Gomes da Silva, que por três anos trabalhou como especialista em explosivos no extinto grupamento Ações Táticas Especiais de Campinas (Atac), quem cometeu o atentado não sabia manusear uma granada. A conclusão se reforça pela maneira como o explosivo foi encontrado: com a alça de segurança quebrada, mas com o pino travado. Uma granada explode oito segundos depois do destravamento do pino. “Quem manuseou esse artefato, provavelmente, quebrou a alça de segurança, e saiu correndo pensando que fosse explodir quando caiu no chão”, avaliou.

A granada, no entanto, ainda será periciada pela equipe do Gate. Segundo os policiais, somente após essa análise será possível identificar o modelo e o grau de destruição da granada.

O caso será registrado no plantão do 1º Distrito Policial (DP) de Campinas. Segundo o delegado Rodrigo Galazzo, a apuração da ocorrência será comandada pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG). “O boletim de ocorrência será registrado no 1º DP como tentativa de dano qualificado com o uso de explosivo”, disse Galazzo.

Imagens do circuito de segurança da RAC mostram três rapazes, todos com boné, caminhando tranquilamente pela Rua Dr. Roberto Thut. Quando se aproximaram do prédio, eles se dividiram. Dois seguiram para o início da rua e um deles se aproximou da janela. A ação foi rápida. Em questão de segundos o vidro foi quebrado e a granada arremessada. Em seguida, os três correram em direção ao carro estacionado na esquina da Avenida General Carneiro.

Segundo testemunhas, os três, no caminho em direção ao prédio, diziam “vamos acabar com eles”. Cerca de três horas após o atentado, quando a polícia ainda aguardava nas proximidades da RAC a chegada do esquadrão antibombas, a telefonista da empresa recebeu uma ligação com uma ameaça. “Esse é apenas o começo”, disse uma voz feminina.

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Numa cidade onde até um prefeito foi assassinado no meio da rua, era só o que faltava.

Um comentário:

Anônimo disse...

precário.