quarta-feira, 29 de abril de 2009

Em cartaz

divã

Lília Cabral e Reinaldo Gianecchini em “Divã”

Nas estréias da semana, embora os holofotes estejam voltados á estréia mundial de “X-Men Origens: Wolverine”, o destaque da programação do Multiplex Topázio é mesmo o nacional “Divã”, que conseguiu a proeza de derrubar “Velozes e Furiosos 4” do topo das bilheterias, e na segunda semana de exibição. Isso significa que a comédia de José Alvarenga Jr, de “Os Normais – O Filme” – subiu no “boca-a-boca”, o que sempre é um bom sinal, especialmente se tratando de um produto brasileiro.

O filme se baseia em uma peça da gaúcha Martha Medeiros e que ficou três anos em cartaz tendo Lília Cabral como protagonista. A atriz ajudou a escrever o roteiro da adaptação para o cinema e repete a parceria com Alexandra Richter nos palcos. Para incrementar a versão para a telona de uma história voltada para mulheres, nada como escalar três símbolos sexuais masculinos: José Mayer, Reinaldo Gianecchini e Cauã Reymond.

Lília é Mercedes, uma mulher de 40 e poucos anos que está casada há 20 com Gustavo (José Mayer). O casamento é estável, bem como o relacionamento com os filhos. Quando ela começa a freqüentar sessões de terapia - está aí o motivo do nome da obra -, Mercedes resolve se reinventar. Começa a sair com um bonitão mais novo (Reynaldo Gianecchini), pede o divórcio, compra novas roupas. O carisma de Lília – que smpre rouba as cenas nas novelas que participa – aliado a uma história que fala diretamente com as mulheres são dois dos elementos que fazem o sucesso inesperado de “Divã”.

wolverine

Ele é o melhor no que faz, mas o que ele faz não é nada agradável

Amanhã estréia no mundo inteiro “X-Men Origens: Wolverine” que, como o título diz, conta a origem do mutante mais popular do universo Marvel. Além do próprio Logan – para quem não sabe, o nome civil de Wolverine – reaparecem outros personagens da franquia, mas interpretados por outro atores. Só Hugh Jackman volta a encarnar o super-herói que o tornou mundialmente famoso. Felizmente, o australiano não é ingrato com ele e reconhece que sua carreira é outra após a trilogia X-Men.

O filme se aventura a contar o que os quadrinhos tentaram explicar durante anos, como surgiu a Arma X, outro apelido de Wolverine. Ele nasce com o chamado Fator Cura, o que faz com que em algumas versões dos quadrinhos ele tenha alguns séculos de vida. Parece não ser o caso aqui. Também tem as famosas garras retráteis, originalmente de osso mesmo mas que em sua conversão em Arma X pelo coronel William Stryker (o mesmo vivido por Brian Cox no segundo filme e agora assumido por Danny Huston) é revestido por Adamantium, assim como o resto do esqueleto. Para vocês, leigos em Marvel, devo explicar que Adamantium é o material mais resistente do mundo de que é feito também o escudo do capitão América (será que o filme dele sai?).

Pois bem, além de Stryker, outro que sacaneia Wolverine é Victor Creed (no primeiro X-Men vivido pelo lutador Tyler Mane e aqui encarnado por Liev Shreiber). Ele tem o mesmo fator cura e sentidos animais de Logan e acaba matando a namorada deste, fato que faz com que nosso herói busque vingança.

Há algumas semanas, uma versão dita inacabada do filme vazou na Internet, meio a exemplo de “Tropa de Elite”. Já deve ter virado DVD pirata em Beijing e Mumbai. Achei o blog de uma marvelete fanática que viu e não gostou e de outro multiblogueiro que adorou mas recomenda a todos ir ao cinema ver a versão finalizada. Dizem que faltam melhorar os efeitos, mas a metragem é a mesma do filme que estréia semana amanhã, que, alías, Érico Borgo, do Omelete, viu oficialmente e não gostou…

O diretor é o sul-africano Gavin Hood, que tem a seu crédito o vencedor do Oscar de Filme Estrangeiro de 2005, “Infância Roubada”, e “O Suspeito”, um suspense sobre abusos cometidos pelas forças de segunrança dos EUA contra um egípcio que passou meio batido por aqui, apesar de ter Meryl Streep Reese Witherspoon e Jake Gyllenhall no elenco.

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