Quinta-feira tive o prazer e o privilégio de jantar na companhia de Zuza Homem de Mello, Ercília Lobo, Kleber Patrício e Adriano Sordilli no Le Triskell. Durante o bate-papo, o crítico e produtor musical falou sobre o fenômeno Susan Boyle e, como quase todo mundo, se emocionou no Youtube com a apresentação do “patinho feio” no programa “Britain’s Got Talent”. É o mesmo formato do “American Idol” e o principal atrativo é a humilhação pública do próximo e não a possibilidade da descoberta de um real talento. Para Zuza, em apenas um compasso Susan demoliu não apenas preconceitos, mas todo um sistema de show business voltado para a aparência e não ao conteúdo. Cantoras pré-fabricadas que são julgadas mais pela forma física que pela voz ou interpretação, toda a indústria fonográfica – já em xeque – desmoralizada por uma inglesa feinha e malvestida de 47 anos. Até corações mais duros e cínicos se derreteram naquele momento único de enredo hollywoodiano da vida real. Ela foi objeto de dois artigos somente na Folha de S. Paulo esta semana, de João Pereira Coutinho na terça e Contardo Gagliaris na quinta. Zuza disse que teve vontade de escrever algo logo que assistiu Susan, mas ficou com preguiça. Acho que uma avaliação dele sobre o fenômeno Susan Boyle nunca será dispensável, mesmo que quase todo mundo já tenha comentado. Você ainda não viu? Vá no Youtube e digite Susan Boyle. Já tem até versão legendada em português.
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