Amanhã, sexta-feira 13, será lançado no circuito brasileiro - inclusive Indaiatuba - o remake de “Sexta-Feira 13”, o filme de terror que gerou um franquia com mais de 10 produções. É curioso lembrar que o emblemático Jason Voorhees só se tornou o assassino imortal na segunda parte, e a máscara de hóquei só surge na terceira. Junto com Mike Myers e Freddy Krueger formou a santíssima trindade do gênero horror dos anos 80. O primeiro “Halloween”, de John Carpenter, e o primeiro “A Hora do Pesadelo”, de Wes Craven, ainda eram bons, mas nenhum “Sexta-Feira 13” foi particularmente memorável, cinematograficamente falando.
Na década passada, o gênero entrou em declínio, e ninguém acreditava que ressurgiria após sua dissecação pela franquia “Pânico” e do sucesso da pornografia da violência inaugurada por “Jogos Mortais”. Mas após o êxito da refilmagem de outro ícone do gênero, embora uma década mais antigo – “O Massacre da Serra Elétrica” – Hollywood percebeu que os slasher movies poderiam render ainda.
Assim, o jovem diretor que reviu o clássico de Tobe Hopper, Marcus Nispel, assumiu a tarefa de ressuscitar pela enésima vez o serial killer da máscara de hóquei. E se saiu bem, ao menos nas bilheterias, com US$ 60 milhões arrecadados até agora só nos EUA contra um orçamento de apenas US$ 16 milhões.
Um bom truque foi escalar jovens atores iniciantes no cinema mas cujos rostos são conhecidos da TV. Jared Padalecki começou como namorado de Alexis Bledel no cult-mulherzinha “Gilmore Girls” mas logo se especializou em caçar assombrações ao lado do irmão em “Sobrenatural” (Supernatural, para quem acompanha pela Warner). Danielle Panebaker foi a filha de James Woods no seriado “Shark” (que passa na Fox no Brasil) e de Kevin Costner no filme “Instinto Secreto” e Amanda Righetti esteve no seriado intertemporadas “The Mentalist” (que ainda passa na Warner brasileira).
Na nova história, Clay Miller (Padalecki) tenta encontrar sua irmã desaparecida (Amanda) e resolve ir à sombria floresta do lendário Crystal Lake, onde esbarra nos vestígios de velhas cabanas apodrecendo por trás de árvores cobertas por musgo. Contra as recomendações da polícia e os avisos dos habitantes locais, Clay vai atrás das poucas pistas que tem, com a ajuda de Jenna (Danielle), uma jovem que ele conhece em um grupo de faculdade que pretende passar um emocionante fim de semana no local. Mal sabem eles...
Algo a favor do diretor Nispel é que ele se lixou para os censores americanos e trouxe de volta seios e sacanagem que eram a marca registrada desse tipo de filme nos anos 80. Nos EUA, cabeças cortadas tudo bem, mas pagar peitinho eleva a classificação para 13 anos. Como reza a cartilha de “Pânico”: fazer sexo e fumar maconha é pedir para ser retalhado pelo assassino em série.
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Meu colega Fábio Alexandre me corrige e diz que "Sexta-Feira 13" estreou no Brasil na sexta-feira 13 de fevereiro, portanto, um mês atrás.
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