quarta-feira, 11 de março de 2009

Prevenir não custa


Túlio do Couto, Maria Ines e Valdir de Carvalho no lançamento da Campanha de Prevenção dos Defeitos do Tubo Neural em Indaiatuba

O Grupo de Atuação Brasileiro para Realização de Transplantes Infantis e Estudo do Tubo Neural (Gabriel) lançou hoje a 1a Campanha de Prevenção dos Defeitos do Tubo Neural em Indaiatuba, em um café da manhã para a imprensa na Padaria Suiça.
Trata-se de um problema gravíssimo que está sendo considerada apela classe médica como "epidemia" (embora não seja doença contagiosa) pelo elevado índice de incidência, sendo, no entanto, de fácil prevenção.

Os defeitos do tubo neural são basicamente dois. A Anencefalia, que é a ausência de cérebro no feto, é considerada a única malformação pré-natal incompatível com a vida. Se você pensou na menina Marcela, que sobreviveu várias semanas e deu munição aos grupos anti-aborto, tratava-se na verdade de uma microencefalia, ou, formação de apenas uma parte mínima do cérebro. O próprio conceito de fim da vida é a morte cerebral, quando o mesmo já não funciona, logo, sem cérebro, não há vida possível, ao menos nos animais.

Já a Espinha Bífida é quando a coluna vertebral não se forma direito, deixando a parte inferior da medula exposta. Uma cirurgia corretiva é inevitável, mas pela delicadeza do tecido, as sequelas variam das malformações ortopédicas (pés tortos, luxações de quadril, cifoses), dificuldades para controlar a bexiga e intestinos, incluindo-se a hidrocefalia.

Toda essa tragédia é facilmente evitada pela reposição do ácido fólico, fundamental para a formação do sistema nervoso do feto. A presidente do Gabriel, Maria Inês Toledo de Azevedo Carvalho, foi vítima dessa falta de informação, tendo perdido dois filhos por anencefalia. Somente na segunda gestação é que ouviu pela primeira vez do médico sobre a necessidade da reposição do ácido fólico, que no seu caso particular, era mala absorvido pelo organismo. Segundo o médico e vereador Túlio Tomass do Couto, autor da Lei que insitui a campanha de prevenção no Município, a descoberta do papel dessa vitamina para a formação do DNA do feto é recente, coisa de 10 a 15 anos, daí a desinformação na época.

Mesmos sendo adicionado por lei à farinha de trigo, o ácido fólico é uma substância hidrossolúvel, que não se acumula no organismo e que, portanto, precisa ser constantemente reposta no organismo de mulheres em idade fértil. Após a formação do feto, sua ingestão é inútil, daí a importância da correta informação para evitar as graves conseqüências de sua carência.

Saiba mais no site do Gabriel.

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