Clint dá uma aula ao garoto sobre ser homem na América, num dos raros momentos cômicos de "Gran Torino"
Surpreendentemente, "Gran Torino" emplacou a segunda semana de exibição em Indaiatuba, dando aos cinéfilos a chance de assisti-lo no fim de semana prolongado do Dia do Trabalho. É mais um grande filme de Clint Eastwood, e se for mesmo seu canto do cisne como ator, está no nível da despedida de John wayne em "O Último Pistoleiro", dirigido por Don Siegel, o cara que que ajudou Clint a criar um de seus personagens mais famosos, o inspetor "Dirty" Harry Callahan, em "Perseguidor Implacável".
Walt Kowalsk é quase como um Dirty Harry envelhecido, e ao invés das matanças contra meliantes trouxesse na bagagem a experiência da Guerra da Coréia. Tenta ser uma "ilha" da velha América num oceano de indecência, decadência moral e imigrantes estrangeiros, com seu gramadinho com gnomos, sua bandeira americana hasteada e seu Gran Torino 72 que quase não sai da garagem. Quando finalmente "adota" seus vizinhoz hmong contra o assédio da gang de marginais, suas atitudes são do velho Dirty Harry - incluindo aí o olhar que ainda intimida apesar de vir de um senhor de quase 80 anos. Só que no mundo de hoje, a violência não é solução contra a violência, e ele descobre isso de forma trágica.
No confronto final, que remete os diversos filmes policiais e faroestes que protagonizou, ele encara sozinho seus inimigos. Com o dedo como revólver, ele "atira" em cada um deles, como se fosse o pistoleiro de "Os Imperdoáveis" lembrando como antigamente esta era a solução para o problema. Hoje em dia, a resposta será mais complexa, e difícil. Dirty Harry e o Estranho Sem Nome evoluíram, mas continuam machos para caralho...
Um comentário:
É o filme é muito bom.
Acredite, se o Kimura falou que é bom .. é pq é mesmo, tanto que até ficou mais uma semana em cartaz ...
Eu adorei o filme...
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