A mesma coisa vale para a recente Lei Anti-Tabagismo do governador Serra, considerada anticonstitucional por diversos juristas, já que decidir sobre substâncias ilegais é tarefa do governo federal e decidir sobre locais em que é proibido o consumo delas é da Prefeitura. Aí a gente se pergunta, então para que é que servem as caríssimas Assembléias Legislativas dos Estados, já que há pouco campo de manobra para que elas legislem e a maioria das casas – caso de São Paulo – não fiscalizam os atos do Executivo, mas apenas os avalizam? Para que é que serve – meu Deus! – um escritório do deputado estadual Rogério Nogueira em Indaiatuba e outro em Salto, como noticiado pela Tribuna de Indaiá esta semana?
Mas voltando ao assunto em questão, o problema é: se existe uma grande área suficiente na Cidade Nova, porque não construir as ditas casas populares lá mesmo, e não no Jardim Camargo Andrade, que fica do outro lado da rodovia? O próprio prefeito Reinaldo Nogueira (PDT) e seu secretário da Habitação Gervásio Aparecido da Silva, não eram contra o conjunto Veredas da Conquista porque era muito longe? Então por que não fazer a primeira iniciativa habitacional desta administração na Cidade Nova, bem perto do Centro? Entrará na equação a proximidade com os prédios de classe média alta do bairro e sua possível desvalorização com a implantação de um conjunto popular?
Outro projeto que deu “pano pra manga” foi o que autoriza a contratação do consórcio intermunicipal para a usina de lixo. Para Linho, o projeto não está previsto no Plano Plurianual, não tem previsão orçamentária, relatório de impacto ambiental nem financeiro. Para o líder Cebolinha, o que estava sendo aprovado era apenas “a autorização para o nascimento do consórcio, a possibilidade do consórcio”.
Se por um lado, Linho se adiantou um pouco nas cobranças, porque em tese é o consórcio com outras cidades que vai estabelecer os parâmetros do projeto e a empresa que vai executá-lo, por outro é preciso garantir que serão mesmo feitas as audiências públicas para explicar à comunidade que o que estamos comprando é mesmo tão maravilhoso quanto o que estão vendendo.
Uma hora antes da sessão, o prefeito Reinaldo Nogueira e o secretário de Urbanismo e Meio Ambiente, Nilson Alcides Gaspar, fizeram uma reunião com os vereadores – menos Linho, que por uma falha de comunicação não compareceu – sobre a viagem que ambos fizeram à Europa para conhecer sistemas similares ao que se pretende implantar aqui. Essa exposição poderia ser feita também à imprensa e entidades do ramo, como Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Indaiatuba (Aeai), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Associação Paulista de Medicina (APM) para que todos possamos nos maravilhar como os vereadores que assistiram à exposição (mesmo que, aparentemente, poucos tenham entendido direito).
Após intensos debates, principalmente entre Linho e Cebolinha, a sessão acabou em palavra-livre, usada apenas pelo petista, que desta vez foi breve mesmo e subiu ao microfone para criticar as interdições feitas para as obras contra enchentes na Cidade Nova, executadas diretamente pela empresa contratada com a omissão do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran). Comerciantes e moradores ficam á mercê da boa vontade ou não de engenheiros e mestre de obras, quando esse tipo de decisão cabe ao órgão municipal.
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Como me corrigiu Cynthia Santos, o Camargo Andrade fica atrás da Cerâmica Indaiatuba e não do outro lado da rodovia.
Um comentário:
Não entendi a parte do Camargo Andrade ficar do outro lado da rodovia... Camargo Andrade fica atrás da Cerâmica Inddaiatuba. Oliveira Camargo fica do outro lado da rodovia...
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