Enquanto todos vereadores vão de copo de água do Saae, Bruno Ganem mata a sede com o misterioso conteúdo de um vasilhame que trouxe de casa
Linho pede “uma questão de ordem” para saber o que é que o colega Bruno bebe durante a sessão (é brincadeira, hein?). Parece que é chá . Verde, é claro.
Ao menos um projeto polêmico entrou ontem na Câmara, entre tantas indicações e moções habituais.É o que autoriza a Prefeitura a contratar um Consórcio Intermunicipal para a gestão ambiental de resíduos sólidos integrada, ou seja, para implantar a usina de processamento de lixo em consórcio com Salto, Monte Mor e Elias Fausto. A proposta do Executivo só foi citada na palavra livre por Carlos Alberto Resende Lopes, o Linho (PT), muito embora corresse entre os vereadores um requerimento de urgência para a sua votação, que acabou não sendo apresentado. Linho disse que, apesar de necessária, essa usina de lixo precisa ser discutida com a sociedade e do jeito que estava era um “cheque em branco’ na mão da Prefeitura. “Todas as pessoas que enviam e-mails, cartas às redações de jornais e ligam para a Rádio Jornal teêm que comparecer à Câmara para debater o assunto com os nobres colegas”, invocou. Ainda na palavra-livre, Linho falou de uma suposta relação de amor entre o prefeito Reinaldo Nogueira (PDT) e a concessionária Rodovias das Colinas, que seria confirmada pelo pedido feito em reunião com o secretário estadual de Transportes, Mauro Arce, para que a Colinas asfaltasse a SP-73 e transferisse o pedágio do Jardim Brasil para aquela rodovia, sem licitação. Para reforçar seu argumento, ele apontou um edital da Prefeitura para contratação de empresa especializada na prestação de serviços de segurança, apoio à administração e implantação de engenharia de trânsito, voltada ao sistema viário urbano do Município, ou seja, em princípio, radares. Só que entre os equipamentos pedidos, estão detetor de eixos, que normalmente só são pedidos por empresas que administram rodovias, para praças de pedágio que, como se sabe, é cobrado por eixo de cada veículo. O vereador falou ainda de leu na imprensa que alguns carros da cidade passam pelo praça de pedagio da SP-75 sem pagar, mas esse benefício já era conhecido, tendo sido concedido para os moradores do Jardim Brasil na época da implantação do pedágio de bloqueio em seu bairro, e que agora o prefeito pretendia estender aos moradores que adquiriram veículos após aquele acordo. Acordo lembrado por Luiz Alberto “Cebolinha” Pereira (PDT), em sua resposta a Linho, em cuja carta de intenções constava a pavimentação da SP-73 pela Colinas, e que atá agora estaria à espera do parecer do Ministério Público.
O petista recordou ainda o discurso do deputado estadual Rogério Nogueira (PDT) na sessão de posse de vereadores e prefeitos, em resposta à fala do próprio Linho, “tecendo loas” ao governo estadual em relação à segurança pública, enquanto na semana passada ele e o irmão foram a uma reunião com o secretário da pasta Ronaldo Marzagão para cobrar providências sobre a Cadeia Feminina e envio de mais policiais à cidade e acabaram sendo surpreendidos pela exoneração do mesmo no dia seguinte. “E a segurança”, emendou, “continua na mesma”.
Entre as indicações, chamou a atenção a do Adalto Missias (PDT), que pede a volta do vencimento da conta de água (não de luz, como escrevi antes) do atual dia 20 para o dia 30. Segundo o vereador do restaurante, muita gente tem se queixado que no dia 20 já está sem dinheiro para cumprir o compromisso. E isso melhora no dia 30? Cebolinha propos a regulamentação da lei de sua autoria que proíbe queimadas no Município e pediu conpensação aos comerciantes prejudicados pelas obras contra as enchentes, na forma de desconto no IPTU ou no alvará. Linho fez uma indicação em pareceria com Agostinho Junior (PPS) para que a Prefeitura coloque em funcionamento a Usina de Leite “Vereador Algemiro Elotarco Barnabé”, a despeito dela ter sido inaugurada pelo ex-prefeito José Onério sem condições de operar. Segundo Linho, seria bom superar diferenças políticas e completar uma obra que beneficiaria diversos produtores de elite da zona rural, além de prestar homenagem ao emérito vereador falecido.
Nas moções, curiosidades como a de pesar pedida por Helton Ribeiro (PP) pelo falecimento do deputado federal Clodovil Hernandes, e o de consenso de todos vereadores pelo 1o aniversário de morte da radialista Aydil Bonachella, que não constou da pauta distribuída à imprensa (esqueceram dela?). Celso Moreira Rocha Filho (PDT) congratulou a Igreja do Ministério Plenitude de Indaiatuba pela comemoração de seu quinto aniversário; Linho pela passagem de 15o aniversário da fundação da Casa da Providência.
Foram votados e aprovados os projetos do Executivo que autoriza repasse de recursos financeiros em prol da Casa da Criança Jesus de Nazaré, da Casa da Providência e Apae; e também o que autoriza o pagamento de premiação em dinheiro aos vencedores do Festival de Música. Também foram aprovados os projetos de Túlio Tomass do Couto (PPS), que declara de utilidade pública a Aviva Indaiá - Agência de Desenvolvimento Econômico de Indaiatuba; e de Cebolinha, que dispõe sobre a realização de campanha sobre esclarecimento sobre diagnóstico da dislexia Outro projeto dele, para obrigar que sejam instalados hidrômetros em todas unidades residenciais, sejam apartamentos, sejam casas em condomínios horizontais, foi retirado pelo autor por problemas técnicos apresentados pelo Saae. O vereador reconheceu que deveria ter se informado melhor com a autarquia antes de fazer o projeto. Outro projeto de Cebolinha, que obriga a apresentação de receita médica para ministrar medicamentos a crianças das creches municipais teve um pedido de emenda por Linho.
Túlio teve aprovado seu projeto que denomina Rua Antônia Nascimento de Lima um logradouro do Jardim Figueira. Foi só no aparte de Celsinho Rocha que ficamos sabendo que a senhora em questão era a mãe do ex-delegado Ricardo de Lima, que parece nem ter nascido em Indaiatuba.
PS: O vereador Bruno Ganem teve a gentileza de comentar a respeito da água na garrafa (leiam em comentários). Todos nós, jornalistas, esperamos a mesma preocupação com o meio ambiente quando o projeto da usina de lixo entrar em discussão.
5 comentários:
Se o Bruno levou esse recipiente (reutilizável) para colocar água em vez de usar copinhos plásticos (lixo ambiental) ele está de parabéns! Essa é uma atitude 100% correta em 10 entre 10 empresas em que há sistemas de gestão ambiental ou mesmo boas práticas relacionadas ao assunto "mei ambiente".
O gente...esse negócio de usina de lixo em conjunto com outras cidades é um ótimo projeto SOMENTE (SOMENTE - SOMENTE- SOMENTE- SOMENTE - não canso de escrever e falar isso) se o gás metano for usado como fonte de energia. Somente - somente - somente - se for assim. Caso contrário vamos começar a contar agora aquela musiquinha "o povo unido, jamais será vencido"
Ouvi dizer que a água nos gabinetes está racionada. São 24 copinhos por semana. Levando-se em consideração que 3 assessores e um vereador trabalham em cada gabinete, temos seis copos para cada, semanalmente. Isso se não receberem visitas... rsss...
Será que há o mesmo rigor para o combustível?
Olá,
O motivo do uso da garrafinha é a redução no volume de lixo gerado (a garrafa é reutilizável). Aliás, cabem algumas considerações:
- A água do copo é às vezes do SAAE e às vezes a água mineral Lindoia. Ambas de excelente qualidade.
- O limite de 24 copos por gabinete não é considerado nas sessões. Além disso, a minha cota de copos nunca foi atingida após a adoção da garrafinha ecológica.
- O conteúdo da garrafa é a água do SAAE, retirada do bebedouro (filtro) da câmara.
- Na última sessão, a minha garrafinha gerou uma economia de 5 copos plásticos.
- Continuarei utilizando a garrafinha e o Dr Helton já falou que também irá aderir.
- A água que eu coloco nela estará sempre com água - nada mais - eu prometo! :)
Um abraço,
Bruno
O Projeto do Lixo, embora pareça a solução de todos os problemas, precisa ser melhor discutido, primeiro porque nem se sabe com será implantado isso, segundo é a privatização do lixo que hoje é terceirizado a coleta, e aí entra muitas questões, como quanto vái custar essa ousadia? Haverá passivo ambiental? A tecnologia usada é segura? Enfim a população e especialistas ambientais precisam participar dessa discussão.
Janio Ribeiro
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