quinta-feira, 24 de abril de 2008

Cineclube na próxima terça, dia 29


"Jogo de Cena", de Eduardo Coutinho, considerado um dos melhores filmes exibidos no Brasil no ano passado - incluindo aí nacionais e estrangeiros será o cartaz do Cineclube Indaiatuba no próximo dia 29, terça-feira. Como sempre, a sessão será às 19h30 (com algum atraso...) seguido de debate com o público coordenado por este que vos escreve e Antônio da Cunha Penna. O ingresso único é R$ 4,00. Mês passado, assisti o filme numa retorspectiva do Espaço Cultural CPFL, em Campinas, e escrevi o post abaixo.

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Acabo de voltar da sessão de "Jogo de Cena", no Espaço Cultural CPFL, que está promovendo uma retrospectiva dos melhores filmes de 2007, com curadoria do crítico João Nunes (o que significa que as escolhas são dele). É um misto de documentário e ficção, um exercício em que vida real e arte dramática se encontram e se confundem. A partir de um anúncio publicado em jornal, o diretor Eduardo Coutinho filmou depoimentos de 23 mulheres, que depois foram selecionados e enviados a algumas atrizes para interpretar suas histórias, como uma leitura dramática. Quando Andréa Beltrão, Fernanda Torres e Marília Pêra entram em cena, é claro que sabemos que estamos diante da dramatização, ainda mais quando personagem e intérprete se alternam na seqüência. As três consagradas atrizes falam da dificuldade de interpretar um personagem real sem cair na mimetização e discutem suas técnicas, como uso da memória pessoal e pequenos truques como o cristal japonês, usado para provocar lágrimas e que a grande Marília Pêra não se envergonha de mostrar e se dispor a usar se o diretor exigir choro molhado em cena.

Fernanda enfrenta grande dificuldade em interpretar uma garota com 20 anos menos enfrentando o fim da juventude por conta de uma gravidez precoce. Por outro lado, os momentos mais fortes do filme é quando uma mulher conta a história de abandono conjugal e a perda do filho, e mais à frente, quando outra relata a mesma coisa e descobrimos que a primeira era uma atriz. Ou não?

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