terça-feira, 29 de abril de 2008

No Limite


Depois de ter sido desmentido veementemente pela atriz Leila Lopes, o filme de sexo explícito estrelado por ela foi oficialmente anunciado pela produtora Brasileirinhas. Trata-se de um marco na indústria de entretenimento adulto no Brasil: nunca antes uma atriz de certo destaque na TV se aventurou em cenas de sexo explícito.

Aos 38 para 39 anos, sem trabalho na televisão desde 2000, quando fez "Marcas da Paixão" na Record, a ex-professora Lu de "Renascer" ex-fogosa Suzane de "O Rei do Gado" - seus papéis mais marcantes na Globo, Leila andou aparecendo em programas de entrevistas relatando um acidente de carro sofrido em 1999.

Mas o que eu queria comentar é sobre a linha cada vez mais tênue entre o cinema convencional e o pornográfico. Carlos Reichambach afirma que Lars Von Trier faz filmes pornôs com pseudônimo; não por dinheiro, mas pela possibilidades que o sexo explícito oferece. Outro transgressor da Sétima Arte, Peter Greenway, afirmou em sua passagem pelo Brasil que gostaria de rodar pornografia em São Paulo.

No campos dos atores, houve quem viesse do lado de lá para cá, como Tracy Lords, protagonista do maior escândalo da industria pornográfica dos Estados Unidos na década de 80 após a descoberta de que ela rodou mais de 50 filmes de sexo explícito com menos de 18 anos. Depois dessa fase de sua carreira, ela chegou a filmar com John Waters, a ter papéis em superproduçõs como "Blade" e até em seriados "família" como "Gilmore Girls". Já Rocco Siffredi, chamado de "Rei do Pornô" italiano, estrelou em 2004 "Romance", da cineasta "séria" Catherine Breillat, que disse ter escrito o papel especialmente para o "astro de 24 centímetros".


Se o trabalho da nossa Leila Lopes será um marco do cinema hardcore? Sei que tem gente com formação cinematográfica trabalhando atrás das câmeras da indústria pornográfica nacional, mas pela performance exibida pela ex-global na entrevista acima, duvido muito.

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