segunda-feira, 31 de março de 2008

Um belo filminho


Acabo de ver "Juno", o filme independente americano do ano, repetindo no Oscar o que "Pequena Miss Sunshine" foi no ano passado (mais ou menos, faltou o premio para atuação que Alan Larkin faturou pelo papel do avô lokão).

Teve quem achou muito barulho por nada, mas ele me agradou muito, principalmente pelo artesanato delicado com que Jason Reitman ("Obrigado por Fumar") conduziu o premiado roteiro de Diablo Cody. O elenco é muito equilibrado - aproveitando até o fato de Jennifer Garner ter acabado de ser mãe - mas quem carrega o piano é a jovem, lindinha e talentosa Ellen Page ("Menina Má.com", "X-Men 3"). Ao mesmo tempo que ela é esperta e descolada, também tem as incertezas, paixões e pitis de adolescente. Sua conexão com o adulto-garoto de Jason Bateman deflagra a crise conjugal com a estruturada e controladora esposa interpretada por Jennifer. Ao mesmo tempo, Juno é mais madura que seu "ficante" feito por Michael Cera, e só percebe que o ama quando o pai lhe dá umas dicas.

Enfim, nada muito profundo, mas é, ao mesmo tempo, cheio de vigor. Revelou uma roteirista de talento, consolidou um diretor criativo e espero que permita vôos mais altos à atriz principal.

2 comentários:

Anônimo disse...

É triste a dependência, mas eu já estou dependente deste blog. É como acordar pela manhã e não ter café com pão: enlouqueço. Juno é tudo isso que vc falou, mas há algo mais intrigante nele. Reflete a máxima atual de que TODOS têm a obrigação de virar adolescentes pra sobreviver nos dias atuais.E isto tem deixado um tantão de adultos amargos, desesperados, irritados, por cometer erros típicos da adolescência. Sem contar que algumas pessoas nunca saem dela, né? Quanto a Juno, eu realmente adorei a música, que dá vontade de cantar e dançar o tempo todo, já que feita por um especialista em jingles. Ou seja: pra te pegar mesmo, sem dó, pelos pés e os quadris! Acho que Diablo resolveu açucarar um pouco o que tinha de desgraça na cabeça dela. Mas, tudo bem! Particularmente, adorei as gírias pq algumas eu realmente nao conhecia e ria sozinha na poltrona... Resumo da ópera: cinema, em qualquer circunstância, é cultura. Beijos,

Simone Santos

Anônimo disse...

Gostei do filme. Ri e chorei. Mas confesso que fiquei um pouco "chocada" com a naturalidade com que pais, madrasta e filha lidam com a "doação" do bebê para a outra família. Por outro lado, antes dar a criança para alguém que realmente a deseja do que matá-la no útero.