domingo, 1 de junho de 2008

Encerramento de gala


Se o Maio Musical 2008 foi algo ofuscado pela Virada Cultural Paulista, ao menos no encerramento com César Camargo Mariano o principal evento promovido pela Secretaria de Cultura de Indaiatuba voltou a dizer a que veio.


Num Ciaei lotado - apesar do último capítulo da novela da Globo, como lembrou o próprio artista - ele abriu o espetáculo com uma versão rebuscadíssima, porém lírica de "Carinhoso". Em seguida, emendou o clássico "Da Cor do Pecado", de Bororó. Ele lembrou a morte anunciada naquela manhã do compositor e produtor da Bossa Nova Walter Santos, e executou um tema dele, "Amor, meu grande amor". Depois ele recordou seu grande disco "Samambaia", gravado no início dos anos 80, junto com o guitarrista Helio Delmiro, tocando a música-título (e contando a deliciosa história do porque do nome) e "Curumim".


Antes de "Setembro", ele lembrou ao público que o autor Ivan Lins e considerado em todo o mundo um dos cinco maiores compositores populares vivos - menos no Brasil. No mesmo bloco, ele tocou "Ah, tem dó", de Vinícius e Baden Powell, o que provocou uma reação de satisfação em uma espectadora na primeira fila.


Seguindo o didatismo do show, ele apresentou as duas músicas seguintes contando histórias sobre seus autores, no caso Luis Bonfá ("Gentle Rain") e Johhnny Alf ("O que é amar"). Do primeiro ele lembrou que foi um violonista pré-Bossa Nova que acabou sendo cooptado ela indústria da música dos Estados Unidos, onde se radicou; e do segundo revelou que foi seu mentor e praticamente irmão mais velho.


Encerrando a aula de música, Mariano tocou uma versão brasileiríssima de "I can't help it", de Stevie Wonder, e "Cristal", de sua própria autoria.


O inevitável bis após a explosão de aplausos atipicamente indaiatubanos no final foi com "Wave", de Tom Jobim, com um elaborada introdução antes do tema principal. Até agora, foi um dos grandes momentos musicais vividos por indaiatuba, junto com o espetáculo protagonizado por Yamandu Costa, a audiência pública do Premio Nabor Pires Camargo e a Virada Cultural. Quem viu, viveu uma experiência rara nos palcos da região.

Um comentário:

Anônimo disse...

pois é e eu perdi pq eu fui no bendito Sukiyaki do Nipo com meus pais

porém depois eu assiti o filme mais lindo que existe "O fabuloso Destino de Amélie Poulain"

Bjs kimura !