sexta-feira, 27 de junho de 2008

Mais uma da Pixar


"Wall-E", a nova produção da Pixar, dirigida por Andrew Stanton (de "Procurando Nemo") é mesmo tudo aquilo que disseram. O perfeccionismo do maior estúdio de animação digital é impressionante, tanto nas imagens quanto no roteiro. Rompendo com paradigmas que parecem reger a maioria das produções hollywoodianas, o filme começa sem diálogos com o personagem principal fazendo sua rotina, tendo apenas sua amiga barata e sua coleção de bugigangas para minimizar sua solidão.
Um dia, uma nave desce e deixa um robo muito mais avançado, de sigla E.V.A., com a missão de identificar vida vegetal no planeta.Rapidamente, Wall-E se apaixona por EVA e faz de tudo para conquistar a amada, ainda priorizando sua diretriz acima de tudo. Ironicamente, é o próprio enamorado que a ajuda a cumprir sua missão, o que significa sua partida imediata para a nave-mãe. Mas Wall-E não vai perder sua única companhia em séculos, e pega carona até a nave onde a Humanidade se refugiou após entulhar o planeta com lixo.
Como em "Os Sem-Floresta", a crítica aos humanos é devastadora, ainda que edulcorada pelas deslumbrantes imagens da gigantesca nave espacial. Estão lá as referências mais evidentes de "2001" e "Guerra das Estrelas", enquanto na Terra devastada, telões remetiam a "Blade Runner". Coisa para agradar os adultos, porque as crianças vãos e divertir com as peripécias do robozinho disposto a tudo por seu grande amor.

Nenhum comentário: