sexta-feira, 13 de junho de 2008

Isso que é futebol! (e não aquele negócio de quarta-feira)

Acabo de assistir um dos melhores jogos de futebol em anos, com a Holanda massacrando a França por 4 a 1, a exemplo do que fizera com a Itália, campeã do mundo, na primeira rodada da da Eurocopa.

O placar significa que só um time jogou? Pelo contrário! A França esteve muito mais no ataque, principalmente no segundo tempo. O que matou foi o esquema tático de Marco van Basten.
É surpreendente que um ex-centroavante - um dos melhores que já vi - consiga repetir a famosa Laranja Mecânica que assombrou o planeta na década de 70. Surpresa porque em geral os boleiros que se tornam os melhores técnicos são ex-goleiros e zagueiros, porque assistem as partidas lá de trás, vendo o que se passa de frente, e não ficando de costas para o jogo como os atacantes.

Sem ser tão radical quanto a equipe de Rinus Mitchell - onde todos atacavam e defendiam - a nova seleção holandesa é muito compacta e organizada. Quando recupera a bola, sabe exatamente o que vai fazer, e mata o jogo nos contra-ataques. Na defesa, apesar da insistência dos talentosos Thierry Henry e Frank Ribery, o ataque francês jamais ficava sem marcação, impedindo que finalizassem com liberdade.

Essa França de hoje massacraria Seleção Brasileira quase certamente. E tremo só em pensar o que a Holanda que assisti esta tarde faria com o time de Dunga. Note, não é a mesma coisa que o temor que boa parte da imprensa teve dos argentinos durante a Copa América quando los hermanos batiam potências como Colômbia, Estados Unidos e Méxio, enquanto nossa seleção perdia dos mexicanos e chegava á final na bacia das almas. O jogo de hoje foi de altíssimo nível, com jogadores das maiores equipes da Europa. Homem por homem, a França tinha até mais talentos a seu lado, mas van Basten soube usar melhor as características de cada comandado a favor do time. Pode até não ganhar a Euro, mas essas duas primeiras vitórias contra campeão e vice do mundo já mostraram algo novo no Planeta Bola.

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