quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Alanis, quem diria, já é uma 'greatest hits'


Existem dois tipos de estrelas da música: aquelas que ainda causam expectativa em torno de seus novos trabalhos e aqueles que vivem dos greatest hits (Uso o termo inglês para "grandes sucessos" não por esnobismo, mas para como referência àquelas coletâneas de sucessos justamente chamadas de "Greatest Hits", no Brasil de "Grande Sucessos", "Perfil" ou "O Som de").
Essa classificação não depende do tempo de serviço. Madonna e U2 (cujo novo single divulgado na Internet já causa sensação) estão no primeiro grupo. Offspring e Alanis Morrisette fazem parte do segundo time.
Alanis foi um dos grandes fenômenos dos ano 90, principalmente com seu terceiro disco, "Jagged Little Pill", de 1995. O sucesso foi tão grande que ela chegou a fazer papel de Deus no divertido "Dogma", que Kevin Smith ("O Balconista 2") lançou em 1999. Seu álbum seguinte, "Suposed Former Infatuation Junkie", não fez tanto sucesso mas foi suficiente para manter seu prestígio de popstar. Depois disso, a moça entrou em período sabático em que buscou um novo sentido para a vida e carreira. Mas dez anos sem um novo hit é muito tempo.
Ontem, ela lotou o Via Funchal em São Paulo supostamente para lançar seu novo CD "Flavors of entanglement", mas o que se viu foi o inevitável show "Greatest Hits". Nunca gostei muito da sua voz, mas sua atitude como artista pop era e é diferente dos padrões usuais. A música industrializada americana hoje é dominada pelo rap medíocre e por starlets que tem como modelo Britney ou Beyoncé, dependendo da melanina da pele ou da tonalidade da tintura de cabelo. Mesmo não sendo fã, o retorno de Alanis à mídia, ainda que por conta de sua passagem pelo País, remete a um tempo não tão remoto assim - para mim ao menos - quando ainda era possível virar estrela da música pop internacional sem ter que rebolar.

PS: Não que eu tenha algo contra Rihanna, fora a voz anasalada.

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